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Resumo sobre Jung

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Universidade Federal de Uberlândia
 
 
 História e Sistemas em Psicologia II
 Resumo do texto sobre 
 Carl Jung
 
Aluna: Isadora Garcia Fonseca Sant’Anna Matricula:11321PSI042
Carl Jung foi um psiquiatra suíço que se dedicou ao estudo da personalidade, desenvolvendo uma teoria denominada Psicologia Analítica.
Sigmund Freud havia designado Jung para ser seu herdeiro espiritual, devido aos longos anos de amizade e afinidade que possuíam mas a teoria da personalidade desenvolvida pelo último se distanciava muito da Psicanalise proposta por Freud.
Suas técnicas para avaliar o funcionamento da psique se baseavam na ciência e no sobrenatural o que culminou em uma abordagem objetiva e mística. Sua teoria foi elaborada com base em seus sonhos e nos sonhos de pacientes e sua análise de dados era subjetiva e não confiável e ele nunca explicou os seus procedimentos na hora de analisar os dados, recebendo inúmeras críticas assim como Freud. Muitas de suas observações não podem ser submetidas a testes experimentais pois ele acreditava que não havia como se aprender sobre a mente humana a partir da Psicologia Experimental.
Ele usava muito a associação de palavras livres para medir e identificar complexos em seus pacientes. Esse método contribui para que no futuro Rorschach inventasse o teste de mancha e suas supostas técnicas de detecção de mentira.
A infância de Jung e suas experiências na vida o fizeram descordas das ideias de Freud a respeito da sexualidade e seu papel na infância principalmente a respeito do Complexo de Édipo que dizia que toda criança possuía desejos sexuais pela mãe. Seus pais eram neuróticos e isso fez com que ele desenvolvesse uma personalidade introvertida e que tenha passado a maior parte do tempo se dedicando ao seu inconsciente e até mesmo buscava soluções para seus problemas a partir de sonhos e visões que tinha.
Ele não gostava de estudar as matérias que lhe eram ensinadas na escola e devido a uma crise de desmaios que mais tarde ele reconheceu ter sido um episódio neurótico, ele teve que ficar em casa e largar os estudos por seis meses. Particularmente ele havia adorado até o momento em que ouviu seu pai comentando que ele não conseguiria ganhar a vida. Depois daquilo ele voltou para a escola e decidiu estudar medicina e se especializar em psiquiatria para poder trabalhar com os sonhos e as visões. Ele foi bem sucedido e deu diversas palestras na Universidade de Zurique, criou uma clínica e fez pesquisas para investigar as reações emocionais dos seus pacientes.
Quando estava com aproximadamente 38 anos ele sofreu um episódio neurótico que durou três anos e que foi resolvido a partir da análise dos sonhos e exploração de suas fantasias. Jung então concluiu que a meia-idade era a fase mais importante do desenvolvimento, em contra partida com as ideias de Freud que afirmavam que a mais importante fase era a infância.
 Jung também discordava de Freud no quesito da natureza da libido. Enquanto na psicanalise afirma que a libido é uma energia sexual, a psicologia analítica defende que é a energia de vida ampla e indiferenciada, é uma energia psíquica que alimenta o trabalho da psique (personalidade). É através dessa energia que as ações psicológicas são executadas.
 Para Jung o papel da sexualidade em si era de baixa importância mas vale ressaltar que enquanto Freud refreava seus desejos sexuais, Jung tinha uma vida sexual muito ativa com vários casos extraconjugais e envolvimentos com pacientes o que tornava suas necessidades sexuais satisfeitas enquanto Freud era frustrado nesses quesito o que pode explicar porque os dois diferem na importância desse quesito à personalidade.
Para explicar como essa energia psíquica funciona ele propôs três princípios básicos:
O princípio dos opostos que afirma que todo desejo tem seu oposto e é essa antítese o principal motivador do comportamento e também o gerador de energia.
O princípio da equivalência que diz que, quando se há uma perda de interesse em uma parte que antes recebia muita energia psíquica, essa energia não se dissipa, mas é transferida para outra parte, que pode estar ou no consciente ou no inconsciente.
O princípio da entropia postula que há uma tendência de equilíbrio na personalidade onde a energia do desejo mais forte fluirá para o mais fraco. Enquanto idealmente a distribuição da energia tem distribuição igual, Jung afirma que esse estado de equilíbrio nunca é alcançado pois se não houve oposição não haverá geração de energia.
 Jung acreditava que a psique era composta por vários sistemas que influenciam uns aos outros. Os três mais importantes são o ego, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.
O ego é o centro da consciência e se preocupa com o raciocínio, as sensações e a nossa memória. É a nossa parte consciente e é responsável pela execução das atividades normais da vida quando estamos acordados.
Jung afirmou que quando se tratava da nossa interação com a realidade poderíamos ser introvertidos ou extrovertidos, sendo o primeiro mais voltado para si próprio e o segundo mais voltado para os outros e o exterior. Ele afirma também que existem quatro funções psicológicas e que elas constituíam diferentes tipos de extrovertido e introvertido.
A intuição e a sensação são não racionais e não usam processos de razão. O sentimento e o pensamento são racionais mas são opostos e não podem ambos predominarem no indivíduo. Isso o levou a crer que existem 8 tipos psicológicos: 
O Extrovertido Pensamento que vive de acordo com as leis, tende a reprimir sentimentos e emoções e é dogmático em suas opiniões.
O Extrovertido Sentimento que reprime o modo pensamento e é emotivo. Ele é extremamente sensível as opiniões alheias e as expectativas dos outros e se relaciona facilmente com outras pessoas.
O Extrovertido Sensação se concentra no prazer, na felicidade e na busca de novas experiências. São muito voltadas para o mundo real.
O Extrovertido Intuitivo tem grande habilidade de explorar oportunidades e se baseia muito na sua intuição para tomar as decisões o que geralmente dá certo.
O Introvertido Pensamento tem dificuldade em expressar suas opiniões e não possui um bom senso prático.
O Introvertido Sentimento reprime as emoções e não as expressa apesar de serem capaz de sentirem profundas emoções. São considerados frios e tem pouca consideração pelo sentimento dos outros.
O Introvertido sensação são desligados do mundo e do cotidiano. Encaram as atividades cotidianas com deleite e benevolência e tendem a reprimir a intuição.
O Introvertido intuitivo concentra-se muito na intuição e mantem pouco contato com a realidade sendo utopista e visionário. Tem dificuldade em lidar com questões do dia a dia e fazer planos para o futuro.
O inconsciente pessoal se assemelha à noção de Freud de pré-consciente. É um reservatório material que já foi consciente mas foi reprimido ou esquecido por ser ou perturbador ou insignificante mas são de fácil acesso.
O inconsciente coletivo é o mais polêmico sistema proposto por Jung que afirma que é uma memória filogenética passada de geração em geração para nós enquanto espécie. O que significa dizer que carregamos dentro de nós uma predisposição para reagirmos igual a nossos antepassados em situações semelhantes as que foram vividas por eles. O que não significa necessariamente que eu irei me comportar dessa forma mas sim que eu possuo o potencial para agir dessa maneira. Ele afirmou que possuíamos arquétipos (experiências antigas contidas no inconsciente coletivo). Entre eles estão os da persona, a anima, o animus e o self.
A persona é a “mascara” que usamos para representar diferentes papeis para as outras pessoas. É a maneira como nos apresentamos e dizemos quem somos e é muito perigoso associar sua verdadeira natureza á persona acreditando ser daquela maneira que eu me mostro aos outros.
O animus e anima diz que os seres humanossão essencialmente bissexuais e que temos dentro de nós tanto aspectos masculinos quanto femininos embora dependa de nosso gênero a quantidade de cada um que é manifestada sendo o animus aspectos masculinos e a anima aspectos femininos.
O arquétipo sombra são estímulos primitivos e primordiais que devemos reprimir parcialmente pois se não o fizermos a sociedade nos punira por isso. Não deve-se entretanto reprimi-lo por inteiro pois a criatividade, a emoção e a espontaneidade vem da sombra também. Além disso é possível que, ao tentar reprimir totalmente esse arquétipo sejamos em algum momento controlado por este caso ele se revolte e emerja durante uma crise.
O Arquétipo do self é a harmonia da personalidade e a meta de nossa vida. Muito embora talvez nunca seja alcançada plenamente estamos sempre em busca de nos tornarmos os mais harmônicos o possível. Jung diz que ele não começa a se desenvolver até por volta da meia-idade um período de várias mudanças e transições.
Jung afirma que nossa personalidade é moldada pelos eventos que aconteceram em nossa vida e pela expectativa do que ainda vamos ser e fazer e apesar de concordar que o ego começa a se desenvolver na infância ele afirma que é apenas uma mera projeção da personalidade dos pais que podem tentar impor sua personalidade ao filho ou querer que ele seja aquilo que eles não foram. O ego em si só começa a se formar quando a criança tem consciência de si mesma.
A meia-idade pra Jung é a fase em que ocorrem as maiores mudanças na personalidade pois o indivíduo começa a se sentir vazio por já ter atendido as demandas da vida e a energia psíquica que eles armazenam deve ser transferida para outra área. Jung acredita que até essa idade somos mais extrovertidos e que isso tem que mudar para deixar a personalidade em harmonia. Temos que nos voltar a nos mesmos e nos dedicarmos ao mundo interior que havia até então sigo ignorado. Se formos bem sucedidos atingiremos um estado chamado individuação (capacidade de explorar e desenvolver o self).
 A individuação não é fácil de ser alcançada pois envolve enfrentar aquilo que está no inconsciente e que foi reprimido durante toda vida do indivíduo mas é um processo necessário devendo ocorrer uma inversão dos arquétipos.
Jung também relatou em sua época que a crise da meia-idade era mais comum em homens mas pesquisas recentes indicaram que as mulheres também sofrem essa crise, principalmente em torno dos quarenta anos e geralmente sofrem as que se dedicaram a família ao invés de dar um maior enfoque em sua carreira profissional e muitas vezes elas consideravam que seus casamentos haviam sido fracassados.
 E Apesar de não achar que a Psicologia Experimental era efetiva, foram-se criados ao longo dos anos testes psicológicos com base em sua teoria que tentavam determinar em uma amostra grande os tipos de personalidade e como era sua interação no meio academio ou no âmbito do trabalho.