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Apostila Empreendedorismo

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Notas de aula da disciplina 
 
 
 
EMPREENDEDORISMO 
 
GE53B 
 
 
 
Profª Gilda Maria Souza Friedlaender, Drª 
 
Segundo semestre / 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O objetivo desta “Notas de Aula” é complementar a 
bibliografia sugerida na ementa da disciplina, contribuindo para o 
aluno perceber os diferentes conceitos, visões de autores das 
mais diferentes profissões, através de dissertações, teses, 
artigos, materiais didáticos de vários cursos e instituições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA 
FEDERAL DO PARANÁ 
Campus Curitiba 
 
 
PLANO DE ENSINO 
CURSO Radiologia MATRIZ 
FUNDAMENTAÇÃO 
LEGAL 
Reconhecido pelo COEPP que aprovou a matriz curricular e, se 
houver, resoluções posteriores relativas à disciplina/unidade 
curricular) - SA 
 
DISCIPLINA/UNIDADE 
CURRICULAR 
CÓDIGO PERÍODO 
 
CARGA HORÁRIA (aulas) 
EMPREENDEDORISMO GE 53B T81 
AT AP APS AD APCC Total 
30 5 35 
AT: Atividades Teóricas, AP: Atividades Práticas, APS: Atividades Práticas 
Supervisionadas, AD: Atividades a Distância, APCC: Atividades Práticas como 
Componente Curricular. 
PRÉ-REQUISITO NA 
EQUIVALÊNCIA (código da(s) disciplina(s)) - SA 
OBJETIVOS 
Propiciar ao aluno técnicas administrativas que o habilitem como empreendedor no 
mercado de trabalho. 
 
EMENTA 
Histórico, conceitos e características do empreendedor. Empreendedor na Organização 
– intraempreendedor. Inovação e criatividade. Plano de Negócio. Conceitos de custos, 
marketing, mercado. Proposta de projeto empreendedor (desenvolvimento do Plano de 
negócio). 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
ITEM EMENTA CONTEÚDO 
1 
Diferentes definições sobre 
Empreendedorismo. 
 
Histórico e conceitos de empreendedor 
Característica do empreendedor 
 
2 
A Importância do empreendedor 
na organização. 
Intraempreendedorismo 
A empresa e o macroambiente / Globalização, 
tecnologia, inovação, trabalho e Educação. 
Panorama sobre Empreendedorismo na 
atualidade 
3 Motivação e criatividade. 
Conceitos de Motivação e criatividade 
Papel da Comunicação para as organizações 
4 Criatividade aplicada a Inovação Conceitos e aplicações 
5 Plano de Negócio 
Conceito 
Planejamento 
Custos 
Marketing / Pesquisa de Mercado 
Desenvolvimento de projeto conforme PN 
 
PROFESSORA TURMA 
Gilda Maria Souza Friedlaender, Drª T81 
 
 
 
ANO/SEMESTRE CARGA HORÁRIA (aulas) 
2014/2 
AT AP APS AD APCC Total 
34 5 39 
AT: Atividades Teóricas, AP: Atividades Práticas, APS: Atividades Práticas 
Supervisionadas, AD: Atividades a Distância, APCC: Atividades Práticas como 
Componente Curricular. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 BARON, R. A.; SHANE, S.A., Empreendedorismo - Uma visão do processo. 
São Paulo, Thomson Learning, 2007 
 CHIAVENATO, I. Administração de empresas: uma abordagem 
contingencial. 3ª ed, São Paulo, Editora Makron Books, 1994. 
 CHIAVENATO, I. Empreendedorismo - Dando asas ao espírito 
empreendedor. São Paulo, Editora Saraiva, 2004 
 DEGEN, Ronald Jean; MELLO, Álvaro Augusto. O Empreendedor: 
fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo. McGraw-Hill, 1989 
 DOLABELA, F. C., Oficina do empreendedor. Cultura Editores Associados, 
São Paulo, 1999 
 DORNELLAS, J.C.A. Empreendedorismo: transformando idéias em 
negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001 
 DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): 
Práticas e princípios. São Paulo: Pioneira, 1991 
 FROES, C. Empreendedorismo e estratégia. Rio de Janeiro: Quality-mark, 
2002. 
 HASHIMOTO, M. Espírito Empreendedor nas organizações. São Paulo, 
Editora Saraiva, 2006. 
 LEONE, G.S.G. Custos: planejamento, implantação e controle. 2.ed. São 
Paulo: Atlas, 1989. 
 
 
 
 MARCONDES, R.C.; BERNARDES, Criando Empresas para o Sucesso - 
Empreendedorismo na Prática. 3ª ed., São Paulo, Editora Saraiva, 2004. 
 
 MATTAR, F.N. Pesquisa de marketing. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1994. v.1. 
 MAXIMIANO, Antonio Cezar Amaru. Administração para empreendedores: 
fundamentos da criação e da gestão de novos negócios. São Paulo: 
Pearson-Prentice Hall, 2006. 
 HARVARD BUSINESS REVIEW. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 
 PINCHOTT III, G. Intrapreneuring: por que você não precisa deixar a 
empresa para tornar-se um empreendedor. São Paulo: Harbra, 1985. 
 RABELATTO, D. Projeto de Investimento. São Paulo: Manole, 2004. 
 SILVA, Christian Luiz da. Microeconomia aplicada: entendendo e 
desenvolvendo os pequenos grandes negócios. Curitiba: Juruá, 2007. 
 SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: 
Fundo de Cultura, 1961. 
 WATSON, L. (Org.). Trajetórias de grandes líderes: carreira e vida de 
pessoas que fizeram à diferença. São Paulo: Negócio Editora, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"De tudo ficaram três coisas: a certeza de que 
estamos começando, a certeza de que é preciso 
continuar e a certeza de que podemos ser 
interrompidos antes de terminar. Fazer da interrupção 
um caminho novo, fazer da queda um passo de 
dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, 
da procura um encontro". 
 (Fernando Sabino). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
 
Empreendedorismo 
Intraempreendedor 
Motivação 
Plano de Negócio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empreendedorismo 
 
 
 
 
 
O Comportamento Humano 
 
O comportamento humano é afetado por aspectos psicológicos, biológicos, 
sociológicos, antropológicos, econômicos e políticos. Assim, percebe-se a natureza 
complexa do comportamento humano, que deve sempre ser avaliado de acordo 
com a situação. 
De acordo com a teoria hierárquica de Abraham Maslow, as necessidades 
do indivíduo são fisiológicas, segurança, social, estima e auto realização 
(MASLOW, 2003). 
É através do comportamento que a pessoa dá respostas a situações, 
procurando satisfazer suas necessidades. 
O processo comportamental começa com a ocorrência de um evento e 
conclui com uma ação. 
O comportamento humano é alvo de diversas teorias da psicologia, tais 
como o comportamentalismo (behaviorismo), a gestalt terapia, a psicologia 
humanista, a psicologia cognitiva e a psicanálise (LONGEN, 1997). 
O comportamentalismo dedica-se ao estudo do comportamento em relação 
ao meio ambiente; é uma abordagem que vê o comportamento como reações 
observáveis de forma direta, utilizando métodos científicos para o estudo dos 
fenômenos psicológicos. 
A gestalt terapia é uma tendência teórica coerente e coesa da história 
da psicologia; seus articuladores preocuparam-se em construir não só uma teoria 
consistente, mas bases metodológicas fortes, que garantisse a consistência 
teórica (LONGEN,1997). 
A psicanálise, criada por Freud, procura encontrar a origem de qualquer 
sintoma ou comportamento, ou seja, integrar conteúdos do inconsciente com o 
consciente. Freud afirma que o inconsciente tem papel preponderante no 
comportamento da pessoa, dizendo ainda que o indivíduo é dominado por 
processos mentais inconscientes, por desejos, medos, conflitos e fantasias 
(ESTEVAN, 1986). 
 
 
Porém, todas as correntes da psicologia têm características que formam o 
perfil do ser humano, baseando-se em necessidades, conhecimentos, habilidades 
e valores. 
Existem várias teorias abordando as diferentes linhas diretivas para o 
estudo da personalidade, entre elas a teoria psicodinâmica tem fundamental 
importânciana compreensão da conduta humana (D´ANDREA, 2000). 
As pessoas, mesmo sem conhecer os fundamentos desta teoria, procuram 
ter uma atitude psicodinâmica quando tratam com seus semelhantes. Ou seja, 
quando alguém tenta compreender o comportamento de outrem, em determinada 
situação, procura descobrir a motivação de suas atitudes e opiniões, sentimentos e 
crenças; resumindo, procura relacionar a conduta com impulsos, emoções, 
pensamentos e percepções que a determinam e atua no mesmo modo na previsão 
de novos comportamentos (D´ANDREA, 2000). 
 
 “Todas as atividades psíquicas manifestam-se com 
diversos graus de intensidade, assim, pode-se estar 
pouco ou muito motivado para a obtenção de 
determinados fins, pode-se realizar um maior ou 
menor esforço para vencer obstáculos, pode-se 
sentir mais ou menos intensamente amor, ódio, 
alegria ou tristeza e assim por diante.” (D´ANDREA, 
2000, p. 15). 
 
Esta variação de intensidade pode tentar ser explicada pela existência de 
diferentes cargas de energia que são absorvidas pelo indivíduo de maneiras 
diferentes. 
Sabe-se que o desenvolvimento da personalidade depende da superação 
de obstáculos, enfrentar dificuldades de cada etapa. O sucesso na superação de 
cada obstáculo proverá a pessoa de mais confiança, independência e integridade. 
Todo indivíduo percebe o mundo sob vários aspectos, fazendo com que 
permita à pessoa uma percepção mais diversificada das várias situações 
 
 
ambientais. O ser humano pode exercitar e desenvolver a capacidade de 
observação, compreensão e entendimento de todas as coisas, pessoas e 
acontecimentos presente no dia-dia. 
 
 
A Inteligência e o conhecimento 
 
“Antigamente o pensamento lógico e abstrato estava 
diretamente relacionado à matemática. O dom para a 
matéria, assim como para a música, é uma capacidade 
que não se identifica nem com a lógica, nem com a 
inteligência, mas apenas a usa como filosofia e a 
ciência” (JUNG, 1972, p. 146). 
 
A inteligência é algo difícil de mensurar; temos inteligências diversificadas 
e umas mais evidenciadas do que outras. Nossa cultura, porém, valoriza demais a 
inteligência lógico-matemática e ser inteligente, geralmente, está associado a um 
desempenho muito bom em áreas ligadas a este tipo de inteligência. Porém, o fato 
de não se ter habilidades em uma determinada área não significa que não seja 
inteligente. 
O interesse em pesquisar sobre a inteligência gerou diferentes concepções 
acerca da sua origem e do seu desenvolvimento nos indivíduos e diferentes 
investidas no sentido de defini-la. Para alguns estudiosos, a inteligência estaria 
determinada por fatores genéticos, hereditários, que uma vez estabelecidos 
poderiam ser pouco modificados pelas interferências do meio no qual o indivíduo 
vive. Para outros pesquisadores, ela dependeria fortemente do meio social para 
desenvolver-se. 
Parece, porém, cada vez mais evidente, que aquilo que chamamos 
inteligência é, antes de tudo, a capacidade que a inteligência tem de criar-se a si 
própria, capacidade que não pode ser ignorada friamente porque não se dá de 
 
 
modo simples e nem apenas como resultados genéticos ou individuais, mas 
constitui uma história cheia de intrigas e com muitos personagens. 
Gardner (1985) demonstrou que as demais faculdades também são 
produto de processos mentais e que não há motivo para diferenciá-las do que 
geralmente se considera inteligência. Desta forma, ampliou o conceito de 
inteligência, que em sua opinião pode ser definida como "a capacidade de resolver 
problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou 
comunitário". 
A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Gardner (1985), é uma alternativa 
para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que 
permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer área de 
atuação. 
Nessa teoria é proposto que as habilidades humanas não são organizadas 
de forma horizontal; ela propõe que se pense nessas habilidades como organizadas 
verticalmente, e que, ao invés de haver uma faculdade mental geral, como a 
memória, talvez existam formas independentes de percepção, memória e 
aprendizado, em cada área ou domínio, com possíveis semelhanças entre as 
áreas, mas não necessariamente uma relação direta. 
Gardner identificou as inteligências linguística, lógico-matemática, espacial, 
musical, sinestésica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competências 
intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos 
próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõem de processos 
cognitivos próprios. Segundo ele, os seres humanos dispõem de graus variados de 
cada uma das inteligências e maneiras diferentes com que elas se combinam e 
organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas 
e criar produtos. Ressalta-se que, embora estas inteligências sejam, até certo 
ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. 
Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos 
as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. 
Em sua teoria, Gardner propõe que todos os indivíduos, em princípio, têm 
a habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligências. 
Todas as pessoas possuem, como parte de sua bagagem genética, certas 
 
 
habilidades básicas em todas as inteligências, que são influenciadas tanto por 
fatores genéticos e neurobiológicos quanto por condições ambientais. Cada uma 
destas inteligências tem sua forma própria de pensamento, ou de processamento 
de informações. 
A noção de cultura é básica para a Teoria das Inteligências Múltiplas. Com 
a sua definição de inteligência como a habilidade para resolver problemas ou criar 
produtos que são significativos em um ou mais ambientes culturais, Gardner sugere 
que alguns talentos só se desenvolvem porque são valorizados pelo ambiente. Ele 
afirma que cada cultura valoriza certos talentos, que devem ser dominados por uma 
quantidade de pessoas e, depois, passados para a geração seguinte. 
“As implicações da teoria de Gardner para a educação 
são claras quando se analisa a importância dada às 
diversas formas de pensamento, aos estágios de 
desenvolvimento das várias inteligências e à relação 
existente entre estes estágios, a aquisição de 
conhecimento e a cultura” (GAMA, 2003). 
 
No que se refere à educação centrada no aluno, Gardner levanta dois 
pontos importantes que sugerem a necessidade da individualização. 
 
“O primeiro diz respeito ao fato de que, se os indivíduos 
têm perfis cognitivos tão diferentes uns dos outros, as 
escolas deveriam, ao invés de oferecer uma educação 
padronizada, tentar garantir que cada um recebesse a 
educação que favorecesse o seu potencial individual. O 
segundo ponto levantado por Gardner é igualmente 
importante: enquanto na Idade Média um indivíduo 
podia pretender tomar posse de todo o saber universal, 
hoje em dia essa tarefa é totalmente impossível, sendo 
mesmo bastante difícil o domínio de um só campo do 
saber” (GAMA, 2003). 
 
 
 
Assim, se há a necessidade de se limitar a ênfase e a variedade de 
conteúdo, que essa limitação seja da escolha de cada um, favorecendo o perfil 
intelectual individual. 
Quanto ao ambiente educacional, Gardner chama a atenção para o fato de 
que, embora as escolas declarem que preparam seus alunos para a vida, a vida 
certamente não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos. Ele propõe que as 
escolas favoreçam o conhecimento de diversas disciplinas básicas; que encorajem 
seus alunos a utilizaresse conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas 
que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem; e que 
favoreçam o desenvolvimento de combinações intelectuais individuais, a partir da 
avaliação regular do potencial de cada um. 
As implicações sociais e educacionais que uma teoria como essa traz são 
muito ricas, pois estão relacionadas com a formação de um novo cidadão: mais 
feliz mais competente, com maior capacidade de trabalhar em grupo, mais 
equilibrado emocionalmente. Isso nos leva a considerar a relação entre uma nova 
concepção de inteligência e as exigências sociais. 
A importância do educador nessa ocasião em que a verdade do ensino não 
é realmente o que o professor ensina, mas sim como ele age verdadeiramente, 
estimulando o desenvolvimento do potencial intelectual do aluno (JUNG, 1972). 
Todo professor deveria se fazer sempre a pergunta: “eu procuro me realizar 
em mim mesmo e em minha vida, da melhor maneira possível e de acordo com 
minha consciência, em tudo o que ensino?” (Jung, 1972). Pode-se considerar que 
a educação pressupõe a educação de si mesmo. 
As emoções facilitam as decisões e guiam nossa conduta, porém ao 
mesmo tempo necessitam serem guiadas. 
Há dois tipos de conhecimento — racional e emocional — conectados entre 
si. A mente racional domina a coerência e a reflexão. A mente emocional está 
presente quando se sabe que algo é verdade mesmo sem que o racional admita o 
fato. Na maior parte das vezes as duas mentes atuam harmoniosamente, mas pode 
ocorrer que a emocional envolva a racional. 
O ser humano constrói seu próprio conhecimento do mundo em que vive; 
ele procura instrumentos que auxiliem a compreender suas próprias experiências. 
 
 
Cada indivíduo percebe o mundo agregando novas experiências a partir do que 
havia compreendido (BROOKS e BROOKS, 1997). 
Baseado nas teorias de Michel Polanyi (que desenvolveu a teoria do 
conhecimento tácito no final da década de 1940, início da de 50), Sveiby (1998) 
acredita que o conhecimento possui quatro características: 
 Conhecimento é tácito – não pode ser descrito por meio 
de palavras, ou seja, sempre se sabe mais do que se pode 
expressar. O conhecimento prático é – em grande parte – 
tácito. 
 Conhecimento orientado para ação – constantemente 
geram-se novos conhecimentos por meio de impressões 
sensoriais que se recebe, substituindo os antigos. Essa 
qualidade de conhecimento é dinâmica e é refletida nos 
verbos aprender, esquecer, lembrar e compreender. É uma 
habilidade pessoal inalienável e intransferível, cada pessoa 
constrói seu próprio conhecimento. 
 Conhecimento sustentado por regras – está baseado em 
regras que não mudam facilmente; são elas que sustentam 
o processo do saber, mas também o restringem. São as 
regras que permitem agir com rapidez e eficácia sem ter 
que parar e pensar no que se está fazendo. Assim, a maior 
dificuldade não está em persuadir as pessoas a aceitar 
novas idéias, mas em abandonar as antigas. 
 Conhecimento em constante mutação – novos 
conhecimentos sempre adquirem nuances dos 
conhecimentos que já se possui. Normalmente, sabe-se 
mais do que se expressa, ou seja, o resultado, o que foi 
articulado e formalizado é menos do que aquilo que se 
sabe de modo tácito. 
 
 
 
A mente emocional é muito mais rápida que a mente racional, o que 
significa uma ação antes de qualquer reflexão analítica, característica da mente 
pensante, a racional. As ações que surgem da mente emocional possuem um 
grande senso de certeza, que pode parecer intrigante à mente racional. O rápido 
modo de percepção pode sacrificar a precisão pela rapidez, pois se baseia nas 
primeiras impressões. 
“A mente emocional é nosso radar para o perigo; se nós (ou nossos 
antepassados na evolução) esperássemos que a mente racional fizesse alguns 
julgamentos, poderíamos não apenas estar errados – mas mortos” (GOLEMAN, 
1995, p. 308). O que não impede que esses julgamentos podem estar errados em 
algumas ocasiões. 
A lógica da mente emocional é associativa, relaciona elementos que 
significam uma realidade ou provocam um disparo de uma lembrança, como se 
fosse a própria realidade. 
 
 
 
 
Histórico do Empreendedor 
 
O que significa o termo empreendedorismo? 
É uma livre tradução que se faz da palavra entrepreneurship. Designa uma 
área de grande abrangência e trata de outros temas além da criação de empresas: 
 geração do auto emprego (trabalhador autônomo); 
 empreendedorismo comunitário (como as comunidades 
empreendem); 
 intraempreendedorismo (o empregado empreendedor); 
 políticas públicas (políticas governamentais para o setor); 
As realizações do indivíduo são constituídas por ações empreendedoras 
de pessoas com capacidade de agir para tornar seus sonhos em realidade. Os 
empreendedores têm a capacidade de combinar recursos para a realização de 
obras que visam a melhoria de uma comunidade. 
Os homens primitivos quando descobriram como trabalhar com o barro e 
fabricaram os primeiros utensílios de cerâmica, a ação empreendedora do homem 
possibilitou intervir, transformar e dominar o meio ambiente, criando, inovando, 
avançando sempre na busca de novos patamares de produção, de melhores níveis 
de qualidade de vida. 
Foi essa ação que fez a humanidade crescer, descobrir sempre algo novo. 
A sociedade atual precisa muito mais de pessoas empreendedoras para continuar 
fazendo descobertas para satisfazer as necessidades da comunidade. 
O empreendedorismo é um processo que se percebe em vários ambientes 
empresariais, provocando mudanças por inovações. 
O termo empreendedorismo teve sua origem na França, no início do século 
XVI, designando os homens envolvidos na coordenação de operações militares. 
Mais tarde, por volta de 1700, o termo começou a ser utilizado naquele país para 
as pessoas que se associavam com proprietários de terras e trabalhadores 
assalariados. Contudo, este termo era também usado nessa época para denominar 
 
 
outros aventureiros tais como construtores de pontes, empreiteiros de estradas ou 
arquitetos (TONELLI, 1997). 
Em 1743, Smith (apud LONGEN, 1997) caracterizou o empreendedor como 
um proprietário capitalista, um fornecedor de capital e, ao mesmo tempo, um 
administrador que se interpõe entre o trabalhador e o consumidor. Esse conceito 
refletia uma tendência, de sua época, em se considerar o empreendedor como 
alguém que visava somente produzir dinheiro. 
Richard Cantillon (1755) demonstrava a preocupação com a economia, 
com a criação de novos empreendimentos e gerenciamento de negócios. Cantillon 
tinha uma noção de empreendedor que se assemelha às de muitos autores 
contemporâneos. Ele definia o empreendedor como um inovador e como alguém 
que assume risco, ou seja, alguém que além de lidar com a inovação também 
investia seu próprio recurso, correndo riscos (BRINGHENTI et al, 1999). Cantillon 
possuía certo dom visionário em detectar, adivinhar, identificar elementos que já 
eram lucrativos e os que poderiam vir a ser. Ele mesmo, então, já possuía tino para: 
busca de oportunidades de negócios, preocupação com gerenciamento inteligente, 
obtenção de rendimentos otimizados para o capital investido. Na sua visão os 
empreendedores eram oportunistas que corriam riscos visando lucro. 
Em torno de 1803 Jean Batist Say no livro “Tratado de Economia Política” 
definiu o empreendedor como o responsável por reunir todos os fatores de 
produção e descobrir no valor dos produtos a reorganização de todo capital que ele 
emprega. O mesmo autor apresentou alguns requisitos necessários para ser 
empreendedor, tais como: julgamento, perseverançae um conhecimento sobre o 
mundo, assim como sobre os negócios. Deveria também, segundo ele, possuir a 
arte da superintendência e da administração (DEAKINS apud TONELLI, 1997). 
Somente em 1934, com a publicação da obra “Teoria do Desenvolvimento 
Econômico” de Schumpeter, é que a conotação de empreendedor adquiriu um novo 
significado, sendo associado à inovação. Segundo ele, a essência do 
empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas 
oportunidades no âmbito dos negócios tradicionais, constantemente criando novos 
produtos, novos métodos de produção e novos mercados, sobrepondo-os aos 
 
 
antigos métodos menos eficientes e mais caros. A partir desta visão, outros autores 
perceberam a necessidade de inovação e também fazem essa associação. 
 
 
O Empreendedorismo no tempo 
 
Várias foram as transformações percebidas em curto período de tempo, 
principalmente no século XX, em que foram criadas invenções que revolucionaram 
o estilo de vida das pessoas. Essas invenções foram frutos de inovações, de algo 
inédito ou de novas formas de utilizar coisas já existentes. Por trás dessas 
invenções, existem grupos de pessoas que buscam fazer acontecer, ou seja, os 
empreendedores. 
As considerações acima são o ponto de partida dos pesquisadores para o 
estudo das condições que levam o empreendedor ao sucesso. O ensino e 
discussão sobre empreendedorismo tem se intensificado nos últimos anos 
principalmente devido ao rápido avanço tecnológico, que requer um número cada 
vez maior de empreendedores. É através desse entendimento que é possível 
ensinar-se a alguém a ser empreendedor. Por isso, o estudo do perfil de 
empreendedores é tema central das pesquisas e tem sido de grande valia para a 
educação na área. Os empreendedores podem ser voluntários (que têm motivação 
para empreender) ou involuntários (que são forçados a empreender por motivos 
alheios à sua vontade: desempregados, imigrantes etc.). 
O avanço tecnológico aliado com a sofisticação da economia e dos meios 
de produção e serviços cria necessidade de formalização de conhecimentos que 
anteriormente bastavam os obtidos de forma empírica. Esses fatores nos levam 
ao que é chamado atualmente de “A era do Empreendedorismo”, pois são os 
empreendedores que estão atualmente criando novas relações de trabalho, novos 
empregos, quebrando antigos paradigmas e gerando riqueza para a sociedade. 
Dada sua importância para o desenvolvimento da economia, o 
empreendedorismo tem sido centro de políticas públicas em diversos países. 
 
 
Atualmente as atividades profissionais estão ligadas às particularidades 
locais, porém, as soluções podem surgir de qualquer local. 
O crescente aumento da produtividade interfere no nível de emprego, 
provocando uma situação em que pessoas com alta qualificação, graduadas e 
qualificadas permanecem desocupadas ou insatisfeitas com suas atividades. Os 
empregos atuais exigem pessoas com capacidade intelectual e maiores condições 
de senso crítico para tomada de decisões nos momentos certos. 
 
Conceitos de empreendedor 
 
Ao longo do tempo, alguns conceitos administrativos predominaram, em 
virtudes de contextos sócio-políticos, culturais, desenvolvimento tecnológico, 
desenvolvimento e consolidação do capitalismo, entre outros. 
O papel do empreendedor pode ser definido sob vários aspectos. Para os 
economistas, é aquele que providencia recursos, trabalho; que introduz inovações. 
Para os psicólogos, é uma pessoa dirigida por objetivos muito claros, como a 
necessidade de experimentar, realizar, alcançar seus ideais. 
Os economistas viam os empreendedores como detectores de 
oportunidades de negócios, criadores de empreendimentos e aqueles que correm 
riscos. Uma das críticas aos economistas é que os mesmos não foram capazes de 
criar uma ciência do comportamento dos empreendedores. 
Com o passar do tempo, a dificuldade dos economistas em aceitar, dentro 
da ciência econômica, modelos que não fossem quantitativos, fizeram com que 
outros ramos da ciência como: sociologia, psicologia, administração e outras, se 
inseriram no contexto com o intuito de estudar o empreendedor. 
Não há um consenso do significado da palavra empreendedor, 
considerando que, essa definição tem mudado de acordo com a época, o país, o 
autor e o contexto do universo de estudo. 
David McClelland (1961) desenvolveu uma teoria a respeito dos 
empreendedores baseado em um estudo realizado em 34 países, no qual foram 
 
 
ident if icadas as seguintes característ icas em um empreendedor bem 
sucedido: 
 iniciativa e busca de oportunidades; 
 perseverança; 
 comprometimento; 
 busca de qualidade e eficiência; 
 fixação de metas e objetivos; 
 busca de informações; 
 planejamento e monitoração sistemáticos; 
 capacidade de persuasão e de estabelecer redes de contatos; 
 independência autonomia e autocontrole; 
 vontade de trabalhar duro; 
 ter orgulho do que faz; 
 ser auto propulsionador; 
 assumir responsabilidades e desafios; 
 tomar decisões. 
 
Segundo McClelland apud Fillion 1998, "um empreendedor é alguém que 
exerce controle sobre uma produção que não seja só para o seu consumo pessoal". 
Após McClelland, com o objetivo de definir o que são empreendedores e 
quais suas características, os comportamentalistas praticamente dominaram por 20 
anos (1960 a 1980) o campo do empreendedorismo. 
Kirzner (1973) afirma que o empreendedor é aquele que cria equilíbrio, 
encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, 
ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. 
Para Marshall (1985) o empreendedor é alguém que se aventura e assume 
riscos, que reúne capital e o trabalho requerido para o negócio e supervisiona seus 
 
 
mínimos detalhes, caracterizando-se pela convivência com o risco, a inovação e a 
gerência do negócio. 
Para Drucker (1987), os empreendedores são eminentemente pessoas que 
inovam. Sentencia que a inovação é o instrumento específico dos empreendedores, 
o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um 
negócio ou serviço diferente. “Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É 
uma prática”. 
Segundo Demac (1990), o empreendedor tende a ser um indivíduo 
independente e autônomo. Sente a necessidade de ser seu próprio patrão, porque 
é difícil submeter-se a modelos e procedimentos rígidos; tem certa aversão à 
estrutura hierárquica. Experimenta uma grande necessidade de se realizar, isto é, 
de afirmar-se, de vencer os obstáculos, de romper o círculo da rotina, de alcançar 
objetivos com seu próprio esforço. Por este motivo, pode se dedicar por conta 
própria a resolver um problema. 
Para Fillion (1991) o empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela 
capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém um alto nível de 
consciência do ambiente em que vive usando-a para detectar oportunidades de 
negócios. 
Na visão de Amit (1993), os empreendedores podem ser definidos como 
indivíduos que inovam, identificam e criam oportunidades de negócios, montam e 
coordenam novas combinações de recursos, a fim de extrair os melhores benefícios 
de suas inovações. 
Baty (1994), apresenta uma evolução da concepção de empreendedor 
perante a sociedade: nos anos 80, o empreendedor ainda era considerado como 
uma pessoa desajustada, um lunático atrás de benefícios. Hoje, ele é visto como 
alguém que fez uma escolha de carreira, tanto nas universidades como na 
sociedade como um todo. 
Para Gerber (1996), empreendedor é o inovador, o grande estrategista, o 
criador de novos métodos para penetrar ou criar novos mercados; é a 
personalidade criativa;sempre lidando melhor com o desconhecido, perscrutando 
o futuro, transformando possibilidades em probabilidades e caos em harmonia. 
Para Barreto (1998), o empreendedor é quem tem a habilidade de criar e constituir 
 
 
algo a partir de muito pouco ou do quase nada. Fundamentalmente, o empreender 
é um ato criativo; é a concentração de energia no iniciar e continuar um 
empreendimento; é o desenvolver de uma organização em oposição a observá-la, 
analisá-la ou descrevê-la. Mas é também a sensibilidade individual para perceber 
uma oportunidade quando outros enxergam caos, contradição e confusão. É o 
possuir de competências para descobrir e controlar recursos aplicando-os da forma 
produtiva. 
De acordo com Marins Filho (1999), em um estudo realizado nos EUA 
foram definidas cinco características básicas para um empreendedor obter sucesso 
em seu negócio. Estas características são: 
1. alto grau de energia: deve-se ter comprometimento e habilidade para 
conseguir que as coisas sejam feitas; persistência, para fazer as coisas 
até o seu final; energia física e mental, iniciativa e vigor e muita força de 
vontade para levar um projeto ou um sonho até o fim; 
2. pensar como empreendedor: para ter sucesso o empresário deve 
inovar através de ideias e caminhos; pensar ou explorar soluções não-
ortodoxas; e usar a razão em termos práticos, teóricos e abstratos; 
3. talento no relacionamento com as pessoas: envolve a vontade e 
disposição da pessoa em trabalhar com outras pessoas, aceitar 
comentários e sorrir de situações mesmo quando as coisas vão mal. 
Esta parece ser a principal característica, diz o estudo; 
4. habilidade em comunicação: envolve a habilidade de falar de forma 
clara, sem rodeios, sem rebuscamentos e a habilidade de ouvir 
realmente, escutar as pessoas, absorver e entender o que elas dizem. 
Escrever de forma clara e concisa e ter a capacidade de transmitir 
confiança para as pessoas com quem se comunica; 
5. conhecimento técnico: curiosamente a última da lista. Envolve a 
capacidade do executivo de obter e trabalhar as informações sobre o 
que faz, sobre o que vem acontecendo em seu campo de atuação, 
sobre prováveis mudanças nele e de preparar-se para elas. Isto requer 
vontade, estudo e dedicação. 
Dornelas (2001) afirma que “O Empreendedor é aquele que assume as 
 
 
funções, os papéis e as atividades do administrador de forma complementar a 
ponto de saber utiliza-los no momento adequado para atingir seus objetivos.” 
 
“Os Empreendedores são heróis populares do mundo 
dos negócios. Fornecem empregos, introduzem 
inovações e incentivam o crescimento econômico. Não 
são simplesmente provedores de mercadorias ou de 
serviços, mas fontes de energia que assumem riscos 
inerentes em uma economia em mudança, 
transformação e crescimento.” (Chiavenato, 2004) 
 
Resumindo, o empreendedor sente necessidade de se realizar, de vencer 
obstáculos, romper rotinas, definir e alcançar seus objetivos, quebrar paradigmas. 
O empreendedor continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades e a 
tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação. 
O objetivo do empreendedor é o sucesso; possui controle de sua vida e de 
seu negócio com uma visão holística do mesmo; é independente, toma suas 
decisões de acordo com a sua vontade e visão dos fatos. Ele também é flexível 
para se adaptar às repentinas mudanças da comunidade, da sociedade e do 
mercado, aprendendo com suas próprias experiências. 
Embora nos estudos e pesquisas relacionados com o empreendedor hajam 
muitas diferenças e disparidades a respeito das exatas definições, pode-se 
perceber que há entre os estudiosos o consenso de que o empreendedor é 
distinguido das outras pessoas pela maneira como ele percebe a mudança e lida 
com as oportunidades. 
O quadro a seguir apresenta conceitos de empreendedor conforme década 
e autor. 
 
 
 
DATA 
 
AUTOR 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
1848 
Mill Tolerância ao risco 
 
1917 
Weber Origem da autoridade formal 
 
1934 
Schumpeter Inovação, iniciativa 
 
1954 
Sutton Busca de responsabilidade 
 
1959 
Hartman Busca de autoridade formal 
 
1961 
McClelland Corredor de risco e necessidade de realização 
 
1963 
Davids 
 Ambição, desejo de independência, responsabilidade e 
auto confiança. 
 
1964 
Pickle 
 Relacionamento humano, habilidade de comunicação, 
conhecimento técnico. 
 
1971 
Palmer Avaliador de riscos 
1971 
Hornaday e 
Aboud 
 Necessidade de realização, autonomia, agressão, poder, 
reconhecimento, inovação, independência. 
 
1973 
Winter Necessidade de poder 
 
1974 
Borland Controle interno 
 
1974 
Liles Necessidade de realização 
 
1977 
Gasse Orientado por valores pessoais 
 
1978 
Timmons 
 Auto confiança, orientado por metas, corredor de riscos 
moderados, centro de controle, criatividade, inovação 
 
1980 
Sexton Energético, ambicioso, revés positivo 
 
1981 
Welsh e White 
 Necessidade de controle, visador de responsabilidade, 
auto confiança, corredor de riscos moderados 
 
1982 
Dunkelberg e 
Cooper 
 Orientado ao crescimento, profissionalização e 
independência. 
Fonte: Differentianting Entrepreneurs from Small Bussiness Owners: a 
conceptualization. Academy Mangement Review, n. 2, p.356, 1984 (adaptado por 
Bringhenti) 
 
 
O empreendedor pode ser estudado sob diferentes enfoques e por uma 
variedade de áreas de conhecimento como a psicologia, sociologia, pedagogia, 
economia, administração e outros. 
Especialistas da área comportamental, analisando as formas de pensar, as 
atitudes e comportamentos que diferenciam os empreendedores, estabelecem 
suas habilidades e competências. 
Assim como todo o ser humano pode ser considerado como possuidor de 
quatro características que definem sua personalidade, no empreendedor se 
sobressaem algumas dessas características: (PINCHOT, 1985; TONELLI, 1997; 
MIRANDA, 1997; FRIEDLAENDEDR et al, 2000). 
 necessidade - é a busca incessante por satisfação, para 
realizar seu sonho; 
 valores - é a visão que o empreendedor tem do mundo; 
 conhecimento - é a visualização do sonho, a intuição; 
 habilidade - é a facilidade que o empreendedor tem de 
desenvolver todo o projeto. 
 
Necessidades 
 
Estudos sobre empreendedorismo levaram à elaboração de uma descrição 
das necessidades do empreendedor que são um déficit ou a manifestação de um 
desequilíbrio interno do indivíduo. Elas podem ser satisfeitas, frustradas 
(permanecer no organismo) ou compensadas (transferidas para outro objeto). A 
necessidade surge quando se rompe o estado de equilíbrio do organismo, 
causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. 
Destaca-se como necessidades dos empreendedores: 
 Aprovação: conquistar uma posição na sociedade, ser 
respeitado pelos amigos, aumentar o status e o prestígio da 
família, conquistar algo que lhe dará respeito e 
reconhecimento. 
 
 
 Independência: impor seu próprio enfoque no trabalho, obter 
grande flexibilidade em sua vida profissional e familiar, ter 
liberdade para criar e expressar suas ideias. 
 Desenvolvimento pessoal: ser inovador e estar à frente do 
desenvolvimento tecnológico, transformar idéias em produtos 
ou serviços e permanecer num estado de contínuo 
aprendizado. 
 Segurança: sentir-se seguro em relação a fatores como 
desemprego, falta de recursos para levar uma vida digna e 
falta de condições para desenvolver seus potenciais. 
 Auto-realização: obter realização pessoal. 
 
 
Conhecimentos 
 
Representa aquilo que as pessoassabem a respeito de si mesmas e sobre 
o ambiente que as rodeia. O conhecimento é profundamente influenciado pelo 
ambiente físico e social, pela estrutura e processos fisiológicos e pelas 
necessidades e experiências anteriores de cada ser humano. 
O conhecimento do empreendedor está inserido em: 
 Aspectos técnicos relacionados com o negócio: procurar 
saber todas as minúcias que envolvem o processo de 
produção. 
 Experiência na área comercial: procurar ter sempre as 
atenções voltadas no sentido de satisfazer as necessidades 
dos clientes, seja adaptando ou inovando. 
 Escolaridade: conhecimentos que se adquirem com o sistema 
formal de ensino. 
 Experiência em empresas: obter experiência em outras 
empresas, a fim de obter um conhecimento prévio de alguns 
setores ou funções de sua futura empresa. 
 Formação complementar: aquisição de novos conhecimentos 
ou atualização dos que já possui. 
 
 
 Vivência com situações novas: a experiência adquirida com 
situações diferentes oferece maior capacidade de êxito. 
 
 
Habilidades 
 
Habilidade é a facilidade que se tem de utilizar as capacidades físicas e 
intelectuais. Manifesta-se através de ações executadas a partir do conhecimento 
que o indivíduo possui, por já ter vivido situações similares. À medida que se pratica 
ou se enfrenta repetidamente uma determinada situação, a resposta que a pessoa 
emite vai se incorporando ao seu sistema cognitivo. 
Dentre as principais habilidades, destacam-se: 
 Identificação de novas oportunidades: criatividade e 
capacidade para identificar uma nova oportunidade ou 
necessidade (“faro”). 
 Valoração de oportunidades e pensamento criativo: mostrar 
aos outros o quão importante é uma determinada ideia. 
 Comunicação persuasiva: ser entusiástico ao falar aos outros 
sobre suas ideias e, principalmente, fazer com que 
concordem. 
 Negociação: saber convencer as pessoas a respeito de suas 
intenções. 
 Aquisição de informações: saber como o mercado e os 
clientes estão se comportando e a melhor maneira de atendê-
los. 
 Resolução de problemas: adaptar ou inovar a partir de uma 
ideia principal a fim de que os erros sejam corrigidos. 
 
 Valores 
 
Os valores são um conjunto de crenças, preferências, aversões, 
predisposições internas e julgamentos que caracterizam a visão de mundo do 
indivíduo. São básicos no estabelecimento dos aspectos culturais, que acabam 
 
 
contribuindo para o desenvolvimento das características do indivíduo. Apresentam-
se hierarquicamente diferenciados de indivíduo para indivíduo, em cuja hierarquia 
há valores prioritários em relação aos demais. Segundo o autor, os valores 
manifestam-se nas atitudes e comportamentos dos indivíduos expressando as 
virtudes e defeitos que os caracterizam. 
Dentre os valores, destacam-se os seguintes: 
 Existenciais: referem-se à vida em todos os aspectos, 
dimensões e níveis: saúde, alimentação, etc. Por serem os 
mais abrangentes, constituem-se num dos principais 
referenciais na constituição da visão de mundo das pessoas. 
 Estéticos: são os valores ligados à sensibilidade, desde os 
sensoriais (relacionados aos cinco sentidos) até a arte mais 
requintada e suas múltiplas formas de expressão. 
 Intelectuais: são os valores associados ao intelecto do 
indivíduo, que é o instrumento privilegiado da pessoa na 
conquista do saber. 
 Morais: estão relacionados com a moralidade, sendo um 
conjunto de doutrinas, princípios, normas e padrões 
orientadores do procedimento humano, implicando retidão de 
caráter e honestidade. 
 Religiosos: são os valores ligados a atitudes religiosas, da 
necessidade que o homem tem de manifestar seus mais 
profundos sentimentos religiosos. 
 
 
Para que servem tais conceitos, definições? 
 
As definições e conceitos acima descritos são o ponto de partida dos 
pesquisadores para o estudo das condições que levam o empreendedor ao 
sucesso. É através desse entendimento que é possível ensinar-se a alguém a ser 
empreendedor. Por isso, o estudo do perfil de empreendedores é o tema central 
das pesquisas e tem sido de grande valia para a educação na área. Os 
 
 
empreendedores podem ser voluntários (que têm motivação para empreender) ou 
involuntários (que são forçados a empreender por motivos alheios à sua vontade: 
desempregados, imigrantes etc.). 
O empreendedor deve buscar as oportunidades, ter iniciativa, ser 
persistente, ser comprometido com seu projeto, ser exigente, saber que enfrentará 
riscos, estabelecer e procurar cumprir metas, buscar informações e saber como 
utilizá-las, saber usar a arte da comunicação e persuasão, ser independente e 
autoconfiante. 
 
 
Processo empreendedor 
 
O ato de empreender está relacionado à identificação, análise e 
implementação de oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a 
criação de valor. Isto pode ocorrer através da criação de novas empresas, mas 
também ocorre em empresas já estabelecidas, organizações com enfoque social, 
entidades governamentais, etc. 
O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um 
negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. 
Os aspectos referentes ao empreendedor, são encontrados em qualquer 
definição de empreendedorismo: 
 iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; 
 utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o 
ambiente social e econômico onde vive; 
 aceita assumir riscos e a possibilidade de fracassar. 
 
Quando se fala em inovação, a semente do processo empreendedor, 
remete-se naturalmente ao termo de inovação tecnológica como o principal 
diferencial do desenvolvimento econômico global. 
 
 
Assim, quanto mais empreendedores uma sociedade tiver e quanto maior 
for o valor dado a eles, maior será a quantidade de jovens que tenderão a imitá-los, 
incutindo na cultura da sociedade o espírito, as características peculiares do 
empreendedor. 
 
 
 
Figura 1 - Principais traços de comportamento empreendedor 
Fonte: MAXIMIANO, Antônio C. A. Administração para empreendedores: 
fundamentos da criação e da gestão de novos negócios. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2009, 3ª edição. 
 
 Os “solucionadores”, em grande parte, serão aqueles buscadores de 
oportunidades, aqueles que destroem e constroem de maneira diferente, inovadora 
e criativa (esses quesitos são os mesmos já observados há décadas passadas). 
A produtividade do profissional típico crescerá imensamente, através de 
seus sistemas informatizados de apoio em rede mundial. 
O que se tem confirmado é que as culturas, as necessidades e os hábitos 
de uma região determinam os comportamentos. Assim, os empreendedores locais 
geralmente refletem a cultura de suas comunidades. 
No ambiente globalizado, da infoera, ocorrerá uma razão de mudança e 
todas as informações e novidades estarão disponíveis quase que 
instantaneamente e em âmbito mundial. 
 
 
O aumento de produtividade fatalmente afetará o nível de emprego, como 
já está afetando, gerando uma grande massa de pessoas altamente instruídas, 
graduadas e qualificadas, porém desocupadas e certamente insatisfeitas. 
Novos empregos gerados exigirão pessoas de maior nível intelectual e 
maior discernimento para que possam tomar as decisões no instante adequado. 
Esta é a diferença entre o empreendedor do passado e do presente. 
Dele se espera todas características possíveis elencadas por economistas, 
engenheiros, comportamentalistas, etc., associadas à velocidade de pensamento e 
ação que a sociedade atual exige. 
Atualmente pode-se observar que as organizações estão substituindoo 
título de gerente por líder de equipe, facilitador, empreendedor ou 
intraempreendedor. 
 
 
 
Identificando um empreendedor 
Fernando Dolabela* 
 
Um indivíduo torna dinâmico o seu potencial empreendedor através da 
representação que faz da realidade e das relações que acredita poder estabelecer 
com o mundo. Todos nascemos empreendedores, mas é preciso libertar o 
empreendedor que existe dentro de nós, aprisionado por obstáculos culturais. 
Um empreendedor se conhece pela ação. Após sonhar e deixar-se dominar 
pela emoção do seu sonho, o empreendedor mergulha no mundo, no mundo como 
ele vê, em busca de oportunidade para transformar o seu sonho em realidade. A 
primeira ação do empreendedor diz respeito à identificação de oportunidades. Ao 
identificar uma oportunidade congruente com o seu ego, o empreendedor mostra a 
sua cara. Ao transforma-la em realidade, o empreendedor se faz. 
Identificar oportunidades é a primeira competência do empreendedor. Ao 
contrário do que se pensa, a oportunidade não cai nas cabeças das pessoas, como 
um presente dos céus. Identificá-la é um trabalho que exige sensibilidade, energia, 
pesquisa, testes, possível somente para quem conhece profundamente o setor em 
que vai atuar. 
A oportunidade é uma forma de olhar. Ela está dentro das pessoas e não 
fora delas. 
Por que, em nossa cultura, o desenvolvimento da capacidade de identificar 
oportunidades não faz parte do aprendizado formal? 
A criação de oportunidades é vista como uma tarefa dos responsáveis 
pelas macro políticas, principalmente as econômicas, materializadas através da 
criação de condições que levem ao aumento da capacidade produtiva, gerando-se 
oportunidades de trabalho, emprego e negócios. A dinâmica do modelo baseado 
no emprego baseia-se em transformar oportunidades de negócios identificadas e 
aproveitadas por poucos (empreendedores) em empregos para muitos. A demanda 
principal é por competência técnica, responsabilidade a cargo do sistema 
educacional. Neste paradigma produtivo, habilidades lógicas e conhecimentos 
técnicos são requisitos para os melhores empregos. Elites procuram as 
 
 
universidades, o pessoal do chão de fábrica tentar se qualificar através dos cursos 
profissionalizantes. O saber técnico, além de instrumento de produção, tem a 
função de gerar e preservar posições sociais. No passado, por várias razões, os 
mundos da produção e da educação no Brasil mantiveram uma relação cliente-
fornecedor baseada exclusivamente na formação de técnicos. Não de tecnologia, 
mesmo porque essa geralmente vinha de fora, muitas vezes com restrições. 
Na divisão de tarefas daquele mundo fortemente estruturado, o 
conhecimento não era necessariamente comprometido com a sua aplicação para 
geração de valor para a sociedade. Segregados, colocados frequentemente em 
campos opostos, conhecimento e prática empresarial eram operados por atores de 
difícil diálogo que se isolavam nos respectivos âmbitos de sua atuação e 
hegemonia. 
No passado, conhecimentos e negócios, academia e empresa eram 
culturalmente mantidos à distância. Nesse mundo a identificação de oportunidades 
de negócios não precisava ser tema da educação. 
Em consequência, um personagem com papel crucial foi mantido fora do 
palco educacional. O seu script: transformar conhecimentos em riqueza ou em valor 
para a sociedade. O seu know-how: identificar oportunidades e transformá-las em 
empreendimento de sucesso. O seu nome: empreendedor, o protagonista dos 
novos tempos. Este é o perfil do trabalhador moderno. 
A industrialização aproveitou a dicotomia entre razão e emoção proposta 
em outras esferas e a estendeu magistralmente ao chão de fábrica, encampando 
ideologicamente a ruptura entre emoção e trabalho, como se isto fosse possível. A 
relação predominantemente técnica entre a produção e o ser humano, definiu, no 
passado, a estratégia educacional de geração de competências para a economia, 
que funcionou bem enquanto o modelo teve fôlego. As universidades 
preocupavam-se (e ainda, errando de século, persistem) em formar competência 
técnica em condições de ser absorvida pelo "mercado empregador", este sim, 
responsável pela identificação de oportunidades. 
Isto talvez explique os motivos pelos quais a capacidade de identificar 
oportunidades não faça parte nossa educação formal básica, nem nos processos 
 
 
educacionais informais, a cargo da família e dos grupos sociais, respeitadas a 
exceções estatisticamente registradas. 
Explica também porque a habilidade empreendedora em uma sociedade 
cuja preparação profissional é dirigida para o emprego seja vista como dom de uma 
minoria, quando, de fato, é uma competência que pode ser desenvolvida como 
outra qualquer. 
O que mudou? Na era da economia do conhecimento, somos obrigados a 
entender que a emoção não se dissocia da vida e por isto nada acontece à sua 
revelia, muito menos o trabalho. Por que? Porque quando o homem é feito máquina, 
a emoção é estorvo. Mas quando é chamado a atuar enquanto ser humano, 
utilizando a sua criatividade, rebeldia e inteligência, principais insumos produtivos 
da nossa era, o coração volta a ser essencial. 
 
 
Fernando Dolabela é consultor e educador na área de empreendedorismo, autor 
dos livros O Segredo de Luísa e Pedagogia Empreendedora e de vários programas 
educacionais no Brasil. Homepage: www.dolabela.com.br. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intraempreendedor 
 
 
Empreendedor na organização – o intraempreendedor 
 
O empreendedor inserido numa organização é denominado 
intraempreendedor. 
Macrae (1976) escreveu na revista “The economist” “... as corporações 
dinâmicas do futuro deveriam estar buscando modelos alternativos de competição 
com elas próprias”. Em 1982, revendo suas palavras, sugeriu que as empresas não 
deveriam, mais pagar seus funcionários pela freqüência ao trabalho e sim pelo 
trabalho realizado: pela produção. 
Aproveitando essas palavras, Gifford e Elizabeth Pinchott desenvolveram 
seus conceitos de empreendedor interno da empresa: o intraempreendedor. 
Pinchott (1985) considera o intraempreendedorismo como a possibilidade 
que os empregados possuem de empreender dentro de suas próprias empresas 
onde trabalham. Ou seja, “intraempreendedores são todos os sonhadores que 
realizam”. 
Para Guilhon e Rocha (1999) o intraempreendedorismo pode ocorrer em 
função do mercado em que a empresa se insere, ou decorrente de algum plano 
econômico, estratégico voltado para a inovação. O intraempreendedor tem a 
necessidade de estar comprometido com o projeto, que foi idealizado por ele. 
O intraempreendedorismo torna-se necessário diante da constatação de 
que é possível, e importante, haver empreendedores dentro das organizações para 
que ocorra o desenvolvimento das mesmas. A idéia consiste em combinar as 
vantagens do uso das estruturas e recursos de uma organização com as 
características de independência e criatividade de um projeto. 
Emanuel Leite, apud Uriarte, (2000) afirma que “não se deveria gastar tempo 
nem dinheiro com discussões sobre o fim dos empregos, e sim com a formação de 
XXI empreendedores, pessoas capazes de criar seus próprios empregos. O 
empreendedor enfrenta o desafio de ser o próprio criador de seu posto de trabalho, 
sendo a resposta ao emprego para toda a vida”. 
 
 
 
 
Texto referente aos intraempreendedores, parte da dissertação de 
mestrado de Luiz Ricardo Uriarte, “Identificação do Perfil 
Intraempreendedor”, do Programa de Pós Graduação em Engenharia 
de Produção – PPGEP – da Universidade Federal de Santa Catarina– 
UFSC, no ano de 2000. 
 
 
 
2.2.7 Intraempreendedores 
Diversos autores, como Bruce (1976) já mencionado, têm uma classificação 
menos rígida, incluindo como empreendedores empregados de empresas que são, 
às vezes, denominados intraempreendedores. 
O termo intraempreendedor (tradução do Inglês - intrapreneur) foi cunhado 
por Gifford Pinchot (1989) para designar o “empreendedor interno”. São aqueles 
que, a partir de uma ideia, e recebendo a liberdade, incentivo e recursos da 
empresa onde trabalham, dedicam-se entusiasticamente em transformá-la em um 
produto de sucesso. Não é necessário deixar a empresa onde trabalha, como faria 
o empreendedor, para vivenciar as emoções, riscos e gratificações de uma ideia 
transformada em realidade. 
Deve-se, atualmente, apoiar pessoas com ideias inovadoras e iniciativa 
(empreendedores e intraempreendedores), porque elas são agentes de 
mudança e esperança para o futuro. A experiência mostra que as empresas bem-
sucedidas são aquelas que iniciaram mudanças em tecnologia, marketing ou 
organização e conseguiram manter uma liderança em mudanças em relação aos 
concorrentes. 
Portanto, os empreendedores são necessários não somente para iniciar 
novos empreendimentos em pequena escala, mas também para dar vida às 
empresas existentes, em especial as grandes. 
A inovação quase nunca ocorre em uma corporação sem que haja um 
indivíduo ou um pequeno grupo apaixonadamente dedicado a fazê-la acontecer. 
 
 
O problema é que os empreendedores e as grandes empresas não parecem 
se dar bem juntos, embora devessem necessitar um do outro. O empreendedor, 
muitas vezes, necessita dos recursos de uma grande empresa para testar suas 
ideias. Porém, gosta de ser seu próprio patrão e a organização de uma grande 
empresa costuma dar pouco espaço para a independência. 
A solução para esse problema de relações pode estar no surgimento dessa 
nova classe de empreendedores, os intraempreendedores. 
Além do fato do empreendedor ser um indivíduo que abre um negócio 
próprio, entra no mercado como empresário e criador de empregos e o 
intraempreendedor ser um empreendedor trabalhando para alguém, existem 
apenas tênues diferenças entre eles, quando existem. 
“O intraempreendedorismo é um sistema revolucionário para 
acelerar as inovações dentro de grandes empresas, através 
de um uso melhor dos seus talentos empreendedores. Os 
intraempreendedores são os integradores que combinam os 
talentos dos técnicos e dos elementos de marketing, 
estabelecendo novos produtos, processos e serviços”. 
(Pinchot III, 1989). 
Os intraempreendedores são todos os “sonhadores que realizam”; aqueles 
que assumem a responsabilidade pela criação de inovações de qualquer espécie 
dentro de uma organização. O intraempreendedor pode ser o criador ou o inventor, 
mas é sempre o sonhador que concebe como transformar uma ideia em uma 
realidade lucrativa (Pinchot III, 1989). 
 
2.2.8 Mandamentos do Intraempreendedor 
 
Os 10 mandamentos do intraempreendedor (Pinchot III, 1989): 
 Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido 
 Evite quaisquer ordens que visem interromper seu sonho 
 
 
 Execute qualquer tarefa necessária a fazer seu projeto funcionar, 
a despeito de sua descrição de cargo 
 Encontre pessoas para ajudá-lo 
 Siga sua intuição a respeito das pessoas que escolher e trabalhe 
somente com as melhores 
 Trabalhe de forma clandestina o máximo que puder – a publicidade 
aciona o mecanismo de imunidade da corporação 
 Nunca aposte em uma corrida, a menos que esteja correndo nela 
 Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir 
permissão 
 Seja leal às suas metas, mas realista quanto às maneiras de 
atingí-las 
 Honre seus patrocinadores 
 
Se alguém lhe dissesse que mais de 50% do pessoal de vendas não tem 
perfil intraempreendedor (Véras, 1999), você acharia engraçado ou estranho. Mas 
é a mais pura verdade, demonstrada cientificamente pela Thomas International, 
empresa que atua em mais de quarenta países e tem mais de trinta mil clientes. A 
organização, comandada no Brasil por Jorge Fernandes de Matos, aplica 
ferramentas de análise de perfil pessoal, identificação do perfil comportamental do 
cargo e metodologias de desenvolvimento profissional. “O sistema identifica o que 
a pessoa tem de melhor, como pode dar o melhor de si e crescer, ao contrário de 
métodos que destacam aspectos negativos e não são direcionados para 
mudanças”, destaca Jorge, diretor da Thomas e da Dimensão Consultoria & 
Educação (apud Véras, 1999). 
 
 
 
Empreendedores Internos 
http://www.santanacontabil.com.br/bol_novembro.php3 = 06/01/03 
 BOLETIM DO EMPRESÁRIO >> Novembro / 2002 
 
Para ser um empreendedor, você não precisa necessariamente montar o 
seu próprio negócio ou abandonar o emprego. Você pode ser um "empreendedor 
interno" ou um "intraempreendedor". 
Dentro do conceito de empreendedorismo, há espaço para a manifestação 
de características empreendedoras na própria empresa, ainda que na condição de 
funcionário ou colaborador. 
O conceito de empreendedor está relacionado diretamente a um conjunto de 
palavras-chave. Contar com funcionários com comportamento empreendedor é um 
ponto forte que representa vantagem competitiva nos negócios. 
Tais palavras-chave resumem-se, por exemplo, à iniciativa, capacidade de 
assumir riscos, inovação, persistência, aceitação às mudanças, confiança, senso 
de urgência para aproveitar as oportunidades, percepção ativa da movimentação 
do mercado, desejo de evoluir, gana de vencer transformando ideias em realidade 
e disposição para trabalhar com comprometimento, dentre tantas outras. 
O empreendedor interno não limita seu trabalho à disponibilidade de 
recursos e às oscilações do mercado, mas, sim, associa-o à visão, ao desejo efetivo 
de transformar ideias em realidade e ao descontentamento com o "velho". 
Ele usa toda sua imaginação, toda sua criatividade, depositando confiança 
naquilo que faz. O empreendedor interno arregaça as mangas, não poupa esforços 
e vai ao encontro dos desafios, objetivando vê-los transformados em resultados. 
Mesmo diante dos fracassos e dos erros, o empreendedor interno não 
desiste de seus planos e passa todos os dias por um processo de aprendizagem, 
predominando, neles, uma característica tipicamente brasileira: "levanta, sacode a 
poeira, e dá a volta por cima". 
 
 
O empreendedor interno é aquele que dispõe de todas estas características 
e agrega-as na empresa onde trabalha, colaborando para transformá-la e mantê-la 
em plena sintonia com as mudanças externas. 
Assim é o empreendedor interno. Dispõe de todas estas características e 
agrega-as na empresa onde trabalha, colaborando para transformar e mantê-la em 
plena sintonia com as mudanças dos novos tempos. 
Todavia, um empreendedor interno necessita trabalhar numa empresa que 
ofereça um ambiente com condições adequadas para operação de suas ações. Do 
contrário, ele vai se sentir deslocado, sem espaço e sem clima para manifestar seu 
trabalho, principalmente quando tiver que conviver com os “sobreviventes” da 
mudança que ele mesmo propõe. 
Numa situação destas, certamente o caminho mais propenso tende ser a 
sua saída da empresa, resultando numa nova oportunidade de trabalho, onde ele 
possa identificar as características empreendedoras desejadas. 
Portanto, identifique entre seus colaboradores aqueles que apontam um 
comportamento empreendedor dentro do conjunto das características 
apresentadas. 
Observe seus hábitos, práticas e valores. Depois, faça com que trabalhem 
ainda mais de forma integrada, a fim de multiplicarem suas característicasaos 
demais integrantes da equipe de trabalho, de forma a contar com uma verdadeira 
equipe de empreendedores internos. 
No caminho desta orientação faz sentido um pensamento de Fernando 
Dolabela, uma das maiores referências de Empreendedorismo no Brasil: "se você 
ensina uma pessoa a trabalhar para outras, você a alimenta por um ano; mas, se 
você a estimula a ser empreendedor, você a alimenta, e a outras, durante toda a 
vida". 
Considere, ainda, a ideia de que empreendedores internos também podem 
ser criados; nem sempre eles nascem feitos, derrube este mito. Hoje, um bom 
número de empresas buscam formatar a composição do quadro de suas equipes 
com empreendedores internos. Por que você também não faz o mesmo? 
 
 
A tendência é de que cada vez mais aumente esta realidade, reduzindo o 
espaço para aqueles funcionários que não se sensibilizam pela adoção de uma 
nova postura profissional e que, durante toda a sua passagem pela empresa, 
participaram de sua história apenas como agentes passivos, deixando de agregar 
atividades diferentes em seu trabalho, contribuindo muito pouco ou quase nada 
para o processo de revitalização da própria empresa. 
Um ambiente conhecido como Nova Economia já é pura realidade. A 
diferença não é mais quantitativa quando se discute informações, mas sim como 
ela é usada. 
Da mesma forma, exige-se um repensar do conceito que você tem de sua 
empresa, principalmente de micro, pequenas e médias empresas. Os 
empreendedores internos poderão auxiliá-lo nesta caminhada! 
 
 
 
A PERSONALIDADE E O COMPORTAMENTO INTRAEMPREENDEDOR 
Shirley Piccolo Vieira 
 
 
Cada pessoa possui um padrão único de características psicológicas, 
estável ao longo de tempo, permitindo a identificação - a personalidade. 
A personalidade se revela na integração do indivíduo com seu meio 
ambiente e caracteriza a maneira de agir, pensar, sentir e ser de cada pessoa. A 
personalidade é modificável por fatores externos e internos, sendo que ao interagir 
com o meio sofre influência dele, que pode favorecer ou impedir o ajustamento do 
indivíduo. 
O comportamento do indivíduo é resultado da interação das suas 
características de personalidade com o ambiente externo. 
Segundo Porter apud CHIAVENATO(1998) o ser humano possui 
importantes características que muito influenciam no seu comportamento: é 
pró-ativo, seu comportamento é voltado para a satisfação de suas 
necessidades e alcance de seus objetivos; é social, buscando manter nos 
grupos sua identidade e seu bem-estar psicológicos; tem diferentes 
necessidades, o que o individualiza perante os demais; é capaz de perceber 
situações, selecionando os dados que estão disponíveis e os avaliando; ele 
pensa e escolhe, seu comportamento é proposital e cognitivamente ativo. 
O comportamento humano é afetado por aspectos psicológicos, biológicos, 
sociológicos, antropológicos, econômicos e políticos. Desta forma percebe-se a 
natureza complexa do comportamento humano, que deve sempre ser avaliado de 
acordo com a situação. 
A personalidade empreendedora, conforme comentado por Robbins 
(2000), é delineada por três fatores: a motivação intrínseca movida pela alta 
necessidade de realização, a autoconfiança responsável pela elevada crença de 
que é o indivíduo quem controla sua própria vida e a disposição para correr riscos 
moderados. 
 
 
 Para que o comportamento empreendedor possa ter lugar é 
importante então que à personalidade empreendedora esteja aliado um ambiente 
apoiador. Aspectos tais como uma cultura que valorize o alcance do sucesso 
pessoal e que possua uma tolerância maior ao fracasso proporcionam à pessoa 
que possui uma personalidade empreendedora uma maior possibilidade de 
colocar em prática suas ideias. 
 O comportamento intraempreendedor pode ser favorecido na 
organização desde que esta esteja empenhada em proporcionar aos seus 
trabalhadores um ambiente que permita que as pessoas exerçam sua criatividade 
com a maior liberdade possível. Para isto é necessário: Sensibilizar os altos 
executivos, Ter um executivo que defenda o processo, Ter estruturas para valorizar 
a criatividade (grupos, prêmios, etc.), Manter a comunicação aberta, Envolver a 
área de RH, Desenvolver a aceitação de mudanças, Encorajar novas idéias, 
Permitir maior integração, Tolerar erros, Definir objetivos claros e oferecer liberdade 
para alcançá-los, Reconhecer os esforços individuais e coletivos. 
 Uma Cultura Organizacional flexível, aberta às inovações, não é 
capaz de fazer com que um trabalhador se torne um intraempreendedor, mas pode 
abrir os caminhos necessários para que os indivíduos que possuam uma 
personalidade empreendedora encontrem na sua organização um ambiente que 
considere sua maneira de enxergar o mundo como um diferencial poderoso. 
 
BIBLIOGRAFIA 
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
KAPLAN, Harold I.. Compêndio de Psiquiatria: Ciências do Comportamento e 
Psiquiatria Clínica. 7ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 
POPCORN, Faith. O Relatório Popcorn. 11ª ed. - São Paulo: Publifolha, 1999. 
ROBBINS, Stephen. Administração: mudanças e Perspectivas. São Paulo: Saraiva, 
2000. 
VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 1998. 
WAGNER III, John et al.. Comportamento Organizacional - Criando Vantagem 
Competitiva. São Paulo: Saraiva, 1999. 
 
 
O Que é Empregabilidade? 
Carlos Hilsdorf 
http://www.webartigos.com/artigos/o-que-e-empregabilidade/10014/ = Acesso em 
07/10/2014 
 
Empregabilidade é um tema extremamente dinâmico e a lista de pré-
requisitos necessários para ser desejado pelo mercado cresce continuamente. As 
chamadas competências essenciais vão se tornando mais amplas e mais 
complexas à medida que o tempo passa. 
Há algum tempo o capital intelectual era uma vantagem competitiva por 
excelência. Hoje, sem a presença do capital emocional e do capital ético, apenas 
para citar duas concepções vigentes, apenas o capital intelectual não garante a 
contratação e permanência no mercado de trabalho. 
Quanto mais aumenta o nível da competitividade e, porque não dizer, a 
histeria corporativa, mais as questões relativas à capacidade de enfrentar e 
conviver com altos níveis de pressão tornam-se evidentes. Conviver 
cotidianamente com este nível de pressão não requer apenas intelecto relevante, 
mas, condições físicas e mentais pra lá de saudáveis. As maiores causas de 
afastamentos a partir do nível gerencial se devem a transtornos psicológicos, 
muitos deles potencializados pelo estresse negativo oriundo dos níveis crescentes 
de pressão e da falta de uma disciplina que permita crescimento na carreira 
associado à qualidade de vida. Sim, isso é possível! 
O conceito de empregabilidade é extremamente simples, resume-se nas 
respostas às seguintes perguntas: 
1. Quanto a sua bagagem pessoal e profissional é interessante para o 
mercado? 2. Que "diferenciais nobres" você possui quando comparado a outros 
profissionais com uma formação e trajetória parecidas com a sua?3. Quais as 
razões que justificam o desejo de uma empresa em ter você como parte do capital 
estratégico/competitivo da organização?4. O quanto a sua história de vida e de 
carreira falam mais alto que seu currículo. 
Ou seja, quando você pensa nas pessoas que detêm o poder de contratá-lo 
você tem que pensar: Afinal por que elas se importariam? 
 
 
Você não vale apenas o quanto sabe, mas vale o quanto "é". Uma pessoa 
de grande competência técnica cujas qualidades morais e éticas não sejam 
comprováveis já não interessa a uma organização lúcida. 
Ser digno de confiança é um pré-requisito fundamental que sobrepõeo 
desejo por desafios e a capacidade de trabalhar sobre pressão. 
Seus diferenciais nobres são aqueles que estão tão associados ao seu ser, 
e que se tornam difíceis de serem copiados por seus pares: sua personalidade, seu 
caráter e o seu comportamento estão entre elas. Diferenciais pobres são facilmente 
copiados. Diferenciais nobres são os verdadeiros diferenciais! 
Os cases que você ajudou a escrever e que são anteriores à busca atual por 
emprego falam mais alto que seu currículo. Mesmo que você esteja saindo da 
universidade, cases que você tenha construído enquanto graduando ou pós-
graduando, testemunhos de professores que tenham respeito por seu potencial, 
tudo isto conta a seu favor. Somos uma sociedade relacional, quem conhece você 
e o que estas pessoas pensam a seu respeito é de enorme importância! 
Por isso, não despreze o seu marketing pessoal, estou falando 
verdadeiramente de marketing pessoal, não de agir como um "marketeiro barato", 
destes que pretendem enganar o mundo com uma genialidade que ninguém a não 
ser sua própria vaidade consegue perceber. 
Se você tem valor, o mundo precisa ser informado deste valor, até porque 
os "indivíduos marketeiros" já citados estarão sempre divulgando um valor que não 
possuem e roubando oportunidades dos competentes omissos. Por isso, você, que 
é uma pessoa de valor, deve e merece ser reconhecido e as ferramentas de 
marketing também existem para trabalhar em favor da verdade e da ética! 
Quanto maiores forem as suas condições de manter a mente aberta para 
transitar com qualidade por ambientes multiculturais e colaborar na elaboração de 
cases em cada ambiente que você frequenta, maior a sua empregabilidade! 
O mundo demanda por profissionais competentes, éticos, determinados e 
com visão de futuro. Nenhuma competência acima da média será desprezada se 
não o for primeiro por quem a possui. 
 
 
Automotivação significa acreditar em seus motivos para agir e, com base 
nesta certeza, cativar a confiança e as oportunidades que dependem daqueles que 
têm poder de decisão. 
Sua empregabilidade depende da sua capacidade de gestão da sua própria 
vida e carreira. E diferenciais, devem por definição, ser DIFERENTES! 
Gere impacto, torne-se merecedor de ser lembrado e desejado pelo 
mercado. 
Empregabilidade é uma questão de uma excelente bagagem e um ótimo 
marketing pessoal. 
Você deve buscar ser tão bom que até seus concorrentes tenham que admitir 
em silêncio: Este cara é demais! Esta garota é impossível! 
 
_______________________________________________________________ 
Carlos Hilsdorf Considerado pelo mercado empresarial um dos 10 melhores 
palestrantes do Brasil. Economista, Pós-Graduado em Marketing pela FGV, 
consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante do Congresso 
Mundial de Administração (Alemanha) e do Fórum Internacional de Administração 
(México). Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 
melhores obras do gênero. Presença constante nos principais Congressos e Fóruns 
de Administração, RH, Liderança, Marketing e Vendas do país e da América Latina. 
Referência nacional em desenvolvimento humano.www.carloshilsdorf.com.br 
 
 
 
 
Transforme-se de empregada a empresária de sucesso 
 
http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI3498002-EI4790,00-
Transformese+de+empregada+a+empresaria+de+sucesso.html = Acesso em 
07/10/2014 
 
No dicionário da língua portuguesa Houaiss, empreender significa realizar 
ou decidir realizar uma tarefa difícil e trabalhosa. Começar um negócio não é fácil 
mesmo, mas também não é impossível. O segredo está em muita pesquisa e em 
um bom planejamento. 
A boa notícia é que não há restrições para começar a pensar no seu 
negócio. Engana-se quem pensa que empreendedorismo é apenas caso de 
talento nato. Essa atitude pode ser estimulada de diversas maneiras, seja na 
família ou até mesmo na empresa. E em qualquer idade. 
 
"É preciso despertar o interesse na pessoa e que ela tenha espaço para que 
consiga criar seu projeto", afirma Vera Volpato, empresária e professora de 
marketing e empreendedorismo social do Senac SP. 
 
"Pode ser desenvolvido e estimulado já nas crianças", afirma Sylvio Araujo 
Gomide, diretor do Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp (Federação das 
Indústrias do Estado de São Paulo). Ele dá um exemplo básico: os pais param 
para abastecer o carro num posto de gasolina lotado. Se tivessem espírito 
empreendedor comentariam o fato, perguntando se é por causa do bom 
atendimento, se a escolha do ponto foi fundamental. Isso já vai despertando essa 
visão diferenciada, que depois pode ser aprimorada, principalmente com o 
trabalho. 
 
Duas características, no entanto, são fundamentais: ter paixão pelo negócio e ter 
espírito batalhador para superar os momentos difíceis. 
 
Hora de colocar as mãos à obra 
O primeiro passo é planejar a execução do negócio. Para isso, é preciso conhecer 
 
 
muito bem as características, particularidades e desafios do ramo escolhido. 
Noventa por cento das empresas fecham antes de completar o primeiro ano no 
Brasil. "Muitas foram criadas a partir de grandes ideias, mas sem embasamento 
em pesquisas", diz Sylvio Gomide. 
 
E melhor se esse conhecimento não for apenas teórico. "Ganha-se bases mais 
sólidas trabalhando em uma empresa do ramo", afirma Vera. A empresa na qual 
se trabalha não só pode ser um campo de experimentação como também um 
futuro cliente. "Muitos empregados tornam-se prestadores de serviço qualificados, 
pois já conhecem quais as principais necessidades do cliente. Ou seja, o 
funcionário acaba não deixando a companhia de fato", explica a professora do 
Senac. 
 
Foi o que aconteceu com as empresárias Marcelle Comi e Fernanda Lancelloti. 
Há cinco anos abriram a Dreams Arquitetura de Ideias, empresa especializada em 
criar e produzir gifts (brindes) corporativos e promocionais. Hoje são prestadoras 
de serviço da agência onde trabalhavam. Foi lá que surgiu a ideia de ter um 
negócio próprio. "Vimos que havia uma demanda enorme que não era atendida", 
diz Marcelle. 
 
Outros desafios 
Mas isso é só o começo. Além do conhecimento técnico, é preciso saber lidar 
com o mercado, formar e treinar equipe, conhecer o público-alvo, cuidar da 
administração e dos trâmites burocráticos. 
 
Mesmo com tudo redondo - finanças, planejamento, equipe -, ainda falta um 
elemento fundamental: estabilidade emocional para orquestrar todos esses 
elementos e, principalmente, manter a equipe de trabalho motivada. Nisso as 
mulheres têm vantagem. "Acreditam muito mais que irão ser bem-sucedidas, 
aceitam os desafios mais facilmente do que os homens", afirma Vera. 
 
Comprovação 
Isso pode ser comprovado pela história da Dreams. No começo, o desafio foi 
 
 
divulgar uma empresa que atuava num segmento novo e não ter cases no 
portfólio para ajudar a fechar negócios. E para vencer essa etapa, as empresárias 
trabalharam no risco. "Fazíamos todo o projeto, prestávamos consultoria, sem ter 
nenhuma garantia de que o cliente iria fechar conosco. Com o passar do tempo, 
decidimos valorizar a empresa e hoje cobramos pela consultoria e criação dos 
projetos. O cliente pode fazer ou não a produção conosco", conta Marcelle. 
 
O resultado? Uma carteira de clientes como Lufthansa, Visa Electron, Telecine, 
Nokia, Alianz, além de agências de promoção e propaganda como Loducca, 
Talent, Ogilvy, Samurai, entre outras. No ano passado, a Dreams foi uma das 10 
empresas finalistas no 2º Prêmio Empreendedor de Sucesso, promovido pelo 
Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas. 
 
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