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BENZENO, AGENTE CAPAZ DE PROVOCAR CANCÊR ARTIGO

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
CURSO DE ENFERMAGEM - CAMPUS PETROLINA
?
 
BENZENO
PETROLINA
2017
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
CURSO DE ENFERMAGEM - CAMPUS PETROLINA
?
 
BENZENO
Artigo científico apresentado à disciplina Processos Patológicos Gerais, ministrada pelo Prof. Dr. Adauto Almeida Neto.
PETROLINA
2017
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO
	4
	2
	DISCUSSÃO
	5
	3
	CONCLUSÃO
	8
	
	REFERÊNCIAS
	9
BENZENO
?
RESUMO
Dentre os diversos sub-produtos do petróleo, um deles, denominado benzeno, faz parte de nosso cotidiano, pois está presente em diversos materiais. O interesse pelo benzeno não é apenas industrial, haja vista que o mesmo é considerado agente capaz de provocar câncer. Este artigo caracteriza o benzeno, identificar como as substancias que contém benzeno se apresentam em nosso cotidiano e qualifica os mecanismos que levam o benzeno a provocar câncer.
Palavras-chave: Benzeno. Saúde. Câncer.
ABSTRACT
Among the various petroleum by-products, one of them, called benzene, is part of our daily life, as it is present in several materials. The interest in benzene is not only industrial, since it is considered to be capable of causing cancer. This article characterizes benzene, identify how the substances that contain benzene present in our daily life and qualify the mechanisms that lead benzene to cause cancer.
Keywords: Benzene. Health. Cancer.
__________
1 Acadêmica do Curso se Enfermagem da UPE.
2 Acadêmica do Curso se Enfermagem da UPE.
3 Docente da disciplina Processos Patológicos Gerais, do Curso de Enfermagem da UPE.
1	INTRODUÇÃO
	Dentre os diversos sub-produtos do petróleo, um deles, denominado benzeno, faz parte de nosso cotidiano, pois está presente em diversos materiais, como colas, solventes, tintas, lustra-móveis, pesticidas, lubrificantes, ceras de polir automóveis, detergentes, litografia, impressão gráfica, fotogravura, extração de óleos, beneficiamento de gorduras, reagente, borrachas, catalisadores, produtos intermediários de laboratórios, explosivos, corantes, produtos farmacêuticos, fabricação de isopor e outros materiais plásticos, o cumeno (resina), o nylon e fibras sintéticas.(MACHADO, 2017).
	Todavia, o interesse pelo benzeno não é apenas industrial, haja vista que o mesmo é considerado agende capaz de provocar câncer.
	De acordo com Guimarães et al. (2012, p.1):
Todos estão expostos a uma pequena quantidade de benzeno a cada dia, seja no ambiente ao ar livre, no local de trabalho e em casa. Em geral a exposição da população ao benzeno ocorre principalmente através da respiração de ar que contenha a substância. As principais fontes de exposição são o fumo do tabaco, estações de serviço automotivos, escape de veículos a motor e as emissões industriais. O fumante médio (32 cigarros por dia) se expõe à aproximadamente 1,8 mg, o que é 10 vezes a ingestão média diária de benzeno por não-fumantes, medidos os níveis de benzeno no ar exterior que variaram de 0,02 a 34 partes por bilhão.
	
Neste sentido, este artigo pretende em seu objetivo geral caracterizar o benzeno e, como objetivos específicos, identificar como as substancias que contém benzeno se apresentam em nosso cotidiano, além de qualificar os mecanismos que levam o benzeno a provocar câncer.
	A metodologia utilizada foi a bibliográfica, que para Gil (2002, p.44 apud PIANA, 2009, p. 120) “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. 
2	DISCUSSÃO
	O benzeno, derivado do petróleo, é um hidrocarboneto de cadeia fechada, aromática, contendo seis carbonos e seis hidrogênios, de fórmula molecular C6H6. 
	A figura seguinte demonstra a formula do benzeno.
Figura 01 – Benzeno.
 
 Fonte: Stock & Imagens (2017).
Também Guimarães et al. (2012, p.1) destacam outras características do benzeno:
Apresenta-se sob forma líquida e incolor, nas condições normais de temperatura e pressão. É um composto orgânico volátil altamente inflamável, possuindo odor característico possível de ser identificado no ar. Foi isolado pela primeira vez em 1825 a partir de uma macha oleosa que havia sido depositada como resultado da queima de gás usado em lamparina. É usado como matéria prima nas indústrias químicas, refino de petróleo, nas usinas de álcool anidro, na gasolina e na fumaça de cigarro, dentre outros produtos químicos, na fabricação de alguns tipos de borrachas, lubrificantes, tintas, detergentes, medicamentos e pesticidas. Já sua fonte natural de produção se dá por vulcões e queimadas de florestas que contribuem para sua presença no meio ambiente. A introdução de novas tecnologias, impondo demandas cada vez maiores para atender as novas necessidades do mundo atual, faz com que o Benzeno seja uma das substâncias produzidas industrialmente em maior volume no mundo. No Brasil, ele é o 3º produto petroquímico básico em oferta. Nos Estados Unidos, devido a sua ampla utilização está entre as 20 substâncias químicas de maior produção. Embora venha ocorrendo uma maior conscientização em função da necessidade de desenvolvimento de novas tecnologias no sentido de substituir o benzeno por outras substâncias nos processos industriais, este ainda é considerado um contaminante universal.
	Percebe-se, portanto, a ampla utilização do benzeno pela industria, quer em nosso país quanto em nível mundial.	
Assim, qualquer pessoa com exposição ao benzeno pode ser cometida por intoxicação aguda e crônica, ressaltando-se que este composto é um agente mielotóxico regular, leucemogênico e cancerígeno - mesmo em doses inferiores a 1ppm, sendo que o quadro clínico de toxicidade ao benzeno pode se caracterizar pelo comprometimento da medula óssea - causa básica de diversas alterações hematológicas. Assevera-se que os órgãos hematopoiéticos como a medula óssea são extremamente sensíveis ao benzeno. Percebe-se a presença do benzeno no organismo humano através de sinais/sintomas como astenia, mialgia, sonolência, tontura e infecções repetidas, já em nível hematológicos, percebe-se neutropenia, leucopenia, eosinofilia, linfocitopenia, monocitopenia, macrocitose, pontilhado basófilo, pseudo Pelger e plaquetopenia. (BRASIL, 2006, p.8).
O quadro seguinte elenca as formas de introdução, absorção e metabolismo relacionados ao benzeno no organismo humano.
Quadro 01 – Benzeno no organismo.
	INDICATIVOS
	CARACTERIZAÇÃO
	Formas de introdução 
	São as vias respiratória (vapores) e oral (alimentos e água). A via cutânea é mais rara, sendo necessário contato dérmico com essa substância na forma líquida, porém, quando ocorre, possui alto índice de absorção
	Absorção
	A metabolização do benzeno ocorre preferencialmente no fígado. No processo de excreção dos metabólitos gerados, o rim é o principal responsável por tal função.
	Metabolismo
	Envolve participação de enzimas da família do citocromo P450 2E1 (CYP2E1), levando à formação de um intermediário eletrofílico reativo65-68, o óxido de benzeno (BO), que possui tempo de meia-vida in vivo estimado em 7,9 minutos. Esse metabólito tem a capacidade de se ligar covalentemente com sítios nucleofílicos de proteínas e DNA65 e pode sofrer nova metabolização, gerando novos metabólitos reativos (muconaldeídos e benzoquinonas), que ainda detêm a capacidade de ligação ao DNA e às proteínas. Também promove aumento na formação de espécies reativas de oxigênio (EROs) que comprometem o sistema antioxidante, gerando estresse oxidativo. Os adutos formados nas reações entre óxido de benzeno e macromoléculas (proteínas ou DNA) são considerados pré-cancerígenos.
Fonte: Barata-Silva et al. (2014, p. 332).
	Tamanha problemática de saúde relacionada ao benzeno, fez o governo brasileiro desenvolver um amparo legal à sociedade, objetivando coibir as conseqüências maléficas de sua utilização. Esta legislação, editada pela Confederação Nacional da Indústria (2012), está disponibilizadano link http://www.protecao.com.br/upload/protecao_materiaarquivo/495.pdf.
	Percebe-se, assim, que os amparos legais mostram grande preocupação com a exposição ambiental ou ocupacional ao benzeno e apresentam tendência de restringir cada vez mais os níveis permitidos de exposição, sendo um consenso à necessidade de substituir a utilização do benzeno a fim de erradicar a sua presença maciça nos aglomerados urbanos e rurais. (BARATA-SILVA et al., 2014, p. 337).
3	CONCLUSÃO
A contaminação por benzeno, incluindo os óbitos em território nacional, tem despertado, por parte das autoridades de saúde especial atenção, notadamente por ser tal substância cancerígena.
Apesar de existir uma farta legislação pertinente, o benzeno é um subproduto do petróleo, cuja produção, em escala global, restringe a pesquisa por novos produtos que possam a vir substituir o benzeno.
Se, por um lado, o capitalismo petrolífero não possui interesse em cessar a utilização do benzeno, por outro lado, governos e entidades de saúde tentam ampliar o rol de proteção às pessoas que mantém contato com a substância.
Cabe, portanto, aos cidadãos, conscientizarem-se de que o benzeno provoca uma série de malefícios á saúde e minimizarem ou anularem sua utilização, pois, além de diversos riscos, existe a possibilidade de se contrair câncer.
	REFEÊENCIAS
BARATA-SILVA, Cristiane. Benzeno: reflexos sobre a saúde pública, presença ambiental e indicadores biológicos utilizados para a determinação da exposição. Cad. Saúde Colet., 2014, Rio de Janeiro, 22 (4): 329-42.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Câncer relacionado ao trabalho: leucemia mielóide aguda – síndrome mielodisplásica decorrente da exposição ao benzeno. Brasília DF: MS, 2006. 47 p.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Consolidação da legislação sobre o benzeno. Brasília DF: CNI/SESI, 2012. 228 p.
	
GUIMARÃES, Júlia Castro et al. Benzeno. Juiz de Fora: NAGEA, 2012. Folheto.
MACHADO, Claudinei. Os riscos do Benzeno. Disponível em: <http://www.protecaorespiratoria.com/os-riscos-do-benzeno/>. Acesso em: 11 fev. 2017.
PIANA, Maria Cristina. A construção da pesquisa documental: avanços e desafios na atuação do serviço social no campo educacional. São Paulo: UNESP, 2009. ISBN 978-85-7983-038-9. p. 119-166. 
STOCK & IMAGENS. Estrutura do benzeno. Disponível em: < https://pt.dreamstime.com/photos-images/estrutura-do-benzeno.html >. Acesso em: 12 fev. 2017.

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