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ESPÉCIES DE MEDIDA DE SEGURANÇA Como ja visto anteriormente, a medida de segurança é a maneira que o Estado tem de punir, reprovar e previnir a prática do ilícito penal cometido por um inimputável. Disposto no artigo 96 do código penal, as medidas de segurança são dividas em três espécies: I- internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; II- sujeição a tratamento ambulatorial. A primeira espécie, é uma medida de segurança detentiva, pois o agente é privado de sua liberdade ficando assim internado. É válido citar que, a internação só é recomendada aqueles que o convívio com a sociedade e com a família é muito perigoso, sendo considerado os de casos mais graves.( Lei nº 10.216 de 6 de abril de 2001, trata sobre a proteção dos direitos dessas pessoas). A segunda espécie trata dos crimes ''menos graves'', ou seja, de menor potencial lesivo, tanto a sua própria família e a sociedade. O tratamento ambulatorial, não se trata de pena privativa de liberdade. O agente, nos dias determinados pelos médicos, vai até o hospital de custódia e realiza as modalidades terapêuticas a ele preescritas. O autor Rogério Greco, no que trata desse assunto, entende que o Juíz possui (detém) a faculdade de optar pelo melhor tratamento para o agente de acordo com suas condições e gravidade do injusto penal, não importando se o crime é punido com pena de detenção ou reclusão, ''contrariando'' o disposto no artigo 97 do código penal: ''se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art.26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. O artigo 99 do Código Penal dispõe que o: “internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será submetido a tratamento”, impedindo que o internamento ocorra em estabelecimento penal comum. O hospital de custódia e tratamento psiquiátrico “trata-se de um hospital-presídio, destinado a tratamento e, paralelamente, à custódia do internado”. De acordo com a redação da Exposição de Motivos da Lei de Execução Penal: “Relativamente ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico não existe a previsão da cela individual, já que a estrutura e as divisões de tal unidade estão na dependência de planificação especializada, dirigida segundo os padrões da medicina psiquiátrica. Estabelecem-se, entretanto, as garantias mínimas de salubridade do ambiente e área física de cada aposento.”[8] Portanto, o nosso código penal dispõe que para os crimes previstos no ordenamento jurídico com reclusão e cometidos por pessoas portadoras de doenças/transtornos mentais, no momento de aplicação da pena, o sentenciado deve ser direcionado para o hospital de custódia e tratamento psiquiátrico aplicando-se a medida detentiva ou a internação.
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