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Resumo da classificação de maloclusões (Salvo Automaticamente)

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Resumo da classificação de maloclusões:
Segundo Strang(1957), a oclusão dentária normal pode ser definida como um complexo estrutural constituído, fundamentalmente, pelos dentes e maxilares, caracterizado por uma relação normal dos chamados planos inclinados oclusais dos dentes que se acham situados, individualmente e em conjunto, em harmonia arquitetônica com seus ossos basais e com a anatomia cranial, que apresentam pontos de contatos proximais e posições axiais corretas, e se acompanham com crescimento, desenvolvimento, posições e correlações normais de todos os tecidos e estruturas circundantes. Logo, maloclusão é toda quebra da harmonização entre as duas arcadas.
Com essa falta da organização harmônica, há uma posição errada dos dentes que acaba fazendo com que os mesmos percam sua funcionalidade, sendo assim a mastigação do indivíduo que apresentar tal problema será deficiente, além de promoverem uma estética e fonética alterada, podendo influenciar na maneira das pessoas interagirem com outras.
As maloclusões podem ser subdivididas em classes segundo Angle, E. H. (Classification of Malocclusion: Dental Cosmos, p. 248-264, 1899):
Classe I: 
Posição relativa das arcadas dentárias é normal mesio-distalmente, tendo os primeiros molares geralmente em oclusão normal, porém um ou mais dentes podem estar ocluindo na lingual ou na vestibular;
Maloclusão dos dentes anteriores (incisivos centrais e laterais e caninos) tanto da arcada superior quanto a inferior.
Classe II: 
Posição relativa mésio-distais das arcadas dentárias são anormais;
Todos os dentes inferiores ocluindo nas distais normalmente, assim há uma promoção do desarranjo muito marcante na região incisiva e nas linhas faces;
1ª divisão: 
Protrusão dos incisivos superiores que apresentam uma inclinação axial em direção ao lábio, formato da arcada em forma de “V”;
Geralmente está associada com funções musculares anormais, respiração bucal ou hábitos de sucção de dedo ou língua.
2ª divisão: 
Incisivos superiores estão com inclinação axial vertical ou lingual;
Geralmente o arco superior apresenta-se achatado na região anterior, devido à inclinação lingual excessiva dos incisivos centrais superiores;
Sobre mordida vertical excessiva;
Arco inferior apresenta frequentemente curva de Spee exagerada;
Funções musculares e respiratórias são normais.
Dentárias x Esqueléticas: 
A maioria das maloclusões Classe II são causadas por uma discrepância ou deformidade esquelética;
Sob as condições da Classe II, os molares superiores se moveram para rente mais do que o normal durante o desenvolvimento dentário, enquanto os molares inferiores permaneceram em uma posição mais posterior em relação aos superiores;
As causas das maloclusões dentárias Classe II de podem ser: protrusão dentária superior ou mesialização dos primeiros molares superiores permanentes;
Já as maloclusões esqueléticas Classe II estão associadas ao tamanho, ou má formação em relação à posição;
As maloclusões Classe II do tipo esquelética podem ser classificadas entre deficiência mandibular e prognatismo maxilar;
Deficiência mandibular (ou retrognatismo, ou micrognatismo mandibular) os pacientes que apresentam falta de crescimento da mandíbula, sendo visto clinicamente a falta de mento (queixo);
Prognatismo mandibular (ou mandíbula de Habsburgo ou mandíbula da Áustria) é um excesso do crescimento mandibular que está associado à genética, o oposto da deficiência mandibular, clinicamente há excesso do mento.
Classe III:
As relações mesiodistais entre os arcos são anormais;
A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui distalmente ao sulco disto-vestibular do primeiro molar inferior;
Os incisivos podem apresentar, ou não, mordida cruzada, com as faces vestibulares dos incisivos superiores fazendo contato com as faces linguais dos incisivos inferiores;
Os incisivos e os caninos inferiores encontram-se com excessiva inclinação lingual;
Geralmente, a arcada superior está atresiada.
Além da classificação de Angle, também podemos seguir a divisão de Lischer (Moyers, 1991), que envolve a adição do sufixo “-vesão” à palavra indicadora da direção para a qual o dente está sofrendo o desvio da posição normal, é usada, principalmente, para classificar os dentes individualmente, na qual a influência a oclusão com má formação do processo alveolar e sem deformação óssea (má formação da maxila e/ou mandíbula), a terapia ortodôntica usualmente é bem efetiva nessas maloclusões. As classificações de Lischer podem ser:
Mesioversão – mesialmente posicionado à posição normal do elemento dentário.
Distoversão – distal à posição normal.
Linguoversão – lingual à posição normal.
Vestibuloversão (ou labioversão) – em direção ao lábio ou à bochecha, ou seja, em direção à vestibular.
Infraversão – aquém à linha de oclusão.
Supraversão – além da linha de oclusão.
Axiversão – inclinação axial incorreta.
Giroversão (ou torsiversão) – rotação sobre seu longo eixo.
Transversão (ou transposição) – alteração da ordem normal dos dentes no arco.
Contamos também com a Classificação de Simon, descrita por Moyers (1991) e Martins & Ferreira (1996), para nos auxiliar. O sistema conta com três planos antropológicos baseados em pontos craniométricos, sendo eles: Frankfurt, o orbital e o sagital médio.
Plano orbital (relação ântero-posterior): é quando o arco dental, ou parte dele, fica mais anteriorizado que o normal, em relação ao plano orbital, afirma-se que está em protrusão, e no caso de estar mais posteriorizado, diz-se que está em retração.
Plano sagital médio (relação médio-laterais): o arco dental, ou uma secção dele, se encontra bem mais próximo que o normal, quando esse evento ocorre é chamado de contração, e quando o oposto ocorre, é denominado de distração.
Plano de Frankfurt (relações verticais): o arco dental, ou segmento do mesmo, encontra-se mais perto do que o normal do plano de Frankfurt, é chamado de atração, e quando o arco dental, ou parte dele, encontra distante do plano de Frankfurt, é chamado de abstração.
O sistema de Lischer possui grande importância clínica, já que orienta os dentes ou arcos dentais em relação ao esqueleto craniofacial, dando uma visão tridimensional da maloclusão. A classificação das más posições dos grupos de dentes, Robert Moyers (1991):
Variações verticais dos grupos de dentes:
Sobremordida profunda: é quando há sobreposição vertical excessiva dos incisivos;
Mordida aberta: há ausência localizada de oclusão, mais frequente na parta anterior da boca.
Variações transversais dos grupos de dentes:
Mordida cruzada: é quando as cúspides bucais de alguns dos dentes maxilares posteriores ocluem com a lingual com as cúspides bucais dos dentes inferiores. Podendo ser subdividido em mordida cruzada lingual (um ou mais dentes superiores estão em mordida cruzada, na direção da linha média) e mordida cruzada bucal (cúspides linguais dos dentes posteriores superiores ocluírem completamente e vestibularmente com as cúspides bucais dos dentes inferiores).
Classificação das más oclusões segundo as suas origens etiológicas, Robert Moyers (1991): dental, esquelética ou muscular.
De origem dentária: alterações nos dentes e osso alveolar, segundo Moyers, aqui se incluem as más posições dentárias individuais e as anomalias de forma, tamanho e número de dentes.
De origem esquelética: problemas de crescimento, tamanho, forma ou proporções anormais de qualquer um dos ossos do complexo craniofacial.
De origem muscular: toso os problemas de mau funcionamento da musculatura dentofacial.

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