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03 - Os Pré-Socráticos, Os Sofistas e Sócrates (1)

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Jorge Freire Póvoas
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Prof. Jorge Freire Póvoas
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Filosofia, Ética e Cidadania
Os Pré-Socráticos, 
Os Sofistas e Sócrates
Prof. Jorge Freire Póvoas
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Os Pré-Socráticos
 Heráclito (544-484 a.C.) nasceu em Éfeso, na Jônia (atual Turquia). Para ele “tudo flui”, e assim busca compreender a multiplicidade do real. 
 Ele não rejeita as contradições e quer apreender a realidade na sua mudança, no seu devir, ou no vir-a-ser.
 Para Heráclito, todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós em dado momento é diferente do que foi há pouco e do que será depois: 
“Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez não somos os mesmos, e também o rio mudou”.
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Os Pré-Socráticos
 Portanto, para Heráclito não há ser estático, e o dinamismo pode bem ser representado pela metáfora do fogo, forma visível da instabilidade, símbolo da eterna agitação do devir,
 “O fogo eterno e vivo, que ora se acende e ora se apaga”. 
 Para Heráclito o ser é o múltiplo, não apenas no sentido de que existe a multiplicidade das coisas, mas por estar constituído de oposições internas. 
 O que mantém o fluxo do movimento não é o simples aparecer de novos seres, mas a luta dos contrários, pois é da luta que nasce a harmonia, como síntese dos contrários.
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Os Pré-Socráticos
 Para Parmênides (c.540-c.470 a.C.) que viveu em Eléia, cidade do sul da Magna Grécia (atual Itália), para ele o ser é imóvel. 
 Parmênides elaborou importantíssima teoria filosófica na medida em que ocupou-se longamente em criticar a filosofia de Heráclito, ao seu "tudo flui" . 
 Para ele é absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo, assim contrapôs a imobilidade do ser.
 Parmênides conclui, a partir do princípio estabelecido, que o ser é único, imutável, infinito e imóvel.
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Os Sofistas
 Os Sofistas são interlocutores de Sócrates e os mais famosos foram: Protágoras, de Abdera (485-411 a.C.) e Górgias, de Leôncio (485-380 a.C.). 
 A palavra Sofista, etimologicamente vem de sophos, que significa "sábio", ou melhor, "professor de sabedoria". 
 Posteriormente Sofista adquiriu o sentido pejorativo de "homem que emprega sofismas", ou seja, alguém que usa de raciocínio capcioso, com intenção de enganar. 
Sóphisma significa "sutileza de sofista". 
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Os Sofistas
 Um dos motivos dessa visão contra os sofistas está na sua enorme diversidade teórica de atuação. 
 Talvez o que possa melhor identificá-los seja o fato de serem considerados sábios e pedagogos. Vindos de todas as partes do mundo grego, desenvolvem um ensino itinerante pelos locais em que passam. 
 Deve-se a isso o gosto pela crítica, o exercício do pensar resultante da circulação da busca de idéias diferentes. 
 Os sofistas deram importante contribuição para a sistematização do ensino. 
 Formaram um currículo de estudos da gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e a música. 
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Os Sofistas
 Por cobrar pelas aulas, Sócrates acusava os Sofistas de prostituição. 
 Na Grécia Antiga, apenas os nobres se ocupavam com o trabalho intelectual, pois gozavam do ócio da disponibilidade de tempo decorrente do fato de que o trabalho manual, de subsistência, era ocupação de escravos. 
 Os homens saídos da classe média, faziam das aulas seu oficio, já que não eram suficientemente ricos para filosofarem descompromissadamente. 
 Os sofistas buscaram aperfeiçoar os instrumentos da razão, ou seja, a coerência e o rigor da argumentação, porque não basta dizer o que se considera verdadeiro, é preciso demonstrá-lo pelo raciocínio. 
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Sócrates
 Sócrates (c.470-399 a.C.) nada deixou escrito, e teve suas idéias divulgadas pelo seu principal discípulo, Platão. 
 Nos diálogos que Platão escreveu, Sócrates figura sempre como o principal interlocutor.
 Sócrates se indispôs com os poderosos do seu tempo, sendo acusado de não crer nos deuses da cidade e corromper a mocidade. Por isso foi condenado e morto.
 Costumava conversar com todos, fossem velhos ou moços, nobres ou escravos, ele se preocupava com o método do conhecimento, ou seja, como conhecemos. 
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Sócrates
 Sócrates parte do seguinte pressuposto filosófico:
“Só sei que nada sei"
 Que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, ponto de partida para a procura do saber.
 Por isso seu método começa pela parte considerada "destrutiva", chamada:
 Ironia (em grego, "perguntar")
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Sócrates
 Nas discussões afirma inicialmente nada saber, diante do oponente que se diz conhecedor de determinado assunto. 
 Com hábeis perguntas, desmonta as certezas até o outro reconhecer a ignorância. 
 Parte então para a segunda etapa do seu método filosófico:
 Maiêutica (em grego, "parto") 
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Sócrates
 O nome Maiêutica é dado em homenagem a sua mãe, que era parteira. Se ela fazia parto de corpos, ele fazia parto de idéias “trazia à luz“ as idéias.
 Sócrates, por meio de perguntas, destrói o saber constituído para reconstruí-lo na procura do entendimento. 
 As questões que Sócrates privilegia são as referentes à moral, daí pergunta em que consiste: 
“O conhecimento, a coragem, a covardia, a piedade, a justiça” e cria “diálogos” para responder.
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Sócrates
 Por ser a Filosofia ainda nascente, é preciso inventar palavras novas, ou usar as antigas dando-lhes sentido diferente. 
 Por isso Sócrates utiliza o termo logos, que na linguagem comum significa "palavra", "conversa", e que no sentido filosófico passa a significar "a razão que se dá de algo", ou mais propriamente, conceito.
 O método socrático aparece bem ilustrado nos diálogos relatados por Platão.
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