Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Aula 01: Estados Uma entidade para poder ser qualificada como sendo um Estado, deve preencher certos requisitos/condições: Elementos constituintes de um Estado: opinião majoritária: hoje, os elementos constituintes de um Estado podem ser encontrados no arrolamento promovido pelo art. 1º da Convenção de Montevidéu sobre os Direitos e Deveres dos Estados (1933) → Resek NÃO!!!!!!! ●ostentar uma população permanente; ●território definido; ●ter um governo (próprio e efetivo); ●independência ou soberania (Convenção de Montevidéu/1933) → capacidade do Estado de manter relações com outros Estados. TERRITÓRIO DEFINIDO: o controle de um território está na essência do conceito de estado (entidade territorialmente organizada); é uma área geográfica controlada pelo Estado e que é separada de outras áreas geográficas por “limites” (boundary). O controle de um território é vital para o Direito Internacional, porque ele é a base da noção de soberania territorial que estabelece duas coisas: ●noção de soberania territorial: estabelece a competência exclusiva dos Estados para tomarem medidas jurídicas em seu território → uso da força. ●essa noção proíbe os governos de outros Estados de exercerem sua autoridade no território de outros países. ●princípio da igualdade soberana; ●a extensão do território NÃO é relevante; hoje, mesmo os Estados com território bastante exíguo são reconhecidos como tal; ●o território de um Estado abrange mais do que apenas a massa terrestre: espaço aéreo sobrejacente e subsolo; se esse Estado for costeiro, até 12 milhas náuticas (mar territorial). ●território definido ≠ limites definidos → não se exige certeza absoluta sobre onde passam os limites de um Estado. Dois requisitos: 1.Deve haver uma comunidade política efetiva/estável estabelecida sobre esse território; 2. Essa comunidade política deve controlar o núcleo suficiente do território (consistent land). POPULAÇÃO PERMANENTE: está intimamente ligado ao elemento território definido e juntos eles formam a base física da existência de um Estado. População permanente não pode ser nômade; pelo menos, a maioria da população de um Estado deve estar estabelecida sobre seu território. Ex: Saara Ocidental, maior parte da população é nômade → população ≠ povo. Observação: população é a reunião do elemento humano que habita o território. Observação: não há mínimo para a população do Estado, mesmo sendo bastante exígua. GOVERNO EFETIVO: noção weberiana de Estado. Aquele governo que tivesse o monopólio do uso legítimo da força física. Povo Subjetivo Objetivo Grupo de pessoas que deseja viver em conjunto. Grupo de pessoas que compartilha de uma mesma herança racial, cultural e linguística. 2 ●O governo de um Estado é a autoridade central que deve possuir controle efetivo sobre o estabelecimento e a manutenção de uma ordem jurídica internacional autônoma sobre uma comunidade humana em um território. ●Todavia, de todos os elementos constituintes de um Estado, o único que temporariamente pode estar ausente, sem que isso afete a existência de Estado, é o elemento governo efetivo. ●Revoltas internas, ocupação estrangeira que impossibilite que o governo mantenha o poder (na II GM → Áustria, Dinamarca, Holanda). Em tais situações, embora o Estado não mais exista enquanto realidade de fato, ele continuará a existir enquanto realidade jurídica (também, por exemplo, os Estados falidos: Haiti e Somália). ●A existência de um Estado enquanto realidade puramente jurídica é promovida pelo Direito internacional para que se possa garantir o respeito ao princípio da autodeterminação dos povos. A extinção de um Estado deve decorrer da vontade de sua população (state building → reconstituir as instituições estatais). INDEPENDENCIA/SOBERANIA: capacidade para agir autonomamente na condução das suas relações internacionais → soberania exterior. ●É pacífico nesse diapasão, que o governo de um Estado deve ser distinto e independente do governo de outros Estados → independência política? Econômica? Cultural? ●”Independência jurídica”: traduz a liberdade jurídica de um Estado para exercer todas as suas capacidades internacionais. Se houver qualquer óbice, seja no Direito Interno, seja no Direito Internacional, que impeça a entidade de exercer livremente as capacidades internacionais de um Estado, podemos afirmar que essa entidade não é um Estado, não é um país.
Compartilhar