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TRABALHO INTERDISCIPLINAR 1o SEMESTRE (RADIOATIVIDADE)

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 A RADIOATIVIDADE	�
42.1 COMPOSTOS QUÍMICOS RADIOATIVOS	�
62.2 ACIDENTES COM MATERIAL RADIOATIVO	�
3 9O DECAIMENTO RADIOATIVO – FUNÇÃO EXPONENCIAL	�
3.1 GRÁFICO9	�
4 11COMPROMISSOS ÉTICOS	�
5. IDENTIFICAÇÃO DOS COMPOSTOS QUÍMICOS12	�
6. EXEMPLO COM O CÉSIO 1371	�6
7. CONCLUSÃO1	�7
REFERÊNCIAS1	�8
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho, ao trazer o tema da radioatividade com histórico de fatos reais, e apresentar paralelos com outros casos conhecidos de acidentes nucleares, nos permite aplicar os conteúdos apresentados nesse semestre do curso de Engenharia.
A análise de elementos radioativos bem como a descrição de suas principais características contempla o estudo e algumas aplicações da Química, com o uso correto do universo contido na tabela periódica.
Os cálculos a respeito do decaimento de radioatividade nos permitem desenvolver aplicações em funções, notadamente a exponencial, e o estudo de caso específico como o do Césio remete diretamente ao estudo da matemática instrumental.
E as consequências sociais de acidentes radioativos, a forma como estes foram tratados pelos profissionais envolvidos, nos dão a dimensão concreta para aplicar os conceitos de ética no mercado de trabalho.
A RADIOATIVIDADE
A Química Nuclear foi descoberta durante o século XIX, quando cientistas investigavam a existência de partículas ainda menores que os átomos, e puderam constatar a existência dos elétrons, nêutrons e prótons.
Radioatividade é definida como um fenômeno de características naturais ou artificiais, resultante da capacidade de alguns elementos químicos, fisicamente instáveis, de emitir energia sob a forma de partículas ou radiação. É uma forma nuclear de energia, que pode ser usada beneficamente, como na radioterapia para o tratamento do câncer, ou de forma destrutiva, como nos devastadores ataques lançados contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, na Segunda Guerra Mundial.
A radioatividade pode ser natural ou espontânea, e se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos encontrados na própria natureza. Um isótopo radioativo caracteriza-se por apresentar um núcleo atômico instável que emite energia quando se transforma num isótopo mais estável. Mas há também a radioatividade provocada ou induzida por certas transformações nucleares por meio da ação humana.
A emissão espontânea do excesso de matéria pelo núcleo instável é nada mais que o aumento da energia considerada livre. E o que faz com que o núcleo seja instável é exatamente esse excesso de matéria e/ou energia. A essa atividade física chamamos de fenômeno nuclear.
COMPOSTOS QUÍMICOS RADIOATIVOS
Existem cerca de 90 elementos químicos estáveis, isto é, que apresentam um átomo de núcleo estável eletricamente. Ocorre que, por apresentar carga elétrica igual (carga positiva), os prótons tendem a tornar o núcleo atômico cada vez mais instável à medida em que vai se chegando a elementos químicos mais pesados, isto é, com uma quantidade maior de prótons aglomerados no núcleo do átomo. Dessa forma, elementos químicos de alto peso molecular tendem a emitir partículas nucleares ou energia para adquirirem estabilidade.
Dentre os elementos químicos radioativos, destacam-se o urânio (U), o polônio (PO), o rádio (RA) e o césio (CS).
O urânio possui número atômico 92 e massa atômica 238,07. É extraído da natureza sob forma de óxido e encerra os elementos químicos naturais. Isto é, a partir dele todos os demais classificados na tabela periódica são artificiais. O urânio 235 ocorre na natureza em 0,72% do total, sendo o isótopo utilizado na construção de reatores nucleares e bombas atômicas.
O polônio possui número atômico 84 e massa 209. E pode ser extraído pela sua alta solubilidade em soluções ácidas diluídas. Trata-se de um metal volátil, de baixíssimo ponto de fusão. E é uma das substâncias de maior intensidade de emissões radioativas entre todas as outras.
O rádio apresenta número atômico 88 e massa atômica 226,05. É um metal alcalino terroso, sendo muito raro naturalmente. Apresenta uma importante emissão gama, que é utilizada industrialmente na esterilização de alguns alimentos.
O césio possui número atômico 55 e massa 132,9. É um metal alcalino encontrado no estado líquido em temperaturas superiores a 28°C. Nota interessante sobre o césio é que é utilizado desde 1967 pelo Sistema Internacional de Unidades como determinante da unidade do tempo segundo, sendo 1 segundo correspondente a 9.192.631.770 ciclos da radiação de seu isótopo 133 entre dois níveis de energia de seu átomo. O césio tem 32 isótopos conhecidos, mais do que qualquer outro elemento exceto o frâncio. Mas apenas o Césio 133 é natural. O Césio 137 pode advir da detonação de armas nucleares, de emissões de centrais nucleares, como ocorreu na explosão da usina de Chernobyl, de vazamentos por defeito de isolamento, e do mau gerenciamento de rejeitos hospitalares, como ocorreu no acidente em Goiânia.
O hidrogênio (H) nos fornece um bom exemplo sobre isótopos radioativos. Os isótopos do H possuem o mesmo número atômico, mas diferentes massas. O H com massa 1, chamado de prótio, é o mais abundante na natureza (99,9%) e não é radioativo. Porém, o H com massa 2, chamado de deutério, ocorre na porcentagem de 0,017% e é radioativo, sendo utilizado nas bombas de hidrogênio. O trítio, H com massa 3, também ocorre em quantidades ainda menores na natureza, sendo também radioativo.
Outro exemplo interessante é o do carbono (C). O carbono 12 é o mais comum, e o de massa 14 um isótopo artificial, embora também exista na atmosfera. Este é denominado contador radioativo do tempo, pois está presente numa proporção constante nos organismos vivos dos animais. Após a morte, o carbono continua presente e vai se desintegrando. Sua medição, portanto, nos revela a idade de plantas, múmias ou animais fósseis.
Em relação à utilização de elementos radioativos utilizados na produção nuclear, podemos citar o tório, o urânio e o actínio.
As novas gerações de centrais nucleares utilizam o tório como fonte de combustível adicional para a produção de energia ou decompõe os resíduos nucleares em um novo ciclo denominado fissão assistida.
Em relação ao uso do urânio, sua principal finalidade é a geração de energia elétrica. Quando transformado em metal, o urânio torna-se mais pesado que o chumbo, pouco menos duro que o aço, e se incendeia com muita facilidade.
O actínio é um metal prateado, altamente radioativo, 150 vezes mais radioativo que o urânio, e é usado em geradores termoelétricos.
ACIDENTES COM MATERIAL RADIOATIVO
O acidente nuclear na Usina de Chernobyl, na Ucrânia, ex-república da extinta União Soviética, vem sendo considerado há muito tempo como o maior acidente nuclear de todos os tempos, e tem causado medo e apreensão quanto ao uso desse tipo de fonte de energia. O episódio liberou 400 vezes mais material radioativo para a atmosfera do que a bomba atômica de Hiroshima. Os níveis de radiação cresceram cada vez mais, até que radiações em altos níveis foram detectadas ao longo de toda a Europa, principalmente na França. 31 pessoas morreram na hora, 132 foram hospitalizadas e 130 mil pessoas tiveram que ser evacuadas da região. A explosão do material radioativo causou ao todo a morte de cerca de 28 mil pessoas.
Construiu-se um caixão de cimento na unidade acidentada para evitar liberar ainda mais radiação no meio ambiente. No entanto, esse sarcófago necessita de ajustes e reparos ao longo do tempo.
A filosofia de segurança dos reatores nucleares é dirigida no sentido de que as usinas nucleares sejam projetadas, construídas e operadas com os mais elevados padrões de qualidade e que tenham condições de alta confiabilidade. No caso de reatores que utilizam urânio 235 como combustível, a reação nuclear de um grama desse elemento produz82 milhões KJ de energia, mais de um milhão de vezes maior que a energia produzida pela queima de um grama de metano, gás usado em algumas termelétricas. Para produzir essa energia, os átomos são bombardeados por nêutrons e quebram-se como esferas de vidro, formando núcleos menores que geram novos elementos como o bário e o criptônio. Quando esse núcleo é quebrado, libera elétrons que passam a atingir novos núcleos, gerando reação em cadeia. Nos reatores usados em Chernobyl, essa reação em cadeia era moderada pela utilização de grafite, reduzindo a velocidade dos nêutrons e permitindo o controle da reação.
Quando do acidente em questão, toda a população de Pripyat começou a ser evacuada após 36 horas. Os 45 mil habitantes estavam contaminados pela radiação. Foi feito um cerco que existe até hoje, num raio de 30 km em volta de Chernobyl, conhecido como Zona de Exclusão, o que elevou os evacuados para 90 mil.
Continuaram operando 2 retores, produzindo metade da energia consumida em Kiev e os funcionários da Central Nuclear foram transferidos para a cidade de Slavutich, a 40km de distância. Todos os dias, um trem com proteção contra a exposição fazia a viagem até a Central Nuclear.
Para evitar a contaminação das águas subterrâneas e superficiais da região, foram tomadas as seguintes medidas: construção de uma barreira subterrânea impermeável ao longo do perímetro urbano da usina, perfuração de poços profundos para baixar o nível das águas do subsolo, construção de barreira de drenagem para o reservatório de água de resfriamento e instalação de sistema de purificação para drenagem da água. Em alguns ambientes como terrenos para criação de escolas é realizada a escavação do solo para retirar a camada contaminada, ainda hoje.
Um ano após Chernobyl, Goiânia era atingida por aquele que é considerado o maior acidente radiológico do mundo. A tragédia envolvendo o césio 137 só não foi maior que Chernobyl. O incidente teve início depois que dois jovens catadores de papel encontraram e abriram um aparelho contendo o elemento radioativo. A peça foi achada em um prédio abandonado, onde funcionava uma clínica desativada. Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo foram recolhidas após o acidente. Todo esse material foi enterrado. Passadas mais de duas décadas, os resíduos já perderam metade da radiação. No entanto, o risco completo de radiação só deve desaparecer em pelo menos 270 anos.
O lixo radioativo necessitou ser acondicionado em 4 contêineres totalmente lacrados. Um parque foi criado, atendendo às recomendações do Ibama, apenas para armazenar esse lixo. Lá se encontra uma montanha artificial onde foi colocado ao nível do solo, revestida de uma parede de aproximadamente um metro de espessura, de concreto e chumbo.
O DECAIMENTO RADIOATIVO – FUNÇÃO EXPONENCIAL
A medida de tempo na qual metade do material radioativo se desintegra é denominada meia-vida ou período de semidesintegração (P). Assim, a cada período de tempo P, a quantidade de material radioativo reduz-se à metade da anterior, sendo possível relacionar a quantidade de material radioativo a qualquer tempo com a quantidade inicial por meio de uma função do tipo exponencial: M(t) = M0 . ( 2 )^-t/p.
Onde: M0 é a quantidade (massa) inicial de material radioativo; t é o tempo decorrido; p o valor da meia-vida do material radioativo.
O acidente radioativo ocorrido na cidade de StoryBrooke lançou na atmosfera uma grande quantidade de elementos radioativos, inclusive o urânio 235. Esse elemento tem meia-vida igual a 21. Considerando que a quantidade inicial encontrada de urânio 235 foi de 128 gramas, e sabendo que o local poderá ser considerado seguro quando essa quantidade decair a 1/16 da quantidade inicial:
M0 = 128
M(t) = (1/16)*128 = 8
P = 21
8 = 128*(2)^-t/21
1/16 = 2^-t/21
2^-4 = 2^-t/21
-4 = -t/21
t = 84
Decorre que após 84 anos o local poderá ser considerado seguro novamente.
GRÁFICO
Podemos tabular a função M(t) = M0 . ( 2 )^-t/p para construir o gráfico de acordo com a variação do tempo t. admitindo os mesmos dados acima, transcorrendo 4 meses a cada variação, podemos observar o gráfico de decaimento da radioatividade conforme abaixo. Sendo a massa do momento inicial de 128 gramas, e a massa desejada final igual a 8 gramas.
	Tempo em meses
	Peso em Gramas
	0
	128,0000000000
	4
	112,1685027503
	8
	98,2951016347
	12
	86,1376123285
	16
	75,4838047294
	20
	66,1476981124
	24
	57,9663145129
	28
	50,7968336630
	32
	44,5140998159
	36
	39,0084369345
	40
	34,1837341061
	44
	29,9557677585
	48
	26,2507313922
	52
	23,0039471591
	56
	20,1587367983
	60
	17,6654322188
	64
	15,4805084564
	68
	13,5658238700
	72
	11,8879543131
	76
	10,4176096567
	80
	9,1291224800
	84
	8,0000000000
COMPROMISSOS ÉTICOS
De acordo com a narrativa a respeito do acidente em StoryBrooke, é possível reconhecer que a empresa tinha conhecimento dos riscos da atividade, como é praxe em usinas nucleares. O ponto a destacar é que obviamente esse conhecimento não está no nível satisfatório nesse tipo de atividade, até que ela tenha risco zero. Um acidente envolvendo radioatividade causa grande custo social, e pode atingir escalas inimagináveis. Portanto é necessário que a regulação das normas de segurança esteja presente em todo o processo.
Em relação ao compromisso da empresa com questões éticas, políticas ou sociais, esta atitude aparece a partir do momento em que busca-se um plano de contingência para conter os efeitos da catástrofe. No entanto, trata-se de uma ação de correção, quando podemos detectar a falha principal na prevenção.
A organização de uma força-tarefa para conter a radiação e para tratamento das vítimas demonstra preocupação e é adequada no sentido de minimizar os impactos sociais e ambientais do acidente, muito embora depois de ocorrido o acidente essa iniciativa seja imperativa e obrigatória.
IDENTIFICAÇÃO DOS COMPOSTOS QUÍMICOS
O polônio é um elemento químico de símbolo PO, de número atômico igual a 84 (84 prótons e 84 elétrons), com massa atômica igual a 209. Pertence ao grupo VIA ou 16 da tabela periódica. À temperatura ambiente, o polônio encontra-se no estado sólido. Quando misturado ou em liga com o berílio (BE), pode ser empregado como uma fonte de nêutrons.
A distribuição eletrônica do polônio é:
1 s2
2 s2 / 2 p6
3 s2 / 3 p6 / 3 d10
4 s2 / 4 p6 / 4 d10 / 4 f14
5 s2 / 5 p6 / 5 d10
Quanto à solubilidade em água, podemos descrever que, para o polônio, a água é um solvente fraco para os hidrocarbonetos. Presença de ligações duplas, triplas ou anéis aromáticos, não afeta muito a polaridade – semelhante aos alcanos em sua solubilidade. Halogênio substituindo um hidrogênio diminui a solubilidade. Sais são extremamente polares e geralmente solúveis em água. Ácidos e aminas são mais solúveis do que os compostos não polares. A solubilidade de aminas diminui à medida que a basicidade diminui. Muitas aminas terciárias são mais solúveis em água fria do que em água quente.
A temperatura de fusão do polônio é igual a 254°C e possui temperatura de ebulição a 962°C. Portanto, encontra-se em estado sólido a temperatura ambiente (25°C).
O polônio tem muitos isótopos radioativos. Existem 25 isótopos conhecidos do polônio, com número atômico variando de 194 a 218. O polônio 210 é o isótopo natural mais comum, com meia-vida de 134,8 dias. O polônio 209 tem meia-vida de 103 anos e o polônio 208 de 2,9 anos, e podem ser obtidos com bombardeamento de chumbo ou berílio com partículas alfa, próton ou deutério num cíclotron. Entretanto, essa produção é bastante cara.
O polônio é um elemento radioativo e tóxico e o seu manuseio é muito perigoso, e requer o uso de um equipamento de segurança especial, utilizado com procedimentos restritivos. Dentro do corpo humano, o polônio tem meia-vida de 30 dias. Os sintomas de contaminação por polônio variam de acordo com a quantidade do material. Em menores quantidades,a pessoa sente náuseas e fadiga, podendo ocorrer vômito. Em quantidades maiores, pode ocorrer também queda de cabelo. À medida que a contaminação se torna maior, as partículas alfa podem atacar o sistema sanguíneo e a medula óssea, causando hemorragias e infecções. Em qualquer etapa, pode ocorrer o óbito.
O césio é um elemento químico de símbolo CS, de número atômico igual a 55, com massa atômica próxima a 133. Pertence ao grupo IA da tabela periódica, sendo um metal alcalino. À temperatura ambiente, o césio encontra-se em estado sólido. 
A distribuição eletrônica do césio é:
1 s2
2 s2 / 2 p6
3 s2 / 3 p6 / 3 d10
4 s2 / 4 p6 / 4 d10
5 s2 / 5 p6
6 s1
A temperatura de fusão do césio é baixa, igual a 28°C e possui temperatura de ebulição a 670°C. Portanto, encontra-se em estado sólido a temperatura ambiente (25°C).
O césio tem 32 isótopos conhecidos, mas somente um isótopo natural estável, o césio 133. O radioisótopo césio 137 pode advir da detonação de armas nucleares, e de emissões de centrais nucleares, como ocorreu em Chernobyl, e do vazamento ou mau gerenciamento de rejeitos hospitalares, como ocorrido em Goiânia.
O césio 137 possui forte tendência para fixar-se no solo, porém possui alta mobilidade somente em solos orgânicos, o que não ocorre em solos minerais, facilitando a sua bioacumulação em plantas e dificultando sua lixiviação para rios e lagos. Sua retenção é predominante em solos ricos em minerais micáceos.
A contaminação por césio 137 pode ser prevenida através da construção de sarcófagos de isolamento do material radioativo ou remediada através da lavagem das roupas dos contaminados com água e sabão e com a ingestão de quelante Azul da Prússia.
O césio metálico é altamente explosivo em água fria. Alguns de seus radioisótopos são altamente perigosos para o ambiente e os humanos. Pode causar infertilidade e câncer em pequenas doses.
Alguns outros compostos radioativos:
NOME: URÂNIO
SÍMBOLO QUÍMICO: U
MASSA ATÔMICA: 238u
NÚMERO ATÓMICO: 92
PESO ESPECÍFICO: 18700 Kgr/m3
CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s1 4f14 5d10 6p6 7s2 5f3 6d1
SOLUBILIDADE EM ÁGUA: SOLÚVEL
ESTADO FÍSICO EM TEMPERATURA AMBIENTE: SÓLIDO
PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO: 1132 ºC e 4131 ºC
ISÓTOPOS: U232, U233, U234, U235 e U238.
ISÓTOPO COM MAIOR POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA: U235
Este elemento pode ser encontrado em minérios de uraninita, euxenita, carnotita, branerita, torbenite e a coffinita, sendo o primeiro o mais importante. O Brasil é o sexto país com maior reserva de Urânio sendo as principais reservas a de Caetité (BA) e a de Santa Quitéria (CE).
O Urânio enriquecido é o Urânio cujo teor de U235 foi aumentado, através de um processo de separação de isótopos, ou seja, a separação do Urânio físsil do Urânio não físsil. Dois processos se destacam no enriquecimento do Urânio, a difusão gasosa e a ultracentrifugação. 
NOME: RÁDIO
SÍMBOLO QUÍMICO: Ra
MASSA ATÔMICA: 226u
NÚMERO ATÓMICO: 88
PESO ESPECÍFICO: 11000 Kg/m3
CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2
SOLUBILIDADE EM ÁGUA: SOLÚVEL
ESTADO FÍSICO EM TEMPERATURA AMBIENTE: SÓLIDO
PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO: 700ºC e 1737ºC
ISÓTOPOS: Ra223, Ra224, Ra226, Ra228.
ISÓTOPO COM MAIOR POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA: Ra226
	Encontrado combinado em quantidades mínimas no minério de Urânio.
NOME: TÓRIO
SÍMBOLO QUÍMICO: Th
MASSA ATÔMICA: 232u
NÚMERO ATÓMICO: 90
PESO ESPECÍFICO: Kg/m3
CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 6d2
SOLUBILIDADE EM ÁGUA: 
ESTADO FÍSICO EM TEMPERATURA AMBIENTE: 
PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO: 1755 ºC e 4787ºC
ISÓTOPOS: Th227 a Th234
ISÓTOPO COM MAIOR POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA: Th231
A fissão nuclear é simplesmente a quebra do núcleo de átomos pesados em duas partes ou mais, através do bombardeamento com nêutrons, liberando grande quantidade de energia na forma de calor que, em seguida, é transformada em energia elétrica. Já a fusão nuclear é o processo inverso, quando ocorre a utilização da energia liberada no processo de ligação química dos átomos para formação de átomos pesados.
EXEMPLO COM O CÉSIO 137
Na contaminação com o césio 137 em Goiânia, 112.800 pessoas foram expostas aos efeitos radioativos. A retirada do material contaminado rendeu 6 mil toneladas de lixo atômico, que foi acondicionado em 14 contêineres lacrados. Dentro deles, estão 1.200 caixas e 2.900 tambores revestidos de concreto e aço, que permanecerão perigosos ao meio ambiente por 180 anos.
Sabendo que a soma de uma caixa e um tambor equivale a 3.200 quilos de resíduos, demonstra-se abaixo o cálculo do peso de cada caixa e cada tambor.
Pt = peso do tambor
Pc = peso da caixa
(2900 – 1200)*Pt + (1200*3200) = 6000000
Pt = (6000000 – (1200*3200)) / (2900 – 1200)
Pt = 216000 / 1700
Pt = 1271 kg = 1,27 t
Pc = 3200 – 1271
Pc = 1929 kg = 1,93 t
(1,27*2900) + (1,93*1200) = 6000t
CONCLUSÃO
Além do trabalho ora apresentado ter nos permitidos desenvolver os conceitos das disciplinas do semestre, este pôde trazer novos conhecimentos a respeito de um tema controverso como o uso da energia nuclear.
Os perigos a que as pessoas e o meio ambiente estão expostos quando do uso desse tipo de fonte de energia trazem à tona a responsabilidade que tem o profissional de engenharia na manipulação desses processos.
Além do ferramental matemático, é preciso conhecer e dominar toda uma gama de processos físicos e químicos, além dos sociais, pois o uso de energia nuclear afeta toda a vida no planeta, tanto positivamente quanto negativamente.
É imperioso adentrar nessa área com o máximo preparo no sentido de trazer apenas os benefícios inerentes ao seu objetivo principal, que é a geração de energia para a vida na Terra.
REFERÊNCIAS
ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.
MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J.; Química: um curso universitário, Ed. Edgard Blucher LTDA, São Paulo/SP – 2002.
SANTOS, Luciana Dallabrida dos. A matemática no ensino médio: que
entendimentos são produzidos pelos alunos? 2015. 
CURY, Helena Noronha. Análise de erros em cálculo diferencial e integral:
resultados de investigações em cursos de engenharia. COBENGE, 2003.
VILLACORTA, Kely Diana; GARCIA, Felipe. Calculo diferencial e integral.
2013. Disponível em:
ALIANE, Sirlene Cristina. Valores urbanos, ética e moral social –
fundamentos humanísticos da civilização ocidental.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ENGENHARIA CIVIL
FABIANO LUCIO NASCIMENTO
LUCAS RAMOS CORREA
RAFAEL PERDIGÃO OLIVEIRA
JOSE LUIZ DA SILVA PEREIRA
CARLOS EDUARDO VIERA CAHET
MARCELO AGUIAR PERA
ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR - GRUPO:
Radioatividade
Teresópolis
2016
FABIANO LUCIO NASCIMENTO
LUCAS RAMOS CORREA
RAFAEL PERDIGÃO OLIVEIRA
JOSE LUIZ DA SILVA PEREIRA
CARLOS EDUARDO VIERA CAHET
MARCELO AGUIAR PERA
ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR - GRUPO:
Radioatividade
Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Curso de Engenharia Civil à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR VIRTUAL, para as disciplinas do 1º Semestre.
Professores: Gisele Alves Santana, Keila Boni, Claudiney José de Sousa, Carlos Roberto da Silva Junior, Mariana da Silva Nogueira Ribeiro e Luana Nascimento de Paula.
Teresópolis
2016

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