barra funda urbanização

Prévia do material em texto

Urbanização barra funda 
A barra funda, era muito frequentada por moradores de casarões antigos e funcionários das fabricas, o morador e barbeiro Milton Greggio, de 64 anos, de sua porta na Lopes Chaves, mesma rua onde o escritor Mario de Andrade viveu, ele com o passar do tempo foi notando as transformações do tempo, principalmente de acordo cm aqueles que se assentavam nas cadeiras de seu salão, ele mesmo diz " Antes só vinham meus contemporâneos, moradores dos casarões antigos e funcionários das fábricas, hoje a clientela é mais jovem, com rapazes tatuados que gostam de longas costeletas, cabelos modernos e barbas esquisitas", para ele isso foi um marco grande de que seu bairro estava sofrendo mudanças.
Este bairro possui uma área de 5,6Km² entre a Marginal Tietê e os bairros de Perdizes, Lapa, Pompeia, Campos Elíseos e Bom Retiro, a Barra Funda recebeu suas primeiras edificações no fim do século XIX. A mesma ferrovia que trouxe o desenvolvimento urbano para o bairro da Lapa foi quem trouxe a urbanização para Barra Funda, com as Indústrias Matarazzo, o que atraiu diversos imigrantes italianos para a área, que se acomodaram em vilas operarias e sobrados estreitos, parte desses são conservados até os dias atuais, porém o bairro sofreu uma desvalorização pouco depois dos anos 70, época em que foi construído o Minhocão, mas a área que mais foi afetada foi a Imobiliária da região. Mesmo com esse pequeno regresso à urbanização, a situação voltou a mudar por volta de 18 anos depois, com a implantação de um terminal de trem, metrô e ônibus urbanos, intermunicipais e interestaduais, por dia em média passa 500.000 pessoas por ali, essa fartura com transporte público pode ser contada como um ponto positivo, principalmente em questão ao transito, outro fator que contribuiu com o desenvolvimento deste bairro foi a sua localização, que se situa numa região que faz a ligação das zonas Oeste e Leste, graças a essa facilidade de acesso entre zonas galpões e sobrados antigos sofreram uma transformação e se tornaram ateliês e estúdios, o que é semelhante ao de bairros nova Iorquinos como Soho e Chelsea, "Barra Funda nasceu residencial e após isso se tornou centro industrial, e ao passar dos anos volta a atrair moradores", diz um corretor da imobiliária Ricardo Gomes e como passar dos anos o preço do m² valorizou-se mais de 35%.
Uma lei criada em 1995, a operação urbana consorciada Agua Branca(OUCAB),com projeto urbano que prevê novas intervenções que vão além de obras viárias, todos os recursos arrecadados com a venda de CEPACS sem nenhuma restrição, mas esse projeto não e apenas voltado para a Barra Funda, ele foi expandido para mais alguns bairros , porém os recursos nas demais áreas só poderão ser investidos em habitação e obras de mobilidade. As intervenções que estão em prioridades é o investimento no patrimônio histórico e cultural, mobilidade urbana, ampliando o sistema de transporte coletivo e dando preferência aos modos não poluentes e corredores para os ônibus transitarem com maior facilidade.
Desde 2003, várias casas noturnas, galerias e lojas, e também centros culturais como o museu da América Latina e o Teatro de São Pedro foram instalados com a OUCAB, assim como também diversos projetos de prédios residenciais que foram e ainda estão sendo construídos.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/regiao-da-barra-funda-valorizada/
observasp.wordpress.com/2015/07/21/inovações-e-desafios-da-operação-urbana-agua-branca/#more-1010
Problemas ambientais
O crescimento desordenado da barra funda trouxe diversas consequências, o bairro da barra funda não possui infraestrutura suficiente para suportar tantas pessoas, não possui tantas áreas verdes e a impermeabilização do solo e os encanamento de rios, acabam sendo mais pretextos para que aconteçam enchentes, mesmo com o projeto OUCAB o bairro permanece sofrendo com engarrafamentos, por conta do grande fluxo de pessoas, esse bairro ser localizado numa área que liga a zona oeste a zona leste é bom para o comercio mas para locomoção se torna um problema, boa parte dos planos que foram impostos pela OUCAB foram abandonados e o das enchentes foi um deles por maior que fosse a sua importância, o governo acabou desistindo da construção do piscinão na avenida Francisco Matarazzo e pediu um novo estudo por quase 5 milhões de reais.
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-crescimento-desordenado-da-barra-funda