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GE Saude Coletiva 02

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Saúde Coletiva
UNIDADE 2
1
Unidade 2
Saúde Coletiva
APRESENTAÇÃO
É bom revê-lo na Segunda Unidade da disciplina de Saúde Coletiva.
Lembra das últimas perguntas que fiz no final da primeira unidade? Elas servirão de 
reflexão para este módulo e consequentemente mais perguntas surgirão com o ob-
jetivo de construirmos uma opinião real do que seria o Sistema Único de Saúde. É 
importante que o aluno formule suas opiniões com base nas próprias experiências e 
vivências trocadas, esperamos assim formar futuros profissionais de saúde que con-
siga criar seu próprio raciocínio.
Nesta segunda Unidade, gostaria de trocar com você alguns conhecimentos voltados 
para assuntos que servirão de base no continuar da disciplina. Iremos estudar nesta 
unidade:
• Sistema Único de Saúde.
• Leis Complementares e Orgânicas.
• Pacto pela Saúde.
Vamos, primeiramente, trazer alguns pontos do SUS:
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS
• Sistema público único, criado pela Constituição de 1988.
• Considerado inacabado – em construção.
• Formado por uma rede regionalizada, hierarquizada, descentralizada, com 
gestão única em cada esfera de governo e com participação social.
• Visa à prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde.
• É garantido pela Constituição e regulado pela Lei Orgânica da Saúde – 8.080 
e 8.142 (1990) que regulamentou o SUS, definindo quais as estratégias de-
veriam ser adotadas para seguir as diretrizes propostas. 
Você deve está dizendo: Professor, não estou entendendo. Vamos com calma e a 
cada passo, mas lembre-se que iremos retornar nas definições acima citadas. Primei-
ro uma pequena definição:
•	 SISTEMA – Conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para 
um fim comum.
•	 ÚNICO – mesma doutrina e princípios organizativos em todo o território na-
cional.
•	 SAÚDE – o objetivo é a promoção, proteção e recuperação da saúde.
Ficou clara a definição? O SUS é um conjunto ou serviços e ações que interagem den-
tro de princípios e com o objetivo da Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. 
Vamos continuar?
2
Um dos principais objetivos do SUS é melhorar a qualidade de Atenção à saúde da 
população. O SUS volta-se para a promoção, prevenção e educação em saúde não 
esquecendo a reabilitação. Mas eu pergunto a você, aluno: Qual a diferença entre 
Promoção, Prevenção e Educação em Saúde.
 
Vamos debater? Pois bem, vamos juntos.
1. PROMOÇÃO DE SAÚDE:
A promoção da saúde consiste em políticas, planos e programas de saúde pública 
com ações voltadas a evitar que as pessoas se exponham a fatores condicionantes e 
determinantes de doenças, a exemplo dos programas que se propõem a ensinar a po-
pulação a cuidar de sua saúde. Além disso, incentiva condutas adequadas à melhoria 
da qualidade de vida. Vamos colocar em prática este conceito? Saneamento básico, 
habitação, lazer e tudo que envolve o indivíduo sem focar em determinadas doenças, 
dizemos que se trata de Promoção de Saúde. Vamos comparar com os demais con-
ceitos que ficará mais fácil para compreender.
O link aborda o conceito de Promoção de Saúde, portanto seria interessante a leitura:
http://sereduc.com/rRnjKu
2. PREVENÇÃO DE SAÚDE
Prevenção primária é o conjunto de ações que visam evitar a doença na população, 
removendo os fatores causais, ou seja, visam à diminuição da incidência da doença. 
Quando especificamos a doença estamos falando de Prevenção em Saúde. Vamos 
aos exemplos? 
Perceberam que os dois exemplos foram especificados as doenças? Assim nós fala-
mos de Prevenção em Saúde.
3. EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A educação em saúde está associada diretamente à informação levada para a po-
pulação. Quando dizemos para a população não acumular água parada, ou mesmo 
fazer exercício físico, ou não comer doces, estamos levando informação e com isso 
realizando Prevenção em saúde. 
 
Então, você se questiona: Eu posso fazer juntamente Promoção, prevenção e Educa-
ção? A resposta é sim, você pode realizar os três conjuntamente.
E o SUS trabalha com os três simultaneamente? Sim, trabalha realizando Promoção 
	
   	
  
3
de Saúde, Prevenção e Educação em Saúde. Lembrando que também realiza ações 
de reabilitação, afinal, não podemos esquecer daquelas pessoas que ficaram doentes 
e precisam de atenção.
E quando surge o SUS? O SUS surge em 1988, na Constituição Federal do Brasil
CONSTITUIÇÃO DE 1988:
• Promulgada em 05/10/88, representou uma inovação nas Constituições Bra-
sileiras: a introdução do capítulo da Seguridade Social (Previdência, Assis-
tência Social e Saúde) dentro do Título VIII - Da Ordem Social.
• A Ordem Social tem como objetivo o bem-estar e a justiça.
• A Seção II deste capítulo é destinada à Saúde. São cinco artigos (196-200).
Este Capítulo apresenta cinco artigos que são:
Art. 196: A Saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políti-
cas públicas, sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. 
Art. 197: As ações e serviços de saúde deverão ser regulamentadas, fiscalizadas e 
controladas pelo Poder Público.
Art. 198: As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarqui-
zada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes dire-
trizes: Descentralização, Atendimento Integral e Participação da Comunidade. Este 
artigo sofreu alteração com a Emenda Constitucional 29 (financiamento).
Art. 199: A assistência à Saúde é livre à iniciativa privada.
Art. 200: Ao Sistema Único de Saúde compete:
• Controlar e fiscalizar produtos e substâncias de interesse à saúde;
• Executar ações de vigilância sanitária, epidemiológica, bem como as de saú-
de do trabalhador;
• Ordenar a formação de recursos humanos na área de Saúde;
• Formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
• Incrementar o desenvolvimento científico e tecnológico;
• Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
OBJETIVOS DO SUS
• Melhorar a qualidade de atenção à saúde;
• Romper com o passado de descompromisso com a saúde;
• Servir de norte ao trabalho do Ministério da Saúde e das Secretarias Estadu-
ais e Municipais de Saúde.
Vamos abordar neste momento uma parte muito importante do Sistema Único de Saú-
de, que são seus princípios. O SUS apresenta os Princípios Doutrinários e os Princí-
pios Organizativos.
4
PRINCÍPIOS DO SUS
•	 Princípios DOUTRINÁRIOS – dizem respeito às idéias filosóficas que per-
meiam a implementação do sistema.
•	 Princípios ORGANIZATIVOS – orientam a forma como o sistema deve fun-
cionar. 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
•	 UNIVERSALIDADE: Todo cidadão tem direito ao acesso aos serviços de 
saúde em todos os níveis de assistência.
•	 EQUIDADE: Todos os indivíduos são iguais, entretanto deve haver igualdade 
com justiça, onde as diferenças são consideradas.
•	 INTEGRALIDADE: Cidadão percebido como um todo indivisível, inserido no 
seu meio (promoção, prevenção, proteção e recuperação).
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
•	 Descentralização: Gestão única em cada esfera de governo. Estratégia fun-
damental: municipalização da assistência à saúde.
•	 Regionalização e hierarquização: Os serviços de Saúde devem ser orga-
nizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa 
área geográfica delimitada (Distritos Sanitários), e com definição da popula-
ção a ser atendida. A saúde é dividida por níveis de Complexidade, por exem-
plo, Atenção Básica, Média Complexidade e Alta Complexidade.
 
•	 Resolubilidade/Resolutividade – Resolver a necessidade de Saúde da Po-
pulação.
•	 Participação popular: Controle Social. 
Conferências = instâncias colegiadas que permitem a inserção social no âmbito do 
poder executivo (formulação de políticas). Têm caráter consultivo. Objetivos: avaliara situação de saúde e propor as diretrizes da política de saúde em cada nível de go-
verno. 
Conselhos = instâncias colegiadas constituídas em cada esfera de governo com ca-
ráter permanente e deliberativo. Atuam independente do governo, porém fazem parte 
dele. Objetivo: participar ativamente da discussão das políticas de saúde, através da 
formulação de estratégias e no controle da execução, incluindo seus aspectos econô-
5
micos e financeiros.
•	 Setor Privado Complementar – O setor Privado pode complementar o setor 
Público dependendo da necessidade deste. Caso um setor Privado comple-
mente o setor público o serviço ofertado deve trabalhar dentro dos princípios 
do SUS, seja Doutrinário ou Organizativo.
Quando por insuficiência do setor público;
Terão posição definida na rede e obedecerão aos princípios e diretrizes do SUS;
Os privados assinarão contratos onde o direito público prevalecerá.
Vamos fazer uma reflexão levando em consideração todo assunto abordado até o 
presente momento, inclusive o assunto da Unidade I? Iremos confrontar a situação de 
saúde nos momentos estudados.
ANTES DO SUS
• Ações voltadas para a atenção curativa e medicamentosa (Hospitais);
• Serviços exclusivos para contribuintes (CAP’s, IAP’s, INPS, INAMPS);
• Não participação da comunidade.
HOJE COM O SUS
• Sistema único de saúde baseado no modelo cubano e canadense (princí-
pios);
• Ações voltadas para prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde;
• Investimento nas ações preventivas: PACS e PSF;
• Controle social: Conselhos e Conferências de Saúde;
• Processo de MUNICIPALIZAÇÃO;
• Novo MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE (vai além da relação hospedeiro e 
agente etiológico).
 
Para complementar o assunto abordado até o momento, sugiro a leitura do arquivo 
abaixo. O mesmo traz de forma didática os Princípios do SUS e alguns conceitos:
http://sereduc.com/coG7yP
 
Agora iremos estudar as Leis da Saúde. Espero que até o momento estejam compre-
endendo o assunto abordado.
LEIS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
• São duas as leis que regulamentam todos os aspectos relativos ao SUS: 
8.080/90 e 8.142/90.
A) LEI 8080-19/09/90 (Lei Orgânica da Saúde): dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos 
serviços correspondentes.
6
Esta lei regula, em todo território nacional, as ações e serviços de saúde, executados, 
isoladamente ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas 
naturais ou jurídicas de direito público ou privado.
DISPOSIÇÕES GERAIS
A Saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condi-
ções indispensáveis ao seu pleno exercício.
• Formular e executar políticas econômicas e sociais que visem à redução de 
riscos de doenças e de outros agravos;
• Assegurar acesso universal e igualitário às ações e serviços.
Importante compreender que: O dever do Estado não exclui o das pessoas, família, 
empresas e sociedade.
Reconhecimento dos fatores determinantes e condicionantes da saúde: a alimenta-
ção, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educa-
ção, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. 
B) LEI 8142-28/12/90 (Lei Complementar da Saúde): dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de re-
cursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
O SUS contará, em cada esfera de governo, com as seguintes instâncias colegiadas:
1.	 Conferência de Saúde: a cada quatro anos com representação dos vários 
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes 
para a formulação da política da saúde.
2.	 Conselho de Saúde: órgão deliberativo composto por representantes do go-
verno, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atua na 
formulação de estratégias e no controle da política de saúde. 
A representação dos usuários nos Conselhos e Conferências será paritária em rela-
ção ao conjunto dos demais segmentos para receberem os recursos os Municípios, 
os Estados e os Municípios ou Estados que não atendam estes requisitos terão seus 
recursos administrados pelo Estado ou União, respectivamente.
Os links abaixo são do Ministério sobre todos os pontos das leis 8080 e 8142:
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm
Caro(a) aluno(a), estamos chegando na metade da Unidade II e neste ponto é impor-
tante realizar exercícios para compreensão e fixação do assunto. Após leitura do Guia 
de Estudo, é importante estudar pelo livro texto da disciplina. O assunto se encontra 
nas páginas 11 a 13.
7
Após a realização dos exercícios e fixação do assunto abordado até o presente mo-
mento, seguiremos na Unidade com o assunto Pacto pela Saúde.
PACTO PELA SAÚDE 2006
Consolidação do SUS
O Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública que acaba de completar uma 
década e meia de existência.
Nesses poucos anos, foi construído no Brasil um sólido sistema de saúde que presta 
bons serviços à população brasileira.
O SUS tem uma rede de mais de 63 mil unidades ambulatoriais e de cerca de 6 mil 
unidades hospitalares, com mais de 440 mil leitos. Sua produção anual é aproximada-
mente de 12 milhões de internações hospitalares; 1 bilhão de procedimentos de aten-
ção primária à saúde; 150 milhões de consultas médicas; 2 milhões de partos; 300 
milhões de exames laboratoriais; 132 milhões de atendimentos de alta complexidade 
e 14 mil transplantes de órgãos. Além de ser o segundo país do mundo em número de 
transplantes, o Brasil é reconhecido internacionalmente pelo seu progresso no aten-
dimento universal às Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS, na implementação 
do Programa Nacional de Imunização e no atendimento relativo à Atenção Básica. O 
SUS é avaliado positivamente pelos que o utilizam rotineiramente e está presente em 
todo território nacional.
Ao longo de sua história houve muitos avanços e também desafios permanentes a su-
perar. Isso tem exigido dos gestores do SUS um movimento constante de mudanças, 
pela via das reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado de 
um lado pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um país tão grande e desi-
gual; de outro, pela sua fixação em conteúdos normativos de caráter técnico-proces-
sual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme complexidade.
Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os gestores do SUS assumem 
o compromisso público da construção do PACTO PELA SAÚDE 2006, que será anu-
almente revisado, com base nos princípios constitucionais do SUS, ênfase nas neces-
sidades de saúde da população e que implicará o exercício simultâneo de definição 
de prioridades articuladas e integradas nos três componentes: Pacto pela Vida, Pacto 
em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS.
Estas prioridades são expressas em objetivos e metas no Termo de Compromisso 
de Gestão e estão detalhadas no documento Diretrizes Operacionais do Pacto pela 
Saúde 2006.
8
Vamos analisar cada esfera do Pacto pela Saúde? Iremos começar pelo Pacto pela 
Vida.
PACTO PELA VIDA
As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos são:
1. SAÚDE DO IDOSO:
Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
2. CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA:
Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.
3. REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:
Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por 
pneumonias.
4. FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA ÀS DOENÇAS EMERGEN-
TES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, 
MALÁRIA E INFLUENZAFortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e 
endemias.
5. PROMOÇÃO DA SAÚDE:
Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na ado-
ção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a 
responsabilidade individual da prática de atividade física regular alimentação saudá-
vel e combate ao tabagismo.
9
6. FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção 
básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.
PACTO EM DEFESA DO SUS
O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas e articuladas pelas três instân-
cias federativas no sentido de reforçar o SUS como política de Estado mais do que 
política de governos; e de defender, vigorosamente, os princípios basilares dessa 
política pública, inscritos na Constituição Federal.
A concretização desse Pacto passa por um movimento de repolitização da saúde, 
com uma clara estratégia de mobilização social envolvendo o conjunto da sociedade 
brasileira, extrapolando os limites do setor e vinculada ao processo de instituição da 
saúde como direito de cidadania, tendo o financiamento público da saúde como um 
dos pontos centrais.
As prioridades do Pacto em Defesa do SUS são:
• IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL 
COM A FINALIDADE DE:
Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal 
garantidor desses direitos;
Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo 
Congresso Nacional;
Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para 
a saúde;
Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de ges-
tão, explicitando o compromisso de cada uma delas.
• ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DO 
SUS.
PACTO DE GESTÃO
1. Descentralização – O Princípio da descentralização em saúde é o princípio do Sis-
tema Único de Saúde (SUS) que estrutura ao organizar os três entes governamentais 
federados, a União, os Estados e os Municípios, para cooperar entre si e operativizar 
o preceito Constitucional do artigo 196. Este princípio da descentralização encontra-
-se estabelecido na Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988, 
no artigo 198. Institui-se, nesse artigo, que as ações e serviços públicos de saúde 
devem formar parte de uma organização regionalizada e hierarquizada, e que devem 
constituir um sistema único.
10
2. Regionalização – A regionalização é um processo de articulação entre os serviços 
que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já mencionamos a Regio-
nalização anteriormente, você lembra? Caso não lembre iremos fazer uma pequena 
revisão, portanto me responda quais os princípios Organizativos do SUS? São cinco 
esses princípios, então se lembra? Vamos juntos, então:
Descentralização, Regionalização, Resolubilidade, Participação Popular e Setor Pri-
vado Complementar. 
Dentro do Pacto de Gestão encontramos dois pontos já abordados anteriormente e 
fica dessa forma mais fácil sua compreensão.
3. Financiamento – Responsabilidade das três esferas de gestão – União, Estados e 
Municípios pelo financiamento do SUS sendo o Repasse fundo a fundo definido como 
modalidade preferencial na transferência de recursos entre os gestores. Os blocos de 
financiamento para o custeio são cinco:
1. Atenção Básica;
2. Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar;
3. Vigilância em Saúde;
4. Assistência Farmacêutica; e
5. Gestão do SUS.
Você pode está se perguntando qual a diferença entre Atenção Básica, Media Com-
plexidade e Alta complexidade, não é mesmo? Então vou tentar diluir esta sua dúvida. 
A atenção básica é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde e é representada 
pela Estratégia Saúde da Família. Teremos no último módulo um detalhamento deste 
assunto e lá irei debater com você sobre a Atenção Básica. 
Vamos continuar, a média complexidade são ações e serviços de saúde que visam 
atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, realizados em 
ambiente ambulatorial ou hospitalar, que exigem a utilização de equipamentos e pro-
fissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos para o apoio diagnós-
tico e tratamento. Como exemplo, podemos citar as UPA’s, Hemope, Maternidades, 
Clínicas Especializadas, etc.
Por último, o que seria a Alta Complexidade? Segundo o Ministério da Saúde, trata-se 
de procedimentos com alto consumo de recursos assistenciais. Conjunto de proce-
dimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando 
propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis 
de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade).
As principais áreas que compõem a alta complexidade do SUS e que estão organiza-
das em “redes”, são:
• assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por meio dos pro-
cedimentos de diálise);
• assistência ao paciente oncológico;
• cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia cardiovascular pediátrica; 
procedimentos da cardiologia intervencionista; procedimentos endovascula-
res extracardíacos; laboratório de eletrofisiologia;
11
• assistência em traumato-ortopedia;
• procedimentos de neurocirurgia; assistência em otologia; cirurgia de implante 
coclear; cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; cirurgia da 
calota craniana, da face e do sistema estomatognático; procedimentos em 
fissuras lábio palatais; reabilitação protética e funcional das doenças da calo-
ta craniana, da face e do sistema estomatognático;
• procedimentos para a avaliação e tratamento dos transtornos respiratórios 
do sono;
• assistência aos pacientes portadores de queimaduras;
• assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica); ci-
rurgia reprodutiva; genética clínica; terapia nutricional; distrofia muscular pro-
gressiva; osteogênese imperfecta; fibrose cística e reprodução assistida.
Iremos voltar a falar de níveis de complexidade nos próximos módulos.
4. Planejamento – Necessidades de saúde da população como critério de planeja-
mento; Integração dos instrumentos de planejamento; Institucionalização e fortaleci-
mento do sistema de planejamento; Revisão e adoção de um elenco de instrumentos 
de planejamento pelas três esferas de gestão.
Vamos fazer uma reflexão: Ao se levantar, você fez algum planejamento? Acredito que 
sim, por exemplo: Vou tomar café, ler o material de EAD do meu curso e fazer os exer-
cícios. Do mesmo modo acontece com a Saúde, é necessário realizar planejamento 
para executar as necessidades observadas. Agora vou fazer outra pergunta para re-
flexão: Esse planejamento pode mudar? Sim, você pode amanhecer com algum com-
promisso e ter que resolver e acaba não fazendo seus exercícios ou não lendo ma-
terial. Então eu devo planejar, mas esse planejamento se modula de acordo com as 
necessidades, o mesmo acontece na saúde. Eu faço um planejamento para a saúde, 
mas acontece um imprevisto como uma epidemia de uma determinada doença. Esta 
epidemia irá modificar meus planos e terei que reformular as novas necessidades. 
5. Programação Pactuada Integrada – A Programação Pactuada Integrada dá aten-
ção à saúde. Objetiva definir a programação das ações de saúde, em cada território. 
Vamos deixar mais claro para o entendimento. De quem é a responsabilidade da 
Atenção Básica? A responsabilidade é do munícipio e ele tem que ofertar este serviço 
para seus munícipes. O que não acontece com a média e alta complexidade que são 
de responsabilidade do Estado. Vamos exemplificar: Eu, professora de Saúde Coleti-
va EAD, moro na cidade de Recife/PE e preciso de atendimento da Atenção Básica. 
Desloco-me até oMunicípio de Olinda em busca desse serviço. Olinda tem obrigação 
de me atender? Não, Por quê? Por que moro em Recife e este município tem que me 
ofertar este serviço de Atenção Básica. Eu teria que ser atendida em Recife. Agora 
vamos para outro exemplo: Ainda estou residindo em Recife e me dirijo para Olinda no 
qual sofro um acidente de carro e preciso de atendimento de emergência, Olinda ira 
me atender? Sim, porque estou precisando de um serviço de média ou alta comple-
xidade e este é obrigação do Estado juntamente com a União que envia os recursos. 
Entendeu? Cada Território tem suas obrigações e responsabilidade.
12
6. Regulação da Atenção à Saúde e Assistencial – Cada prestador responde ape-
nas a um gestor, considerando:
A descentralização, a municipalização e o comando único;
A complexidade da rede de serviços locais; 
O desenho da rede estadual de assistência; 
A satisfação dos usuários do SUS.
7. Participação e Controle Social – Apoiar Conselhos de Saúde, as Conferências 
de Saúde e os movimentos sociais que atuam no campo da saúde; Estimular a par-
ticipação e avaliação dos cidadãos nos serviços de saúde; Apoiar os processos de 
educação popular em saúde; Apoiar a implantação e implementação de ouvidorias 
nos estados, Distrito Federal e municípios; Apoiar o processo de mobilização social e 
institucional em defesa do SUS e na discussão do Pacto.
É importante a participação de toda população no processo de mudança na Saúde. 
Não adianta ficarmos de braço cruzado apenas criticando, temos que denunciar os 
erros, ligar para as ouvidorias dos estabelecimentos de saúde informando as irregula-
ridades, sair do comodismo do sofá e PARTICIPAR!
8. Gestão do Trabalho – A política de recursos humanos para o SUS é um eixo es-
truturante e deve buscar a valorização dos trabalhadores da Saúde, a redução dos 
conflitos e a humanização das relações de trabalho.
9. Educação em Saúde – Considerar que a proposição das ações para formação e 
desenvolvimento dos profissionais da Saúde deve ser produto de cooperação técnica, 
articulação e diálogo entre as instituições de ensino, de serviços e de controle social, 
podendo contemplar ações no campo da formação e do trabalho.
 
Para complementar a leitura, além do livro texto da disciplina no qual você pode en-
contrar este assunto nas páginas 25-32, você poderá ler o arquivo do link abaixo:
http://www.saude.mppr.mp.br/arquivos/File/volume1.pdf
Finalizamos mais um módulo e acredito que muitas das suas dúvidas foram sanadas 
ao término das leituras. Espero que tenha gostado e compreendido os assuntos. Para 
não perder o costume irei fazer algumas perguntas para reflexão, não precisando en-
viar respostas:
1. Ao ser atendido pelo SUS, você irá pagar alguma conta?
2. Existe seleção para ser atendido pelo Sistema Único de Saúde?
3. Onde está o problema do mau funcionamento do SUS? O problema é apenas 
da união, estado ou município? Ou também somos um pouco responsáveis?
Vou acabar minhas perguntas aqui e espero que o material sirva de base para suas 
conclusões. Encontraremos-nos na próxima unidade. Até breve!

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