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PRINCÍPIOS DE ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO CLIENTE EM COMA

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PRINCÍPIOS DE ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO CLIENTE EM COMA
Algumas orientações são úteis no acompanhamento desta clientela pela enfermagem:
- Manter uma avaliação constante do nível de consciência e das alterações nas respostas do paciente (ver se abre os olhos sozinhos ou quando é aspirado, ver se flete ou não pernas e braços, ver se apresenta tosse ou deglutição.
- Manter sempre a cabeceira elevada entre 30º e 45º para diminuir a pressão intracraniana (PIC).
- Evitar a flexão do quadril, pois aumenta a pressão intracraniana. Só é possível fletir uma perna sobre a outra.
- Observar se apresenta distensão abdominal. Seja qual for a causa, isto sempre provoca aumento da pressão intracriana.
- Acompanhar se há queixas de cefaleia, mesmo com a cabeceira elevada, pois pode significar pequeno sangramento ou hipertensão.
- Acompanhar o padrão ou tipo de respiração: rápida, forte, fraca, irregular, silenciosa?
- Acompanhar curva térmica, pois é comum a febre.
- Acompanhar balanço hídrico é fundamental. É frequente este ser negativo, ou seja, o paciente perde mais líquido do que aquele que é administrado.
- Acompanhar se há crises convulsivas. Saber diferenciar de abalos musculares. Em crises convulsivas, se possível, colocar cânulas de Guedel e preparar uma ampola de diazempam para administração imediata.
- Realizar mudança de decúbito para evitar úlceras e as contraturas dolorosas e/ou ombro doloroso.
- Vigiar o surgimento do seguinte quadro em conjunto: hipertensão, bradicardia, alterações na respiração. Caso o paciente apresente este quadro, notifique ao médico.
- Ao dar o banho no leito, não abaixar a cabeceira, não realizar tração ou rotação do pescoço do paciente.
- Caso o paciente esteja intubado, evitar aspirar prolongadamente. No máximo por vinte segundos de cada vez (prender a respiração e contar até vinte). Evitar os espasmos da tosse, porque aumentam a pressão intracraniana. Manter o cadarço de fixação sempre acima da altura da orelha.
- Caso o paciente apresente vômitos, não deixar de registrar ou comunicar. Pode-se dever à hipertensão arterial aumentada ou pressão intracraniana elevada.
- Não realizar infusões de sangue ou derivados rápidos demais.
- A higiene oral deve ser meticulosa, porque após cinco dias o risco de infecção por fungos é grande.
- Monitorar se o cateter vesical está acoplado a um sistema fechado de urina. Manipular corretamente este sistema. Observar presença de infecção urinária (turva, fétida e sanguinolenta).
- A oximetria destes pacientes não pode indicar níveis de oxigênio abaixo de noventa, caso contrário, notifique logo ao médico.
- Sempre que o paciente apresentar agitação psicomotora, movimentos respiratórios forçados, vômitos, cefaleia e variações mentais, sugere elevação da PIC e requer notificação imediata.
- Se o paciente tem sonda nasogástrica, avalie sempre a sua posição. Se possível não passar sonda por via nasal em quem tem trauma de face ou traumatismo crânio-encefálico.
- Nunca abaixar a cabeceira se o paciente está recebendo dieta enteral. 
- A hipertermia persistente, que responde pouco aos cuidados tradicionais (banhos e antitérmicos), é um sinal prognósticos negativo pro paciente. 
Exemplo de um protocolo aplicado pela equipe de enfermagem a pacientes em coma:
1 - Problema: Mudanças na consciência, resposta motora e verbal.
1 - Cuidados: Pesquisar se movimenta ou não os membros, se reage em decorticação ou descerebração, desejável aplicar-se a escala de coma de Glasgow e movimentar para o banho ou troca de cadarço sem rotar o pescoço.
2 - Problema: Aumento da PIC
2 - Cuidados: Valorizar queixas de cefaleia, se tiver PIC acompanhar o valor ideal que deve ser entre 12 e 15mmHg, evitar manobras que interfiram com a drenagem venosa, mantendo a cabeça em posição neutra evitando a rotação e tração do pescoço, ser cuidado com a tríade de Cushing (bradicardia, hipertensão e alteração no padrão respiratório), manter cabeceira elevada entre 30 e 45 graus, evitar flexão do quadril, administrar diurético osmótico e garantir o balanço hídrico nos primeiros três dias, não respirar além de 20 a 30 segundos, usando controle da própria respiração ou contar (1001, 1002, etc).

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