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* * * SISTEMA HEMOPOÉTICO Constituído por: Sangue Medula óssea Tecidos linforreticulares Avaliação laboratorial do sangue – maior valor que a necropsia. Desordens Eritrocitárias * * * Eritrocitose (policitemia) – aumento dos eritrócitos. Eritrocitose relativa. Resultado da desidratação – concentração do compartimento plasmático. Massa eritrocitária total – normal. Eritrocitose absoluta. Elevação do nº de eritrócitos e na massa eritrocitária. * * * Causas – excessiva produção de eritropoetina. Portadores de doenças cardíaca ou pulmonar. Acometidos por carcinomas renais. Sinais clínicos: Mucosa oral roxa e depressão. Aumento da viscosidade do sangue (trombose). Anemia. * * * Redução do número de eritrócitos do animal. Anemias regenerativas. Resultantes da perda de eritrócitos (hemorragias ou hemólises). Anemias hemorrágicas (causas): Traumatismos Cirurgias Parasitos Úlceras gastrointestinais Neoplasias com sangramento * * * Anemia hemolítica – lesão eritrocitária. Mecanismo básico da destruição das hemácias (independente do agente) – fixação de Ac à membrana das hemácias – fagocitose pelos MØ. Agentes infecciosos – causam anemia hemolítica: Vírus da AIE – cavalo, mula, jumento (retrovírus) Replica-se nos MØ – fixação do vírus e Ac nas hemácias. * * * Sinais clínicos: Depressão Icterícia Palidez das mucosas * * * Post-mortem – hemorragias disseminadas, anemia e icterícia. Medula óssea – substituição da gordura por tecido hemopoético. * * * Leptospirose – MO localizam-se nos rins, fígado e útero prenhe. Hemólise intravascular – hemolisina e Ac. Achados – anemia, icterícia, fígado pálido, rins escuros e tumefatos. Cronicidade – “enrugados” devido a fibrose. Babesiose – ocorre em bovinos, caninos, gatos e equinos. Parasitemia eritrocitária – causar hemólise. * * * Sinais – depressão, icterícia, anemia, mucosas pálidas e hemoglobinúria. Mais significativa em bovinos removidos de áreas isentas de carrapatos p/ áreas infestadas. Achado PM em bovinos – congestão da substância cinza em todo o cérebro. * * * Anaplasmose – doença de bovinos e ovinos. Causa severa anemia hemolítica. Transmitidos por carrapatos e agulhas. Período de incubação: 01 – 03 meses, seguindo-se anemia hemolítica. * * * Sinais – depressão, fraqueza, mucosas pálidas e icterícia. Anemias Hemolíticas Toxigênicas. Causadas por compostos inibidores do metabolismo da hemácia. Cebolas – agente oxidante que causa anemia hemolítica em qualquer animal. Bovinos – intoxicações severas – hemoglobinúria. - Aspirina e similares – anemia hemolítica em gatos. * * * Intoxicação pelo cobre – anemia em bovinos, suínos e ovinos. Anemias Hemolíticas Hipofosfatêmicas. Dietas pobres em fósforo. Fósforo – participa do metabolismo normal do eritrócito. Quando sua concentração atinge níveis críticos – hemólise. Valores de referência normais – 1,08 a 2,76 mmol / litro. * * * Anemias Hemolíticas Imunomediadas (AHI). Aquelas que a destruição eritrocitária ocorre subsequente a ligação dos Ac à membrana do eritrócito. Achados PM: Tecidos pálidos Icterícia Eritrocitose compensatória * * * Anemias Arregenerativas. Anemias devido a redução da ereitropoiese. Indicação – exame de medula óssea. * * * Anemias da Doença Crônica. Associada a doença crônica. Incluem as doenças inflama tórias dos rins, fígado e neoplasias. Inflamação crônica e neoplasia – reduz o fluxo de ferro dos tecidos para o plasma. Rins – redução da produção de eritropoetina. Anemias por Deficiências Nutricionais. * * * Incomuns nos animais. Leitões tornam-se anêmicos debilitados e c/ crescimento retardado por volta de 3 semanas - a menos que recebam suplementação. Cães – filhote fique competitivamente deficiente na nutrição. * * * Deficiência de ferro secundária a hemorragia crônica. Parasitas hematófagos ou sangramento crônico – TU ou TGI. Intoxicação por samambaia. Acomete bovinos, equinos. Causa lesão às células tronco. Achados laboratoriais – leucopenia e trombocitopenia. PM – hemorragias nos tecidos. * * * Severidade da anemia – depende da duração da toxicidade e da intensidade da anemia. Medula óssea – não reativa. * * * Desordens Leucocitárias da Fagocitose Neutrófilos. * * * Neutrofilia – infecções bacterianas e fúngicas, necrose tissular. Neutropenias – infecções parvovirais em cães e gatos e vírus da leucemia felina. Eosinófilos. Eosinofilia – inflamação parasitária e alérgica. Macrófagos – processos crônicos e anemias imunomediadas (aumento). * * * Desordens Mieloproliferativas: Proliferação desordenada de um ou mais componentes hemopoéticos medulares. * * * Sarcomas Eritrocitários. Pouco usuais exceto em gatos. Sinais: letargia e palidez. Severa anemia arregenerativa. Necropsia – ocupação da cavidade medular por tecido vermelho firme. Sarcomas Granulocitários e Megacariocitários. Raro nos animais (exceto em gatos infectados pelo vírus da leucemia felina). Forma – liberação de células alteradas imaturas no sangue. * * * Desordens Plaquetárias. Plaquetas – derivadas dos megacariócitos e circulam por 08 dias. Função de bloquear o sangramento por aderência ao colágeno subendotelial – agregam formando um “tampão”. Trombocitose. Aumento na quantidade de plaquetas (estimulação da medula óssea). Consequência – trombose. * * * Ex: gatos infectados pelo vírus da leucemia felina. Trombocitopenia. Prematura destruição celular ou redução na produção. Fenômeno imunomediado (semelhante às anemias hemolíticas – AIE e cólera suína) ou desordem na medula óssea. Cães – trombocitopenia devido a infecção das plaquetas por Ehrlichia platys. Bovinos – intoxicação por samambaia. * * * Sinais clínicos – petéquias e sangramento nas mucosas (TR e TGI). Cirurgia – pode levar a morte do animal. Desordens da Função Plaquetária. Ocorre sangramento, mas c/ plaquetometria normal Causas – defeito na adesão ou agregação plaquetária e drogas. Adesão plaquetária ao colágeno subendotelial – feita pela proteína adesiva (fator von Willebrand). * * * Essa proteína pode estar congenitamente ausente ou estruturalmente anormal. * * * Agregação plaquetária congenitamente defeituosa – cães Basset Hound e bovinos Simental (tendem a sangrar pelas superfícies mucosas e após cirurgias simples). Redução adquirida da capacidade de adesão e agregação plaquetárias – casos de uremia. Aspirina e drogas antiinflamatórias (fenilbutazona) – reduzem a agregação plaquetária. Desordens da Coagulação. * * * Resultam na redução da síntese de fibrina – inadequada conversão da rolha plaquetária em um coágulo estável. Fibrinogênio – trombina (plaquetas) – fibrina. Desordens Adquiridas da Coagulação. Ingestão de cumarínicos (Warfarin – rodenticidas). Ingestão acidental (cães e gatos). Necropsia – hemorragias nas cavidades corporais e articulação * * * Tratamento – vitamina K. Hepatopatia. Síntese inadequada dos fatores de coagulação II, V, VII, IX e X e do fibrinogênio. Desordens Congênitas da Coagulação - Deficiência dos fatores XII (gatos), XI (bovinos e cães), IX (cães e gatos), VII (cães e cavalos) e doença de von Willebrand. * * * TECIDOS LINFORRETICULARES Desordens Tímicas. Timo – essencial p/ desenvolvimento de linfócitos T. Linfócitos precursores da medula migram p/ o timo – diferenciação. Desordens do Desenvolvimento do Timo. Imunodeficiência combinada dos potros árabes – desordem genética que ocorre em 2% dos potros. * * * 25% dos cavalos são portadores. Há produção insuficiente de linfócitos B e T – susceptíveis a agentes microbianos – morte antes dos 05 meses. Sinais: corrimento nasal, pneumonia, diarréia, pelagem subdesenvolvida e perda do estado físico Diagnóstico - ausência de imunoglobulinas séricas (indetectáveis) e linfopenia persistente. Desordens Inflamatórias e Degenerativas. * * * Lesão do timo – causada por agentes infecciosos: Leucemia felina Cinomose (cães) Rinopneumonite equina DBV Toxinas – chumbo e mercúrio Neoplasias Desnutrição (proteínas) – necrose dos timócitos Necropsia – difícil a localização do timo. * * * Desordens Neoplásicas do Timo Linfossarcoma Tímico Neoplasia dos linfócitos T – acomete cães, gatos e bovinos. Achado clínico – massa que ocupa espaço na cavidade torácica. Desordens de Linfócitos e Linfonodos - Hiperplasia dos Linfonodos. * * * Chegada de grandes quantidades de antígenos – aumento da irrigação sanguínea ( “recrutamento” de LØ, MØ) – linfonodos superficiais hipertrofiados Desordens Inflamatórias dos Linfonodos. Infecções bacterianas e micóticas – linfonodo ocupado principalmente por NØ. Corte do órgão – abcessos. Linfadenite caseosa. * * * Corynebacterium pseudotuberculosis. Específica de ovinos e caprinos. Bovinos - linfangite ulcerativa * * * Histoplasmose – ag: Histoplasma capsulatum. Acomete cães. Doença pode ser disseminada – envolver intestino e fígado. Linfonodos, fígado e baço – hipertrofiados e firmes à incisão. Leishmaniose. Protozoário transmitido por inseto. Lesões cutâneas em cães - transformam em úlcera no local da picada Forma visceral – hipertrofia generalizada dos linfonodos. * * * Apresentam anemia arregenerativa. Necropsia – hipertrofia do fígado, baço e linfonodos (visceral). * * * Desordens Linfocitárias Neoplásicas. Linfossarcoma canino – etiologia desconhecida ?? Maior parte – neoplasias dos linfócitos B. Sinais: anorexia e letargia – gradualmente caquéticos. Achados laboratoriais: linfocitose (células a típicas) e anemia. Necropsia – linfonodos, fígado e baço – tecido mole, branco a cinza. * * * Linfossarcoma bovino. Ag: vírus da leucemia bovina (VLB). Retrovírus (similar a outros agentes virais oncogênicos). Transmissão: artrópodes hematófagos e meios mecânicos de transferência de linfócitos infectados Mais incidência em gado de leite - manejo favorece a transmissão. Sinais – perda do estado físico, debilidade, palidez e hipertrofia de linfonodos. * * * Achados laboratoriais: linfócitos neoplásicos grandes com cromatina grosseira e linfocitose persistente. Pode haver envolvimento do fígado, baço e rins. Comum o envolvimento cardíaco (átrio direito). * * * Linfossarcoma felino. Ag: vírus da leucemia felina. Retrovírus – expelido pela saliva. Sinais: mucosas pálidas (anemia arregenerativa), letargia e depleção. * * * Necropsia – hipertrofia de fígado e rins (infiltração de linfócitos neoplásicos). Órgãos exibem massas nodulares branco-acizentadas que protuberam sobre a cápsula. Medula dos ossos longos – ocupadas por tecido mole e pálido. - Linfossarcoma equino. Relativamente raro (comparado c/ cão, gato e bov.) * * * Animais apresentam perda de peso gradual. Linfonodos internos aumentados – interferir com a circulação venosa (edema). Achados laboratoriais – anemia branda. Forma intestinal (linfossarcoma) – levar a diarréia crônica. Desordens Esplênicas. Desordens degenerativas do baço. Atrofia - idade avançada ou congestão prolongada * * * Macroscopia: órgão apresenta-se pequeno e firme c/ a cápsula encarquilhada. Desordens circulatórias do baço. Congestão – órgão fica aumentado (transuda sangue ao corte). Torção (cão, suíno) - oclusão venosa c/ congestão e edema. * * * * * * Desordens inflamatórias do baço. Esplenite – incomum. Pode ocorrer como uma extensão da peritonite (reticuloperitonite traumática bovina) ou septicemias. Observado – hiperplasia nos tecidos linfóides da polpa branca. * * * Desordens Neoplásicas do Baço. Baço – frequentemente é o local de ocorrência de neoplasias das células endoteliais (hemangiomas e hemangiossarcomas). Ocorrem frequentemente em cães idosos (grande porte) – propensos a ruptura – hemorragia intraperitoneal. Elevada incidência de envolvimento esplênico nos linfossarcomas. Macroscopia: órgão aumentado. * * *
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