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Bases Diagnosticas urina tipo 1

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BASES DIAGNOSTICAS
EXAME DE URINA TIPO 1
Como o nome indica, o exame de urina é o exame realizado na urina de um indivíduo. O exame dessa excreção pode fornecer importantes informações sobre a saúde do indivíduo e sobre o funcionamento do organismo – inclusive sobre existência ou não de gravidez.
O exame de urina é pedido pelos médicos para que se possa verificar a saúde do sistema urinário do paciente. Esse teste pode ajudar a descobrir cedo males de saúde cujos sintomas ainda não se manifestaram. Alterações como mudança de Ph, presença de sangue ou bactérias são algumas das informações importantes que o exame revela.
EAS – OU URINA TIPO 1
O exame de elementos e sedimentos anormais (EAS) da urina, ou exame de urinatipo I, é um exame de rotina e corriqueiro, que procura fazer análise física (cor, aspecto, gravidade específica), análise química (pesquisa de pH, albumina, glicose, bilirrubina, cetona, etc.) e pesquisa de elementos anormais no sedimento da urina, como eritrócitos, leucócitos, cilindros, bactérias, células epiteliais, cristais, entre outros.
Dentre os exame de urina mais pedidos para fins de diagnóstico médico, este é o mais simples e o mais comumente solicitado. Ele exige a coleta em um potinho de plástico de entre 40 e 50 mililitros de urina. Costuma-se solicitar que seja coletada a primeira urina da manhã – excluindo-se o primeiro jato.
O motivo para desprezar o primeiro jato é simples: deseja-se eliminar do exame impurezas que possam ter ficado no canal que transporta a urina. Apesar da recomendação, não é indispensável que a urina colhida seja a da manhã.
O ideal é que a urina seja colhida no laboratório, já que períodos superiores a duas horas entre a coleta e o exame podem tornar este algo pouco confiável.
QUE INFORMAÇÕES TENHO COM O EXAME DE URINA
O exame compõe-se de duas partes: uma em que a urina é analisada por meio de reações químicas e outra em que gotas do líquido são analisadas em microscópio.
DENSIDADE
A densidade é o quociente obtido quando se divide massa por volume. A densidade atribuída à água pura é 1000. Quanto mais próxima desse valor for a densidade da amostra de urina examinada, mais diluída ela é. Valores normais para urina variam entre 1005 e 1035, valores mais próximos daquele indicando maior diluição e valores mais próximos deste indicando menos diluição – e, geralmente, urina de cheiro mais forte e tendendo ao amarelo.
PH
O pH é uma medida da acidez. Valores mais baixos indicam maior acidez, valores mais altos indicam maior alcalinidade. A urina é um meio pelo qual ácidos são eliminados do organismo, é por essa razão, que se torna relativamente ácida – seu pH costuma variar entre 5,5 e 7,0.
Valores de pH iguais ou superiores a 7,0 podem ser produto de consumo de remédios como, por exemplo, a acetazolamida ou o bicarbonato de sódio, da presença de certas bactérias de ação alcalinizadora, de opções alimentares como baixo consumo de proteínas de origem animal ou uma dieta rica em produtos como laticínios ou frutas cítricas ou, ainda, alguns males que afetam os túbulos renais. Vômitos horas antes da coleta são outra possível explicação para alcalinidade da urina.
Valores de pH abaixo de 5,5 podem ser, por exemplo, causados por alto consumo de proteínas de origem animal, pelo uso de certos tipos de diuréticos ou ainda por episódios de diarreia.
GLICOSE
A glicose filtrada nos rins é, graças aos túbulos renais, devolvida aos vasos sanguíneos. Por essa razão, não se espera achar glicose na urina. Contudo, há pelo menos duas explicações para a presença desse carboidrato na urina: excesso de glicose no sangue (com um em portadoras de diabetes mellitus) ou uma doença nos túbulos renais.
PROTEÍNAS
Como as proteínas no sangue geralmente são grandes demais para serem filtradas pelos rins, a quantidade de proteínas na urina costuma estar abaixo da sensibilidade dos testes realizados nesse tipo de exame de urina. Caso seja verificada a presença de proteínas na urina do paciente (condição chamada de proteinúria), a situação deve ser investigada.
A presença de pequenas quantidades proteínas na urina pode ter causas triviais como prática de exercício físico pouco tempo antes da coleta da urina para exame ou desidratação, mas pode ter causas mais graves como lúpus ou alguma doença dos glomérulos renais, estruturas responsáveis por filtrar o sangue. Grandes quantidades de proteínas na urina quase invariavelmente indicam problemas nos glomérulos renais.
Cabe explicar que as reações químicas do exame de urina fornecem resultados qualitativos, não quantitativos. Assim sendo, as quantidades fornecidas são aproximadas. O resultado do exame de urina quanto a proteínas pode ser fornecido em cruzes ou por meio de faixas medidas em md/dL. A seguir, a equivalência entre os dois modos:
Ausência = menos que 10 mg/dL (valor normal)
Traços = entre 10 e 30 mg/dL
1+ = 30 mg/dl
2+ = 40 a 100 mg/dL
3+ = 150 a 350 mg/dL
4+ = Maior que 500 mg/dL
HEMÁCIAS (Eritrócitos / hematúria)
A quantidade de hemácias, ou seja, sangue na urina é, normalmente, abaixo da sensibilidade dos testes químicos usados nesse exame. Como as hemácias são células, elas podem também ser observadas no microscópio no teste chamado sedimentoscopia (exame microscópico do sedimento da urina), que pode revelar sangue mesmo que o teste químico não tenha.
Os resultados normais podem ser fornecidos em uma das duas formas seguintes: Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mL.
Entre as possíveis causas da existência de sangue na urina – fenômeno conhecido como hematúria, podem ser citados males como pedras nos rins e certas doenças renais graves.
A presença de sangue na urina deve ser investigada. Entre os fatores que podem causar falsos positivos estão – no caso dos membros do sexo feminino – a coleta de urina durante o período menstrual e – no caso dos membros do sexo masculino – a presença, na urina, de sêmen.
LEUCÓCITOS OU PIÓCITOS OU ESTERASE LEUCOCITÁRIA
Os leucócitos são células que protegem o organismo de invasores. Valores normais para leucócitos (que, como as hemácias, podem ser contados na sedimentoscopia) na urina são abaixo de 5 células por campo ou 10.000 células por mL.
No exame químico, geralmente, não é detectada a presença deles. Entre as possíveis causas para a presença dessas células na urina, podem ser mencionados infecção urinária, inflamação não causada por agente provocador de infecção ou algum trauma.
CETONAS OU CORPOS CETÔNICOS
Formadas pela metabolização das gorduras, as cetonas não costumam aparecer na urina. Sua presença costuma indicar que o organismo está enfrentando problemas para fazer uso da glicose como fonte de energia. Entre as possíveis causas estão jejuns longos, regimes rigorosos, diabetes, hipertireoidismo, febres e gestação. Certos remédios e produtos podem provocar falsos positivos. Um deles é o ácido ascórbico (vitamina C).
UROBILINOGÊNIO E BILIRRUBINA
Também não costumam aparecer na urina. Suas presenças podem estar ligadas a doenças hepáticas ou ao processo chamado hemólise, que consiste na destruição anormal das hemácias. A presença do urobilinogênio na urina em pequenas concentrações pode ser destituída de importância clínica.
NITRITOS
 Algumas bactérias que podem estar na urina são capazes de metabolizar os nitratos – de que a urina é rica -, transformando-os em nitritos. Por isso, a presença de nitritos (atenção: às vezes, em vez de nitrito positivo ou negativo, o teste vem, respectivamente com Griess positivo ou negativo) na urina – especialmente se acompanhada de hemácias e leucócitos – é um indício de infecção urinária.
Duas observações são necessárias. Como nem todas as bactérias metabolizam nitratos, a ausência de nitritos, por si só, não prova que não há uma infecção urinária. Outro tipo de exame, mais específico, tem que ser solicitado.
CRISTAIS
Embora a presença de cristais na urina, ao contrário do que muitos pensam, não indique necessariamente maior propensão a ter cálculos renais, a presença de algunstipos de cristais pode ser indícios de algumas doenças, como tirosinemia, gota e doenças hepáticas. 
CÉLULAS EPITELIAIS E CILINDROS
 É normal que haja células epiteliais na urina, pois, em geral, trata-se  de células do trato urinário descamadas. Elas, porém, têm importância clínica se estão agrupadas em forma cilíndrica. Nesse caso, podem ser sinal de lesão nos túbulos renais.
Cilindros se formam quando algum tipo de substância ou produto está em excesso na urina. Para citar outros dois tipos de cilindros que também podem ser sinais de problemas, podem ser mencionados os cilindros leucocitários, que são sinal de inflamação renal e os hemáticos, que costumam indicar glomerulonefrite, ou seja, lesão dos glomérulos renais.
MUCO
 A presença de muco na urina não costuma ser uma informação muito útil. Geralmente ocorre quando se acumulam células epiteliais com cristais e glóbulos brancos.
VITAMINA C
Laboratórios costumam chamar a atenção quando é detectado ácido ascórbico (vitamina C) na urina. Isso acontece porque essa presença pode gerar falsos positivos ou falsos negativos na detecção, por exemplo, de cetonas, nitritos, hemácias e glicose.
EXAME DE URINA PARA INDICAR GRAVIDEZ
Um exame de urina especial pode, através da quantidade de hormônio hCG (gonadotrofina coriônica) na urina, detectar gravidez. O exame é confiável, mas a época ideal para fazer a coleta é uma semana depois do dia em que a menstruação deveria ter vindo, de manhã, logo depois de acordar, usando o primeiro jato de urina do dia. Caso o resultado seja negativo, deve ser repetido uma semana depois, pois há a possibilidade de que ainda não houvesse hCG em concentração grande o bastante para ser detectado
A COR DA URINA 
Normalmente é amarela clara, límpida. A turvação da urina pode indicar infecção. A presença de sanguena urina dá a ela uma cor laranja avermelhada. É um sinal de doença dos rins e do trato urinário que pode ser grave. Alguns medicamentos podem conferir à urina coloração verde, azul ou laranja escura.

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