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Atividade contextualizada Andragogia e educação profissional Uninassau

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MARIA DE FÁTIMA GADELHA ANDRADE
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA – ANDRAGOGIA E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
O trabalho com os Jovens e Adultos visa contribuir para a mudança de pensamento social em relação às pessoas não alfabetizadas, incluindo-os na sociedade com práticas educativas peculiares. Um dos principais passos para o trabalho com Educação de Jovens e Adultos é a valorização do conhecimento prévio e o reconhecimento dos alunos como portadores de cultura e saberes. São pessoas que estão voltando para a escola, muitas vezes, em busca da educação que o mercado exige. Chegam cansados depois de um dia de trabalho, têm pouco tempo para se dedicar aos estudos, mas chegam também com muitas histórias e vivências.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, a educação de jovens e adultos tem o papel de atender aos interesses e às necessidades de indivíduos que já tinham uma determinada experiência de vida e participam do mundo do trabalho. No entanto, necessitam de uma formação bastante diferenciada das crianças e adolescentes aos quais se destina o ensino regular. Por isso, a educação de jovens e adultos é também compreendida como educação contínua e permanente. A Constituição de 1988, em seu art. 208, inciso I, garante o acesso ao ensino fundamental gratuito, inclusive àqueles que a ele não tiveram acesso na idade própria. Esse dispositivo constitucional determina, portanto, o dever do Estado de promover a educação de jovens e adultos.
De acordo com as Diretrizes, a EJA não se limita à sala de aula, mas desenvolve ações em diversos movimentos sociais, como, por exemplo, nos sindicatos, associações de bairro, comunidades etc, com o intuito de permitir a compreensão da vida moderna e o posicionamento crítico dos educandos frente à sua realidade. As práticas pedagógicas da EJA não devem reproduzir o ensino regular, de maneira inadequada e facilitadora, mas, conforme Gadotti e Romão (2001, p. 123), orientar-se “na perspectiva epistemológica que toma o jovem e o adulto como construtores de conhecimento, interagindo com a natureza e o mundo social, tendo como ponto fundamental o respeito à cultura dos sujeitos.”
Paulo Freire (1921-1997) representa um dos maiores e mais significantes educadores do século XX. Sua pedagogia mostra um novo caminho para a relação entre educadores e educandos. Caminho este que consolida uma proposta político-pedagógica elegendo educador e educando como sujeitos do processo de construção do conhecimento mediatizados pelo mundo, visando à transformação social e construção de uma sociedade justa, democrática e igualitária. A proposta de Paulo Freire baseia-se na realidade do educando, levando em conta suas experiências, suas opiniões e sua história de vida. Educador e educando devem caminhar juntos, interagindo durante todo o processo de alfabetização. Seu objetivo maior era a alfabetização visando à libertação, e para ele essa libertação não se dá somente no campo cognitivo, mas deve acontecer, essencialmente, nos campos social, cultural e político. Freire postula sobre a dialogicidade como prática da liberdade, em que o diálogo não é apenas uma relação entre duas pessoas, é o encontro dos homens, mediatizados pelo mundo. Por isso, para o autor, não há diálogo sem amor ao mundo e aos homens. 
Os conteúdos administrados devem ser o mais claro e assimiláveis possíveis, lembrando-se que ensinar o educando não é transmitir conhecimento, e sim criar as possibilidades para sua produção ou construção do conhecimento, pois quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Paulo Freire (1987) propõe que seja trabalhada a conscientização como forma de resgatar as pessoas da condição de vida que se encontram, isso implicaria numa transformação total da teoria e prática, que é abordado a necessidade da conscientização com objetivo de libertar os oprimidos da violenta opressão a que estão submetidos conduzindo para um viver generosamente autêntico, crítico. Os novos conteúdos devem ser significativos, cientificamente bem construídos, ter funcionalidade, considerando-se as capacidades dos alunos, suas possibilidades cognitivas e afetivas. Tais conteúdos devem ser ressignificados, resgatando-se sua importância no processo de ensino e aprendizagem, entendendo-se como saberes culturais: conceitos, explicações, habilidades, linguagens, fatos, valores, crenças, sentimentos, atitudes, interesses, condutas, raciocínios etc., para o desenvolvimento do educando e sua formação integral. Ressignificar os conteúdos pressupõe entender o que o educando deve saber, o que deve fazer e como deve ser.
REFERÊNCIAS
http://www.abed.org.br/hotsite/20-ciaed/pt/anais/pdf/46.pdf
http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos10/402_ArtigoAndragogia.pdf

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