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LFG – processo penal – aula 01. 
 
 
1 – INQUÉRITO POLICIAL (IP) 
 Conceito: procedimento administrativo, inquisitório e preparatório, 
presidido pela autoridade policial, consistente em um conjunto de diligências 
objetivando a identificação das fontes de prova e colheita de elementos de 
informação quanto à autoria e materialidade do delito, a fim de possibilitar que 
o titular da ação penal possa ingressar em juízo. 
 Cuidado com o termo circunstanciado – diferente do IP. Termo 
circunstanciado a L 9.099/95 (art 69) – deve ser utilizado em relação a uma 
infração de menor potencial ofensivo. 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, 
providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente 
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão 
em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, 
como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a 
vítima. (Redação dada pela Lei nº 10.455, de 13.5.2002)) 
 Infração de menor potencial ofensivo – contravenções 
penais e crimes com pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ou não 
com multa, submetidos ou não a procedimento especial, ressalvadas as 
hipóteses envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
2 – NATUREZA JURÍDICA DO IP. 
 Procedimento administrativo (doutrina e jurisprudência). 
 Do IP não resulta a imposição direta de nenhuma sanção (motivo de 
considerar que o IP não é um processo e sim procedimento de natureza 
administrativa). 
 Obs – eventuais vícios do IP não causam a nulidade do processo a que 
der origem, salvo na hipótese de provas ilícitas. 
 
3 – FINALIDADE DO IP. 
 A colheita de elementos de informação quanto a autoria e materialidade 
do delito. 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos 
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 Elementos informativos x provas 
 Os elementos informativos são colhidos na fase investigatória, já 
as provas são colhidas, em regra, na fase judicial (exceções: provas cautelares 
– são aquelas em que há um risco de desaparecimento do objeto da prova em 
razão do decurso do tempo, em relação aos quais o contraditório será diferido. 
Em regra, dependem de autorização judicial, ex: interceptação telefônica ou 
busca domiciliar - , não repetíveis – são aquelas que não tem como ser 
novamente coletadas ou produzidos, em virtude do desaparecimento da fonte 
probatória, em relação às quais o contraditório será diferido, em regra não 
dependem de autorização judicial. Ex: exames periciais nas infrações cujos os 
vestígios podem desaparecer - . e antecipadas – são aquelas produzidas com 
a observância do contraditório real perante a autoridade judiciária, em 
momento processual distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes 
do início do processo, em virtude de situação de urgência e relevância. Ex: art 
225 do CPP - Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por 
enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, 
o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente 
o depoimento – chamado de depoimento ad perpetuam rei memoriam. ART 366 do CPP - 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção 
antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos 
termos do disposto no art. 312.) 
 Os elementos informativos não possuem a obrigatoriedade de 
observância do contraditório e da ampla defesa. Já as provas, conforme o art. 
155, será obrigatória a observância do contraditório e da ampla defesa. 
 Nos elementos informativos o juiz só deve intervir quando 
provocado e desde que seja necessária sua intervenção. Já quanto a prova, o 
papel do juiz será dotado de iniciativa probatória durante o curso do processo, 
a qual deve ser exercida subsidiariamente. 
 Obs – vigora no processo penal o princípio da identidade 
física do juiz – ART 399 §2º do CPP. 
 Qual é a finalidade dos elementos informativos? R – servem como 
subsidio para a decretação de medidas cautelares. Auxiliam na formação 
convicção do titular da ação penal (opnio delicti). Já a prova tem como 
finalidade auxiliar na formação da convicção do juiz (buscar a condenação ou 
absolvição do acusado). 
 Quanto a questão da decisão exclusivamente – os elementos 
informativos, isoladamente considerados, não podem fundamentar a convicção 
do juiz, porém não devem ser desprezados, podendo se somar a prova 
produzida em juízo para fundamentar uma condenação ou absolvição (No STF 
o RE 425734 e o RE 287658) – tem que usar de maneira subsidiária (a 
utilização dos elementos de informação). 
 
4 – ATRIBUIÇÃO PARA A PRESIDENCIA DO IP. 
 
NATUREZA DO CRIME E A 
COMPETÊNCIA PARA O SEU 
JULGAMENTO. 
ATRIBUIÇÃO PARA AS 
INVESTIGAÇÕES. 
Crime militar de competência da 
justiça militar da União. 
As forças armadas por meio do 
Inquérito Penal Militar – realizado por 
um oficial denominado como 
encarregado. 
Crime militar de competência da 
justiça militar dos estados-membros. 
A policia militar e o corpo de bombeiro 
irá investigar conforme citado acima. 
Crime eleitoral de competência da 
justiça eleitoral. 
Policia federal. Imaginando cidades 
que não tenham delegacia da PF, o 
crime poderá ser investigado pela PC. 
Crime federal – de competência da 
justiça federal. 
Polícia federal. Imaginando cidades 
que não tenham delegacia da PF, o 
crime poderá ser investigado pela PC 
Crime estadual – competência da 
justiça estadual 
Polícia civil/ a Polícia Federal Tb 
investiga crimes da competência da 
justiça estadual (L 10.446/02), mas 
desde que o crime comum tenha uma 
certa repercussão interestadual ou 
internacional. 
 
 5 – CARACTERÍSTICAS DO IP. 
 A – o IP é uma peça escrita. 
 Obs – prestar atenção ao art 404 §1º do CPP – trata do 
procedimento comum ordinário – menciona que em juízo pode gravar os atos 
judiciais. Sendo assim, a doutrina defende que se pode gravar atos judiciais, 
poderia ser aplicado analogicamente ao IP. 
 B – peça dispensável. 
 Se o titular da ação penal contar com elementos 
informativos obtidos em procedimento investigatório diverso do IP, poderá 
dispensar o inquérito. 
 C – peça sigiloso 
 A surpresa e o sigilo são indispensáveis a própria eficácia 
das investigações. 
 Em situações excepcionais a publicidade deve ser 
preconizado no IP, caso do retrato falado. 
 A quem não se opõe o sigilo do IP? R – juiz (acesso amplo 
e irrestrito), mesma coisa se diga quanto ao MP. Já o advogado, o advogado 
pelo estatuto da OAB ele teria direito a acessar os autos do IP, não havendo 
necessidade de procuração, salvo se houver informações sigilosas nos autos, 
neste caso só poderá ter acesso aos autos mediante procuração. Entretanto, o 
acesso que o advogado tem ao IP não se refere as diligências que estão em 
andamento, somente asque estão já nos autos do procedimento do IP (súmula 
vinculante nº 14 - STF Súmula Vinculante nº 14 - PSV 1 - DJe nº 59/2009 - Tribunal 
Pleno de 02/02/2009 - DJe nº 26/2009, p. 1, em 9/2/2009 - DO de 9/2/2009, p. 1 Acesso 
a Provas Documentadas em Procedimento Investigatório por Órgão com Competência 
de Polícia Judiciária - Direito de Defesa É direito do defensor, no interesse do 
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em 
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 
 O advogado vai a delegacia e lá ocorre uma negativa de 
acesso aos atos do IP – se tem uma súmula vinculante do STF – poderia 
cogitar do ajuizamento de uma reclamação perante o Supremo (tecnicamente 
correto), mas seria um instrumento mais demorado. O MS seria um instrumento 
mais rápido, tendo em vista que tal negativa fere um direito do advogado 
conforme o estatuto da OAB (proteção de um direito líquido e certo do 
advogado, que será o legitimado ativo). Caberia um HC? R – deve ser utilizado 
em prol da proteção da liberdade de locomoção do investigado. 
 
 D – O IP é uma peça inquisitorial. 
 Não é obrigatória a observância do contraditório e da ampla 
defesa no IP. 
 Posição minoritária sustentam a possibilidade de 
ampla defesa no IP, e este direito de defesa pode ser um exercício exógeno (é 
aquele efetivado fora dos autos do IP, por meio de um remédio constitucional 
ou mediante requerimentos endereçados ao juiz e ao MP) e endógeno (aquele 
praticado nos atos do IP, por meio da oitiva do investigado ou de diligências 
solicitadas pela defesa à autoridade policial) 
 OBS – CUIDADO COM O ESTATUTO DO ESTRANGEIRO 
(L 6.815/80) – prevê um Inquérito para a expulsão do estrangeiro, nesse 
inquérito a observância do contraditório e ampla defesa é obrigatório – 
tecnicamente não há investigação, mas sim o procedimento para a expulsão.

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