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Universidade Federal da Fronteira sul Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Disciplina de História Geral da Arquitetura Professora: Natalia Biscaglia Pereira Acadêmico: Alexander Filipe Bavaresco Resumo: Vila Savoye A Casa da Cascata de Frank Wright e a Vila Savoye de Le Corbusier são muito diferentes. Enquanto a primeira encontra seu dilema em tentar conciliar arquitetura com a paisagem, explorando as rochas e a cachoeira do entorno, a segunda busca irromper do chão, subir acima da terra para construir algo a parte. A arquitetura é filosófica, faz preposições sobre como entender e se relacionar com o mundo, e quando os arquitetos se dão conta disso, deixam suas preposições implícitas nas suas edificações. A inspiração para a criação da Vila Savoye, pode ter vindo da Grécia antiga. Em uma viajem que Le Corbusier fez pela Grécia, e com seu caderno pessoal de desenhos registrou a Acrópole que mostra o Partenon, e o Propileu com o pequeno templo de Nike Apteros. Através dos desenhos que fez temos a impressão de que ele quis registrar a geometria da construção com a irregularidade do local á qual estava inserida. A Vila ergue-se como um “templo” em seu terreno, que mesmo não tendo a mesma vista do Partenon, está circundada por um anel de árvores maduras, é uma forma regular no alto de uma colina, e toda branca para remeter ao mármore utilizado no templo grego. Assim como o Partenon a Vila está em vários níveis. Vai seguindo os níveis que os templos gregos seguiam, para fazer a ligação que Le Corbusier almejava. Em resumo, analisando o corte da casa, ela pode ser interpretada como a ascensão do homem da escuridão para a luz, da vida primitiva a civilização sofisticada. Le Corbusier dizia que dois grandes agentes da arquitetura eram a luz e o tempo. Ele apreciava as contribuições que esses dois traziam as construções. Sobre a luz, citou as casas de Pompeia, as quais eram amantes da luz, e sobre o tempo citou o eixo, que funciona como uma extensão do tempo, funcionando como regulador da arquitetura. A Vila Savoye tem seu eixo impresso na rampa central que liga o térreo com o primeiro pavimento, ao qual todo o tracejado da planta retorna. A característica principal do movimento arquitetônico do qual Le Corbusier protagonizou, o modernismo, foi a rejeição do modo tradicional de se fazer as coisas. Ele não inventava as coisas, não projetava do zero, o dsafio do modernismo era pegar o que tinha e dar outras soluções, mesmo que para isso tivesse de “virar o projeto de ponta cabeça”. “As casas ortodoxas tem piso térreo sólido construído sob alicerces maciços; Le Corbusier se livra do piso térreo. As casas ortodoxas tem janelas pequenas ou verticais, Le Corbusier exige longas janelas horizontais contínuas. As casas ortodoxas tem elevações ordenadas e planta dividida em vários cômodos, Le Corbusier sugere elevações e plantas livres. Isso é o que vem seduzindo os arquitetos, a vontade de modificar as coisas que existem.
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