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EMERSON VILAS BOAS RIBEIRO LEVANTAMENTO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS DOS PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS NO SETOR DE PADARIA DE UM SUPERMERCADO SINOP/MT 2017 EMERSON VILAS BOAS RIBEIRO LEVANTAMENTO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS DOS PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS NO SETOR DE PADARIA DE UM SUPERMERCADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Avaliadora do Departamento de Ciências Contábeis, da Faculdade de Sinop - FASIP, como requisito para a obtenção do título de Bacharel. Orientador: Professor Mauri de Oliveira Sinop/MT 2017 EMERSON VILAS BOAS RIBEIRO LEVANTAMENTO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS DOS PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS NO SETOR DE PADARIA DE UM SUPERMERCDO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Avaliadora do Curso de Ciências Contábeis, FASIPE Faculdade de Sinop, como requisito para a obtenção do título de Bacharel. Aprovado em____/___/___ Mauri de Oliveira Professor Orientador Departamento de Ciências Contábeis - FASIPE Professor (a) Avaliador (a) Departamento de Ciências Contábeis - FASIPE Professor (a) Avaliador (a) Departamento de Ciências Contábeis - FASIPE Professor (a) Avaliador (a) Departamento de Ciências Contábeis - FASIPE Sinop/MT 2017 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a toda a minha família e amigos que estiveram ao meu lado, me incentivando em mais uma conquista. AGRADECIMENTOS - Agradeço, primeiramente, a Deus por estar sempre no controle das situações e ser meu refúgio nos momentos de dificuldades. - Aos meus pais que, mesmo distantes, sempre me pediram calma perante aos desafios e as dificuldades. - Ao professor e orientador Mauri de Oliveira. EPÍGRAFE “O Tempo é limitado, então não desperdicei vivendo a vida de outra pessoa. Não fique preso pelo Dogma que é viver pelos resultados do que outras pessoas pensam. Não deixe o ruído da opinião dos outros afogar a sua voz interior. E, o mais importante, tenha coragem de seguir seu coração e sua intuição.” Stev Jobs RIBEIRO, Emerson Vilas Boas. Levantamento de custos e formação do preço de vendas dos principais produtos produzidos no setor de padaria de um supermercado. 2017, 63 p. Monografia de Conclusão de Curso – FASIP – Faculdade de Sinop. RESUMO O grande diferencial para as empresas que almejam crescer e continuar sendo competitivas no cenário econômico basicamente é se utilizar da estratégia de um planejamento estruturado de gestão de custos. Essa ferramenta aplicada proporcionará aos gestores a possibilidade de administrar e controlar os custos e despesas incorridos no período, com informações precisas para uma melhor tomada de decisão. Reduzir custos e despesas, e ainda aumentar os lucros, certamente é o sonho de todo empreendedor. Saber qual o custo para a produção de um determinado produto é de suma importância para as tomadas de decisões dentro de uma empresa. Assim, a presente pesquisa justifica-se em entender como são elaborados os custos de produção dos principais produtos produzidos no setor de panificação de um supermercado, no sentido de gerar informações úteis para a formação do preço de venda ideal, bem como encontrar o custo do produto. Tendo como objetividade utilizar as ferramentas que a Contabilidade de Custo proporciona para gerir informações, elaborar e calcular os preços de venda dos produtos e identificar a lucratividades dos mesmos. Após concluir o estudo de casos pode se dizer que todos os objetivos que se almejava alcançar no decorrer do estudo foi alcançado com sucesso, onde através de tabelas e quadros de comparações mostram umas grandes diferenças entre preço de custo e preço de venda ideal x o custo e o preço de venda sugerido. Palavras-chave: Custos. Despesas. Setor de Panificação. RIBEIRO, Emerson Vilas Boas. Costs and sales price formation of the main products produced in the bakery sector of a supermarket. 2017, 63 p. Conclusion Paper – FASIP – Faculty of Sinop. ABSTRACT The great differential for companies that aim to grow and remain competitive in the economic scenario is basically to use the strategy of structured cost management planning. This tool when applied will give managers the possibility to manage and control the costs and expenses incurred in a period, with accurate information for better decision making. Reducing costs and expenses and increasing profits is certainly the dream of every entrepreneur. Therefore, this research is justified on understanding how the production costs of the main products of the bakery sector of a supermarket are elaborated, in order to generate useful information for the formation of the ideal sales price, as well as to find the product cost. Its objective is to use the tools that Cost Accounting provides to manage information, prepare and calculate the sales prices of the products and identify their profitability Keywords: Costs. Expenses. Bakery Sector LISTA DE TABELAS Tabela 1- Ingredientes gastos com Matéria-prima utilizados para a produção do Pão de Queijo. ....... 35 Tabela 2 Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Pão de Queijo Catupiry35 Tabela 3 Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir Baguete Tradicional ...... 36 Tabela 4 - Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Chipa Tradicional ..... 36 Tabela 5- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Enroladinho Salsicha . 37 Tabela 6 - Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir salgado Bolinha Queijo 37 Tabela 7- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Quibe com Queijo .... 37 Tabela 8- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir enroladinho de Salsicha (unidade) ............................................................................................................................................... 38 Tabela 9- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Quibe Tradicional ..... 38 Tabela 10 Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Croquete Queijo. ...... 39 Tabela 11- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir a Coxinha M. Carne (unidade) ............................................................................................................................................... 39 Tabela 12- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na paraproduzir a Coxinha M. Frango Kg ............................................................................................................................................................... 40 Tabela 13- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir a Coxinha M. Frango (unidade) ............................................................................................................................................... 40 Tabela 14- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir a Coxinha M. Carne Kg ............................................................................................................................................................... 41 Tabela 15- Quantidades em kg e unidade dos custos com matéria-prima Produção do mês de setembro de 2017. ................................................................................................................................. 42 Tabela 16- Critério de Rateio utilizado na produção mensal referente ao mês de setembro de 2017. . 42 Tabela 17- Total de produção e as quantidades de horas utilizadas para cada produção. .................... 44 Tabela 18- Transformação dos produtos que são fabricados por kg e vendido unidade. ..................... 46 Tabela 19- Produção mensal referente ao mês de setembro 2017, onde todos os custos forram distribuídos proporcionalmente a produção. ......................................................................................... 46 Tabela 20- Demonstra as despesas incorridas unitárias referente ao mês de setembro 2017. ............ 48 Tabela 21- Rateio das despesas incorridas absorvidas ao total de vendas de cada produto ................. 48 Tabela 22- Rateio das despesas incorridas absorvidas ao total de vendas de cada produto ................. 50 Tabela 23- Lucro por kg/ unidade de cada produto vendido baseado na formula do Mark-up divisor.51 Tabela 24 – Margem de contribuição dos produtos baseados no preço de venda sugerido ................. 52 Tabela 25- Ponto de equilíbrio contábil dos produtos baseado no preço de venda sugerido .............. 53 Tabela 26 Margem de segurança dos produtos baseado no preço de venda sugerido .......................... 53 Tabela 27- Preço de venda atual dos produtos no qual a empresa comercializa ................................. 55 Tabela 28 Representa a margem de contribuição dos produtos baseado no preço de venda atual da empresa ................................................................................................................................................. 56 Tabela 29 Ponto equilíbrio contábil dos produtos baseado no preço de venda atual. ......................... 57 Tabela 30 – Margem de Segurança dos produtos baseado no preço de venda atual da empresa ........ 57 Tabela 31- Representa as diferenças do preço de venda atual x preço de venda sugerido dos produtos ............................................................................................................................................................... 59 Tabela 32- Diferenças entre os custo por kg/unitário atua x o preço de venda sugerido ..................... 60 Tabela 33- Demonstração do resultado do exercício baseado preço sugerido .................................... 61 Tabela 34- Demonstração do resultado do exercício baseado no preço de venda atual praticado pela empresa .......................................................................................................................................... 62 LISTA DE SIGLAS ABC Custeio Baseado por Atividade CIF Custo Indireto Fixo CPV Custo Produto Vendido CDFT Custo e Despesa Fixa Total CV Custo Variável CPV Custo Produto Vendido CF Custo Fixo DF Despesa Fixa. DV Despesa Variável Gr Gramas Kg Quilograma MC Margem de Contribuição Mil Milímetro MS Margem de segurança MP Matéria Prima MOI Mão de obra Indireta MOD Mão de Obra Direta PEC Ponto de Equilíbrio Contábil PEE Ponto de Equilíbrio Econômico PEF Ponto de Equilíbrio Financeiro PV Preço de Venda QV Quantidade Vendida SEBRAE Serviço brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas Uni. Unidade SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................. ..................... 13 1.1 Justificativa ....................................................................................................................... 14 1.2. Problematização............................................................................................................... 14 1.3 Objetivos ........................................................................................................................... 15 1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................ 15 1.3.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 16 2. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................................... 17 2.1 Considerações sobre Contabilidade ................................................................................ 17 2.2 Definições e Terminologia de Custo ............................................................................... 18 2.2.1 Gestão de Custo ............................................................................................................... 19 2.3 Classificações de Custo ..................................................................................................... 19 2.4 Sistema de Acumulação de Custo.................................................................................... 21 2.5 Sistema de Custeio ............................................................................................................ 21 2.5.1 Sistema de Custeio por Absorção .................................................................................... 22 2.5.2 Custeio por Atividade ABC ............................................................................................. 23 2.5.3. Sistema de Custeio Variável ........................................................................................... 23 2.6 Conceito e Classificações de Despesa .............................................................................. 24 2.7 Formulando custo do produto vendido .......................................................................... 25 2.7.1 Estratégias para formação do preço de venda ................................................................. 25 2.8 Calculando preço de Venda através da Fórmula mark-up .......................................... 26 2.8.1 Importância da margem de contribuição ......................................................................... 27 2.8.2 Definição de Ponto de equilíbrio Contábil ...................................................................... 27 2.8.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro PEF ................................................................................ 28 2.8.4 Ponto de equilíbrio econômico PEE ................................................................................ 28 2.8.5 Margem de Segurança ..................................................................................................... 29 3. METODLOGIA ..................................................................................................................31 3.1 Tipos de Pesquisa .............................................................................................................. 31 3.2 População e Amostra ........................................................................................................ 32 3.3 Coletas de Dados ............................................................................................................... 32 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS............................................................... 34 4.1 Histórico e Dados da Empresa........................................................................................ 34 4.2 Processos de separação de matéria-prima para fabricação dos produtos.................. 34 4.2.1 tabelas de custos com matéria-prima utilizada em cada produto.................................... 35 4.3 Critérios de Rateio utilizados na produção................................................................... 42 4.4 Critérios de rateio utilizado com despesas com vendas................................................ 48 4.5 Formação do Preço de venda dos produtos coma formula Mark-upDivisor orientado................................................................................................................................. 49 4.5.1 Fórmula de margem de contribuição dos produtos baseado no preço de venda sugerido.....................................................................................................................................52 4.5.2 Fórmula do ponto de equilíbrio contábil baseado no preço de venda sugerido.................................................................................................................................... 53 4.5.3 Fórmula da margem de segurança baseado no preço de venda sugerido................... 53 4.6 Margem de contribuição baseado no preço de venda atual da empresa.................... 56 4.6.1 Tabela de ponto equilíbrio contábil preço de venda atual da empresa........................... 57 4.6.2 Tabela de margem de segurança baseada no preço de venda atual da empresa............. 57 4.7 Análise e interpretação dos dados baseado no preço de venda sugerido ................... 58 4.7.1 Análise e interpretação dos dados atuais praticados pela empresa................................. 59 4.8 Comparação entre o preço de venda atual da empresa com o preço sugerido orientado baseado na formula do Markup divisor............................................................. 59 4.9 Comparação entre o custo por kg e unitário atual da empresa x custo por kg e unitário sugerido.................................................................................................................... 60 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 64 REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 66 13 1. INTRODUÇÃO Atualmente, saber exatamente o quanto produzir e em qual proporção produzir um determinado produto tem colocado um ponto de interrogações para as empresas de pequeno e médio porte. A incerteza em relação a comercialização dos produtos em tempo hábil tem gerado preocupação para os empresários, uma vez que a economia vem passando por momentos de oscilações, em um momento o cenário econômico encontra-se otimista, logo mais frente já se deparam com o mesmo em estado negativo. Com a economia estagnada, tem-se gerado problemas de modo geral, tanto para empresários quanto para consumidores. Para os empresários, o problema dá-se porque não conseguem vender de forma satisfatória seus produtos. No entanto, clientes também não conseguem satisfazer suas necessidades e deixam de consumir, ou mesmo diminuem o consumo do produto desejado, por falta de recursos. No Brasil, a tentativa de se manter o princípio da continuidade nos comércios tem apontado inúmeras dificuldades em relação a anos anteriores. A sequência de crises financeiras tem prejudicado, principalmente, empresas de pequeno e médio porte e tal situação tem levado muitos comércios à falência. De acordo com Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas (SEBRAE, 2017), os principais motivos pelos quais as empresas têm enfrentado problemas para manterem-se ativas são: a falta de planejamento e de organização e a falta de orientação de profissionais da área para melhor tomada de decisões. Tais fatores contribuem para o aumento do índice de mortalidade de empresas. A inovação tende a melhorar as empresas para continuarem gerando lucros satisfatórios em meio a tantas concorrências no período de instabilidade dos últimos anos. A redução de custos e despesas está relacionada diretamente para que seus administradores consigam alcançar lucros satisfatórios. Por vezes, para que isso aconteça, acredita-se que seja necessária a diminuição de custos e despesas que fazem parte das atividades desempenhadas pelos profissionais da área 14 de contabilidade. No entanto, muitas empresas deixam de obter melhores resultados por não terem o controle adequado de seus custos, muito menos as devidas precauções com dados corretos no momento de formular o preço de venda de seus produtos, não atingindo, assim, as margens de lucro desejado. O departamento de panificação é um dos setores relevantes para os supermercados de pequeno e médio porte. Sua importância dá-se pelo simples fato de atrair clientes para o estabelecimento, fazendo com que seja estimulado o consumo no mesmo, de maneira direta e indiretamente também. Diante da facilidade de atratividade do setor de panificação, cada vez mais os supermercados estão investindo e inovando na tentativa de fidelizar seus clientes, estimulando dessa forma o crescimento contínuo da empresa. 1.1 Justificativa O setor de padaria é considerado como um marqueteiro para os supermercados em geral, pois, como de tradição, grande parte dos brasileiros tem por hábito consumir pães em suas mesas no café da manhã. Mas, com a correria de o dia a dia, preparar este alimento pode ser cansativo para maioria dos consumidores. A praticidade em adquirir o produto já acabado para consumo tem mudado o hábito dos consumidores desse alimento. Uma vez que, ir ao supermercado, escolher qual produto quer comprar e em qual quantidade, tem exigido menos tempo do que ter que realizar todo o procedimento para prepará-lo em casa. Em Sinop, a maioria dos estabelecimentos de médio e pequeno porte que atuam no ramo alimentício de supermercado possui no interior de suas dependências confeitarias e padarias, com as mais diversificadas opções de doces e guloseimas. O departamento de panificação proporciona ao cliente consumir de maneira direta e indireta. A maneira direta refere-se à quando o consumidor vai até o estabelecimento com intuito de levar um específico produto, neste caso, o pão. A maneira indireta será que além do pão ele também leve, por exemplo, margarina, leite, café ou outros produtos. É perceptível que as informações relacionadas à formação de custos e despesas devem ser elaboradas cuidadosamente para ser tornarem verídicas. Sendo assim, este estudo justifica-se pela importância de entender como são elaborados os custos de produção do setor de panificação em um supermercado, no sentido de gerar informações úteis para elaboração adequada do preço de custo e de vendas dos produtos. 1.2 Problematização 15 A Contabilidade em geral tem como objetivo principal gerar informações, tanto para usuários internos como para externos, pois através de relatórios a mesma apresenta resultadosque mostram detalhadamente a real situação de uma empresa. Existem diversos campos que permitem ao profissional de Contabilidade atuar, conforme a necessidade e atividade que a empresa opera no mercado. Para elaboração deste estudo será utilizada a Contabilidade de Custos que é uma ferramenta essencial para gerir informações para usuários internos com objetivo de diminuir gastos desnecessários, conforme a necessidade da entidade. Em Sinop, muitos supermercados apresentam no interior de suas dependências o departamento de panificação. Grande maioria dos profissionais que atuam nessa atividade tem dificuldades para elaboração dos custos adequados dos produtos que são produzidos e a falta de informações acarreta em prejuízos no momento da comercialização dos mesmos. Saber qual é o custo de produção de um determinado produto é de suma importância para a tomada de decisão no estabelecimento. Ter a informação correta do custo unitário produzido significa afirmar que o profissional atingiu exatamente o esperado para a formulação adequada de seu preço de venda. Assim, a partir desses dados o mesmo saberá quantas unidades deverá vender para encontrar seu ponto de equilíbrio contábil, o ponto equilíbrio financeiro e a margem de contribuição. Sabendo a importância em alocar corretamente os custos que um produto tem para sua elaboração, a contabilidade de custos torna-se uma ferramenta indispensável para o setor de panificação. No estabelecimento investigado, o processo de produção de salgados teve início há dois anos quando foi realizado o investimento em uma máquina com a capacidade de produzir diversas opções de salgados e mini salgados. Na ocasião, de acordo com gerente comercial, o investimento do maquinário seria viável, pois a produção própria diminuiria os custos, já que as mercadorias eram compradas de terceiros para a revenda. Porém, não foi realizada nenhuma pesquisa para comprovar se era viável ou não este investimento, contando apenas com os anos de experiência do gerente. Diante das diversas ferramentas que a Contabilidade de Custos, questiona-se: A empresa utiliza a gestão de custos para a elaboração para a formação dos custos e formação do preço de venda ideal de seus produtos? 1.3 objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Analisar se a gestão de custo oferece informações precisas para elaboração dos custos e formação de preço de venda dos produtos. 16 1.3.2 Objetivos específicos - Calcular os custos dos principais produtos produzidos no departamento de panificação; - Formular os preços de vendas dos principais produtos produzidos no departamento de panificação utilizando como ferramentas Mark-up divisor; - Identificar se os produtos estão gerando lucro para a empresa. 17 2 REVISÃO DE LITERATURA Nesse capitulo apresentam-se considerações sobre a origem da Contabilidade e suas ramificações, sendo a base para análise do projeto em estudo. 2.1 Considerações sobre Contabilidade de Custo Sabe-se que a contabilidade é uma das mais antigas ciências e que passou e vem passando por inúmeras mudanças. No decorrer do tempo, o homem foi aprendendo a dominar e controlar seus bens de acordo com a evolução vivenciada em cada período. “Como o homem naturalmente é ambicioso, a contabilidade existe desde o início da civilização. Alguns teóricos preferem dizer que ela existe, pelo menos, desde 4.000 antes de Cristo” (IUDÍCIBUS et al., 2009, p. 4). Apesar de a Contabilidade Geral em si ser antiga, a Contabilidade de custos não é tão antiga assim, pois a mesma surgiu da necessidade do homem em controlar seus custos e despesas. Segundo Crepaldi (2010), o surgimento da contabilidade de custo ocorreu por volta do século XVIII, juntamente com a revolução industrial. Com o crescimento em massa das indústrias a contabilidade teve que evoluir rapidamente para acompanhar as mudanças que ocorreram no período. Assim, através da contabilidade financeira surgiu à contabilidade de custos com intuito de avaliar e mensurar os custos dos estoques que eram produzidos. A Contabilidade de Custos é uma técnica utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços. Ela tem a função de gerar informações precisas e rápidas para a administração, para a tomada de decisões. É voltada para a análise de gastos da entidade no decorrer de suas operações. (CREPALDI, 2010, p. 2). Com a modernização e com o passar dos anos, a Contabilidade de Custo evoluiu de forma surpreendente, não se restringindo apenas ao ramo da indústria e do comércio, mas também pode ser aplicada em outros campos como bancos financeiros e escritórios de consultoria e auditoria. Dessa maneira, a contabilidade de custos atualmente é aplicada em todas as áreas correlacionadas a qualquer entidade com ou sem fins lucrativos. Por ser ciência 18 que abrange todas as áreas de uma empresa, deixou de ser uma mera auxiliar de estoque, passando assim a atuar e ser uma importante ferramenta influenciadora nas tomadas de decisões. (CREPALDI, 2010) 2.2 Definições e Terminologia de Custo Na Contabilidade, quanto à definição de custo, existem diversos conceitos ao modo de se aplicar, alguns autores discorrem opiniões diferentes ao conceituar “Custo”, como podemos perceber: Custo é um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. Também acrescenta que o custo é também um gasto só que reconhecido como tal, isto é, como custo no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços) para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Nilson de Holanda. De um ponto de vista econômico, podemos considerar como custo todo e qualquer sacrifício feito para produzir determinado bem, desde que seja possível atribuir um valor monetário a esse sacrifício. (LEONE apud MARTINS, 2013, p. 52). Assim, entende-se como custo um sacrifício financeiro, um desembolso, o investimento em um bem ou serviço, seja ele para a produção ou comercialização de um determinado produto. Beulke (2011) em sua tese destaca que para melhor definição de custo primeiramente é necessário entender o ciclo operacional, pois o mesmo pode passar por várias etapas até o retorno do investimento aplicado. Já na concepção de Crepaldi (2010) o custo pode apresentar-se de várias maneiras de acordo com análise do gestor. Percebe-se que são inúmeros os conceitos atribuídos à definição de “custos”, de acordo com a maneira de avaliar de cada autor, porém suas diferenças ao conceituar não interferem e nem descaracterizam a verdadeira finalidade do mesmo. Segundo Crepaldi (2010) segue terminologia referente a custo: - Gasto: é um sacrifício financeiro que a entidade faz, tanto para serviço quanto para produto. Ressalta ainda que para ser classificado como um gasto deve haver o reconhecimento contábil da dívida, quando há redução do ativo, podendo o gasto ser um custo ou uma despesa; - Desembolso: pode ser aquisição de um bem ou serviço a qual gera reembolso e uma saída financeira de recursos da empresa; - Investimento: são gastos que a empresa realiza com intuito de gerar receitas e, respectivamente, gerar lucros. Esse investimento pode dar retorno dentro de um período circulante ou não circulante, dependendo sempre de como será aplicado o retorno do mesmo. 19 Desta forma, dependendo de como será aplicado um investimento, custo pode ser gasto ou desembolso que a empresa faz com intuito de gerar lucros futuros, em que para essa realização haverá um sacrifício financeiro momentâneo. 2.2.1 Gestão de custo Ter uma boa gestão de custo é fundamentalnas empresas. Administrar com eficiência os custos e despesas que a entidade possui trará resultados que possibilitarão ao gestor tomar decisões sobre os impactos que estão ocasionando dentro da empresa. Seja através dos custos obtidos para elaboração de um serviço ou produto, ou das despesas que gerou para a venda. Para que a gestão de custo venha a se tornar uma ferramenta essencial dentro de uma organização, faz se necessário conhecê-la e saber utilizá-la de maneira correta. Assim, de acordo com Silva (2013) a gestão de Custo é um estudo mais detalhado para se encontrar estratégias no intuito de diminuir custos e despesas através de gerenciamentos, análises e direcionadores de custo. Através da gestão de custo o gestor administrador encontra as restrições que comprometem o desempenho e a lucratividade e ainda auxilia no planejamento operacional e financeiro da empresa. Com isso, a mesma se torna fundamental para as empresas continuarem crescendo e fornecendo informações sobre os desempenhos de suas atividades para que haja uma melhor tomada de decisão. 2.3 Classificações de Custo Quando se trata de apropriação de custo há diversas hipóteses de como será utilizado o rateio na elaboração de um determinado produto. Na produção, é importante identificar especificamente quais são os tipos de custos que estão sendo utilizados para a fabricação de um produto. É partir dos componentes usados na elaboração de um produto que se identificará se o mesmo é um custo direto, indireto, ou até mesmo utiliza-se dos dois tipos de custos em sua fabricação. “A Contabilidade de Custo emprega vários sistemas que representam conjuntos de critérios, convenções, procedimentos e registros que interagem, de modo coordenado, no sentido de atender a determinadas finalidades” (LEONE, 2013, p. 28). O referido autor destaca ainda que para se identificar e classificar custos direto e indireto se faz necessário examinar as informações correlacionadas com objeto em elaboração. Assim, o mesmo conceitua que custo direto é todo material que é naturalmente identificado de forma direta na 20 elaboração do produto, ou seja, a matéria prima, mão de obra utilizada. Desta maneira, sem os devidos componentes não há como se dar procedimentos à fabricação do produto. No que dize respeito à definição de custos diretos existem duas maneiras de classificá- los, sendo eles: matéria prima direta ou secundária. Segundo Crepaldi (2010) a matéria prima direta é o principal item utilizado na elaboração e composição do produto. Já para a utilização de material secundário necessita-se de duas ou mais matérias primas para a fabricação de um produto. Os custos indiretos também são conhecidos como custos funcionais. Leone (2013) discorre que são custos que podem ser identificados em vários setores dentro de uma empresa, podendo mesmo serem divididos em custos operacionais e não operacionais. Sendo assim, são os custos apropriados em forma de rateio, ou seja, para sua elaboração é necessária utilização de outros recursos de modo indireto, pois o mesmo também é comum a outro departamento da fábrica. Nesse caso, será rateada como custo apenas o proporcional relativo ao custo que se obteve para a fabricação do produto, levando em consideração apenas o que diz respeito a elaboração do produto. Custo padrão é um custo já predeterminado baseado antes da atribuição do custo efetivo. Leone (2013) recomenda que esse custo seja aplicado para fábricas que mantêm uma série específica de produção em um determinado produto de modo constante. Ainda ressalta que o controle é analisado de acordo com o planejamento da empresa, sendo assim, o custo padronizado da fábrica é predeterminado de acordo com a produção. Para Crepaldi (2010) o custo fixo é identificado na elaboração do produto, sendo aquele custo que é constante e irreversível, independe da produção de produtos acabados ou em elaboração. Continuará sendo o mesmo, indiferentemente de se produzir uma unidade ou mil. Exemplo mais comum é o aluguel da fábrica. Já o custo variável é todo material utilizado na produção que pode sofrer alterações aumentando ou diminuindo as quantidades produzidas. Segundo Leone (2011) pode ser evitável, pois o controle pode ser realizado através da produção, já que quanto maior for a produção consequentemente maior também será sua variação. “Os termos fixo e variável são geralmente usados para descrever como o custo reage às mudanças na atividade” (LEONE, 2011, p.73). Sendo assim, os custos variáveis são utilizados para separar e identificar detalhadamente quais são os custos obtidos para a produção de cada produto, possibilitando encontrar o custo por unidade produzida ou pelo total. 21 Assim, segundo Crepaldi (2010) Custos semifixos são os que, em até determinada quantidade produzida, têm seu custo fixado mas pode ocorrer variações em seus custos a partir do momento em que se produz além das quantidades especificadas. Segundo Leone (2013) Custos semi-variáveis são aqueles aos quais pertence uma parcela fixa e variável, podendo ser encontrada em materiais utilizados para fabricação e na parte administrativas do setor de venda. São vários os tipos de custos que podem ser identificados dentro de uma empresa, porém, pode ocorrer que não se vá utilizar todos dependendo do ramo da atividade da mesma. 2.4 Sistema de Acumulação de Custo O sistema de acumulação de custo permite que a empresa escolha qual o processo de produção que a irá utilizar na fabricação de seus produtos. E, na Contabilidade de Custos, esse sistema é dividido basicamente em duas etapas sendo: produção por série e produção por encomenda. Produção por série referem-se às indústrias que produzem estoques, independentemente de já terem vendido as unidades produzidas ou não. Para Crepaldi (2010), a produção em série é um sistema baseado em princípios como a produção em larga escala. Nesse sentido, não se faz projeção de vendas para produzir novos produtos, sempre se mantém uma média de produção contínua estabelecida pelo fabricante, tendo em mente que seu produto é bem aceito no mercado. Produção por encomenda, para Crepaldi (2010), são indústrias específicas que produzem somente após terem realizado a venda do produto. Nesse sentido de produção a fabricação só começa a ser feita após o pedido específico. Geralmente os produtos produzidos sobre encomendas são caracterizados ou por serem muito caros ou pelo fato das matérias primas para a sua fabricação serem de difícil acesso, sendo necessários navios e aviões. 2.5 Sistema de Custeio Com a concorrência mais eficaz, as empresas tendem a se adequar para melhor adaptar-se ao mercado e não perder clientes. Reduzir os custos é o sonho de todos empreendedores, mas, para que esse sonho se torne realidade, faz se necessário utilizar algumas ferramentas que a Contabilidade de Custos proporciona e que melhoram o desempenho de suas atividades, gerando resultados satisfatórios e, consequentemente, crescimento no mercado. 22 Assim, para auxiliar as empresas a Contabilidade de custo conta com três métodos que podem ser utilizados de acordo com o ramo da atividade e as necessidades que o usuário tem para melhor desempenho de seu negócio. Assim poder-se-á estudar e aplicar o tipo de custeio que melhor se encaixará no perfil da empresa. Para isso tem-se: Sistema de Custeio por Absorção, Custeio por Atividade ABC e Sistema de Custeio Variável, que serão descritos a seguir. 2.5.1 Sistema de Custeio por Absorção Para Crepaldi (2010) Sistema de Custeio por Absorção é a apropriação de todos os custos, sendo eles direto, indireto fixo ou variável, ao produtoque está sendo produzido. O sistema de custeio por absorção são todos os custos utilizados no período, onde podem ser apropriados diretamente ao produto, podendo ser indireta ou direta. Porém, é aceito apenas par a apresentação das demonstrações financeiras, pois, por não ser um princípio contábil, não se tem muito proveito para as tomadas de decisões. E assim o autor supracitado discorre que os gastos que são ligados ao departamento de vendas, como as despesas, são excluídos deste campo. Beulke (2011) afirma que, apesar do sistema de absorção ser restrito, não se pode descartar totalmente o método por ter outras utilidades nas tomadas de decisões e por ser o único sistema legalmente aceito no Brasil. Além de tais utilidades, o custeio integral, afirma Beulke (2011), pode ser utilizado nas seguintes hipóteses: nas situações de produto único, comportamento competitivo monopolista, novos produtos, plena ocupação dos mercados alternativos e lideranças de preço. Assim, apesar da utilização desse método ser cada vez em menor frequência, não se pode extinguir totalmente, pois ainda possui características positivas que podem ser aproveitadas pelas empresas de acordo com sua necessidade. 2.5.2 Custeio por Atividade ABC Criado na década de 80 por Kaplan e Coper o custeio ABC veio com intuito de melhorar a eficiência e a estruturação das empresas com objetivo de diminuir desperdícios, proporcionando assim melhores benefícios para empresas. Para Crepaldi (2010, p. 321) “pode se definir custeio por atividade como sendo um método que identifica um conjunto de custos, sendo assim, os custos indiretos podem ser alocados aos produtos de acordo com o número de eventos ou transações que os produtos geram ou consomem”. 23 O sistema de custo baseados em atividades ABC é de suma importância para empresas, pois além de classificar os custos por atividades, também geram informações valiosas que auxiliam nas tomadas decisões, permitindo identificar qual o impacto que uma determinada atividade está desempenhando em uma empresa. Ou seja, com objetivo de informar quais são os custos que cada atividade está gerando para empresa, este método as classifica e aponta qual está causando maiores ou menores custos. Beulke (2011) em seu contexto diz que o método ABC é mais utilizado voltado ao sistema interno da empresa e que sua divisão ocorre através de todas atividades, as que geram e as que não geram valor ao produto. Apesar do sistema de custo baseado por atividade gerar informações, possui vantagens e desvantagens para aqueles que optam em utilizar essa ferramenta. Vantagens do sistema de ABC: Crepaldi (2010) destaca que o sistema baseado por atividade é de grande valia quando aplicado corretamente, podendo ser implantado a todos os tipos empresas. Ainda destaca que algumas das empresas que utilizaram essa ferramenta obtiveram sucesso e tornaram mais competitivas no mercado e tiveram um melhor gerenciamento no controle de seus custos. Desvantagens do Sistema de ABC: as desvantagens para as empresas que desejam implantar sistema ABC é o alto custo financeiro que o mesmo ocasiona, pois, para aplicar esse método é necessário que a empresa passe por um processo de transformação interna, de reorganização, para que venha conseguir resultados positivos. Além de não ser aceito pelo fisco, havendo a necessidade da implantação de dois sistemas. 2.5.3 Sistema de Custeio Variável Consiste na separação de custos e despesas variáveis. Nesse contexto, os custos e despesas fixas são excluídos e não são aproveitadas para fins da utilização do sistema de custeio variável. De acordo com Beulke (2011), custos e despesas variáveis só serão utilizados se o produto for produzido, caso contrário não existirá. Existem três justificativas para aqueles que optam em utilizar o sistema de custeio variável. Crepaldi (2010) discorre que os custos fixos por si só já existem, independentemente da quantidade produzida; em segunda estância, os custos fixos são necessários para que a empresa consiga produzir e não estão vinculados especificamente a um produto, mas a todos os produtos fabricados em formato de rateio. 24 Apesar de ser um sistema diferenciado, podendo apresentar informações que auxiliam aos gestores, ainda há algumas dúvidas sobre sua utilização. Para Crepaldi (2010) um dos motivos do desconforto de sua utilização se dá por este não agregar todos os custos incorridos a cada produto. Outro ponto negativo que o sistema apresenta de acordo com Beulke (2010) a modificação do rateio pode ocasionar um produto que não era de rentabilidade positiva, com sua utilização o mesmo passa a ser rentável, e em seu ponto de vista isso não é correto. Assim, por gerar essas informações, algumas empresas tendem a utilizar o sistema de custeio variável vez mais para gerar informações apenas para análise de controle interno da empresa, uma vez que o mesmo não é aceito pelas autoridades fiscais. 2.6 Conceito e Classificações de Despesa As despesas são encontradas logo após o produto passar pelo processo de fabricação, no caso quando o produto já está apto a ser vendido. Geralmente, as despesas são identificadas na parte administrativa, em alguns departamentos específicos dentro de uma empresa podendo ser nas áreas financeira, comercial e tributária. Dessa forma, despesa é um gasto necessário que a empresa obtém com a intenção de gerar receitas. Sendo assim, é um desembolso que se tem após o processo de produção, estando relacionada a revenda de mercadorias. Assim como nos custos, as despesas também podem sofrer variações, ou não, dependendo de como será executada. Crepaldi (2010) discorre que a despesa se classifica basicamente em quatro funções, sendo: fixa, variável, direta e indireta. As Despesas diretas são alocadas diretamente às vendas, sendo que sem a mesma impossibilita-se a obtenção de receitas, podendo ser fixa ou variável. Para isso tem-se: - Despesas fixas caracterizam-se por serem constantes e não sofrerem variações, ou seja, independentemente da quantidade vendida o desembolso ocorrerá. Exemplo: folha de pagamento da administração e aluguel de prédio utilizado para revenda das mercadorias. Assim, entende-se por despesas fixas as inalteradas, obtendo-se receitas ou não, a mesma existirá.- Despesas variáveis ocorrem em função das quantidades vendidas, variando através do volume de vendas. Neste caso ocorre a modificação, quanto maior for a receita das vendas respectivamente será a despesa variável. Exemplo: comissão de vendas, taxas e contribuições. (CREPALDI, 2010) Nas Despesas indiretas não se tem a identificação exata das mesmas, pois podem ser utilizadas em diversos departamentos dentro de uma empresa, a exemplo da energia elétrica e o material utilizado para limpeza. (CREPALDI, 2010) 25 Despesas semifixas ou semi-variáveis são acordos pré-fixados em relação à comercialização ou prestação de serviço por um determinado período ou quantidade específica, em que, após atingirem o prazo pré-fixado ou vendido, as mercadorias e valores passam a ter outros valores a serem comercializado ou prestado. Exemplo: um comerciante negociou a venda de 100 unidades por um preço x, a partir da próxima unidade vendida o valor poderá ser outro. Sendo assim, após o vencimento do período ou quantidade vendida o mesmo poderá aumentar ou diminuir o valor de seus produtos ou serviços prestados. 2.7 Formulando custo do produto vendido Antes de se aplicar uma margem de lucro de qual valor será comercializado o serviço ou produto, é necessário saber os valores que custaram para a elaboração do mesmo. Levantar o custo exato que um produtoou serviço requer significa dizer que a empresa está trabalhando de acordo com as normas que a contabilidade de custos exige. Assim possibilita-se ao profissional responsável utilizar dados exatos que permitirão saber qual é o custo que o serviço ou produto realmente teve para sua elaboração, pois “custo dos produtos vendido é a soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos que foram vendidos em determinado período” (CREPALDI, 2010, p. 125). Para apuração do Custo do Produto Vendido (CPV) necessita-se somar os custos incorridos em Mão de obra Direta (MOD) com Custos Indiretos Fixos (CIF), sempre se utilizando das variações dos produtos já acabados com os que ainda estão em processo de fabricação. Para a realização desse processamento, Crepaldi (2010) destaca algumas etapas importantes para melhor desempenho da apuração do CPV, a saber: diferenciar custos de despesas, saber quais são os custos diretos e indiretos, o rateio dos custos indiretos aos produtos, dentre outros fatores que são relevantes e que devem ser utilizados e aplicados. 2.7.1 Estratégias para formação do preço de venda Formular o preço adequado de venda de uma mercadoria ou serviço é o ponto inicial que o empreendedor necessita saber, assim terá noção se sua empresa terá capacidade de gerar receitas e posteriormente obter lucros. Porém, esse não é a única preocupação a qual o empreendedor deve estar atento para melhor desempenho em suas atividades. De acordo com Sebrae (2016), para melhor desempenho na formulação do preço de venda ideal do produto é importante que o gestor trabalhe em conjunto com um profissional contábil, tendo-o como aliado e utilizando as ferramentas necessárias e precisas para as tomadas de decisões. 26 Além de destacar as ferramentas do profissional contábil o Sebrae também dá enfoque na importância de se conhecer alguns pontos estratégicos que auxiliam na formação do preço de venda, tais como: custo, despesas, demanda e concorrência. Custos e despesas: conhecendo os custos e despesas internas o gestor é capaz de identificar o valor total que as mercadorias ou serviços obtiveram desde sua fabricação até o momento que ficou à disposição para comercialização. Demanda: a lei da oferta e demanda é crucial para o comércio, pois são vários os motivos que implicam na demanda para a procura ou não de um determinado produto. As festividades que ocorrem e climas que variam de um estado para outro, por exemplo, contribuem para a elevação ou não do custo ou para obtenção do produto, o que consequentemente infligirá no aumento do preço de venda do mesmo. Ou vice-versa, quando a oferta for maior que a demanda a tendência é que o preço do produto ou serviço diminua sua valorização no mercado. Para o gestor, esse é um ponto estratégico ao qual o mesmo deve seguir para não deixar de vender por não ter o produto, ou comprar acima da capacidade de venda e não ter sucesso esperado em tempo hábil. Concorrência: no quesito concorrência há um período de estabilidade econômico, não somente quanto aos menores preços, mas também quanto a qualidade e conforto que são o que os clientes estão à procura. De acordo com o Sebrae (2016), os clientes estão pesquisando esses requisitos antes mesmo de irem às compras. Outro fator determinante que deve ser levado em consideração é conhecer seus concorrentes, os pontos positivos, negativos e para qual classe social seu produto ou serviço será comercializado. Crepaldi (2010) descreve que certamente essas são informações cruciais que definirão a quem dentro do mercado se dirigirá seu produto. Se possível, essas informações devem ser avaliadas constantemente e até mesmo antes de se agregar uma possível margem de lucro. 2.8 Calculando preço de Venda através da Fórmula mark-up Divisor Mark-up é uma ferramenta muito utilizada no mercado como índice multiplicador no qual se aplica o custo do produto ou serviço para encontrar o preço de venda ideal. Apesar de ser uma ferramenta simples de ser aplicada Crepaldi (2010) não a leva em consideração por conter algumas falhas, como por exemplo, a avaliação de mercado como sensibilidade e o preço de venda da concorrência. De Acordo com Crepaldi (2010), o cálculo é realizado na seguinte fórmula: 27 Percentual de Mark-up = (1 – Custo ) x 100% Preço de Venda A fórmula Mark-up tem como objetivo agregar os custos e despesas variáveis de um produto ou serviço a uma possível margem de lucro que se deseja obter para encontrar o preço de venda ideal. Assim, os custos e despesas variáveis incorridos já estão agregados ao preço de venda. 2.8.1 Importância da margem de contribuição A margem de contribuição tem um papel fundamental para as empresas pois representa a lucratividade que o produto traz para a mesma, já descontadas as despesas e custos. De acordo com Crepaldi (2010) a margem de contribuição possibilita escolher quais mercadorias são mais viáveis para a empresa, e auxiliar na administração no processo de decidir a lucratividade. Além dessas funcionalidades também é capaz de medir o percentual que sobra para empresa. A fórmula que representa a margem de contribuição, na concepção de Crepaldi (2010), é: o preço de venda do produto vendido subtraído pelos custos e despesas variáveis. Sendo assim, o montante que sobra é à margem de contribuição. Nem sempre são fáceis de alocar as despesas para encontrar a margem e contribuição, pois estimar a margem que se quer obter em um produto ou serviço pode acabar não acontecendo conforme esperado. Isso se dá por ocorrer imprevistos como escassez de mão de obra, ou alguma perca por não se conseguir vender o produto em tempo hábil, uma vez que quanto menor for os custos e despesas, maior será a margem de contribuição para a empresa. 2.8.2 Definição de Ponto de equilíbrio Contábil O ponto de equilíbrio é de suma importância para o empreendedor já que este identifica quantas unidades terão de ser vendidas para que o produto cubra seus custos e despesas, desde a aquisição da matéria prima até o momento em que foi comercializado. Dentre outras informações, o ponto de equilíbrio possibilita aos gestores realizar projeções de suas vendas, bem como provisionar quantas unidades de um determinado produto terão que vender para não obter prejuízos. Quando uma empresa consegue atingir o ponto de equilíbrio significa dizer que seu faturamento se iguala a seus custos e despesas, nesse caso é conhecido por alguns autores como sendo o lucro igual a zero, não há lucro e nem prejuízo. 28 Para Crepaldi (2010), podem ocorrer algumas limitações no ponto de equilíbrio quando existem vários produtos, justificando-se pelo fato de ocorrer custos e despesas diferenciadas, em que se torna impossível de realizar o cálculo exato do mesmo. Na Contabilidade de custos há várias formas de se analisar o ponto de equilíbrio dependendo do ponto de vista e a informação que o profissional necessita para o momento. Sendo assim há diferenças entre os métodos para o cálculo. Para se encontrar o Ponto de Equilíbrio Contábil utiliza-se: Custos fixos + despesas fixas ÷ margem de contribuição unitária ou total. Nesse caso, somam-se todos os custos fixos que se obteve para elaboração do produto acrescentando as despesas fixas que incorreram para que o produto fosse comercializado e divide-se pela margem de contribuição ao qual se estima que seja a lucratividade do produto. Caso a empresa não consiga vender o suficiente para alcançar o ponto de equilíbrio, a mesma terá prejuízo. 2.8.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro PEF Já o ponto de equilíbrio financeirose distingue dos demais quando ocorrem reembolsos que devem ser levados em consideração ao uso e depreciação de máquinas e equipamentos utilizados para a elaboração dos produtos. Neste caso, são registrados os desgastes que os equipamentos sofrem em relação a seu uso, essa depreciação tem por objetivo estimar a vida útil do maquinário utilizado na produção. Para calcular o PEF na concepção de Crepaldi (2010), tem-se a seguinte fórmula: Custos fixos e despesas fixas - depreciação, amortização e exaustão ÷ margem de contribuição unitária. No cálculo do PEF não ocorre a saída de caixa, esta apenas é registrada para fins contábil e controle da vida útil do ativo que a empresa possui. 2.8.4 Ponto de equilíbrio econômico PEE Para fins de analisar o Ponto de Equilíbrio Econômico leva-se em consideração o custo de oportunidade, que é o lucro desejado estabelecido pela empresa como satisfatório. Nesse caso, tem-se como objetivo gerar informações sobre o tempo que a empresa levará para que o retorno do investimento realizado seja retornado ao proprietário em relação ao que foi investido. Para calcular o PEE tem-se a seguinte Fórmula: Custos fixos e despesa fixam + custo de oportunidade ÷ margem de contribuição. 29 Assim com o PEE possibilita-se que o empreendedor faça projeção de venda para que a empresa pague seus custos e despesas e ainda alcance o lucro desejado. 2.8.5 Margem de Segurança É comum as empresas atraírem clientes para seus estabelecimentos oferecendo-os descontos e promoções. Essas promoções podem ocorrer por diversos motivos sendo: liquidação de fim de estação, promoções realizadas em determinada época especial e promoções de determinadas mercadorias no intuito de aumentar suas vendas. A margem de segurança é utilizada nas empresas para apontar a quantidade de vendas que podem cair sem que venha ocasionar prejuízos. Esse indicador pode ser demonstrado em duas maneiras diferentes, através de percentual e por unidades. Sabendo da importância que a margem de segurança proporciona ao gerar informações, a mesma pode auxiliar para que não ocorram imprevistos no momento de se oferecer descontos e promoções. Para Beulke e Rolando (2011) a política de desconto é praticada por diversos ramos e atividades e tem como intuito principal dar descontos efetivos e descontos pré-calculados. Descontos pré-calculados são os descontos simples que servem para atrair clientes e estimular o consumo. No caso dos descontos pré-calculados já se encontram embutidos na margem de contribuição. Descontos efetivos, diferentemente de desconto pré-calculado, implica na diminuição na margem de contribuição, podendo ser parcial ou total. Geralmente são identificados em vendas de grandes de volumes incentivos do tipo “compre três pague dois, vale descontos e vales brindes”. A margem de segurança tem um papel fundamental para o empreendedor, pois é a partir de seus resultados que se demonstrará a quantidade de descontos ou de vendas que podem diminuir sem que ocorram prejuízos para a empresa. Com isso, essa ferramenta torna- se eficaz para as empresas que utilizam a política de descontos como um meio de atrair clientes até seu estabelecimento. Os resultados permitem gerar informações, tanto em percentagens como em quantidades de vendas que podem ser diminuídas sem que se comprometa negativamente o lucro da empresa. A fórmula que permite o cálculo da margem de segurança pode ser realizada em três análises como mostra-se abaixo, sendo em quantidade de kg e unidades, valores em reais e percentagens. Formula para se chegar ao total em quantidade da margem de segurança é 30 MS= QV - PEC = Formula de calcular a margem de segurança em reais MS = MS x PV Para se encontrar a percentagem da margem de segurança MS = MS/QV multiplicado por 100. Assim será possível identificar qual a folga que cada produto terá em relação ao PEC, sabendo que se a margem de segurança for positiva tem se a análise da folga que a empresa está tendo de lucro em relação ao PEC. Se negativo, representará a quantidade que a empresa necessitara vender para que chegue ao PEC ou seja, a quantidade para que o produto pague todos seus custos e despesas fixas. 31 3. METODOLOGIA O presente capítulo tem por objetivo apresentar as considerações sobre o tipo de pesquisa que foi utilizada para elaboração do projeto em discussão. 3.1 Tipos da Pesquisa Para se conseguir bons resultados deve-se ter cautela com os itens a serem utilizados no processo da obtenção dos resultados bem como também saber a melhor forma de se tirar melhores proveitos dos resultados obtidos. Para tanto a escolha dos tipos de pesquisa a serem empregados na pesquisa é fundamental, por isso foram citadas algumas utilizadas no decorrer desta pesquisa. A pesquisa mostrou como foram realizados os procedimentos utilizados para produção dos principais itens de uma panificadora de um supermercado na cidade de Sinop, bem como quais foram os custos incorridos para produção dos mesmos. A escolha do tipo de pesquisa é fundamental para dar procedimento ao projeto, pois a mesma fez com que os objetivos e metas traçadas ao longo da pesquisa fossem alcançados de modo satisfatórios. Assim, A pesquisa será descritiva por fazer observação do ambiente e de seus componentes para obtenção de dados e estudo sem interferir de nenhuma forma no seu cotidiano. Exploratória, pois será realizado numa área de pouco conhecimento por parte do explorador, e assim alavancar os conhecimentos sobre o assunto estudado bem como suas vantagens e suas desvantagens (VERGARA, 1997, p. 46). Pesquisa é considerada estudo de caso, “é aquela utilizada com objetivo de conseguir informações conhecimentos acerca de um problema, para qual se procura uma resposta, que se queira comprovar, ou descobrir novos fenômenos” (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 169). Sendo assim, a pesquisa de campo é de suma importância para análise e desenvolvimento do trabalho no qual mostra detalhadamente os meios que foram utilizados para desenvolvimento do trabalho. 32 Além da realização do estudo de também serão utilizados mais dois tipos de pesquisas, sendo estas a pesquisa qualitativa e a quantitativa. A diferenciação entre elas é basicamente no modo em que são aplicadas, no caso da pesquisa qualitativa de acordo com Lakatos e Markoni (2010) tem-se características exploratórias, na qual a parte entrevistada por livre espontânea vontade responde a questionários desenvolvidos do entrevistador. Nesse contexto, a pesquisa qualitativa não apresenta mensuração de números e valores e seus resultados são demonstrados através de relatórios obtidos através das respostas das pessoas que participaram da pesquisa. A pesquisa quantitativa tem por objetivo mensurar os resultados em forma de gráficos e tabelas numéricas, nesse contexto as respostas obtidas no resultado da pesquisa não trazem uma leitura dinâmica em si de relatórios e sim exemplifica através de gráficos e tabelas que podem ser medidos através de números e porcentagens. 3.2 População e Amostra O presente trabalho tem como população um supermercado e como amostra o departamento de produção de panificação, bem como os sujeitos que participam diretamente do assunto da pesquisa: encarregados e colaboradores dos setores que tem por finalidade produzir os alimentos e posteriormente revendê-los. Para a elaboração deste estudo foi realizada a pesquisa de quatorze produtos com variação diferente que é produzido pelo maquinário investido sendo: enroladinho de salsicha, quibe com queijo, Chipa tradicional,Baguete tradicional, bolinha queijo, quibe tradicional, coxinha de mandioca recheio frango, pão de queijo tradicional, coxinha mandioca recheio de carne boi, pão queijo catupiry, presunto croquete queijo, coxinha mandioca boi mini, enroladinho salsicha unidade, coxinha mandioca frango tradicional. 3.3 Coleta de dados A coleta de dados foi classificada como primária por não ter nenhum histórico referente a este tipo de coleta no ambiente estudado. Foi realizada uma tabulação com os dados obtidos através das respostas das entrevistas e questionários que foram formulados e aplicados. Para elaboração deste estudo foi realizado o critério de rateio por absorção. O motivo da escolha se deu por ser um critério de rateio simples pratico, e o no atual momento é o que melhor se adequa a empresa para a elaboração do custo correto e formação do preço de venda ideal dos produtos 33 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 34 4.1 Histórico e Dados da Empresa A empresa na qual a pesquisa foi realizada, por motivo de força maior, prezou em não divulgar seu nome, apenas suas respectivas atividades atualmente. A mesma atua no mercado há 18 anos no município de Sinop e tem permissão para atuar no comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados. Podendo atuar nas mais diversas áreas de acordo com seu CNAE Fiscal 47113/2, 4784-9/00, 5611-2/01, 5611-2/03. Também com autorização para comercialização varejista de gás liquefeito de petróleo (GLP), serviços de entrega rápida, lanchonete, restaurantes e similares, agenciamentos de espaço ao público, exceto em veículos de comunicação. E atualmente o regime tributário em que a mesma se encontra é o Lucro Real. O local onde a pesquisa foi explorada é um departamento de panificação situado no interior do supermercado, no qual são produzidas as mais diversas variações de doces, pães e salgados fritos e assados etc. Aproximadamente 95% dos produtos comercializados no setor de panificação são de produção própria e 5% é adquirido de outros fornecedores. 4.2 Processos de separação de matéria-prima para fabricação dos produtos Os processos de separação da matéria-prima para fabricação dos produtos ocorrem em duas fases. Como se trata de um supermercado, na primeira fase é realizada a separação da matéria-prima adquirida especificamente para a fabricação dos produtos. Algumas das matérias-primas são compradas para revenda no estabelecimento, no entanto, são utilizadas também na linha de produção. Assim, na segunda fase, faz se necessário que o funcionário responsável pelo setor de produção faça a separação de quantas e quais serão as quantidades que utilizarão na produção. O controle da produção ocorre de acordo com as vendas. Sendo assim, a sugestão da produção é considerada variável dependendo sempre das necessidades da empresa em controlar o nível de estoque de sua produção, para que não se tenha estoques ociosos e também para que não falte. 35 O principal responsável em controlar a produção é o encarregado do departamento de panificação que analisa e determina qual quantidade deverá ser a produzida no dia. E, como são várias opções de produção, e até mesmo o tempo que os funcionários necessitam para separar as mercadorias para a produção, adicionando-se o processo de higienização e limpeza do maquinário, os pedidos são realizados com antecedência, geralmente um dia antes. 4.2.1 tabelas de custos com matéria-prima utilizada em cada produto Para melhor entendimento sobre os custos com a matéria-prima da produção, o cálculo foi realizado através das transformações de produtos pesados, como a mozzarella, de quilos (Kg) por Gr. E, onde se utilizou quantidades em litros, como água em (Lts), foi utilizado (Ml) de acordo com a quantidade usada para elaboração do mesmo. E com isso têm-se os custos com matéria-prima unitária e Kg para cada produto. Todas as informações apresentadas abaixo foram coletadas durante todo mês de setembro de 2017. As tabelas descritas abaixo demonstram os custos que se obteve com matéria-prima para elaboração de cada produto. Tabela 1- Ingredientes gastos com Matéria-prima utilizados para a produção do Pão de Queijo. . Fonte: dados da empresa Os ingredientes utilizados na produção do pão de queijo rendem 14 kg em massa, sendo que cada unidade produzida tem o peso em média de 26 gr. Assim, aproximadamente 39 unidades equivalem a 1 kg de pão de queijo. Observa-se que o custo com matéria-prima para a produção do pão de queijo gera um custo de R$ 115,01÷14 = R$ 8,22 por Kg. Tabela 2 Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Pão de Queijo Catupiry Pão Queijo Quant Custo Unit Custo total Polvilho Azedo Gr 5000 R$ 0,00422 R$21,10 Ovos Gr 2000 R$ 0,01190 R$23,80 Mussarela Gr 4000 R$ 0,01568 R$62,72 Óleo Soja Ml 900 R$ 0,00273 R$2,46 Leite Ml 2000 R$ 0,00205 R$4,10 Sal Gr 100 R$ 0,00080 R$0,08 Açúcar Gr 50 R$ 0,01495 R$0,75 R$115,01 36 Pão de Queijo Catupiry Quant Custo Unit Custo total Polvilho Azedo Gr 5000 R$ 0,00422 R$ 21,10 Ovos Gr 2000 R$ 0,01190 R$ 23,80 Mussarela Gr 4000 R$ 0,01568 R$ 62,72 Óleo Soja Ml 900 R$ 0,00273 R$ 2,46 Leite Ml 2000 R$ 0,00205 R$ 4,10 Sal Gr 100 R$ 0,00080 R$ 0,08 Açúcar Gr 50 R$ 0,01495 R$ 0,75 Requeijão Uni 15 R$10, 12,00 R$ 151,80 R$ 266,81 Fonte: dados da empresa Com os ingredientes utilizados para se produzir 20 kg de pão de queijo com catupiry tem-se o custo de R$ 266,81. Sendo assim, o custo para produção de 1 kg é de R$ 266,81÷20 = R$13,34. Tabela 3 Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir Baguete Tradicional Fonte: dados da empresa Para se produzir 14 kg de salgado Baguete tradicional, conforme os ingredientes disponibilizados, tem-se o custo com matéria prima de R$ 115,02. Sendo assim, o custo/kg do salgado Baguete é de 115,52÷14 = R$ 8,22. Tabela 4 - Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Chipa Tradicional Chipa tradicional Quant Custo Unit Custo total Leite Ml 3000 R$ 0,00205 R$ 6,15 Mussarela Gr 5000 R$ 0,01190 R$ 78,40 Farinha Chipa Gr 10000 R$ 0,01568 R$ 64,10 Ovos Gr 2000 R$ 0,00273 R$ 23,80 Total Matéria Prima R$ 172,45 Baguete tradicional Quant Custo Unit Custo total Polvilho Azedo Gr 5000 R$ 0,00422 R$ 21,10 Ovos Gr 2000 R$ 0,01190 R$ 23,80 Mussarela Gr 4000 R$ 0,01568 R$ 62,72 Óleo Soja Ml 900 R$ 0,00273 R$ 2,46 Leite Ml 2000 R$ 0,00205 R$ 4,10 Sal Gr 100 R$ 0,00080 R$ 0,08 Açúcar Gr 50 R$ 0,01495 R$ 0,75 R$ 115,01 37 Fonte: dados da empresa Para se produzir 20 kg de salgado Chipa tradicional tem-se o custo com matéria prima de R$ 172,45. Sendo assim, o custo unitário de 1 kg é de R$172,45÷20 = R$8,62. Tabela 5- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Enroladinho Salsicha Enroladinho Salsicha kg Quant Custo Unit Custo total Massa pronta Ml 10000 R$ 0,00986 R$ 98,60 Água Gr 12000 R$ 0,01190 R$ 2,16 Colorau Gr 150 R$ 0,01568 R$ 1,02 Salsicha Gr 16000 R$ 0,00273 R$ 104,00 R$ 205,78 Fonte: dados da empresa Para se produzir 19 kg de salgado enroladinho de salsicha tem-seo custo com matéria prima de R$ 205,78 por kg. Assim, para se produzir 1 kg de salgado enroladinho de salsicha tem se o custo kg com matéria-prima de R$10, 83. Tabela 6 - Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir salgado Bolinha Queijo Bolinha Queijo Quant Custo Unit Custo total Mussarela Gr 32.000 R$0,00422 R$ 501,76 Massa Vapt Gr 100.000 R$0,00986 R$ 986,00 Água Gr 12.000 R$0,00018 R$ 2,16 Colorau Ml 100 R$0,00680 R$ 0,68 Orégano Ml 200 R$0,04725 R$ 9,45 R$ 1.500,05 Fonte: dados da empresa O custo com matéria-prima utilizada na produção do salgado Bolinha de queijo é de R$ 1500,05 e rende 247 kg. Sendo assim, o custo para se produzir um kg é de R$ 1500,05÷247= R$6,07. Tabela 7- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Quibe com Queijo Quibe com Queijo unidade Quant Custo Unit Custo total Pimenta Síria Gr 30 R$ 0,06267 R$ 1,88 Trigo Quibe Gr 5000 R$ 0,00494 R$ 24,70 Caldo Carne Gr 250 R$ 0,01152 R$ 2,88 Arisco Gr 200 R$ 0,00660 R$ 1,32 Hortelã Gr 50 R$ 0,09420 R$ 4,71 38 Fonte: dados da empresa A matéria-prima utilizada na produção do Quibe com queijo (unidade) tem o custo de R$ 644,59 e rende aproximadamente 46 kg. Cada unidade produzida tem o peso em média de 0,156 gr. Nesse caso 46,00/0,156 = 295 unidades. Assim, o custo unitário com matéria-prima é de R$ 644,59÷295= R$ 2,19. Tabela 8- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir enroladinho de Salsicha (unidade) Enroladinho Salsicha unidade Quant. Custo Unit Custo total Massa pronta Ml 10000 R$ 0,01 R$ 98,60 Água Gr 12000 R$ 0,01 R$ 2,16 Colorau Gr 150 R$ 0,02 R$ 1,02 Salsicha Gr 16000 R$ 0,00 R$ 104,00 R$ 205,78 Fonte: dados da empresa O custo com matéria prima utilizada na produção do salgado enroladinho salsicha por unidade é de R$ 205,78 e rende 19 kg, no entanto esse produto é comercializado e revendido por unidade que tem o peso em média de 0,156 gramas, ou seja: 19 kg de enroladinho de salsicha equivalem a 122 unidades. O custo unitário com matéria-prima para a produção do salgado enroladinho de salsicha é de R$ 205,78÷122 = R$ 1,69 Os mesmos ingredientes utilizados para a produção do salgado enroladinho de salsicha por kg, também é utilizado na produção do salgado enroladinho de salsicha por unidades, sendo assim o que se distingue entre uma produção e outra é a forma que é comercializada. Tabela 9- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Quibe Tradicional Quibe Tradicional Quant Custo Unit Custo total Pimenta Síria Gr 30 R$ 0,06267 R$ 1,88 Alho em Pó Gr 200 R$ 0,08220 R$16,44 Cebola em pó Gr 250 R$ 0,06600 R$ 16,50 Pimentão Verde Gr 1000 R$ 0,00364 R$ 3,64 Mussarela Gr 36000 R$ 0,01568 R$ 564,48 Óleo Soja Ml 900 R$ 0,00273 R$ 2,46 Cheiro Verde Uni 2 R$ 2,25000 R$ 4,50 Água Ml 6000 R$ 0,00018 R$ 1,08 R$ 644,59 39 Trigo Quibe Gr 5000 R$ 0,00494 R$ 24,70 Caldo Carne Gr 250 R$ 0,01152 R$ 2,88 Arisco Gr 200 R$ 0,00660 R$ 1,32 Hortelã Gr 50 R$ 0,09420 R$ 4,71 Alho em Pó Gr 200 R$ 0,08220 R$ 16,44 Cebola em pó Gr 250 R$ 0,06600 R$ 16,50 Pimentão Verde Gr 1000 R$ 0,00364 R$ 3,64 Carne Moída Gr 7000 R$ 0,00817 R$ 57,19 Óleo Soja Ml 900 R$ 0,00273 R$ 2,46 Cheiro Verde Uni 2 R$ 2,25000 R$ 4,50 Água Ml 6000 R$ 0,00018 R$ 1,08 R$ 137,30 Fonte: dados da empresa O custo com matéria prima utilizada na produção do quibe tradicional, baseado nos ingredientes utilizados, é de R$ 137,30 e rende 20 kg. Sendo assim, para se produzir 1 kg de salgado quibe tradicional tem se o custo kg de R$ 6,87. Tabela 10 Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir o Croquete Queijo. Presunto Croquete Queijo Quant Custo Unit Custo total Presunto Gr 20400 R$0,01603 R$ 327,01 Mussarela Gr 12000 R$0,01568 R$ 188,16 Orégano Gr 200 R$0,04725 R$ 9,45 Massa Vapt Ml 80000 R$0,00986 R$ 788,80 Agua Ml 12000 R$0,00018 R$ 2,16 Colorau Gr 100 R$0,00680 R$ 0,68 R$ 1.316,26 Fonte: dados da empresa Para se produzir 172 kg de Presunto de Croquete de queijo tem-se o custo de 1316,26, ou seja, se dividirmos o custo total de R$ 1316,26/ 172 kg = R$ 7,65 a cada kg produzido. Tabela 11- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir a Coxinha M. Carne (unidade) Coxinha M. Carne unidade Quant Custo Unit Custo total Leite Ml 6000 R$0,00205 R$ 12,30 Margarina Gr 1000 R$0,00653 R$ 6,53 Caldo galinha Gr 900 R$0,01150 R$ 10,35 Mandioca Gr 12000 R$0,00400 R$ 48,00 Farinha Trigo Gr 4000 R$0,00210 R$ 8,40 Cheiro Verde Uni 4 R$2,25000 R$ 9,00 40 Carne Moída Gr 20000 R$0,00817 R$ 163,40 Alho em Pó Gr 200 R$0,08220 R$ 16,44 Cebola em Pó Gr 250 R$0,06600 R$ 16,50 Caldo Carne Gr 100 R$0,01150 R$ 1,15 Colorau Gr 150 R$0,00680 R$ 1,02 Arisco Gr 100 R$0,01020 R$ 0,66 R$ 293,75 Fonte: própria Os ingredientes utilizados na produção da coxinha de mandioca de carne por unidade rendem 22 kg, sendo que cada unidade produzida tem o peso em média de 0,156 Gr. Essa produção também é comercializada por unidades. Observa-se que o custo com matéria-prima para a produção da coxinha de carne de acordo com a receita obtida é de 293,75÷141= 2,08 por unidades. Tabela 12- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir a Coxinha M. Frango Kg Coxinha M. Frango kg Quant Custo Unit Custo total Leite Ml 6000 R$ 0,00205 R$ 12,30 Margarina Gr 1000 R$ 0,00653 R$ 6,53 Caldo galinha Gr 900 R$ 0,01150 R$ 10,35 Mandioca Gr 12000 R$ 0,00400 R$ 48,00 Farinha Trigo Gr 4000 R$ 0,00210 R$ 8,40 Cheiro Verde Uni 4 R$ 2,25000 R$ 9,00 Filé Peito Frango Gr 10000 R$ 0,00385 R$ 38,50 Alho em Pó Gr 250 R$ 0,08220 R$ 20,55 Cebola em Pó Gr 250 R$ 0,06600 R$ 16,50 Caldo Carne Gr 100 R$ 0,01150 R$ 1,15 Colorau Gr 150 R$ 0,00680 R$ 1,02 Arisco Gr 100 R$ 0,00660 R$ 0,66 R$172,96 Fonte: dados da empresa O custo com matéria prima da coxinha de mandioca de frango por kg, baseado nos ingredientes utilizados, é de R$ 172,96 e rende 22 kg. Para se produzir 1 kg tem-se o custo unitário com matéria-prima de R$ 7,86. Tabela 13- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir a Coxinha M. Frango (unidade) Coxinha M. frango Unid. Quant Custo Unit Custo total Leite Ml 6000 R$ 0,00205 R$ 12,30 41 Margarina Gr 1000 R$ 0,00653 R$ 6,53 Caldo galinha Gr 900 R$ 0,01150 R$ 10,35 Mandioca Gr 12000 R$ 0,00400 R$ 48,00 Farinha Trigo Gr 4000 R$ 0,00210 R$ 8,40 Cheiro Verde Un. 4 R$ 2,25000 R$ 9,00 Filé Peito Frango Gr 10000 R$ 0,00385 R$ 38,50 Alho em Pó Gr 250 R$ 0,08220 R$ 20,55 Cebola em Pó Gr 250 R$ 0,06600 R$ 16,50 Caldo Carne Gr 100 R$ 0,01150 R$ 1,15 Colorau Gr 150 R$ 0,00680 R$ 1,02 Arisco Gr 100 R$ 0,00660 R$ 0,66 R$ 172,96 Fonte: dados da empresa Os ingredientes utilizados na produção da coxinha de mandioca de frango unidade tem o custo com matéria-prima de R$ 172,96 e rende 22 kg. Cada unidade tem peso de 0,156 gramas que equivalem a 141 unidades e tem o custo unitário de R$ 1,23. Tabela 14- Custos incorridos com matéria-prima utilizados na para produzir a Coxinha M. Carne Kg Coxinha M. Carne Kg. Quant Custo Unit Custo total Leite Ml 6000 R$ 0,00205
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