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Ações da insulina e resistência insulínica

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Ações da insulina e resistência insulínica 
Elisa Freitas Macedo
Até a p1 nós vamos falar de hiperlipidemia, síndrome metabólica e obesidade. A insulina é um hormônio proteico que participa ativamente do metabolismo glicídico, proteico e lipídico. 
O efeito anabolizante da insulina é fácil de ver em um paciente magro, DM1, que ficou diabético essa semana, a mãe levou ele lá porque tava com poliuria, polidpsia, emagrecimento. Indicando um inicio súbito de falta de insulina. A insulina é, talvez, um dos principais hormônios anabolizantes que nós temos. 
A esquematização mostra uma cadeia alfa, uma cadeia beta, ligadas pelo peptídeo de conexão, que conecta alfa e beta. A insulina é secreta pelas células beta e o glucagon é secretado pelas células alfa.
A insulina inibe essas vias de produção hepática de glicose (glicogenólise e gliconeogenese). O paciente em jejum libera glucagon, hGH, cortisol. Mas pra efeito de glicemia o principal é o glucagon. Quando você entra em jejum prolongado, aumenta a secreção do glucagon, e também de cortisol. O cortisol estimula a gliconeogenese, assim como o glucagon. 
O principal estímulo da secreção de insulina é o carboidrato. Arginina estimula também, mas o principal é o carboidrato, principalmente aquele que é administrado por via oral. 
Depois de uma refeição, o carboidrato que você ingeriu vai chegar na célula beta. E lá tem um sensor de glicose. A célula beta, quando a glicemia começa a se elevar, a glicose chega na membrana, é transportada pelo GLUT (transportador de glicose). No caso do pâncreas, na célula beta é o GLUT 2. Então, a glicose entra na célula, ela é transformada em glicose-6-fosfato, por uma enzima que é justamente o sensor da glicose, que é a glicoquinase. Depois disso, a célula entra no Ciclo de Krebs, vai gerar ATP, com a energia do ATP fecha os canais de potássio e há o influxo de cálcio, aí libera insulina. O diabetes tipo mod é uma mutação no gene da glicoquinase.
Uma classe de medicamentos que a gente usa para o diabetes, é representada pelas sulfanilureias (glibenclamida). Elas atuam fechando os canais de potássio, estimulando a secreção de insulina. 
Os carboidratos são metabolizados pelas incretinas. Incretinas são peptídeos que você libera no TGI quando você se alimenta. Elas são o GIP e o GLP-1. Das duas, o GLP-1 tem umas vantagens a mais, porque ele diminui o esvaziamento gástrico, o que gera mais saciedade e a pessoa come menos. Ele melhora a secreção de insulina e diminui a secreção do glucagon. 
Tanto o GIP quanto o GLP-1 são rapidamente degradados. Eles são degradados rapidamente pela DPP-4. Então, evoluiu-se o tratamento e hoje nós temos os medicamentos que são os bloqueadores de DPP-4, com isso aumenta a ½ vida de GIP e de GLP-1. 
Ao se alimentar, ocorre secreção de insulina, a primeira passagem é pelo fígado. No fígado captou a glicose e há o ciclo de Krebs ou síntese de energia, aumentando a glicemia. Quando você secreta a insulina, a insulina vai correr atrás do seu receptor. A insulina vai se acoplar ao seu receptor, vai haver a utilização de GLUT, com isso, facilita o influxo da glicose para o meio intracelular. No fígado e no pâncreas, GLUT-2. Na periferia GLUT-4. 
É importante saber que existe o GLUT, que ele é facilitador, transportador da glicose, faz a glicose entrar no meio intracelular, provoca aumento da insulina, uma serie de fosforilação, capta a glicose. 
A resistência insulínica é quando o paciente tem dificuldade de captar glicose. No obeso existe resistência a insulina.
A glicose passa pelo fígado, no fígado vai fazer captação de glicose e síntese de glicogênio. E ela inibe as vias hiperglicemiantes promovidas pelo glucagon. A insulina também tem atuação no metabolismo proteico e lipídico. A bomba proteica também vai estimular a captação de glicose no musculo. 
Na DM1 não tem insulina. Não vai captar glicose pelo fígado. Não vai inibir gliconeogenese e glicogenólise. Nesse caso, a glicemia vai aumentar. Não vai captar glicose pelo musculo, não vai captar aminoácidos. Não vai captar aminoácido e como não entra glicose, libera mais aminoácido. Esse aminoácido em excesso vai ao fígado e estimula a gliconeogenese. 
O triglicerídeo é uma molécula com 3 ácidos graxos e 1 glicerol. No TGI é a lipase pancreática. No caso endógeno é a lipase lipoproteica. No adipócito, a insulina também promove captação de glicose. E também vai ser substrato para a síntese de glicerol. A gordura que você ingeriu vai ser hidrolisada pela lipoproteína lipase, aí vai entrar ácidos graxos e glicerol. A insulina promove captação de glicose para a síntese de glicerol. O triglicerídeo que você ingeriu vai ser hidrolisado pela lipase lipoproteica para entrar no adipócito ácidos graxos e glicerol. Lá dentro do adipócito vai haver reesterificação e vira triglicerídeos novamente.
A insulina estimula a atividade da lipase lipoproteica. O paciente com resistência insulínica também vai ter dificuldade na ação da lipase lipoproteica, fazendo com que haja dificuldade de armazenar triglicerídeos. Então, o individuo com resistência insulínica vai ter uma tendência à hiperglicemia e à hipertrigliciremia, tendo uma tendência a ter dificuldade de armazenar acido graxo. O ácido graxo, ao invés de ficar armazenado no subcutâneo, vai sair pro musculo, fígado. O acido graxo pode ir ao fígado, fazer uma esteatose hepática, pode entrar no musculo dificultando a ação da insulina nesse paciente. 
A insulina é importante no metabolismo glicídico porque capta a glicose, estimulando o glicogênio a se internar. No metabolismo proteico, a insulina é importante porque estimula a captação de aminoácido e glicose. A insulina no metabolismo lipídico estimula a captação de glicose no tecido adiposo, e a síntese de glicerol. Além disso, a gordura que você ingeriu vai ser hidrolisada pela lipase lipoproteica, que vai hidrolisar o triglicerídeo em acido graxo e glicerol. Vai entrar no adipócito, lá são reesterificados. 
No obeso com resistência insulínica, o adipócito dele responde pouco a lipase lipoproteica. A insulina estimula a ação da lipase lipoproteica. A insulina alta no plasma perde qualidade de ação. No hipotálamo a insulina promove saciedade. 
Quando a glicose ultrapassa 180 no sangue gera glicosuria, o rim perde a capacidade de reabsorção, aí a glicose consegue escapar e com isso ela puxa agua. Isso é a diurese osmótica. Ocorre polifagia porque tem resistência de insulina no hipotálamo.

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