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Absolutismo na Inglaterra

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Absolutismo na Inglaterra
O Absolutismo na Inglaterra esteve presente nas dinastias de Tudor e Stuart. A monarquia inglesa, desde o século XIII, apresentava uma característica peculiar: a existência de um Parlamento. Isto representava uma certa limitação do poder real. Esse quadro começou a mudar com a Guerra dos Cem Anos, a monarquia inglesa passou a contar com o apoio da nobreza, dando início a um processo de fortalecimento que se estendeu ao longo de toda duração da guerra. Entretanto, com o final da guerra e a consequente derrota inglesa, deu-se uma desvalorização da monarquia, um enfraquecimento do Exército e uma crise econômica. Esses elementos influenciaram uma disputa dos setores descontentes da nobreza pelo poder real. Essa reação deu origem à Guerra das Duas Rosas (1317-1369), que durante trinta anos dilacerou o território inglês.
A dinastia Tudor
O começo dessa guerra deu-se com um acordo entre Henrique Tudor (Henrique VII) e a família York. Ocorreu um consequente casamento entre Henrique e Isabel de York, significando um pacto entre os setores mais importantes da nobreza inglesa.
Assim iniciou-se a dinastia Tudor e coube ao filho de Henrique VII (1509-1547), Henrique VIII, eliminar o único poder que ainda oferecia perigo a nobreza: O poder da Igreja Católica na Inglaterra. E assim o fez através da Reforma Anglicana.
Ao mesmo tempo em que tratava-se de uma coisa para si o poder supremo, até então exercido pela Igreja, Henrique VIII confiscou todas as suas terras, usando-as para distribuir à nobreza em troca de apoio político. Além disso, durante seu governo, iniciou-se um intenso desenvolvimento comercial, com investimentos na marinha mercante, possibilitando intensos lucros para os comerciantes e para o Estado. A política de Henrique VIII conseguiu trazer o apoio total do Parlamento, que passou de órgão limitador do poder real para instrumento de limitação deste poder.
O sucessor e filho de Henrique VIII, Eduardo VI (1547-1553) deu prosseguimento à política religiosa rigorosa de seu pai, mas sua irmã Maria I (1553-1558) casada com Felipe II, rei da Espanha, restabeleceu o catolicismo e perseguiu ferozmente os protestantes. Elizabeth I (1558-1603), filha mais nova de Henrique VIII restabeleceu o anglicanismo.
Os três principais reis absolutistas da Inglaterra pertenceram a dinastia Tudor e foram Henrique VII, Henrique VIII e Eduardo VI, além da Rainha Elizabeth I. Estes reis desenvolveram a Inglaterra e a transformaram em uma das maiores potências marinha e militar, daquela época.
Conspiração Católica
Maria Stuart, princesa da Escócia, com apoio católico e de seu cunhado Felipe II (rei da Espanha), por também ser católica, conspira contra Elizabeth I(sua prima Anglicana) para tomar o trono da Inglaterra. A conspiração e revelada e Elizabeth procura e executa os envolvidos, com exceção de Maria e Felipe: por haver o risco de se formar uma revolução católica em seu país para derruba-la, e também o risco do herdeiro escosses (Jaime I) iniciar uma guerra contra a Inglaterra . Elizabeth então oferece o trono ingles a Jaime, se este aceitasse a morte de sua mãe em troca.
A rainha Elizabeth
A rainha Elizabeth tornou-se uma das lideranças mais conhecidas da História pelas suas medidas políticas na Inglaterra e sua luta contra o catolicismo.
As roupas eram o símbolo do poder da nobreza durante o absolutismo 
O rei inglês Henrique VIII ficou famoso não pelo simples fato de ser um rei, mas pelos seus polêmicos casamentos em busca do tão sonhado herdeiro. Nascido em 28 de junho de 1491, foi o sexto filho de Henrique VII e Isabel de Yorque. O segundo monarca da dinastia Tudor exerceu amplo poder político, dentre as principais medidas de seu governo, destacaram-se a ruptura com a Igreja Católica e a criação de uma nova religião, o Anglicanismo.
O início da polêmica com o catolicismo veio em seu primeiro casamento com a espanhola Catarina de Aragão. O rei inglês queria um menino para ser o seu sucessor ao trono, entretanto, sua primeira esposa deu à luz uma menina cujo nome era Mary. Isso levou o rei inglês a procurar uma nova esposa para casar-se novamente e conseguir seu objetivo que era um herdeiro. Todavia, para que Henrique pudesse divorciar-se, ele teria que obter a autorização do papa Clemente VII. Este momento ficou conhecido por “Questão real”.
O principal motivo, dizem os historiadores, para o papa não ter permitido o divórcio do rei foi o fato de Catarina ser tia do imperador Carlos V, que apoiava a Igreja no combate aos luteranos. Mesmo não obtendo a permissão do papa, Henrique VIII tomou uma iniciativa e, em 1534, o parlamento proclamou o ato de supremacia em que o rei inglês criou sob seu poder a religião anglicana. Feito isso, Henrique VIII conseguiu o divórcio e casou-se com Ana Bolena, com a qual esperava ter o herdeiro. Porém, ela, assim como a primeira esposa, deu-lhe uma filha que teve por nome Elizabeth. Como não havia conseguido ainda ter um menino, Henrique VIII, na busca pelo seu objetivo, acusou Ana de adultério e ela acabou sendo morta por essa acusação, dando oportunidade a Henrique de casar-se novamente. Desse modo, o rei casou-se com Jane Seymour, que mesmo morrendo após o parto, gerou Edward I, o tão esperado filho e sucessor ao trono.
Quando Elizabeth completou 13 anos de idade, Henrique VIII morreu e como era de se esperar, o seu filho, Edward I, assumiu o trono com apenas nove anos de idade. Todavia, a saúde do novo rei era vulnerável e, em 1553, ele morreu de tuberculose. Nesse caso, a sucessora por direito era Mary, a primeira filha de Henrique com Catarina. Assumindo o trono em meio a polêmicas por ser católica, Mary casou-se com Felipe II, rei da Espanha, em 1554, e mandou perseguir e queimar na fogueira as pessoas que eram contra o seu governo.
Vários países da Europa enfrentaram verdadeiras crises em relação às reformas religiosas que se espalhavam pelo velho continente, entre elas, podemos destacar o Luteranismo, na Alemanha, e o Calvinismo, na Suíça. Em meio a esse cenário de luta entre católicos e reformistas, a atual rainha inglesa suspeitava que sua irmã, Elizabeth, estava incentivando revoltas contra seu governo e, por isso, deu ordem para prendê-la na torre de Londres. Porém, Mary morreu em 1558 e o direito ao trono ficou com Elizabeth. Surpreendendo em seu governo, a nova rainha adotou medidas para melhorar a economia inglesa e também de impedir possíveis invasões de países inimigos. 
Dentre as importantes características de governo de Elizabeth, destacaram-se os investimentos na indústria inglesa, a expansão econômica através da Companhia das Índias e o desenvolvimento no campo das Artes e da Literatura, como as publicações dos romances de alguns autores, entre eles, William Shakespeare, Edmund Spenser e Christopher Marlowe. Com essas atitudes, a rainha inglesa inaugurou um momento áureo para a sua nação.
Além disso, o reinado da rainha Elizabeth (1533 – 1603) destacou-se pelo apoio que recebeu de seus súditos e por complementar a obra reformista de seu pai, Henrique VIII, exigindo que o Anglicanismo fosse tomado novamente com a religião oficial da Inglaterra, já que sua antecessora havia colocado o catolicismo como principal religião. Além disso, ela tomou medidas pragmáticas tentando assimilar características também do calvinismo para não dividir o reino por questões de crença, estabeleceu acordos para evitar possíveis conflitos e deu voz aos católicos no parlamento para que não houvesse uma guerra civil. Mesmo assim, ocorreram confrontos religiosos com os católicos, como o de 1569, que foi violentamente punido. A rainha Elizabeth, além de enfrentar uma delicada relação com a Igreja Católica, teve um duro confronto imposto pelo rei espanhol Felipe II, que acabou perdendo a guerra. O conflito ficou conhecido pelo governo inglês como “castigo protestante” aos espanhóis.
Conhecida também por ser a rainha virgem, Elizabeth, que nunca se casou nem deixou herdeiros, permaneceu no poder até sua morte em 1603, encerrando a dinastia Tudor.No período de seu governo, a Igreja Católica adotou uma série de medidas contrarreformistas, como o Concílio de Trento elaborado pelo papa Paulo III. Essas medidas católicas eram uma maneira de combater o avanço de religiões como o Calvinismo e o Anglicanismo.
Livro: ELIZABETH E MARY
Subtítulo: Primas, rivais, rainhas
Autor: Jane Dunn 
Tradução:Alda Porto
Elizabeth e Mary, primas, rivais, rainhas não é um romance histórico mas flui como uma boa narrativa de ficção. A obra, da inglesa Jane Dunn, é o registro de um importante período histórico, contado através do intenso relacionamento entre as duas mulheres mais importantes do século XVI: Elizabeth, da Inglaterra, e Mary Stuart, rainha da Escócia. Resultado de 15 anos de pesquisas, Elizabeth e Mary recebe edição cuidadosa da Rocco, com grande número de ilustrações e dois anexos altamente informativos, uma cronologia da época e a linhagem das dinastias Tudor e Stuart.
Elizabeth nasceu em 7 de setembro de 1533, filha do famigerado rei Henrique VIII e sua segunda esposa, Ana Bolena. Antes de completar três anos, a mãe de Elizabeth foi executada e a pequena princesa foi criada como filha ilegítima, bem longe da corte. Nesta época, o rei passava por sucessivos casamentos em busca de um herdeiro do sexo masculino para se tornar seu sucessor. Apesar de tudo, a filha de Ana Bolena é integrada à linha sucessória e acaba coroada Elizabeth I, rainha da Inglaterra e Irlanda, em 1559. Já Mary Stuart nasceu em 8 de dezembro de 1542 e se tornou a rainha católica da Escócia aos cinco anos de idade, após a morte de Jaime V.
Em romances e filmes, Elizabeth ficou conhecida como a austera rainha virgem, que transformou a Inglaterra em grande império, enquanto Mary Stuart seria uma bela e astuta conspiradora, que cobiçava o trono da prima e acabou executada por traição. Segundo textos da época, ambas foram acusadas de serem assassinas, prostitutas e filhas do diabo por seus detratores. Os defensores das rainhas, no entanto, chamavam Elizabeth de heroína e salvadora e Mary de mártir e santa.
A Elizabeth I é uma mulher revolucionária que enfrentou um mundo de homens para construir e comandar por conta própria um Império, usando seu celibato como instrumento político e sacrificando sua vida pessoal. Já Mary aparece como uma mulher corajosa e passional, uma articuladora política que se casou duas vezes, com herdeiros dos tronos de França e Inglaterra, para garantir suas aspirações. Nas páginas de Jane Dunn, Mary se mostra como uma mulher capaz de tramar inconsequentemente um complô para assassinar a prima. E Elizabeth aparece como uma soberana sensível, que sofreu com a fato de se tornar algoz de alguém de seu próprio sangue.
Temendo conspirações, Elizabeth aprisiona Mary Stuart, sua prima e rival, durante 18 anos e manda decapitá-la em 1587. A execução é pretexto para desencadear uma guerra entre a católica Espanha, o mais poderoso império de então, e a Inglaterra protestante, países que travavam disputas comerciais envolvendo as colônias no Novo Mundo. A Invencível Armada - famosa frota de guerra espanhola - é derrotada por uma grande tempestade no litoral inglês, em 1588. Assim, a Inglaterra tem o caminho aberto para estabelecer suas colônias e se tornar uma potência mundial. Elizabeth desenvolve o comércio e a indústria, institui algumas leis trabalhistas e incentiva o renascimento das artes, que florescem em seu tempo, em especial o chamado teatro elizabetano, que tem com representante máximo William Shakespeare. Curiosamente, foi Mary Stuart que forneceu a oportunidade que a prima precisava para construir o império que almejava. Do mesmo modo, Elizabeth ao morrer, em 1603, sem descendentes, deixou o trono para ninguém menos que Jaime, filho de Mary, que reuniu os reinos de Inglaterra, Irlanda e Escócia sob o comando de um membro da dinastia Stuart.
Dinastia Stuart
Com a vinda de Elizabeth I, o trono passou para Jaime VI, rei da Escócia, primo distante de Elizabeth. Jaime assumiu com o nome de Jaime I iniciando um período conturbado. A burguesia fortalecida com o grande desenvolvimento econômico, atingido durante a dinastia Tudor, passa a reivindicar direitos políticos e igualdade com a nobreza. Ao mesmo tempo, o processo de Cercamentos gerara uma massa de ex-camponeses miseráveis que sofreram como animais, concentrados nas grandes cidades, representando um forte elemento de tensão social e de oposição ao rei. Carlos I (1625-1648), filho de Jaime I, buscando reforçar o absolutismo, fixou novos impostos sem aprovação parlamentar. Em 1628, as despesas causadas pela guerra com a França obrigaram o rei a convocar o Parlamento hostil que lhe impôs a Petição dos Direitos. O controle da política financeira e da convocação do exército passaram a ser de incompetência do Parlamento, que seria convocado regularmente. O Absolutismo na Inglaterra teve início após a guerra das Duas Rosas. Essa guerra foi uma luta entre duas famílias nobres – os Lancaster e os York -, apoiadas por grupos rivais da nobreza. A guerra terminou com a ascensão de Henrique Tudor, apoiado pela burguesia. O novo monarca subiu ao trono com o nome de Henrique VII e fundou a dinastia Tudor. Seu reinado foi de 1485 a 1509.
Henrique VIII, segundo rei da dinastia, governou até 1547 e conseguiu impor sua autoridade aos nobres, com o auxílio da burguesia. Fundador do anglicanismo, seu rompimento com a Igreja católica permitiu-lhe assumir o controle das propriedades eclesiásticas na Inglaterra.
A rainha Elizabeth I, que reinou de 1558 a 1603, conseguiu aumentar ainda mais o poder real. Completou a obra de Henrique VIII, seu pai, consolidando a Igreja anglicana e perseguindo os adeptos de outras religiões. Foi durante seu reinado que teve início a colonização inglesa na América do Norte.
Elizabeth morreu sem deixar herdeiros e, por isso, subiu ao trono seu primo Jaime IX, que deu início à dinastia Stuart. Durante seu reinado, que foi de 1603 a 1625, continuou a perseguição aos adeptos de outras religiões, muitos dos quais acabaram emigrando para a América do Norte.
Carlos I, filho e sucessor de Jaime I, subiu ao trono em 1625. Seu reinado, do mesmo modo que o de seu pai, caracterizou-se pelo absolutismo e pelas perseguições religiosas.
Em 1642, os parlamentares e os burgueses iniciaram uma guerra contra o rei. Liderados por Oliver Cromwell, derrotaram Carlos I. Cromwell assumiu o poder com o título de “Lorde Protetor “e governou de 1649 a 1658.
Em 1651, Cromwell lançou o Ato de Navegação, que ilimitava a entrada e saída de mercadorias da Inglaterra aos navios ingleses e aos navios dos países produtores ou consumidores; com isso, prejudicava o comércio intermediário praticado pelos holandeses. A partir de então, a Inglaterra passou a ser a grande potência marítima mundial, posição que manteve até o fim da Primeira Guerra Mundial, já no século XX.
Dois anos após a morte de Cromwell, ocorrida em 1658, o governo voltou às mãos dos Stuart. Com isso, a Inglaterra teve mais dois soberanos de tendências absolutistas: Carlos II, que reinou de 1660 a 1685 e Jaime II, de 1685 a 1688.
Além de Ter tendências absolutistas, Jaime II era católico declarado. E seria substituído no trono pelo filho que tivera com sua segunda esposa, também católica. Com a primeira esposa, que era protestante, Jaime II só tivera duas filhas.
O Parlamento, temendo a volta ao catolicismo e ao absolutismo, uniu-se e resolveu “convidar” o príncipe holandês Guilherme d’Orange, casado com Maria Stuart, filha mais velha de Jaime II, a invadir a Inglaterra e depor o rei, “a fim de restabelecer a liberdade e proteger a religião protestante “.
Em novembro de 1688, Guilherme desembarcou na Inglaterra com um exército de 14.000 homens, marchou sobre Londres e ocupou-a sem disparar um só tiro. Jaime II fugiu para a frança, e guilherme foi coroado rei com nome de Guilherme III. Essa revolução, ocorrida sem derramamento de sangue, denominou-se Revolução Gloriosa.
O novo rei, ao ser coroado, teve de jurar a Declaração de Direitos, que asseguravaao Parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia a liberdade individual e a propriedade privada. A Declaração de Direitos estabelecia também o princípio da divisão de poderes.
Com a revolução gloriosa, a burguesia, tendo o poder nas mãos, passou a promover o desenvolvimento econômico da Inglaterra.
O Absolutismo na Inglaterra teve início após a guerra das Duas Rosas. Essa guerra foi uma luta entre duas famílias nobres – os Lancaster e os York -, apoiadas por grupos rivais da nobreza. A guerra terminou com a ascensão de Henrique Tudor, apoiado pela burguesia.
O novo monarca subiu ao trono com o nome de Henrique VII e fundou a dinastia Tudor. Seu reinado foi de 1485 a 1509.
Henrique VIII, segundo rei da dinastia, governou até 1547 e conseguiu impor sua autoridade aos nobres, com o auxílio da burguesia. Fundador do anglicanismo, seu rompimento com a Igreja católica permitiu-lhe assumir o controle das propriedades eclesiásticas na Inglaterra.
A rainha Elizabeth I, que reinou de 1558 a 1603, conseguiu aumentar ainda mais o poder real. Completou a obra de Henrique VIII, seu pai, consolidando a Igreja anglicana e perseguindo os adeptos de outras religiões. Foi durante seu reinado que teve início a colonização inglesa na América do Norte.
Elizabeth morreu sem deixar herdeiros e, por isso, subiu ao trono seu primo Jaime I, que deu início à dinastia Stuart. Durante seu reinado, que foi de 1603 a 1625, continuou a perseguição aos adeptos de outras religiões, muitos dos quais acabaram emigrando para a América do Norte.
Carlos I, filho e sucessor de Jaime I, subiu ao trono em 1625. Seu reinado, do mesmo modo que o de seu pai, caracterizou-se pelo absolutismo e pelas perseguições religiosas.
Em 1642, os parlamentares e os burgueses iniciaram uma guerra contra o rei. Liderados por Oliver Cromwell, derrotaram Carlos I. Cromwell assumiu o poder com o título de "Lorde Protetor "e governou de 1649 a 1658.
Em 1651, Cromwell lançou o Ato de Navegação, que ilimitava a entrada e saída de
mercadorias da Inglaterra aos navios ingleses e aos navios dos países produtores ou consumidores; com isso, prejudicava o comércio intermediário praticado pelos holandeses. A partir de então, a Inglaterra passou a ser a grande potência marítima mundial, posição que manteve até o fim da Primeira Guerra Mundial, já no século XX.
Dois anos após a morte de Cromwell, ocorrida em 1658, o governo voltou às mãos dos Stuart. Com isso, a Inglaterra teve mais dois soberanos de tendências absolutistas: Carlos II, que reinou de 1660 a 1685 e Jaime II, de 1685 a 1688.
Além de Ter tendências absolutistas, Jaime II era católico declarado. E seria substituído no trono pelo filho que tivera com sua segunda esposa, também católica. Com a primeira esposa, que era protestante, Jaime II só tivera duas filhas.
O Parlamento, temendo a volta ao catolicismo e ao absolutismo, uniu-se e resolveu "convidar" o príncipe holandês Guilherme d’Orange, casado com Maria Stuart, filha mais velha de Jaime II, a invadir a Inglaterra e depor o rei, "a fim de restabelecer a liberdade e proteger a religião protestante ".
Em novembro de 1688, Guilherme desembarcou na Inglaterra com um exército de 14.000 homens, marchou sobre Londres e ocupou-a sem disparar um só tiro. Jaime II fugiu para a frança, e guilherme foi coroado rei com nome de Guilherme III. Essa revolução, ocorrida sem derramamento de sangue, denominou-se Revolução Gloriosa.
O novo rei, ao ser coroado, teve de jurar a Declaração de Direitos, que assegurava ao Parlamento o direito de aprovar ou rejeitar impostos, garantia a liberdade individual e a propriedade privada. A Declaração de Direitos estabelecia também o princípio da divisão de poderes.
Com a revolução gloriosa, a burguesia, tendo o poder nas mãos, passou a promover o desenvolvimento econômico da Inglaterra.
Elizabeth I
Rainha da Inglaterra e da Irlanda
Biografia de Elizabeth I:
Elizabeth I (1533-1603) foi rainha da Inglaterra. Criou a Bolsa de Londres. Durante seu reinado a Inglaterra tornou-se o principal centro financeiro da Europa. Filha de Henrique VIII e de sua segunda esposa Ana Bolena, que foi decapitada quando Elizabeth tinha apenas três anos. Perde o tútulo de princesa e passa a infância e a juventude fora da corte. Estuda línguas, música e dança. Volta à corte em 1544, com a autorização do Parlamento. Sobe ao trono com a morte de seus meio-irmãos Eduardo VI e Maria I. Durante os 45 anos de reinado a Igreja Anglicana foi restabelecida e o poder centralizado. Elizabeth I viu a Inglaterra ser dona dos mares e da economia da Europa.
Elizabeth I (1533-1603) foi rainha da Inglaterra e da Irlanda. Filha de Henrique VIII e sua segunda esposa Ana Bolena. Nasceu em Greewich, nos arredores de Londres. Quando tinha três anos, sua mãe foi decapitada, por ordem de Henrique VIII, quando começou a correr notícias de que a rainha estava traindo o rei. Quando Ana Bolena foi decapitada, os direitos do trono foram retirados da princesa.
Elizabeth passou a infância e a juventude fora da corte, dedicada aos estudos. Teve aulas de línguas, música e dança. Só voltou à corte em 1544, com a autorização do Parlamento. Tinha 13 anos quando seu pai morreu e Eduardo VI assumiu a coroa.
Elizabeth foi coroada em 1558, com 25 anos, com a morte de Eduardo VI, em 1553 e Maria I em 1558. Logo restabelece a estrutura anglicana para a Igreja e em 1562 restaura a soberania do rei como chefe supremo. Em 1563, o novo corpo eclesiástico define os 39 pontos básicos do anglicanismo. Roma excomunga a rainha, da mesma forma como fizera com Henrique VIII.
A rainha centraliza o poder, fazendo-se representar em todas as partes do reino por xerifes e juízes de paz. Raramente convoca o Parlamento, tomando para si todas as decisões. Mantém uma política econômica mercantilista, surgindo nessa época as indústrias da construção naval, do ferro, do estanho, do chumbo e do enxofre.
Em 1564, autoriza os mercadores aventureiros a transacionarem com os Países-Baixos e a Alemanha. Dá diretos à Companhia da Rússia para estender suas atividades comerciais através de Moscou até a Pérsia. A Inglaterra conquista os mercados da América, Ásia e África. Em 1559, a rainha cria a Bolsa de Londres e concede monopólio para a exploração comercial das colônias.
Elizabeth I funda, em 1600, a Companhia das Índias Orientais. Os navegantes procuram a passagem de ligação entre a América e a Ásia. Francis Drake circunavega a terra. Na América é fundada Virgínia, cujo nome homenageia a "Rainha Virgem".
Os mares ainda são dominados pela Espanha, a grande rival econômica da Inglaterra. Quando a Marinha inglesa vence a Espanha, os caminhos para o comércio ficam desobstruídos.
Elizabeth I morreu em 1603, sem deixar descendentes diretos. Mas viu a Inglaterra ser a dona dos mares e da Economia da Europa.
Sob seu reinado a Inglaterra se tornou a maior potência econômica, política e cultural da Europa sendo, por isso, o período de seu reinado conhecido como a “Era de Ouro” inglesa. Assumindo o trono após a morte de sua irmã Mary I,Elizabeth I  deu início ao mais próspero governo da dinastia Thudor.
Nascida em 7 de setembro de 1533 em Greenwich, filha de Ana Bolena e Henrique VIII (o rei das seis esposas), Elizabeth I ficou conhecida como “Isabel, A Rainha Virgem” por nunca ter se casado e não ter deixado herdeiros apesar de seu famoso caso com o conde de Leicester, Robert Dudley. Por isso, quando da ocasião de sua morte, em 24 de março de 1603, Elizabeth teve de reconhecer como herdeiro do trono Jaime VI da Escócia, filho de Mary Stuart, sua prima e rival a rainha deposta da escócia, a quem Elizabeth havia mandado decapitar 16 anos antes.
Governando um país dividido por questões religiosas (o Protestantismo e a Igreja Anglicana  acabavam de nascer e havia a perseguição aos católicos e à seita presbiteriana dos puritanos), Elizabeth soube valorizar o conteúdo calvinista da Igreja Anglicana para manter os nobres sob seu poder e obter o apoio da burguesia, predominantemente calvinista.Representando o auge do governo absolutista na Europa o reinado de Elizabeth unificou a Inglaterra ao dominar a nobreza e afastar a Igreja do governo. Ao derrotar a Invencível Armada Espanhola, em 1588, Elizabeth abriu de vez o caminho para a Inglaterra se tornar a maior potência colonizadora do Novo Mundo sob o comando de Walter Raleigh e Humprey Gilbert. Mais tarde a Companhia das Índias Orientais dominaria o tráfico negreiro e as rotas comerciais.
Sob o reinado de Elizabeth I floresceram também as artes e a cultura. Foi nessa época que surgiram escritores de renome com Sir William Shakespeare, Christopher Marlowe e Ben Johnson.

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