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Bélvio Bernardo Francisco, Lichinga 2017, Universidade Pedagógica,FACEP,Lichinga.
FUNDAMENTOS DA PEDAGOGIA
CONCEITO, OBJECTO E OBJECTIVOS DA PEDAGOGIA
O que é a Pedagogia?
A palavra pedagogia, etimologicamente provem do grego paidagogia que significa arte de 
Instruir e educar crianças.
Quer dizer:
Paidos – criança
Ago – dirigir
Lógia – ciência, logo ciência de dirigir crianças.
Assim eram chamados escravos que acompanhavam as crianças para as escolas.
Hoje, pedagogo é um especialista em assuntos educacionais e a pedagogia é a ciência da educação que explica e orienta a prática educativa através de uma metodologia própria.
. É o conjunto de conhecimentos estruturados relativos ao fenómeno educativo;
É o campo de conhecimentos que se ocupa ao estudo sistemático da educação;
É a principal ciência que se ocupa da busca de soluções para os problemas da educação;
Pedagogia é a filosofia, ciência e arte técnica da educação. PILLETI, 1991:41;
Pedagogia é a ciência sobre a educação, instrução e ensino do homem em todos os momentos históricos do seu desenvolvimento.
A Pedagogia é um campo de conhecimentos que investiga a natureza das finalidades da educação numa determinada sociedade, bem como os meios apropriados para a formação dos indivíduos, tendo em vista a prepará-los para as tarefas da vida social. (LIBÂNEO, 1994:24).
Pedagogia como Ciência: seu surgimento.
 As ideias relativas a educação já vem desde os tempos mais antigos e não estavam organizados de uma forma sistematizada. Um exemplo dos pensamentos da educação nos povos “ditos” primitivos é os pensamentos religiosos, políticos, morais e os trabalhos manuais diários como: a pesca, a caca, a recolecção, a cozinha que passavam de geração em geração sem haver uma instituição organizada onde podiam se transmitir esses conhecimentos.
Somente no século XVII é que a pedagogia foi elevada a categoria de ciência, devido a obras como “O Tratado Sobre a Educação” de Luís Vives (sec. XVI) e “Didáctica Magna” de Coménio (sec. XVII), que contribuíram para a sistematização do pensamento pedagógico e oferecendo uma “autonomia” parcial em relação a Filosofia.
Actualmente, a Pedagogia é definida como sendo “a filosofia, ciência e arte técnica da educação” (PILLETI; 1991:24) ou também “como uma rede de enunciados sobre o fazer educativo (...)” (LIBANEO;1996:27).
Qual é o objecto de estudo da Pedagogia?
O aspecto etimológico da pedagogia que era arte de condução ou guia de crianças, contribuiu para que acreditasse e tratasse de um saber específico com objecto de estudo próprio, que é a educação da criança.
Actualmente a Pedagogia estuda a educação do homem em todas as fases do seu desenvolvimento histórico. Portanto, a educação é o objecto de estudo da pedagogia, colocando a acção educativa como objecto de reflexão, visando descrever e explicar sua natureza, seus determinantes, seus processos e modos de actuar.
Importância da Pedagogia
A importância da pedagogia reside no facto de ela estudar e determinar os princípios, normas e meios educativos de uma maneira sistemática, segura e mais rápida, com vista a formação da personalidade humana segundo os propósitos da sociedade. Ela, faz uma reflexão crítica do processo educativo e transforma a arte não sistemática em sistemática e empírica em técnica científica.
A pedagogia é instrumento fundamental da actividade docente. Com ajuda dela, o professor conhece os regulamentos, leis, normas do processo do ensino e educação, os seus métodos ou vias para atingir os objectivos visados.
Quais os objectivos da Pedagogia?
- educar e preparar o homem para o presente, futuro utilizando ou aprendendo das experiencias acumuladas pela humanidade ao longo dos tempos;
- transformar a criança num instrumento de felicidade para si próprio e para os seus semelhantes;
- suscitar e desenvolver na criança capacidades físicas, intelectuais e morais;
- formar integralmente a criança desenvolvendo as suas capacidades intelectuais, físicas e morais, usando a sua melhor integracao individual e socialna comunidade onde faz parte,
Garantir a eficiência e eficácia da educação do homem pelo homem;
Desenvolver o espírito de análise crítica e reflexiva a problemática do processo educativo;
Conhecer os princípios, metodologia e leis da planificação, organização, direcção e controle do processo educativo;
Compreender o carácter social, político, económico, individual, científico e técnico do processo educativo;
Aplicar os conhecimentos pedagógicos em conformidade com os conhecimentos da psicologia e das metodologias das disciplinas da sua especialidade;
Buscar soluções para a educação de acordo com a dinâmica e aspirações da sociedade;
Definir ou determinar actividades educativas segundo a política e economia do País;
Conhecer as responsabilidades do professor como encarregado da sociedade, do estado e assumir de forma consciente e comprometedora a actividade educativa.
Finalidades da pedagogia
- Educação do homem pelo homem;
- Buscar soluções para problemas da educação uma determinada sociedade.
CATEGORIAS DA PEDAGOGIA
São 3 categorias da pedagogia, isto é, conceitos básicos em que a pedagogia se orienta para a sua abordagem.
Educação;
Ensino e;
Instrução.
A categoria principal da pedagogia é a educação, pois esta possui um carácter mais extensivo, compreende outras noções da pedagogia que são o ensino e a instrução.
EDUCACAO: Sua origem
Se tomarmos em consideração que a educação é transmissão de experiencias acumuladas de geração em geração, ela surgiu com a aparição do homem na sociedade, isto é, a educação é um fenómeno antropologicamente ligado ao homem.
A educação existe em todo lugar mesmo onde não existe a escola. Ela surgiu por causa da descontinuidade (nascimento e morte), isto porque os conhecimentos, as experiências não são hereditários, logo urge uma necessidade imperiosa de passar estas experiências para os outros ou seja de geração para geração.
Noção da Educação
Educação, do latim educatione, significa, tirar para fora, movimento de dentro para fora, vem do verbo educare, que significa “criar e alimentar”. 
O conceito educação é de natureza complexa e pode ser definido sob muitas formas, de acordo com a influência das condições sócio-culturais de cada época
DURKEIM (1858-1971), define a educação como “acção exercida pelas gerações adultas sobre as novas que ainda não se encontram preparadas para a vida social. Tem como objectivo provocar e desenvolver na criança certo número de condições físicas, intelectuais e morais, no seu conjunto, seja o meio especial que a ela se destina particularmente”. 
Na visão de HERBERT, a educação é colocar materiais “alimento”ao educando, que é preciso dar ao espírito para que se desenvolva. 
Pode-se dizer que educar é introduzir “o que é” a uma plenitude de actualização e expansão, orientada em sentido de aceitação social; é dar sentido moral ao uso dos conhecimentos e técnicas.
A educação é um processo de transmissão e assimilação de valores culturais, hábitos e normas com vista a mudança de comportamento para a integração social.
Agentes da Educação: Educando, Os pais/ encarregados de educação, O Estado, Professor, O meio educativo, O meio físico, O meio familiar, O meio escolar e Meio social.
Educação enquanto um processo de formação da personalidade do homem para a vida, ela emprega-se em diferentes sentidos. 
Sentido amplo pedagógico 
Sentido restrito pedagógico.
No sentido amplo pedagógico
A educação exprime o processo de desenvolvimento e formação da personalidade do homem, que se efectua sob a influência de todos os factores, particularmente da educação, sobre o meio ambiente social, para participação activa na vida social, englobando as influências de toda a vida do homem incluindo o próprio ensino.
No sentido restrito 
A educacao é uma actividade intencional,especialmente organizada, realizada em instituicao própria, dirigida por um profissional, com objectivos claramente definidos, orientados para o desenvolvimento da personalidade do homem, mediante uma accao planificada.
Neste sentido a educação deve ser percebida como aquela que ocorre em instituições específicas, com finalidades explícitas de instrução e ensino mediante uma acção consciente, deliberada e planificada, embora sem se separar daqueles processos formativos gerais.
Educação é o processo que visa levar o indivíduo a explicitar e a desenvolver as suas virtualidades, em contacto com a realidade, tendo em vista promover o seu desenvolvimento espiritual, a fim de levá-lo actuar na mesma realidade com conhecimento, eficiência e responsabilidade, para serem atendidas necessidades pessoais, sociais e trascendentais da criatura humana NÉRICI (1985:10).
Tipos de educação
O ser humano não se desenvolve de forma solitária, nem de modo isolado, necessita do outro neste processo de humanização, que é a socialização – o que se entende como processo de adaptação e integração de cada indivíduo no seu grupo social. 
A educação é direito inalienável e necessária de qualquer ser humano ao longo de toda a vida. 
 Os diferentes âmbitos de actuação humana são vários e complexos, o que leva a valorar e delimitar diversos campos de actuação da educação. Estes campos recebem denominações diferentes como:educação não-formal,informal e formal. 
a) Educação não formal – refere-se a toda a actividade organizada fora do marco do sistema oficial, para facilitar determinadas classes de aprendizagem e sub grupos da população; dirige-se a população em geral, crianças, adolescentes, adultos e terceira idade adoptando-se em cada caso aos processos próprios da aprendizagem;
Exemplo: alfabetização, capacitação profissional, actividades escolares complementares, reciclagem, aperfeiçoamento profissional, reinserção, reabilitação social, etc. 
b) Educação informal – é o processo permanente em que todo o indivíduo adquire e acumula conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e modos de discernimento mediante as experiencias do dia-a-dia, através das influências educacionais disponíveis no seu meio ambiente. 
Refere-se às influências do contexto social e do meio ambiente sobre os indivíduos, abrange também as possibilidades educativas no decurso da vida de cada indivíduo, constituindo um processo permanente e não organizado.
Exemplo – a família, os vizinhos, locais de trabalho, os meios de informação de massa.
c) Educação formal – é o sistema educativo altamente institucionalizado, cronologicamente graduado e hierarquicamente estruturado que se estende dos primeiros anos da escola primária até aos últimos da universidade.
Atende ao desenvolvimento dos primeiros estádios vitais (infância, adolescência e juventude); é mais institucionalizado e dá-se em centros especialmente criados para o efeito. 
Ensino 
É a principal via da educação do homem para a vida, para a preparação da vida e para o trabalho.
É o processo especialmente organizado na interacção entre o professor e o aluno que consiste na transmissão/ mediação e assimilação de conhecimentos científicos, habilidades, hábitos, convicções de forma sistematizada e que ocorre em estabelecimentos de ensino devidamente autorizadas. 
O ensino é um processo bilateral que inclui por um lado professor a ensinar e por outro lado o aluno a aprender.
O ensino representa a educação em acção, isto é, em actividade de concretização dos seus propósitos. É a explicitação dos meios para a efectivação das intenções do conceito da educação no comportamento do indivíduo. É um processo bilateral. Ele compõe-se por dois lados (ensinar e aprender).
Instrução 
 É um processo e resultado de aquisição dos sistemas de conhecimentos científicos e habilidades cognitivas e na base deles a concepção do mundo, das qualidades morais, do desenvolvimento das forcas psíquicas e físicas e das capacidades criativas.
 A instrução tem um sentido mais amplo do que o ensino, pois ela não é só resultado do ensino, como também é resultado de auto – instrução, da influência dos meios de informação ( rádio, jornal, TV, internet ) e outras fontes de conhecimento incluindo o quotidiano.
A auto – instrução pressupõe um trabalho independente, intencional, especial, organizado, em que se busca a aquisição de saber num determinado campo ou área. A auto – instrução está intimamente ligado a auto – educação, entende – se como um trabalho consciente orientado a formação de certas qualidades.
A instrução se refere à formação intelectual, formação e desenvolvimento das capacidades cognitivas mediante o domínio de certo nível de conhecimentos sistematizados.
Concluindo, a acção educativa desenvolve-se em 3 áreas: cognitiva, afectiva e psicomotora, que se resume em saber, saber fazer e saber estar e ser.
RAMOS DA PEDAGOGIA
Na antiguidade, todos conhecimentos eram explicados numa única ciência que se chama Filosofia– como mãe de todas as ciências.
A pedagogia também não foge dessa realidade, e sendo assim, no seu carácter de ciência independente, subdivide-se nos seguintes ramos:
Fundamento de Pedagogia – analisa e examina as premissas do surgimento da ciência pedagógica (educação), procurando formar as noções básicas e fundamentos para um posterior aprofundamento.
Teoria da Educação – estuda os processos parciais da educação, dentro e fora do ensino nos quais se formam as qualidades (atitudes, convicções, hábitos, formas do do homem)
Didáctica Geral – estuda as leis da educação, instrução, de auto-instrução e do ensino propriamente dito, sob orientação do pedagogo. Elabora objectivos, conteúdos, métodos e técnicas de Ensino.
Pedagogia das idades – examina teorias gerais do homem nas diferentes faixas etárias, isto é, estuda as particularidades da educação e do ensino nos diferentes períodos etários. Assim temos: Pedagogia pré – escolar; Pedagogia escolar e Andragogia (educação de adultos). 
Pedagogia Especial ou Defectologia – ocupa-se nas pesquisas dos problemas da educação e do ensino, de preparação laboral das pessoas com deficiências físicas, mentais, visuais, auditivas, etc. 
Hoje, a dectologia tem outra designação: Necessidades educativas especiais.
Esta ciência subdivide – se em campos autónomos, dependendo do tipo da deficiência, assim temos:
Surdopedagogia – Dedica-se ao desenvolvimento da educação e ensino das crianças surdas.
Tiflopedagogia – Dedica-se ao desenvolvimento da educação e ensino das crianças cegas.
 Oligopenopedagogia – Dedica-se a educação, instrução e ensino das crianças com problemas psíquicos.
Logopedagogia – Dedica-se a educação e instrução e ensino das crianças com defeitos no processo de comunicação, audição e linguagem.
Etopedagogia – Dedica-se a educação, instrução e ensino das crianças com problemas comportamentais.
História da Pedagogia – examina o desenvolvimento da educação nas escolas e as teorias pedagógicas em diferentes períodos, desde a antiguidade ate a actualidade.
Pedagogia comparada – estuda as tendências gerais e os traços característicos do desenvolvimento das teorias pedagógicas e das práticas educativas em diferentes países do Mundo isto é, compara o sistema educativo ao nível dos países.
Administração e gestão escolar – investiga os problemas da planificação, organização, e administração dos sistemas de educação, analisa e elabora conteúdos e métodos de direcção duma instituição de ensino.
Metodologia de Ensino – examina as leis e as regularidades do ensino nas diferentes disciplinas.
Pedagogia Profissional – investiga as regularidades laborais para diferentes profissões e benefício social.
ESTRUTURA DA PEDAGOGIA 
Pedagogia Normativa (Pedagogia como filosofia) – que investiga fins e ideias fundamentais da educação tanto ao longo da evolução da humanidade como em seu estado actual e em sua estrutura intima. 
Pedagogia Descritiva (Pedagogiacomo Ciência) – estuda os factos, factores que influem na vida e na realidade educacional, tanto sub aspecto biológico, como sub aspecto psíquico e social.
Pedagogia Tecnológica (Pedagogia como Arte) – estuda os métodos de organização e as instituições da educação. Refere-se as técnicas educativas, ao como educar. Este aspecto situa-se entre o filosófico e o cientifico, isto é, entre o que deve ser e o que é a educação – ligando o ideal ao real.
Extraído na obra do PILETTI(1991:42)
Aspecto Filosófico 					Aspectos Científicos
O que deve ser a educação? O que é a educação?
Para onde conduzir as novas gerações?
Aspecto Técnico 
Como educar?
OS MÉTODOS DA INVESTIGAÇÃO PEDAGOGIA
Como toda a ciência, a pedagogia dispõe de uma série de métodos para estudos de seu objecto, que é a educação. 
Conceitos dos métodos
O conceito mais simples de meto é, caminho para alcançar uma objectivo; uma acção encaminhada a um fim; um meio para alcançar um objectivo determinado.
Segundo NÉRICI (1978:15) método, é um conjunto coerente de procedimentos racionais que orientam pensamentos para serem alcançados conhecimentos validos. 
Para LAKATOS (2000:45) método é o conjunto de acções que o espírito humano emprega na investigação e na demonstração da verdade.
O educador ao explicar e orientar o processo educativo em função dos objectivos utiliza intencional um conjunto de acções, passos, e as condições externas a que chamamos de métodos pedagógicos. 
Daí que, métodos pedagógicos é um modo de reflexão e explicação dos processos pedagógicos, buscando o desenvolvimento integral do homem, através de uma organização de procedimentos que favoreçam a consecução dos propósitos estabelecidos. Por outras palavras, é um conjunto de actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permitem o estudo da educação.
Os métodos pedagógicos decorrem de uma concepção da sociedade, da actividade prática humana e praticamente da compreensão das práticas educativas numa determinada sociedade. Neste sentido, os métodos pedagógicos fundamentam-se numa acção de reflexão sobre a realidade educacional, sobre a lógica interna e externa das relações entre os objectos, factos e problemas sociais.
Os métodos pedagógicos implicam pois, ver objecto de estudo nas suas propriedades e suas relações com outros objectos e fenómenos sob vários ângulos e especialmente na sua implicação com a pratica social, uma vez que a apropriação dos conhecimentos tem a sua razão de ser na sua ligação com necessidades na vida humana.
Em síntese, podemos dizer que métodos pedagógicos são acções de investigação educacional pelas quais se organizam actividades educativas e dos educandos com vista a alcançar os objectivos e as necessidades da sociedade.
Dada a natureza e a complexidade dos conhecimentos pedagógicos, não há método único, mas uma variedade de métodos cuja escolha e organização dependem dos recursos, objectivos, conteúdos, tempo, as formas de organização da educação e as condições socio-económicas.
De uma forma geral, para a reflexão dos aspectos pedagógicos, utilizam-se os métodos que em ultima instancia são os métodos gerais das ciências sociais, adaptados ou modificados de acordo com as suas peculiaridades.
Assim, os métodos geralmente classificam-se em três tipos:
- Métodos Pedagógicos ao Nível Empíricos: Observação, Experimentação, Questionários, Entrevistas, Estudo Documental.
- Métodos Pedagógicos ao Nível Teórico: Análise, Síntese, Indutivo, Dedutivo, Compreensão, Comparativo, Genético, etc.
-Métodos Pedagógicos ao Nível Quantitativo (Estatístico).
 
Observação e experimentação – os métodos mais gerais empregados na pedagogia são a observação e experimentação. A observação consiste na consideração ou percepção dos factos, tal com se apresentam espontaneamente na realidade educacional. A observação limita-se `a descrição e registro dos fenómenos, sem modificá-los.
Quando o observador se dirige sobre a própria pessoa, quando o observador se socorre, por exemplo, de suas lembranças ou experiências como aluno chama-se introspecção; quando a observação se dirige aos outros, ao estudar, por exemplo, o efeito de determinado método de ensino sobre os alunos, chama-se heterospecção. A observação divide-se ainda em individual ou colectiva, conforme se trate de observações sobre um único aluno, ou sobre um grupo de alunos.
A experimentação consiste em observação provocada intencionalmente. Neste caso não se espera que o fenómeno se produza: é produzido ou provocado. A vantagem do experimento sobre a observação é que, naquele, pode se repetir os fenómenos nas mesmas condições, modificá-los `a vontade, e comprovar seus resultados objectivamente.
Tanto o experimento como a observação não se podem realizar `as cegas, arbitrariamente, mas são dirigidos por uma finalidade ou por uma hipótese que se quer demonstrar. É necessário, portanto, preparar de antemão as condições em que se vão realizar e levá-los a termo, depois, com o maior cuidado possível.
Análise e Síntese – como é sabido, a análise consiste na dissociação ou decomposição das partes. O método analítico aplica-se em pedagogia quando, por exemplo se estudarmos componentes de um processo de ensino ou as aptidões dos alunos que intervêm na resolução de um problema, ou quando se investiga os efeitos das excursões escolares sobre o ensino, etc.
O método sintético consiste na inversão da análise, isto é em recompor um objecto com suas partes anti separadas. Por exemplo: quando no ensino das línguas via-se das letras ou sílabas `as palavras, ou quando se quer obter o perfil psicológico de um aluno. Chama-se reprodutivo, quando se limita a simples inversão de uma análise anterior e construtivo quando, além dessa inversão obtém-se novos resultados.
Indução e Dedução - a indução consiste em ir do particular para o geral, dos factos `a lei. Comumente o método indutivo é o mais empregado pela ciência mas requer grande cuidado na aplicação. Para que seja eficiente é preciso que se reúna o maior número de casos e se estabeleçam entre eles as relações e semelhanças, de modo que a lei ou explicação possa ter aplicação geral. Emprega-se em pedagogia quando se quer determinar, por exemplo, por meio dos trabalhos dos alunos qual é o melhor método para o ensino do idioma, ou quando se quer conhecer através de exercícios apropriados, os efeitos do trabalho manual sobre o intelectual.
A dedução é o inverso da indução, e consiste em ir do geral ao particular, da causa ao efeito. Realmente, a dedução não traz nenhum conhecimento novo, é uma modificação da indução, e quase não é empregada na ciência. Tem aplicação na educação propriamente dita, como veremos mais tarde.
O Método Comparativo – consiste em comparar ou relacionar factos ou fenómenos para encontrar suas semelhanças ou diferenças e obter as conclusões pertinentes. A comparação, o método comparativo, poderá realizar-se com indivíduos de sexo, idade, nacionalidade ou cultura diferentes, ou de tipo de psíquico diverso, ou sobre seres de espécies diferentes (criança e animal).
O Método Genético – consiste no estudo dos fenómenos ou actos educativos em seu desenvolvimento através das diversas épocas. Com ele pode-se estudar por exemplo o processo das actividades mentais do aluno, desde a infância até a adolescência, para a elas adaptar os diversos métodos de ensino. O método genético exige, nos casos individuais muitíssimo tempo e é por isso, de difícil aplicação.
O Método Estatístico – o método compreende ordinariamente as seguintes fases: colecta de dados referente ao problema estudado; organização dos dados para facilitar a interpretação (tabulação, distribuição, etc.); elaboração matemática dos dados para isolar e avaliar os actores mais importantes, medidas de correlação, etc; exame critico e interpretação dos dados.
O Método dos Testes - consiste essencialmente emprovocar ou resposta a estimulo previamente determinado. Trata-se de facto de exame por meio de perguntas, actos ou sugestões, tudo previsto e graduado de modo científico.
A maior vantagem nos testes é constituírem medidas objectivas independentes do critério pessoal e subjectivo do examinador e poderão ser entendidos e utilizados universalmente.
O Método da Compreensão – os métodos até agora indicados, referem-se a aplicações da lógica e da psicologia tradicional. Mas a filosofia moderna adoptou, a partir de Dilthey, como método essencial das ciências do espírito, o da compreensão.
RELAÇÃO DA PEDAGOGIA COM OUTRAS CIÊNCIAS
Relação da Pedagogia com a Psicologia
Tendo em conta que o objecto de estudo da psicologia é o comportamento e as actividades mentais de todos animais incluindo o homem e o da Pedagogia que é a educação, instrução e ensino do Homem, veremos que a psicologia fornece fundamentos para alguns aspectos da aprendizagem do aluno.
Por exemplo: aspectos ligados a motivação para que o aluno se interesse pela matéria.
Aos alunos com necessidades educativas especiais, precisam de uma educação “especial” e um acompanhamento psicológico adequado, isto é, o professor deve estar munido de ferramentas da psicologia para lidar com os alunos com necessidades educativas especiais.
A selecção dos conteúdos e meios didácticos apropriados para a mediação da aula, devem ter em conta o desenvolvimento psíquico da criança. Essa avaliação (do desenvolvimento psíquico da criança) é fornecida pela psicologia.
A psicologia na educação não se limita na sala de aula, mas se estende para todos os intervenientes do processo do ensino-aprendizagem, ajudando na elaboração dos currículos e na resolução dos conflitos entre professores, entre professor e a direcção da escola, entre o professor e ele mesmo e até entre o professor com a comunidade.
A psicologia contribui para o enriquecimento da teoria e o melhoramento da prática educativa.
A psicologia como as outras ciências, é construída e evoluiu em contexto sócio histórico e obedece a um processo, que tem um ponto de partida ao infinito, quer dizer, em psicologia o comportamento do homem é determinado por causa de múltiplas e é ainda modelado por herança cultural, conforme a cultura explica que as nossas convivências, o nosso lado, a nossa maneira de viver e a cultura, têm a ver com a hereditariedade do meio e com o meio onde vivemos
A psicologia também estuda aspectos importantes do processo de ensino-aprendizagem, tais como as implicação das fases do desenvolvimento dos alunos conforme as idades e os mecanismos psíquicos presentes na assimilação da matéria e no desenvolvimento das habilidades.
A relação da pedagogia com a psicologia não é de dependência, mas sim de interdependência, porque a pedagogia oferece mecanismos para o desenvolvimento das capacidades psíquicas pouco desenvolvidas nos alunos.
Ralação da Pedagogia com a Sociologia
A sociologia estuda o meio em que as pessoas se encontram e pedagogia nesse caso estuda a educação como prática social (LIBANEO;1996:57), orienta-se pelos objectivos da sociedade onde ela ocorre.
A sociologia é a parte das ciências humanas que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a sociologia tem uma base teórico-metodológica voltada para o estudo dos fenômenos sociais, tentando explicá-los e analisando os seres humanos em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.
Pode-se entender que a sociologia é uma ciência que estuda os valores sociais, as mudanças na sociedade, os padrões e modelos de comportamento, ela não estuda as diferenças individuais, mas sim as diferenças que existem entre grupos de indivíduos (classes ou camadas sociais, grupos políticos e grupos de trabalho). 
A sociedade tem sempre a necessidade de educar porque sempre precisa de passar os conhecimentos das gerações mais velhas para as gerações “imaturas”. Sendo assim, não há sociedade sem educação.
Como foi dito anteriormente, a educação deve ter em conta os objectivos da sociedade onde ela ocorre, cada sociedade tem o seu modelo de educação. Assim, cada mudança que ocorre na sociedade afecta também o processo educativo dessa sociedade. Pode se considerar a educação como sendo um processo dinâmico.
A pedagogia tem em vista o desenvolvimento integral do ser Humano, para que este possa integrar-se no sistema social de que faz parte.
Ajuda aos professores a reconhecer a relação existente entre e escola e a sociedade, permitindo que este medeie a sua aula com a colaboração da sociedade e que também participe nas actividades da sociedade onde se encontra. Um dos exemplos da relação da pedagogia com a sociologia é a integração do currículo local no novo currículo do ensino básico em Moçambique.
Em suma, a educação é o meio pelo qual a sociedade renova perpetuamente as condições da sua própria existência. A sociedade só poderá viver  se entre os membros da mesma se existir uma certa homogeneidade na maneira de pensar e essa homogeneidade só pode ser fornecida pela educação (DURKHEIM;2001:55).
Relação da Pedagogia com a Filosofia
A filosofia significa amar/amor a sabedoria, reflexão do homem acerca da vida e o mundo. A Filosofia era a única ciência que existia na antiguidade, na Grécia e que tem como objecto de estudo o homem, a terra e a própria natureza e o objectivo é saber o porquê das coisas, ou seja, esclarecer todas as interrogações. 
Foi a partir desses pontos e com os conhecimentos adicionais dos filósofos que começaram a surgir outras ciências derivadas da Filosofia, com o objectivo de separá-las e cada uma dela o seu objecto de estudo. 
Sendo a filosofia o amor a sabedoria, não tem um objecto de estudo definido, isto é, estuda a globalidade das coisas e é considerada a mãe de todas as ciências (POLITZER; s/d:14), é evidente que influencie no pensamento pedagógico.
Ela abrange os princípios fundamentais da educação como as relações entre a educação e a vida quotidiana.
Todo o ser humano, em qualquer sociedade sem distinção da cor, sexo, raça e idade está sempre a filosofar. A Filosofia esclarece o que deve ser a educação; para que sociedade educar; para onde deve se conduzir as novas gerações e com que valores educar as pessoas.
Em suma, a pedagogia busca bases filosóficas para melhor esclarecer  o papel da educação no desenvolvimento das sociedades.
Relação da Pedagogia com as Ciências Politicas
As ciências políticas analisam o sistema governativo de uma sociedade  e a maneira de viver da mesma.
Assim, a realização do  processo educativo de um país/sociedade depende do sistema governativo do mesmo e as mudanças que afectam o sistema governativo dessa sociedade, também afectam o processo educativo.
“O discurso  educativo consubstanciado nos planos do governo para o sector, concentra--se na melhoria da qualidade do ensino e no alargamento da rede escola, particularmente da educação básica” (Ministério da Educação Apud NGOENHA;2000:199).
Por sua vez, a pedagogia fornece quadros para a manutenção do sistema governativo.
Relação da Pedagogia com a Ética
A ética é uma ciência que estuda o comportamento humano na sua relação com o meio natural e social, visando assegurar a prática das boas normas culturais e sociais.
A ética ajuda a  pedagogia a  delinear as suas regras/princípios  de acordo com as normas de cada sociedade.
A pedagogia por sua vez ajuda na modificação de alguns hábitos e costumes  das sociedades que não sejam válidos para um determinado contexto, visto que  as sociedades se desenvolvem  e algumas normas precisam de ser revistas para se ajustarem a nova realidade.
Relação da Pedagogia com a Economia Política
“A economia política é a ciência dos interesses da sociedadee, como todas as verdadeiras ciências, baseia-se na experiência, cujos resultados metodicamente agrupados e alinhados, se tornaram princípios das verdades gerais” (www.geocities.com/neri_iscsp/ICS.html).
Assim, a qualidade e a quantidade da educação depende das condições financeiras que o estado oferece e que as populações são capazes deinvestir neste domínio.
Relação da Pedagogia com a Historia
É a ciência social que estuda o passado com o intuito de melhor compreender o presente e perspectivar o futuro (www.geocities.com/neri_iscsp/ICS.html).
Assim, ajuda a compreender a evolução do pensamento educativo e ajuda a pedagogia a perspectivar o futuro da educação.
Repensar na educação de um país, exemplo concreto do nosso território, na sua dimensão histórica, permitira reconstruir a história da educação em Moçambique e buscar bases teóricas para projectar nesta área um projecto de educação que supere os sistemas educativos coloniais (NGOENHA;2000:200).
O educador para poder educar uma certa pessoa, é necessário que se conheça o seu passado.
Relação da Pedagogia com a Moral 
“Moral é a teoria normativa da acção humana enquanto submetida ao Bem, ao dever de praticar o Bem. É uma teoria relacionada com a qualidade dos actos ” ( www.geocities.com/neri_iscsp/ICS.html).
Assim, a educação como objecto de estudo da pedagogia tem como finalidade desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que ele e susceptível (KANT Apud DURKHEIM;2001:6) e para que se atinja essa perfeição é necessário que as pessoas pratiquem o bem.
Um homem só pode ser moral se for social porque para haver princípios morais tem que haver uma sociedade onde são aplicados esses princípios.
9. Relação da Pedagogia com a Antropologia Cultural
Estuda o Homem como ser criador, portador e transmissor de cultura. Portanto, ela estuda o homem, suas actividades e comportamento. É importante reflectir que a sociologia tem objecto material (estudo do homem) e formal (trata do homem e o seu comportamento como um todo). 
A Antropologia leva em conta todos os aspectos da existência humana, biológica e cultural, passada e presente, combinando esses diversos materiais numa abordagem integrada do problema da existência humana. 
Os dados fornecidos pela antropologia cultural são importantes para o desenvolvimento da educação,  visto que os conhecimentos são transmitidos de geração em geração.
Par melhor compreender o processo educativo é necessário conhecer a história do povo em que este ocorre, seus hábitos e costumes.
10. Relação da Pedagogia com a Didáctica
Tendo em conta o objecto de estudo da didáctica “a problemática do ensino, enquanto prática da educação, e o estudo da educação em tempos, ou seja, no qual a aprendizagem é intencionalmente almejada, no qual os sujeitos envolvidos (professor e aluno) e suas acções (o trabalho com o conhecimento) são estudados nas sua dimensões histórico-culturais”( LIBANEO;1996:59).
A pedagogia fornece à didáctica as ferramentas necessárias para a execução do processo de ensino-aprendizagem.
11. Relação da pedagogia com a educação
A educação é a prática social, sendo um processo, ela começa e não tem fim, respeita a situação temporal e espacial, na qual ocorre o processo ensino-prendizagem. 
O conceito etimológico da educação nos leva a considerar ao mesmo tempo “educação” e “pedagogia”, porque a tem dupla origem e essa duplicidade aponta para o facto não só semântico mas também teórico. 
A educação vem do latim “educatione” e “educare”. No primeiro caso, o sentido é o de “conduzir para fora”, “dirigir exteriormente”, no segundo o sentido é o de “sustentar”, “alimentar” e “criar”, nos dois casos os verbos envolvidos nos levam a tomar a educação não distante do que entendemos por “instruir”. Todavia, educare instiga a criação de normas e regras – uma pedagogia – que visam a realização de um trabalho no qual o aprendiz ou educando é levado a se desenvolver a partir da busca de recursos próprios, sendo que a autoridade externa a ele, a do professor, se limita a lhe fornecer os processos para tal.
A relação da pedagogia ciência da educação com a própria educação reside no facto de que sendo a pedagogia parte prática da educação ela oferece subsídios a educação para através das teorias e técnicas do processo de ensino aprendizagem, o aluno alcance o desenvolvimento dos recursos internos para levar o processo de aprendizagem a bom termo. 
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA PEDAGOGIA
1.1EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE PRIMITIVA
Entre os povos primitivos não havia as escolas, mas havia educação cujo objectivo era de ajustar a criança ao seu meio ambiente físico e social por meio de aquisição de experiencias de gerações passadas.
 A criança adquiria conhecimentos através da imitação. Nos primeiros anos, era imitação inconsciente que consistia em brincar com instrumentos utilizados pelos adultos. Mas tarde, a imitação já era consciente, em que a criança participava nas actividades dos adultos, esta etapa tem inicio quando se começa a exigir trabalho da criança.
CERIMÓNIAS DE INICIAÇÃO
As cerimónias de iniciação entre os povos primitivos têm um valor educativo. E estas têm início na adolescência e a admissão do jovem na vida adulta da tribo.
Os ritos possuem um valor moral – na medida em que ensina o jovem a suportar a dor, a suportar a fome, a tolerar certas circunstancias difíceis,
Valor social e político – o jovem aprende a servir os dirigentes, a obedecer os mais velhos, a servir os idosos, e a satisfazer as necessidades da família;
Valor religioso – o jovem aprende a adorar o totem ( animal ou vegetal que é considerado antepassado mítico da tribo de quem esperam protecção)
Valor prático – o jovem aprende métodos de capturar os animais, a arte de acender o fogo, a preparar alimentos.
O ANIMISMO
Todos os povos primitivos têm uma característica comum que é o animismo – que consiste na crença de que todas as coisas possuem uma alma. Para o homem primitivo tudo que acontece na natureza é atribuído a intervenção de espíritos bons ou maus.
PROFESSORES
Para as cerimónias de iniciação, havia determinadas pessoas que dirigiam, que eram chamados de feiticeiros, curandeiros, xamãs, esconjuradores (homens que faltam ou consultam espíritos familiares), dependendo do caso.
2.2- A EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Na Grécia antiga distinguem dois sistemas da educação: a de Atenas e de Esparta
Educação espartana (750 – 600 a.C.)
A educação espartana tinha um carácter militar em que todos adultos participavam duma forma obrigatória (dever).
A educação espartana tinha como objectivo dar a cada individuo um nível de perfeição física, coragem e habito de obediência as leis que o tornassem um soldado ideal.
Em relação a instrução, recebiam apenas o necessário e o restante era para torna-los homens comandos, lutadores, conquistadores, homem que suporta o trabalho.
- Ate aos 7 anos a criança ficava sob os cuidados da mãe de quem recebia um treino rigoroso. Depois a criança era retirada do lar e colocado em casernas públicas onde comiam em comum, ajudam no fornecimento de alimentos necessários, caçavam animais, participavam nas danças corais. E o restante tempo era gasto com exercícios de ginástica – principal elemento da educação.
18 – 20 anos – o jovem dedicava-se ao estudo de armas e manobras militares.
20 – 30 anos – participava na guerra e os treinos eram feitos nos intervalos de guerra.
Com 30 anos, o jovem passava o tempo a dedicar- se ao serviço do estado, seja nas guerras ou nos treinamentos necessários.
Educação Ateniense 
Enquanto que na Esparta a educação era dada importância a educação física a serviço da guerra para manter o estado, em Atenas surgiu o ideal de formação completa do homem (educação física e a intelectual), o que se resume no desenvolvimento harmonioso da personalidade.
Por outro lado, a nova maneira de compreender a estrutura e finalidades do estado,que era assegurar a liberdade pessoal. O estado não era titular da vida do cidadão, mas sim os pais é que preparavam a criança para a vida num ambiente de liberdade.
Por outro lado, a própria vocação cultural de Atenas que contribuiu para o desenvolvimento das ciências e da filosofia, o que elevou o nível intelectual de seus cidadãos.
Em Atenas os cuidados da criança eram a cargo da família, geralmente eram entregue aos cuidados de amas e escravos, mais tarde pedagogo – guia de crianças á escola.Existiam dois tipos de escola: a de música e a de ginástica e palestra.
Os Sofistas (450-400 a.c.)
Os sofistas (sophós = sábios) surgiram como sendo a nova classe de professores que a sociedade exigia. Eram professores ambulantes que percorriam as grandes cidades, ensinavam as ciências e as artes com finalidades práticas, principalmente a eloquência, em troca de uma elevada contribuição financeira.
Os sofistas preparavam ou forneciam aos seus alunos discursos feitos sobre certos tópicos que seriam repetidos em outras circunstâncias, como é o caso de tribunais. Transmitiam sentenças inteligentes para serem utilizados em momentos oportunos.
Outros sofistas davam discurso mais completo, falavam das ciências naturais e históricas dessa época e um treino em dialéctica por meio da discussão e por meio do discurso público.
O facto de eles auto denominarem se de sábios e exigirem remuneração pelos seus serviços, isto era contra os princípios mais valorizados pelos gregos: o de harmonia e reverencia, a relação entre professor e aluno que era de estima mutua e não de carácter económico.
Os sofistas acentuavam de forma exagerada o valor da individualidade, e assim o indivíduo situava-se num nível de independência que ficava acima dos deveres do cidadão. Foi assim que Protágoras afirma: o homem é a medida de todas as coisas.
Os grandes Filósofos (400-300 a.c.) 
Sócrates (470-399 a.c.)
Tomou como ponto de partida “o homem é a medida de todas as coisas” e afirmou: se o homem é a medida de todas as coisas, então a primeira obrigação de todo o homem é procurar conhecer se a si mesmo.
Para Sócrates, é na consciência individual que se deve procurar os elementos determinantes da convivência e da educação, e não em simples opinião para guiar se de valor universal. Pois o fim da educação é de ministrar o saber ao indivíduo pelo desenvolvimento do seu poder de pensamento.
Sócrates usava como métodos a ironia e a maiêutica, que consistiam em fazer perguntas para obter opiniões do interlocutor e depois através de outras perguntas de forma a levar o interlocutor a descobrir por si mesmo a contradição e o absurdo das opiniões apresentadas (descobrir a verdade).
Maiêutica – arte de fazer nascer as ideias.
Contribuições de Sócrates para a educação
- o conhecimento possui um valor pratico ou moral, isto é, um valor de natureza universal e não individual;
- o processo objectivo para obter-se o conhecimento é o de conversação e o subjectivo é o reflexão e organização da própria experiencia;
- a educação tem por objectivo imediato, o desenvolvimento da capacidade de pensar e não apenas ministrar conhecimentos.
Platão (428-348 a.c.)
Comungou com ideias de Sócrates sobre:
A necessidade de procurar uma nova base moral para a vida;
A nova base deveria encontrar-se em ideias e na verdade universal.
Aceitou e desenvolveu o método dialéctico de Sócrates, e definiu como sendo um contínuo discurso consigo mesmo. O que se traduz em :A educação é o processo do próprio educando, mediante a qual são dadas as ideias que fecundam a sua alma. Portanto, a educação consiste na actividade que cada homem desenvolve para conquistar as ideia e viver de acordo com elas. Acrescenta ainda que, o conhecimento não vem de fora para o homem, é o esforço da alma para adaptar-se da verdade.
Para Platão. O papel do educador consiste em promover no educando o processo de interiorização, graças ao qual ele pode sentir a presença das ideias. Ainda este afirma dizendo que: a realidade nada mais é do que a ideia que se realiza ou actualiza.
Platão e Sócrates divergem no facto de que para Platão nem todos os homens tem a capacidade de adquirir conhecimentos, apenas algumas pessoas, enquanto que Sócrates, para este, todos possuem a capacidade de adquirir conhecimentos. 
Aristóteles (384 -322 a.c.)
Apresentou uma visão bastante diferente de Sócrates e de Platão. Enquanto esses dois afirmavam que a base de conhecimentos consistia na virtude, Aristóteles afirmava que a virtude está na conquista da felicidade e do bem.
 A virtude não consiste em simples conhecimentos do bem, mas da sua conquista. E o bem na sua integridade resume-se em bem ser (intelecto) e bem-fazer (acção)
A felicidade é um bem supremo que consiste em realizar o que é específico do homem, é a razão (amor, saúde, posição social, fortuna, …)
Aristóteles desenvolveu o seu conceito de educação partindo da ideia de imitação. Para o homem a imitação constitui a arte e o homem se educa na medida em que a forma de vida dos adultos, o homem se educa porque actualiza as energias.
Aristóteles sistematizou pela primeira vez o processo de ensino ao postular o seguinte plano metódico:
O mestre deve em primeiro lugar expor a matéria do conhecimento;
Em seguida tende cuidar que se imprima ou retenha o exposto na mente do aluno;
Por fim, tem que fazer com que o educando relacione as diversas representações mediante o exercício.
2.3- EDUCAÇÃO NA IDADE MEDIEVAL – XVII (466-1640)
Por causa da invasão dos povos bárbaros, a cultura greco-romana estava em destruição, e isto não aconteceu graças a intervenção da igreja crista.
E assim, a igreja passou a educar os novos povos nesta época. Contrariamente aos gregos que davam ênfase o aspecto intelectual, o cristianismo baseia-se na ideia de caridade crista ou amor, isto é concentra-se no aspecto moral da pessoa humana. 
As escolas baseavam-se no princípio do cristianismo. O ponto de partida da pedagogia cristã consistia no dogma ou imposição sobre a natureza do homem dual constituído por corpo e por alma. Se os gregos antigos procuravam harmonizar estas partes, os cristãos procuravam separá-los exaltando a alma em determento do corpo. O corpo é a parte pecaminosa do homem relacionada com emoções, as paixões, os instintos sensoriais que servem de base ou a vícios nos seres humanos.
Segundo a doutrina cristã, as necessidades do corpo levam a degradação moral da sociedade e a sua destruição. A partir deste princípio, os cristãos consideraram como fim principal da educação a regeneração e aperfeiçoamento espiritual do homem, portanto, formação de capacidades por dominar e controlar os sentimentos, paixões e os instintos do corpo. O estímulo fundamental para o aperfeiçoamento espiritual é a fé em Deus e a esperança na vida eterna. A futura vida após a morte como consequência da vida exemplar no mundo terreno.
As escolas ficavam situadas juntos das igrejas e chamavam escolas paroquiais, monásticas, catedrais e episcopais, dependendo da designação da instituição religiosa.
As crianças eram educadas nas escolas pelas doutrinas cristas duque em conhecimentos científicos e passavam o tempo ao canto coral religioso e as rezas, que eram considerados mais importantes.
Os conteúdos de ensino eram as setes artes liberais: gramática, retórica, dialéctica, aritmética, geometria, astronomia e música, como disciplina fundamental considerava-se a teologia.
A retórica e a dialéctica preparava os alunos para debates e temas religiosos, para interpretar e defender os dogmas da igreja, em fim, todas as disciplinas provavam a existência de DEUS e sua influência na natureza e nas acções do homem, e como consequência a sua veneração.
Generalizando, na escola da idade média baseava-se nos métodos de memorização, os alunos decoravam as regras e definições fornecidos pelos livros sagrados e consequentemente não houve o avanço das ciências,foi uma época de escuridão.
2.4- EDUCAÇÃO NA IDADE MODERNA
2.4.1- Neo-humanismo Pedagógico 
Educação Renascentista
O interesse da educação no renascimento estava centrado nas actividades específicas da humanidade. Os humanistas colocaram em primeiro lugar o culto do homem, fizeram renascer a dignidade humana como tal, a capacidade e confiança nas suas forças físicas e intelectuais.
Foram os primeiros homens que se pronunciaram contra a doutrina religiosa, sobre a natureza pecaminosa do homem, diferenciando-se dos teólogos (eles mostraram mais interesse pelo homem concreto, pelas suas forças na terra).
O homem da época moderna– era educado para uma sociedade em que se anunciava a laicização, portanto, abriam-se caminhos para a emancipação da mentalidade, ou seja, do pensamento livre. 
Definiram o desenvolvimento de todos os aspectos da personalidade humana: físicas, intelectuais, estéticas e morais, portanto, defendiam uma abordagem integral na formação e desenvolvimento do homem.
2.4.2- Naturalismo Pedagógico
2.4.2.1.Educação Realista
A pedagogia Naturalista, procurou representar uma reacção contra o formalismo humanismo do renascimento. Os humanistas clássicos faziam da cultura antiga não só meio como o fim de toda a educação, sem maior preocupação na formação de novos homens.
João Amos Comenios (1592-1671)
Foi o maior pedagogo realista e um dos pensador mais eminente na história da educação. Foi o primeiro a criar um sistema científico coerente didáctico e a separação da pedagogia e da filosofia, tornando-se uma ciência autónoma.
- Descreve as ideias pedagógicas de Comenius.
John Locke (1631-1704).
Foi considerado primeiro psicólogo educacional, o primeiro a defender a necessidade de ligação entre a pedagogia e psicologia (psicopedagogia). Formulou pela primeira vez na história da pedagogia de forma sistematizada e coerente as ideias burguesas sobre Educaçãopróxima da vida; Educação prática; Ensino individualizado.
Explique o significado dos termos a cimasublinhados
2.4.2.2- Educação Naturalista de Jean Jacques Rousseau
.
Foi defensor da educação naturalista e individualista. Na sua opinião, tudo que sai das mãos do criador é bom, tudo degenera nas mãos do homem. A maldade humana não resulta por conseguinte das tendências naturais do homem, mas das influências mutiladoras da sociedade.
Daí ser preciso educar o homem fora do ambiente social em plena natureza.
Como educar o homem fora do ambiente social, em plena natureza? 
Fale da educação filantropista (pestallozi)
Emílio Durkheim(1858-1917)
.
Durkheim, considerava a educação como um fenómeno exclusivamentesocial. Sem a sociologia é difícil obter uma visão clara e nítida da natureza dos fins, ideal e funçõese dos meios da educação. A educação é a imagem e o reflexo da sociedade. Considerava da que todos os seus elementos, todas as instituições educativas todos os seus métodos são de natureza social.
2.4.3.3- Educação Pragmática – quem foi o defensor da educação pragmatica?
Pragmatismo é uma doutrina filosóficaque adopta como critério da verdade a a utilidade subordinada a acção, reduzindo a mero instrumento de utilidade pratica. Isto ‘e os conhecimentos são úteis quando são demonstrados na pratica-John Dewey
MariaMontessori
A pedagogia Montessoriana, reside no facto de conceber a educação como uma Auto-educação, isto é como processo espontâneo que se desenvolve na alma da criança, para isso, a condição fundamental consiste em fornecer á criança um ambiente isento de obstáculos inaturais e de matérias adequados.
Descreve os principios metodologicos de montessori.
OvideDecroly (1871-1932)
O seu método opõe-se ao preconizado pela Montessori porque postula que o desenvolvimento mental da criança se faz a partir do global, do indiferenciado, para chegar a analise. Portanto, preocupou-se com o aspecto da globalização do ensino -
Em que consiste o metodo de glogalizaçao do ensino?
EPOCA CONTEMPORANEA
O homem da época contemporânea – é educado para um mundo em que se propala a necessidade de respeitar os direitos humanos, os valores entre os quais: a convivência entre grupos e povos. A educação tem o desafio de formar o homem capaz de viver em harmonia social. 
AS FUNÇÕES DA EDUCAÇÃO E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE
(1) A função politica: Esta pode ser considerada de dois modos. Primeiramente, como a necessidade de fornecer chefes políticos a todos os níveis da sociedade democrática, e, em segundo lugar, como a exigência de que a educação colabore na manutenção do sistema politico vigente assegurando a conformidade com ele.
Para Musgrave (1984), politica é o conjunto de mecanismos desenvolvidos por uuma sociedade para resolver a série quase universal de problemas sociais que consistem em tomar decisões quanto ao bem comum e em assegurar a execusão das acções decididas.
A educação, na família e na escola, é considerada como um factor relevante no processo de socialização politica.
A politica estabelece um processo de troca com o sistema educativo: fornece o dinheiro com que adquirir os recursos materiais e os professores, dando, além disso, legitimidade as escolas do sistema e aqueles que as governam; em troca, a politica recebe, em nome da nação, a fidelidade e efectivos de pessoal com variadas competências, em especial politica e económicas.
Aqui, os partidos políticos, por seu lado, não só representam varias classes e diferentes interesses, como também procuram educar os cidadãos de modo a que eles apoiem as suas políticas, presentes ou futuras. Portanto, o que se torna, defacto, importante é, pois, procurar descobrir onde são, na realidade, tomadas as decisões politicas sobres a educação.
Podemos também afirmar que a politica no sistema educativo proporciona a educação das elites assim como, a educação para chefia. Mas, nos países mais desenvolvidos como por exemplo os E.U.A., os lideres políticos não são educados à parte.
John Dewey, em especial na sua Democracy and education (1916), sustenta que, para a sobrevivência da democracia, o sistema educativo deveria ministrar certos conhecimentos sobre a sociedade e as suas tradições e inculcar certas qualidades, de modo que os cidadãos desejassem e fossem capazes de participar no governo do pais. Isto pressupõe que este tipo de educação leva a uma maior tolerância perante as opiniões alheias, proporcionando bases para uma opção politica mais racional.
Contudo, através da política, qualquer sistema educativo garante que os chefes sejam obedecidos a todos os níveis mesmo até pela oposição.
(2) Função Económica: Trata-se aqui da necessidade de todos os níveis das forças de trabalho deverem receber o contingente de indivíduos com a quantidade e qualidade de educação adequadas às circunstâncias técnicas do momento.
Bowles e Gintis (1976), procuram demonstrar que existe “uma estreita correspondência entre as relações sociais que regulam a interacção pessoal no local de trabalho e as relações sociais do sistema educativo”, em resultado do que as escolas “reproduzem a hierarquia da divisão do trabalho dominante no local de trabalho. 
Eles também sustentam que a escolaridade presta serviço à economia, numa sociedade capitalista, de quatro maneiras diferentes: ensina as aptidões técnicas e cognitivas necessárias; inculca os traços de personalidade apropriados; encoraja a aceitação de desigualdades; e realiza esta última função em especial no que se refere ao sistema de classes sociais.
Assim, a principal exigência da economia ao sistema educativo, é a de fornecer uma quantidade mais ou menos necessária, categoria a categoria, de pessoal com educação e formação superior.
O sistema educativo deve procurar satisfazer as necessidades da economia. O sistema educativo e economia são duas instituições sociais estreitamente relacionadas em qualquer sociedade, embora muitos não compreendam a natureza dessavinculação recíproca.(3) Função de Selecção Social: O sistema educativo ocupa uma posição fulcral no processo mediante o qual os mais aptos são eleitos de entre a população no seu todo.
Atualmente, a mobilidade social depende em muito do sistema educativo. É por isso que, as necessidades técnicas parecem obrigar a um vínculo ainda mais apertado entre a educação formal e o sistema de estratificação. No entanto, a função selectiva da educação tem origem nas desigualdades educativas.
Para Musgrave (1984:377), existe uma ligação indubitável entre o êxito na educação e o acesso a muitas posições de status elevado.
Questão de reflexão
Qual a relação entre as habilitações educativas formais e a categoria profissional alcançada? E entre a educação e a mobilidade social?
(4) Estabilidade e Mudança:
 Para Habermas, “O nível de desenvolvimento duma sociedade é determinado pela capacidade de aprender permitida pelas instituições…. Não é o fenómeno de aprender, mas o de não-aprender o que requer explicação….” É obvio que o sistema educativo desempenha um certo papel de ajuda ou estorvo à mudança social de todos os tipos pelo modo como promove a aprendizagem ou a não-aprendizagem. Paradoxalmente, sistema educativo tem a este propósito, duas funções relevantes, mas contraditórias.
Educabilidade: Acto Educativo
De princípio é importante frisar que os termos “educativo” e “educacional” não significam o mesmo, devendo usar-se um ou outro segundo as circunstancias. Assim, o termo educativo quer dizer “que educa” (exemplo livro educativo, um jogo educativo), e educacional indica algo referente à educação (por exemplo, planificação educacional, reforma educacional).
Segundo CABANAS (2002:60), acto educativo é o acto da educação, o acto com que a educação educa, a própria acção de educar. Podemos também sustentar que o acto educativo é o exercício concreto da educação. É, por conseguinte, a confluência da actuação do educador com a reacção do educando, tendo como consequência o acesso deste a um nível de maior perfeição pessoal.
Pode-se reafirmar aqui, que a Teoria de Educação é entendida como a teoria do acto educativo, pois neste convergem os conflitos teóricos básicos que se colocam ao conceber a educação. Assim, o processo educativo, explica que a educação é um processo (ou súmula de actos educativos encadeados) de aperfeiçoamento (dai que o vector indique um movimento ascendente), no qual se trata de fazer com que um sujeito aceda a níveis superiores na sua existência.
Sujeito: Suas circunstâncias: psicológicas, socais, culturais;
Meios: Métodos, Recursos;
Fins: Estado ideal, valores e Objectivos. 
Aqui é, importante conhecer o sujeito educando tendo em conta a sua possibilidade e necessidade de ser educado, assim como a facilidade ou a dificuldade que a isso oferecera e as limitações que apresentara. Esta informação é determinante do processo, para que saibamos o que podemos fazer com e ele e, também, o que devemos fazer com ele: os fins educacionais (não fins “educativos”, como geralmente se diz) são funções não apenas de exigências objectivas (ideais e sociais), mas também da natureza do sujeito, pois desta depende também o que esperamos dele e o que nos proporemos fazer com ele. 
O conhecimento do sujeito cabe em boa parte às Ciências da Educação (Psicologia da Educação, Sociologia da Educação, Antropologia Pedagógica), e constitui um problema prévio, o primeiro de todos, que se inscreve na ontologia pedagógica.
O conhecimento do Fim proporcionam-no a Filosofia da Educação e a Axiologia Pedagógica. A determinação dos meios educativos é um problema derivado, simples questão de tecnologia (mesologia pedagógica): uma vez conhecidos os destino e o destinatário do processo, os métodos condutores e operativos estabelecem-se por mera educação. 
Deste modo, a Teoria da Educação centra as suas preocupações na clarificação da adequação do Sujeito aos Fins da Educação, e na discussão desses fins tendo em conta a natureza do sujeito. O conceito de educação deve definir o esquema básico dessas relações.
A educação, realidade contraditoria
Como tem se afirmado, falar da educação é, falar de uma questão bastante complexa e problemática, porem, é importante afirmar que para além da educação ser problemática, ela é antinómica. Quer dizer que, os problemas da educação vêm, sobre tudo, das antinomias que encerra. Portanto, entende-se por antinomias problemas estruturais-funcionais de um ser, sob a forma de contradições internas.
Segundo HEGEL, as antinomias são a própria essência da realidade. A educação por exemplo é uma dessas realidades em que os pares de alternativas contrárias se tornam mais evidentes.
As antinomias mais frequentes na educação podem ser: as tensões entre ponto de vista individual e social na educação, ou entre as funções de autoridade e da liberdade, ou entre as exigências do racional e do afectivo, são uma boa amostra disso.
Assim, surge uma grande questão, como por exemplo, de saber se ao educar temos de salvaguardar as características “naturais” do educando (tendências, necessidades, manifestações) ou se , pelo contrario, as temos de corrigir ou superar submetendo-nos a valores e normas “ideais”.
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
Conceitos:
Desenvolvimento – teoricamente pode ser descrito em termos de processo (aprendizagem, percepção, atenção, emoção) e, como produtos da operação desses processos (valor, habilidade, hábitos, conhecimentos, qualidades do carácter, etc.), os processos e produtos interagem no processo de desenvolvimento: 
Sub ponto de vista dialéctico é um movimento de modificação que conduzem ao surgimento de uma nova qualidade. A sua forca matriz é o auto movimento.
Desenvolvimento é o processo de crescimento psico – físico caracterizado por mudanças qualitativas e quantitativas das qualidades do homem operadas sob a influência do amadurecimento do próprio organismo. Do meio ambiente social e da educação propriamente dita.
É uma mudança progressiva e irreversível das qualidades psíquicas do homem do mais simples para qualidades psíquicas novas e superiores.
Personalidade – no sentido etimológico, deriva do latim (persona-mascara), aparência, aquilo que uma pessoa parece ser da outra. Na Grécia Antiga, era usada por actores de teatro nas suas representações.
No estudo da personalidade surgiram varias correntes com diferentes definições, eis algumas:
É forma característica na qual uma pessoa pensa e se comporta a medida em que se ajusta a seu meio ambiente;
“É o estilo de vida do indivíduo ou a maneira característica de reagir aos problemas da vida incluindo os seus objectivos na vida” (Adler);
“ É aquilo que permite um prognóstico, aquilo que a pessoa faria numa dada situação” (Patel, 1905);
“ É a continuidade de formas e forcas funcionais manifestadas através de sequencias de processos orgânicos dominantes do comportamento manifestado desde a nascença até a morte” (Murrei,1893);
Alport fez a sistematização dos diferentes conceitos e assim, define a personalidade como sendo o conjunto dos sistemas psicofisiológicos que se formam durante a vida e que determinam a originalidade do pensamento e do comportamento de cada homem concreto.
Em suma, personalidade é uma qualidade de propriedades de cada homem, exprime a sua essência social, isto é, as qualidades psicológicas e sociais humanas adquiridas no processo da vida. É uma unidade integrativa de um homem, com todo o conjunto das suas características essenciais (inteligência, carácter, constituição e a sua maneira de ser e de comportar-se).
Outros conceitos
A personalidade é:
- Conjunto das qualidades de um indivíduo que lhes permitem viver sob condições sociais concretas e transformá-las;
- Um homem que se dispõe de determinadas qualidades politicas, morais, culturais que lhes permitem realizar conscientemente as tarefas que lhes são atribuídas pela sociedade e caracterizar-se por possuir um sistema de ponto devista e atitudes cordiais;
- Um sistema psíquico constituído pelo “eu” e pelos fenómenos que foram julgados dignos de o constituírem.
A personalidade não nasce com ela, mas adquire-se a custo do trabalho próprio e alheio. Nesta aquisição, algumas das tendências do indivíduo exercem o papel preponderante. Entre elas tem influência na formação do “eu”, como realidade consciente, afirmando-o e desenvolvendo-o, a ambição, o orgulho, a vaidade e a emulação, numa palavra o egoísmo.
Estas tendências devem ser regradas e bem dirigidas, caso contrario em vez de qualidades dignas da pessoa, torna-se vícios nefastos.
Purificando das suas perversões, o egoísmo é legítimo e é guarda da nossa dignidade moral, um estímulo para o trabalho e para a prática do bem; é condição imprescindível a formação da personalidade. O sentimento da honra e da dignidade pessoal concorrem para elevação do homem.
Teorias da personalidade 
O modelo mais eficiente de compreender os mecanismos da personalidade humana é objecto de divergências entre os diferentes psicólogos, daí que algumas teorias põem a tónica processos inconscientes, outros recorrem os princípios da aprendizagem outros aos processos de realização, etc., vejamos algumas:
Teorias sociogenéticas
As teorias sociogenéticas da personalidade, consideram que o desenvolvimento da criança é resultado das acções directas do meio ambiente que o cercam. O desenvolvimento da personalidade é a absorção, assimilação das crenças, emoções, sentimentos, etc. a partir dos outros homens.
Teorias Biogenéticas
Consideram que o destino das crianças é sempre determinado pelas propriedades inatas. O desenvolvimento da personalidade explica-se pela lei biogenética (a ontogenese, que é a repetição abreviada da filogenése).
Forças motrizes do desenvolvimento da personalidade 
O processo crescimento é um processo dinâmico que se caracteriza por contradições de varia ordem. Estas contradições constituem as forcas motrizes do desenvolvimento.
A 1ª Força motriz do processo educativo
Constitui a contradição entre as exigências oriundas do exterior e o nível actual do desenvolvimento do homem. A contradição entre as novas tarefas cognitivas e práticas que deve desenvolver o homem e os conhecimentos, aptidões e habilidades o homem que já possui.
A necessidade cumprir tarefas cada vez mais complicadas, obriga aos alunos a mobilizar forças psíquicas, e assim, eleva-se ao nível mais alto do desenvolvimento.
O desenvolvimento da personalidade do homem deixa de correr se não forem colocadas tarefas mais complicadas que ele é capaz de desenvolver.
2ª Força motriz do processo educativo
Consiste na contribuição entre as exigências externas e as aspirações do próprio homem. Neste caso, o importante é que o dever para o cumprimento das tarefas se tome no querer do aluno., isto é, as exigências externas colocadas, por exemplo, pelo professor, tornam-se em exigências dos alunos perante a si mesmos e provocam a actividade consciente.
3ª Força motriz do processo educativo
Consiste na contradição entre as influências especialmente organizadas e as influências espontâneas provennientes do meio ambiente social. A principal tendência de solução consiste em organizar as influências organizadas e eliminar as influências espontâneas negativas.
Os principais factores que contribuem para o desenvolvimento da personalidade
O desenvolvimento da personalidade realiza-se como um alto movimento, com base na própria actividade do indivíduo, e é determinado pelascondições internas e externas na sua inter-acção.
Condições Internas (subjectivas) – são todas particularidades do homem que nascem e desenvolvem no decurso da vida, tais como:
A estrutura e o funcionamento do organismo (hereditariedade);
Disposição e qualidades psíquicas;
E outras qualidades e predisposições que servem de pressuposto para o desenvolvimento de uma personalidade, como: os hábitos, as qualidades de carácter, os conhecimentos, as capacidades e as habilidades.
Condições Externas (objectivas) – são todas as condições que encontram fora do psíquico, isto é:
O meio ambiente;
Relações sociais;
Influências educativas.
Para a personalidade, as condições sociais, como parte essencial das condições externas (a natureza, a sociedade, a família e a escola), são determinantes, isto porque, a essência do homem é de natureza social.
O homem não é um produto passivo, pois reflecte as condições externas e opera por meio das condições internas, isto é, transforma as condições por meio da actividade.
Personalidade do professor: Conceito 
Segundo NERICI (1989:29), “professor é quem professa algo que julga verdadeiro, necessário e útil para seus semelhantes e para a sociedade”.
Na antiguidade, não havia professores no sentido profissional, mas havia filósofos que pregavam as suas verdades. Hoje, professor é que se dispõe a orientar a aprendizagem de outrem para que alcance objectos que sejam útil a sua pessoa ou a sociedade.
DURKHEIN (1941), citado por GOLIAS define o termo professor como: aquela individualidade que em nome das gerações adultas, transmite as novas gerações, um conjunto de valores e competência indispensáveis a vida colectiva.
Por outro lado, também define-se professor como orientador, facilitador ou mediador ao processo de aquisição de conhecimentos.
Acção Geral do Professor
É dever do professor de qualquer nível de ensino, a par das peculiaridades de acção de cada um deles, levar o educando a:
1. Adquirir bons hábitos de vida mental, física e social;
2. Estruturar uma escala de valores, a fim de que possa dar um sentido positivo `a sua vida;
3. Estimular as suas potencialidades por meio de apropriadas actividades, que devem ser propiciadas a todos, para que as mesmas possam revelar-se;
4. Tomar consciência de si mesmo, de suas possibilidades e de suas aspirações;
Participar decididamente na sua própria formação;
5. Participar decididamente na sua própria formação;
6. Tomar conta da sua vida, em sentido de responsabilidade, perante si mesmo e seus semelhantes;
7. Querer, constantemente, aperfeiçoar-se em todos os sectores da vida;
8. Reflectir, enfrentando situações problemáticas, a fim de que aprenda a aprender, a pesquisar, uma vez que, cada dia mais, viver é pesquisar…;
9. Sensibilizar quanto `a necessidade de respeito ao próximo, em sentido de reciprocidade – respeitar e ser respeitado;
10. Crer em si e nos seus semelhantes. É necessário que cada um tenha confiança em si, para enfrentar as situações problemáticas de todos os instantes. Nada de pior pode ocorrer na vida de uma criatura do que perder a confiança em si mesma. 
 Principais qualidades exigidas a um professor
As principais qualidades de liderança exigidas a um professor são:
Autoridade: há quem possua talentos naturais de autoridade o que lhe facilita controlar os outros simplesmente pela força da sua personalidade. Mas para a maioria, a autoridade pode ser conquistada pela força da vontade, da coragem e da experiência.
Competência: o líder não precisa de ter altas habilidades e nem ser sempre o melhor em todas as coisas que terá que fazer. Mas necessita de uma competência geral para se salvar de embaraços nas habilidades que os seus subordinados possuem. Se ele for o melhor em algumas dessas competências, mais vantajoso será.
Quanto ao professor, este, como líder que é, não deve apenas saber muito na sua especialidade, deve saber realizar a transmutação dos seus conhecimentos. Para isso, deve conhecer as crianças, os meios de formar o seu espírito, os métodos de ensino, etc.
Determinação: boa liderança exige habilidades para tomar decisões sábias e oportunas assim como actuar sem hesitação no tocante `a elas. Isto exige do professor confidencia e julgamento seguro.
Entusiasmo: lideres têm uma paixão interna pela causa que defendem.
Humildade: homens verdadeiramente grandes reconhecemas suas limitações e falhas. A sua grandeza é o que os seus seguidores reconhecem e não conhecem e não aquilo que eles próprios julgam ser.
Humor: o humor manifesta-se na alegria, na amizade, como uma simpática e compreensiva maneira perante os outros e uma atitude equilibrada perante eventos bons ou tristes. Um professor bem humorado não faz troça que fixe ou marque os seus alunos, mas sim, ‘e aquele que neles procura gargalhada sem ofender a ninguém.
Imaginação: um professor inspirado fascina porque transborda ideias. Também tem formas de eliminar a imaginação dos outros, de modo que eles fiquem também estimulados e cheios de entusiasmo.
Iniciativa: genericamente falando, os subordinados esperam que o líder lhes diga que devem fazer. Este reconhece quando a acção é exigida e implementada sem hesitação.
Integridade: um bom líder inspira confiança. Ele não pretende e nem experimenta ocultar a natureza da sua realidade ou actividades e experimenta sempre dar o melhor quer as pessoas estejam a controlá-lo ou não.
Lealdade: o professor não deverá esperar lealdade apenas do lado dos seus subordinados, ele devera se o primeiro a revelar a lealdade aos seus subordinados.
Perseverança: o líder bem sucedido enfrenta dificuldades com uma determinação que recusa aceitar a derrota. Ele experimentará tantas vezes até conseguir vencer tais dificuldades.
Responsabilidade: bons líderes são conscientes da responsabilidade que têm imposta pela posição que ocupa e não abusam a posição deles.
Auto-controlo: uma pessoa que carece de auto controlo dificilmente poderá desempenhar as funções de docência. Trata-se de uma característica que poderá ser aprendida e praticada pelos futuros professores até transformar-se em hábitos 
Qualidades profissionais do professor
As instituições de formação de professores desempenham um papel relevante tanto na inculcação dos valores que o professor deve possuir como na transmissão de conhecimentos científicos indispensáveis `a um bom desempenho da profissão docente.
O plano de estudos do curso médio de formação de professores define por exemplo, entre outros aspectos, que este deverá:
Conhecer os alunos de modo a poder contribuir eficazmente para o seu desenvolvimento;
Incentivar nos alunos o desenvolvimento de atitudes responsáveis para com a sociedade e a natureza;
Ajudar os alunos a adquirir os valores consagrados pela sociedade moçambicana, com vista `a formação de cidadãos livres, responsáveis e capazes de intervir conscientemente na comunidade;
Utilizar as formas de comunicação mais adequadas a uma correcta relação com os seus alunos, com as suas famílias e com a comunidade geral;
Desenvolver nos alunos capacidades, atitudes e hábitos de cooperação e trabalho em equipa;
Assegurar um ambiente de respeito mútuo, disciplina, liberdade e cooperação na escola;
Adaptar o ensino ao nível de desenvolvimento e os interesses dos alunos, bem como `as realidades socio-económicas da comunidade e da sociedade;
Planificar as actividades escolares;
Motivar e organizar as actividades de aprendizagem utilizando metodologias adequadas;
Seleccionar os materiais de ensino;
Avaliar o processo de ensino-aprendizagem;
Facilitar a cooperação dos pais e da comunidade em geral nas actividades educativas;
Difundir na comunidade o significado e acção educativa da escola;
Participar activamente na identificação e solução dos problemas da comunidade;
Contribuir para a dignificação da profissão docente, através da sua apresentação, conduta, equilíbrio, estabilidade e pontualidade; e
Manter-se actualizado nos domínios científico e pedagógico.
Relação de professor com a sociedade
O êxito profissional do professor depende, em grande parte, do apoio que o meio social lhe venha a emprestar. Este por sua vez, vai depender do grau de confiança que o professor lhe venha a inspirar, confiança essa decorrente da sua conduta como profissional e como cidadão.
O professor, de certo modo, é um cidadão marcado, pois é alvo de observação constante em todo o seu comportamento. Seus passos, actos e opiniões são continuamente observados pelo meio social.
Toda a vida do professor pertence `a sociedade, uma vez que o professor é representante da família e da sociedade na educação das gerações imaturas. É representante da família porque esta lhe outorga poderes para continuar a aplicar a educação iniciada no lar e que, por condições sócio-economico-culturais, não pode continuar a exercer. O professor é continuador directo dos pais na acção educativa dos seus filhos. Tem, pois, compromissos morais para com a família no sentido de educar-lhe os filhos, tornando-os mais conscientes e eficientes no lar. Deste modo, o professor não pode desconhecer a família do aluno, nos seus aspectos afectivos, social e cultural.
É representante da sociedade na educação das novas gerações que lhe confia seres imaturos para serem preparados técnica e ideologicamente, a fim de atenderem `as necessidades e aspirações da sociedade. 
Relação de professor com a escola
O professor tem obrigações morais com a escola em que milita. Tem compromisso com a direcção e com a própria escola.
O professor deve esforçar-se por manter boas relações com a direcção no sentido de cooperação, sem, no entanto, corteja-la. O trabalho de uma escola fracassará se não contar com a colaboração entre a direcção e o professor, de maneira que os esforços de ambos possam convergir para o mesmo objectivo, que é a educação do aluno. É necessário que haja entrosamento e entendimento entre o professor e direcção, de modo a fazer-se sentir a acção da escola sobre o aluno em um só sentido.
As conversas sigilosas, as trocas de informação com a direcção e os debates surgidos em reuniões de congregação não devem ser divulgados publicamente. Não é de boa ética fazer “politica” entre alunos, comentado desfavoravelmente as questões pendentes do professor com a direcção ou as decisões e medidas adoptadas por esta.
Assim, de modo geral, o professor deve evitar comentários desfavoráveis a escola. se for o caso e se houver necessidade de fazê-los, é aconselhável que sejam feitos directamente `a direcção a fim de ser encontradas as soluções positivas para os possíveis males.
Relação de professor com os alunos
E questão de suma importância para a educação, o comportamento do professor com relação ao aluno. Da forma de agir do professor é que dependerão as boas relações entre ambos.
É dever do professor compreender seus alunos. O contrário é mais difícil, senão impossível. A compreensão do aluno é fundamental para que se estabeleçam laços de simpatia e amizade com o professor. E simpatia e amizade são também fundamentais para que sejam alcançados os objectivos da educação. 
Relação de professor com os colegas
A acção educativa em uma escola realiza-se através de um grupo de professores. Quanto mais unificada for a acção, melhores serão os resultados. Logo, é necessário que haja entendimento entre os professores, de modo a formarem um todo de acção coerente em seus objectivos de natureza dedutiva.
Assim sendo, há normas de comportamentos que os professores devem observar com os seus colegas para que, cada vez mais, haja maior entendimento entre eles e melhor interacção e integração com os alunos.
Vejamos alguns tópicos das relações do professor com os seus colegas:
1. Há tendência de cada professor a supervalorizar a sua disciplina. 
 Até aqui não há nada, enquanto esta atitude não leva a menosprezar as outras, o que vai desgastar os seus colegas. É uma atitude que deve ser combatida, visto que todas as disciplinas são meios para alcançar os objectivos da escola. o professor deve fazer de sua disciplina um meio e não um fim. É preciso notar, também, que ninguém gosta de ser diminuído, e não principalmente nessas circunstâncias, em que todas as disciplinas são meios e não fins em si, pelo que têm o mesmo valor.
 É conduta condenável ridicularizar

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