Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAPÍTULO 5 IRRIGAÇÃO POR SUPERFÍCIE 5.1 Introdução Método não-pressurizado em que a água se movimenta por gravidade diretamente sobre a superfície do solo; Exige áreas sistematizadas e com declividades de 0 a 6%; Não é recomendado para solos com alta permeabilidade, por proporcionar grandes perdas por percolação, e para solos instáveis, pela formação de crateras quando molhados. 5.2. Situação da Irrigação por Superfície Em 1980, cerca de 16% das terras cultivadas no mundo eram irrigadas: 10 % por superfície; Em 1982, o Estado de Minas Gerais contava com uma área irrigada de 123.000 ha, dos quais 74% eram irrigados por superfície; Em 2004, no Brasil, aproximadamente 1.700.000 ha são irrigados por superfície. 5.3. Tipos de Irrigação por Superfície ( Irrigação por Sulco Consiste na aplicação de água em pequenos canais, sulcos ou corrugações, que infiltra ao longo do perímetro molhado e se movimenta vertical e lateralmente, umedecendo o perfil do solo; A distribuição de água para os sulcos: sifão, bacias auxiliares ou tubos janelados; � Figura 5.1 Sistema de irrigação por sulco comum. � Figura 5.2 – Distribuição de água para os sulcos por meio de sifões. � Figura 5.3 – Distribuição de água para os sulcos por meio de tubos janelados. Forma do sulco: depende da cultura a ser irrigada (comum em V); Largura do sulco: em média, de 20 a 30 cm, Profundidade: de 15 a 25 cm; Espaçamento: depende da cultura cultivada, comum 90 a 110 cm; Declividade: em geral, inferior a 1% (evitar erosão); Vazão: 0,5 a 2 L/s; Comprimento do sulco: Fundamental para eficiência do sistema Determinação simplificada: Comprimento deve ser tal que o tempo de avanço seja aproximadamente 25% do tempo de oportunidade; Fases da Irrigação por Sulco Fase de avanço: Começa com o início da aplicação de água no sulco e termina quando a água atinge o final deste; Pode ser representada pela curva ou equação de avanço; A sua duração é denominada de tempo de avanço (Ta) - tempo perdido na aplicação de água: perdas por percolação. Fase de reposição ou irrigação: Começa quando a água ou a frente de avanço atinge o final do sulco e termina no instante em que a vazão é cortada no início da área – denominado tempo de oportunidade (To); Fase mais importante: momento que se aplica a lâmina requerida. Fase de recessão: Etapa entre o corte de água no início da área ao final do To e o desaparecimento da água na superfície do sulco ao longo da área; Fase pequena em sulcos, sendo na maioria das vezes desprezada; Na irrigação por faixa e por inundação ela pode ser significativa. ( Irrigação por Faixa A água é aplicada em faixas com certa declividade longitudinal, separadas por diques ou taipas; Figura 5.4 - Esquema de um sistema de irrigação por faixa. A declividade transversal deve ser nula, para se obter melhor uniformidade de distribuição da água; Foi usada para irrigação de pastagens e, ou, culturas, que tem a característica de cobrir toda a superfície do solo; A perda de água por escoamento superficial no final da área é uma característica desse sistema; A geometria da seção de escoamento na irrigação por faixa é mais simples, e a infiltração de água no solo ocorre basicamente na direção vertical. ( Irrigação por Inundação A água é aplicada em bacias ou tabuleiros intermitentes ou permanentemente durante todo o ciclo da cultura; � Figura 5.5 - Área com sistema de irrigação por inundação em fase de enchimento (esquerda) e com a cultura do arroz. Os tipos de tabuleiros mais comuns são os retangulares e em contorno; Tamanho: varia de acordo com o sistema de manejo; Manejo manual: normalmente < 0,75 ha, Manejo mecanizado: ≥ a 0,75 ha; Declividade: deve proporcionar uma DN ≤ 20 cm; Vazão de manutenção: função da área, ET e da VIB: Perdas no tabuleiro: percolação e escoamento (final do tabuleiro); Principal sistema para o cultivo do arroz irrigado; No RS: predominante em áreas não sistematizadas, com consumo médio de água, por safra, de 8.000 a 15.000 m3/ha; 5.4 Infiltração Parâmetro de difícil avaliação e de extrema importância; Nesse tipo de irrigação a infiltração é função de um grande número de variáveis, muitas delas sujeitas a variações espaciais e temporais (vazão de entrada, declividade longitudinal da base de escoamento, geometria e rugosidade, perímetro molhado, etc.); Infiltrômetro de anel: Irrigação por inundação e faixa Infiltrômetro de sulco: Irrigação por sulco; 5.5 Sistematização de terreno Etapa que visa adequar o solo para receber a irrigação por superfície; Antes de iniciar a sistematização, deve-se examiná-lo para ver se existem condições de ser irrigado por este método, analisando-se: Tipo de solo Topografia do terreno Disponibilidade de água (Preparação para a sistematização de um terreno Época a ser realizada a sistematização; Levantamento Topográfico � Figura 5.8 - Piqueteamento de uma área para levantamento topográfico. Máquinas. � � � Figura 5.9 - Motoniveladora, scraper e trator de esteiras . 5.6 Subirrigação É um sistema de aplicação de água através do próprio solo, por meio da elevação do lençol freático; É bastante exigente em condições de solo e a água atinge as plantas por ascensão capilar. Figura 5.14 – Vista de um dreno com estrutura de fechamento. Figura 5.15 Dreno ao lado de uma área a ser subirrigada, com necessidade de manutenção. �PAGE � �PAGE �6� _1176062717/ole-[42, 4D, B6, 0C, 09, 00, 00, 00] _1129072883.unknown
Compartilhar