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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
CURSO: PEDAGOGIA- POLO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
3° SÉRIE
	
DESAFIO PROFISSIONAL
“BRINQUEDOTECA”
DISCIPLINAS NORTEADORAS: ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL; BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO; DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS; LITERATURA INFANTOJUVENIL; MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO.
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
2017
INTRODUÇÃO
A Educação Lúdica está longe de ser uma simples brincadeira ou passatempo. É uma atividade inerente a criança que leva o ser humano ao encontro do conhecimento, da socialização e do desenvolvimento do seu caráter. 
O lúdico nas series iniciais tem sido uma das estratégias mais bem sucedidas no que concerne à estimulação do desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem de uma criança. Essa atividade é significativa por que desenvolvem as capacidades de atenção, memória, percepção, sensação e todos os aspectos básicos referentes à aprendizagem. O uso lúdico nas séries iniciais como meio facilitador no processo de ensino-aprendizagem.
A pedagoga Paula foi contratada por uma instituição de Educação Infantil para refletir, junto com os professores, sobre a necessidade de uma postura lúdica no trabalho com a Educação Infantil e a importância do brincar e da literatura para a faixa etária. Paula deverá elaborar um plano de ação para trabalhar esse tema com os professores.
O presente desafio tem por objetivo elaborar um projeto de intervenção pedagógica que contribua com a postura lúdica do professor, incentive o brincar e estimule a leitura e contação de histórias numa instituição de Educação Infantil.
Passo 1 – A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
Toda criança tem necessidade e o direito de brincar, isto é uma característica da infância garantida em Lei. A função do brincar não está no brinquedo, no material usado, mas sim na atitude subjetiva que a criança demonstra na brincadeira e no tipo de atividade exercida na hora da brincadeira. 
Essa vivência é carregada de prazer e satisfação. É a falta desse prazer ou dessa satisfação que pode acarretar na criança alguns distúrbios de comportamento. 
Em cada etapa evolutiva da criança, o brincar vai se modificando, mas é essencial que ela tenha oportunidade de explorar todas as fases do brincar. A importância do brinquedo é a da exploração e do aprendizado concreto do mundo exterior, utilizando e estimulando os órgãos dos sentidos, a função sensorial, a função motora e a emocional. A brincadeira tem uma enorme função social, desenvolve o lado intelectual e principalmente cria oportunidades para a criança elaborar e vivenciar situações emocionais e conflitos sentidos no dia a dia de toda criança.
Segundo RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil), entendemos a importância do brincar (e que esta questão na vida escolar da criança), tendo em vista, o desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos, ou seja, cognitivo, afetivo, motor e social.
O brincar favorece a criança o aprendizado, pois é brincando que o ser humano se torna apto a viver numa ordem social e num mundo culturalmente simbólicos. É o mais completo dos processos educativos, pois influencia o intelecto, o emocional o e corpo da criança. Brincar faz parte da especificidade infantil e oportunizar a criança seu desenvolvimento e a busca de sua completude, seu saber, seus conhecimentos e suas expectativas do mundo. Por ser importante para as crianças, a atividade lúdica e suas múltiplas possibilidades pode e deve ser utilizada como recurso de aprendizagem e desenvolvimento.
É no brincar que acontece a aprendizagem da criança, é através das brincadeiras as crianças podem desenvolver a sua capacidade de criar brincadeiras, para dar condições do desenvolvimento na diversidade das brincadeiras nas experiência através da troca com outra criança ou com os professores ou com a sua família.
Visando a importância do brincar é muito importante pois quando a criança está brincando ela cria situações imaginárias que lhe permite operar com objetos e situações do mundo dos adultos. Enquanto brinca, seu conhecimento se amplia, pois ela pode fazer de conta que age de maneira adequada ao manipular objetos com os quais o adulto opera e ela ainda não.
Existem diversas razões para brincar, desde o prazer que o lúdico propicia até mesmo a importância para o desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social da criança. É sabido que é na brincadeira que a criança expressa suas vontades e desejos. 
Nas series iniciais esse movimento estimula a capacidade de criação, abstração, fantasia, cognição, bem como os aspectos emocionais e sociais na criança. 
Segundo Carneiro e Dodge (2007, pág. 59), “... o movimento é, sobretudo para criança pequena, uma forma de expressão e mostra a relação existente entre ação, pensamento e linguagem”. A criança consegue lidar com situações novas e inesperadas, e age de maneira independente, e consegue enxergar e entender o mundo fora do seu cotidiano.
Pode-se afirmar que o Brincar; “é de fundamental importância para a aprendizagem da criança por que é através dela que a criança aprende, gradualmente desenvolve conceitos de relacionamento casuais ou sociais, o poder de descriminar, de fazer julgamentos, de analisar e sintetizar, de imaginar e formular e inventar ou recriar suas próprias brincadeiras” (SANTIN, 2001, p.523), ou ainda simplificada nas seguintes palavras de Ferreira (2004), Brincar “é divertir-se e entreter-se infinitamente em jogos de criança” Lúdico - “que tem caráter de jogos, de aprender brinquedo e divertimento; é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana” (FERREIRA, 2004, p.139).
O ato de brincar não é somente “o brincar por brincar”, mas sim o que ela representa para quem brinca. O brincar está em uma dimensão valorizada no desenvolvimento do aprender, abrangendo crianças e adultos, elevando-os a patamares ainda maiores pelo brincar e representando a necessidade de conhecer, construir e de se descontrair, em um mundo real ou simbólico cheio de momentos maravilhosos que só acontece através do brincar.
Para Huizinga (2007), o jogo, o brincar, deve ter caráter de liberdade para as crianças irem muito além das suas fantasias, deve ser uma atividade voluntária e quando imposta deixa de ser uma brincadeira ou um jogo, ou do faz de conta. É na brincadeira que as crianças aprendem como os outros pensam e agem, descobrindo assim uma forma mais rápida para a troca de ideias e o respeito pelo outro. Enquanto aprendem brincando também ensinam algo de sua vivência, resultando na interação do aprender e ensinar a dividir os outros.
O brincar tem grande importância nas series iniciais principalmente no aspecto cognitivo, proporcionando á criança criatividade, com o objetivo de desenvolver suas habilidades. As brincadeiras fazem parte da infância de toda criança, pois garantem divertimento, alegria e aprendizagem.
As razões para brincar são inúmeras, pois sabemos que a brincadeira só faz bem, e só não entendemos porque em muitos lugares isso incomoda tanto na sociedade ou algumas pessoas, pais, professores..., mas sabemos que o brincar é um direito da criança, como apresentado na Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, denominada Estatuto da Criança e do Adolescente, acrescenta no Capítulo II, Art. 16°, Inciso IV, que toda criança tem o direito de viver o seu tempo de infância que é o de brincar, praticar esportes e divertir-se. Então vimos que, a criança tem o direito de brincar pois está amparada por lei, e esta é mais uma razão para que as crianças brincam, além das inúmeras situações que já citamos, porque o brincar favorece a descoberta, a curiosidade, uma vez que auxilia na concentração, na percepção, na observação, e além disso as crianças desenvolvem os músculos, absorvem oxigênio, crescem, movimentam- se no espaço, descobrindo o seu próprio corpo. 
O brincar tem um papel fundamental neste processo, nas etapas de desenvolvimentoda criança. Na brincadeira, a criança representa o mundo em que está inserida, transformando-o de acordo com as suas fantasias e vontades e com isso solucionando problemas.
O universo escolar proporciona experiências únicas na vida de uma criança, seja qual for sua idade por o início destas descobertas já começa na educação infantil. Desde muito cedo as crianças brincam e esta é uma realidade observável nas creches e pré - escola. A criança parte começa primeiro das brincadeiras com o seu corpo para aos poucos ir diferenciando os objetos ao seu arador.
A criança nos primeiros anos de vida desenvolve os movimentos que é o elemento-chave das brincadeiras. À medida que a criança cresce, a presença de objetos na brincadeira vai aumentando. Com os jogos que envolvem apenas o movimento persistem e passam a envolver regras mais complexas para o aprendizado dos mesmos.
Durante o brincar as crianças aprendem umas com as outras e se desenvolvem como seres sociais, que pensam que possuem atitudes, que geram novas capacidades, que desenvolvem novas habilidades de descoberta do mundo. Como nos afirma Brasil, (2002, p. 27):
Ao brincar as crianças cria e recriam e repensam os acontecimentos do seu imaginário para o aprender que acontece através do brincar, desenvolvendo o aprender de forma lúdica, mais as brincadeiras não podem ser sempre dirigidas da mesma forma, mas de maneiras variadas, livres com o intuído de gerar aprendizagem, ou seja, com uma função educativa para o desenvolvimento da criança. 
É através do brincar as crianças podem exercer sua capacidade de criar, condição imprescindível para que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas ao lúdico ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma intervenção direta. Sendo assim quando a criança está brincando a criança cria situações imaginárias que lhe permite operar com objetos e situações do mundo dos adultos. Enquanto brinca, seu conhecimento se amplia, pois ela pode fazer de conta que age de maneira adequada ao manipular objetos com os quais o adulto opera e ela ainda não.
As consequências do brincar são inúmeras para o desenvolvimento humano. A brincadeira é uma necessidade vital para os seres humanos, por meio da qual a criança constrói conhecimentos sobre a realidade em que está inserida.
Segundo Vygotsky (1991) a brincadeira é o meio pelo qual a criança supre algumas de suas necessidades, sendo também um meio de aprendizado, de desenvolvimento da imaginação, da compreensão da realidade, do domínio de regras e da construção de uma situação imaginária, base para o pensamento abstrato adulto.
O brincar precisa de um local para ocorrer, de certos estímulos anteriores e trará consequências a curto, médio e longo prazo para o sujeito que se comporta e para o ambiente em que o faz.
No dicionário comum, pode-se encontrar que brincar é definido como “divertir-se; gracejar” (BUENO, 1994, p. 197) e brincadeira “divertimento, sobretudo entre crianças” (BUENO, 1994, p. 197).
Kishimoto (1999, p. 21) define brincadeira como sendo “a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica”.
PASSO 2 - BRINQUEDOTECA – FUNÇÕES E OBJETIVOS
Segundo Ramalho (2000), as brinquedotecas de instituições de educação infantil devem propiciar situações de interação e aprendizagem, possibilitando o desenvolvimento da autonomia e das capacidades afetivas, cognitivas e sociais, constituindo-se em um espaço onde a liberdade, a arte, a vontade, a sensibilidade, a cultura, o prazer de brincar e o respeito à criança estejam sempre presentes.
A brinquedoteca tem como função ser um meio de descobrir e construir conhecimentos sobre o mundo, ela incentiva a autonomia e desenvolve a capacidade crítica e de escolha da criança, além de promover o trabalho em equipe, a socialização, o desenvolvimento infantil, a comunicação, a criatividade, a imaginação e o desenvolvimento de atividades lúdicas (KISHIMOTO, 1998b; CUNHA, 1998; MUNIZ, 2000; SANTOS, 2002).
O objetivo principal da brinquedoteca é proporcionar atividades lúdicas para as crianças que frequentam a creche, desenvolver a cooperação entre elas, possibilitar um espaço para brincadeiras não dirigidas, espontâneas, além de transmitir a pais e professores conhecimentos sobre a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças e produção de conhecimento científico sobre desenvolvimento infantil. Para a creche, a brinquedoteca constitui-se em um local ímpar, sendo valorizado pelas professoras e pela direção, como visto em avaliação no final do semestre. É um local integrado com o restante da creche: professoras, direção, voluntárias, crianças, pais, sendo também um local de aprendizagem para todos os envolvidos.
Brinquedotecas são espaços que valorizam as atividades lúdicas e criativas. Com isso, o lúdico não está só no brincar, está também no ler, no ouvir, no apropriar-se da literatura e do livro como forma de descobrimento e compreensão do mundo. O hábito da leitura pode ser cultivado desde cedo, antes mesmo de a criança aprender a ler. Geralmente, a primeira forma de leitura é a da imagem.
Acrescentando-se os livros literários a este espaço, tem-se a oportunidade de inserir as crianças também no universo da leitura. Várias são as táticas que induzam esta criança a tornar-se um leitor, mesmo que ainda não estejam alfabetizados. O simples ouvir, manusear, apalpar leva a criança a desenvolver o interesse pelos livros. Cabe ao professor ou pessoa responsável pela mediação conduzir e manter a criança pelo caminho certo, pois não basta criar leitores, mantê-los é essencial.
O uso da literatura no espaço da brinquedoteca mostra que a leitura tem uma significativa influencia no mundo do aluno. Os momentos de leitura explorados neste espaço revelaram o crescente gosto, hábito e significativo prazer nas crianças, levando-as a inserir o livro nas suas horas de brincar.
PASSO 3 - A Importância da Literatura na Educação Infantil
A leitura de textos de literatura infantil, mesmo para crianças ainda não alfabetizadas, é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.
A família e os professores têm papel substancial para auxiliar os infantes a desenvolver o gosto pela literatura. De acordo com Brenman, estes precisam ter modelos de leitores e ter contato com os livros, seja em livrarias, bibliotecas ou salas de leitura. Para ele, toda a comunidade deveria assumir o papel de formador de leitores. Côrtes acredita que se deve fazer do momento da narração de histórias um momento de prazer, inclusive nas escolas e não apenas como avaliação do aluno. Para Duarte, “estimular o hábito de leitura da literatura dos filhos será muito mais fácil se os próprios pais gostarem de ler e fizerem isso com frequência”.
Entre os gêneros mais indicados para ampliar na criança o gosto pela literatura, Duarte diz que há uma variedade deles que podem ser utilizados em diversas técnicas e abordagens e que é essencial a criança ter a liberdade de escolher os livros que quer ler e ter acesso a eles desde cedo. 
PASSO 4 – a importância do brincar e da literatura para a Educação Infantil
Vygotsky (1994) atribui relevante papel do lúdico na constituição do pensamento infantil. Segundo ele, é através do lúdico que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. 
A criança, por meio da brincadeira, reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. A linguagem tem importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistematiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento.
Por meio das atividades lúdicas, a criança reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz de conta, são reelaboradas. Esta representação do cotidianose dá por meio da combinação entre experiências passadas com novas possibilidades de interpretações e reproduções do real. De acordo com suas afeições, necessidades, desejos e paixões. Estas ações são fundamentais para a atividade criadora do homem.
Para Velasco (1996), o brinquedo é capaz de estimular a criança a desenvolver muitas habilidades na sua formação geral e isso ocorre espontaneamente, sem compromisso e obrigatoriedade. A brincadeira faz parte da infância de toda criança e quando usada de modo adequado na Educação Infantil produz significado pedagógico, estimula o conhecimento, a aprendizagem e o desenvolvimento.
 Considerando que as atividades lúdicas podem contribuir para o desenvolvimento intelectual e psicomotor das crianças, Cratty (1975) sugere a utilização de atividades motoras sub à forma de jogos para o domínio de conceitos e para o desenvolvimento de algumas capacidades psicológicas, tais como: memória, avaliação e resolução de problemas.
 	 [...] A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável á prática educativa. O jogo é, portanto, sob suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação do real á atividade própria, fornecendo a está seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. (PIAGET, 1962 E 1976, PÁG. 37)
 O jogo educativo é proposto pelo adulto como uma intenção dirigida, seletivamente, para um ou vários fatores citados no terreno afetivo, cognitivo, social ou motor; preparação para a vida pessoal e social (Bandet e Abbadie, 1983; Decroly e Monchamp, 1986). Podemos dizer então que o jogo como meio educativo funciona porque, além de provocar prazer e satisfação aos jogadores, deixam uma marca que se acumula em forma de sentimentos, que os participantes vão assimilando e que um dia serão úteis.
m. Tanto para Vygotsky (1984) como para Piaget (1978), o desenvolvimento não é linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a imaginação se desenvolve. Uma vez que a criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento, ela dificilmente perde esta capacidade. É com a formação de conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é no brincar que está um dos maiores espaços para a formação de conceitos Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade.
As interações que o brincar e o jogo oportunizam favorecem a superação do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo.
 O jogo pode servir como estratégia metodológica já que si usado habitualmente ajuda a desenvolver atitudes e hábitos baseados na solidariedade, na tolerância, no respeito e da aceitação das normas de convivência social.
A aprendizagem que às vezes não ocorre com a exercitação, poderá acontecer na situação do brinquedo, pois o prazer da brincadeira produz a especialidade, quanto mais a criança se envolve nela, mais estará aberta a produzir novos conceitos.
PASSO 5 - PLANO DE AÇÃO PARA BRINQUEDOTECA
A literatura para crianças, na atualidade, tem se revelado como um caudaloso rio para o qual confluem múltiplas possibilidades de linguagens e diferentes sistemas narrativos.
O emprego da linguagem no dia-a-dia, na vida prática, bem como o seu emprego em textos técnicos, científicos são considerados usos. Para alguns estudiosos, o emprego da linguagem na literatura, ou o uso literário da linguagem, não deve ser considerado um uso particular da linguagem como os demais, mas a sua plena funcionalidade (ou a sua plenitude funcional), isto é, a plena realização de suas possibilidades, potencialidades, virtualidades.
1) Justificativa 
A importância de implantar uma brinquedoteca na Educação Infantil é proporcionar atividades lúdicas para as crianças que frequentam a escola e desenvolver a cooperação entre elas, possibilitar um espaço para brincadeiras não dirigidas, espontâneas, além de transmitir a pais e professores conhecimentos sobre a importância do brincar para o desenvolvimento das crianças e produção de conhecimento científico sobre desenvolvimento infantil
2) Objetivos 
Mediante o uso de literatura infantil, brinquedos pedagógicos e materiais para pintura, recorte, colagem e atividades manuais diversas, especialmente selecionados para o desenvolvimento de habilidades voltadas para a prática da cooperação, da organização, da interação social, da troca, da ajuda mútua, partilha e coordenação motora, assim como para o aprimoramento da comunicação interpessoal.
 3) Ações a serem desenvolvidas 
A presença da brinquedoteca terá papel fundamental para as crianças uma vez que vai proporcionar a aprendizagem, a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades de forma natural e agradável, utilizando materiais pedagógicos apropriados para cada objetivo definido pelas professoras. 
4) Recursos 
Livros Infantis
 Jogos, Brinquedos e Conjunto Pedagógicos
Estantes, Prateleiras e Baú
Copiadora Multifuncional
Home Theater com Videokê e Televisor de 42”
Caixa de Som Multifuncional
5) Avaliação 
A brinquedoteca será montada em uma das salas da escola que será utilizada mediante um cronograma de rodízio de turmas, devidamente planejado com antecedência pelas professoras, de acordo com o dia correspondente as atividades a serem realizadas com as crianças. Será dada a cada professora a oportunidade de escolher os brinquedos apropriados para trabalhar, conforme a necessidade da sua turma. A execução do projeto será supervisionada pelas professoras, coordenadoras e diretoras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola deve facilitar a aprendizagem, utilizando-se de atividades lúdicas que criem um ambiente alfabetizador para favorecer o processo de aquisição da autonomia da aprendizagem, pois as atividades lúdicas facilitam para a criança o progresso de sua personalidade integral
O brincar dá oportunidade à criança de aprender com prazer, enfatizando o quanto a criança é um ser lúdico, que necessita dessa atividade para buscar novos conhecimentos e aprendizagens.
Os jogos e as brincadeiras devem ser vistos como parte integrante da educação, pois é através desses recursos lúdicos que se dará a continuidade da construção da subjetividade e da autonomia da criança.
Sendo assim com o estudo e aprofundamento deste tema "O papel do Lúdico no processo de ensino aprendizagem nas series iniciais " melhores condições de compreender a importância do lúdico no cotidiano escolar, aumentando assim o interesse e enriquecendo o ensino-aprendizagem.
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão, mas como um aprendizado.
Os desenvolvimentos pessoais que ludicidade proporciona, associados aos fatores sociais e culturais colaboram para uma boa saúde física e mental, facilitando o processo de socialização, comunicação, construção do conhecimento, além de um desenvolvimento pleno e integral dos indivíduos envolvidos no processo de ensino aprendizagem.
A escolha do tema justifica-se pelo fato de que os resultados da educação, apesar de todos os seus projetos, continuam insatisfatórios , percebendo-se a necessidade mudanças no âmbito educacional. Nesse sentido o lúdico pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do ser humano, seja ele de qualquer idade, auxiliando não só na aprendizagem mas também no desenvolvimento social, pessoal e cultural, facilitando no processo de socialização, comunicação, expressão e construção do pensamento.
Ensinar a criança de uma maneira de uma mais dinâmica e buscar cada vez mais o seu interesse em querer aprender, os jogos e brincadeiras são somente uma maneira de ensino diferente do que a escola estáacostumado a ver.
O lúdico na escola é fundamental para promover as atividades com jogos, buscando um meio de aprendizagem prazeroso para a criança, ao mesmo tempo em que facilita o trabalho do educador (o professor), pois através dos jogos, pode ser feita facilmente uma investigação do modo de pensar dos alunos, para ajudá-los a compreender os conteúdos escolares e superar suas dificuldades. Vale ressaltar, porém, que o lúdico não é a única alternativa para a melhoria no intercâmbio ensino aprendizagem mas é uma ponte que auxilia na melhoria dos resultados por parte dos educadores interessados em promover mudanças.
A partir disso, vamos tornar evidente a importância do "Lúdico" e como ele, os jogos, os brinquedos e as brincadeiras podem ser importantes para o desenvolvimento e para a aprendizagem das crianças
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica - Técnicas e Jogos Pedagógicos. 6ª Ed. _ Rio de Janeiro: Loyola, 2003. 
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) BRASIL. LEI N 9394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Setembro de 1996. Editora do Brasil. Brasília, 1998.
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e educação. Tradução Patrícia Chittoni Ramos> Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 
COSTA, Arlindo. Metodologia da pesquisa Científica. Mafra-SC-Edição 2006.
CUNHA, N.H.S. Brinquedoteca: definição, histórico no Brasil e no mundo. In: FRIEDMANN, A. (org) O direito de brincar. 4. ed. São Paulo: Edições Sociais: Abrinq, 1998,
FERREIRA, Carolina; MISSE, Cristina; BONADIO, Sueli. Brincar na educação infantil é coisa séria. Akrópolis, Umuarama, v. 12, n. 4, p. 222-223, out./dez. 2004.
FRIEDMANN, Adriana. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996. 
GOLEMAN, Daniel. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. São Paulo: Graffex, 1999.
HUIZINGA, JOHAN. A importância do Jogo. Homo Ludens. 4ª ed, São Paulo: Perspectiva, 2000.
___________. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5edição. São Paulo: Perspectiva, 2007.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos Tradicionais Infantil: O jogo, a criança e a educação. Petrópolis: Vozes 1993. 
___________. O brincar e suas teorias. SÃOPAULO: PIONEIRATHONSON Learning, 2002.
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MORENO MURCIA, Juan Antonio. Aprendizagem Através do Jogo. 1ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
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SANTOS, Santa Marli P. dos (org.). Brinquedo e Infância: um guia para pais e educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. 
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WADSWORTH, Barry. Jean Piaget para o professor da pré-escola e 1º grau. São Paulo, Pioneira, 1984.

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