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Universidade Federal do Espírito Santo Centro de ciências da saúde Curso de Nutrição Disciplina: Epidemiologia Nutricional Albertina Maria Salomão Rocha Referência Técnica das ações de Controle do Câncer de Útero e Mama/ Equipe DANTs Livia Welter Mannato Referência Técnica do SISVAN O termo “Vigilância” surgiu no contexto da saúde publica no final de século XIX, com o desenvolvimento da microbiologia e de saberes sobre a transmissão das doenças infecciosas, e está historicamente relacionado aos conceitos de saúde e doença vigentes em cada época e lugar, às práticas de atenção aos enfermos e aos mecanismos adotados para impedir a disseminação das doenças. Características essenciais: observação contínua coleta sistemática consolidação e avaliação de informes regular disseminação dessas informações Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Lei 6.529 de 1976) : “Art. 2º: A ação de vigilância epidemiológica compreende as informações, investigações e levantamentos necessários à programação e à avaliação das medidas de controle de doenças e de situações de agravos à saúde. § 1º Compete ao Ministério da Saúde definir, em Regulamento, a organização e as atribuições dos serviços incumbidos da ação de Vigilância Epidemiológica, promover a sua implantação e coordenação. § 2º A ação de Vigilância Epidemiológica será efetuada pelo conjunto dos serviços de saúde, públicos e privados, devidamente habilitados para tal fim.” Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Lei 6.529 de 1976): Condução do Ministério da Saúde; Integrada somente pelos estados, executam ações definidas pela União; Restrita ao controle de doenças transmissíveis; Ações de vigilância ambiental praticamente inexistentes no âmbito do sistema público de saúde. Situação semelhante no desenvolvimento das ações de vigilância sanitária; 1961: Código Nacional de Saúde 1973 a 1977 - Leis 5991/73; 6360/76; 6368/76: Medicamentos Lei 6437/77: Alimentos 1976 – Decreto 79.506 – Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária: Promover, elaborar, controlar aplicação e fiscalizar “normas e padrões de interesse sanitários” • Portos, aeroportos e fronteiras; • Produtos e exercício profissional relacionados à saúde. “Art. 200. Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: II. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;” (Constituição de 1988) “Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (Lei 8080, 1990) “Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I. o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II. o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.” (Lei 8080, 1990) “Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho” (Lei 8080, 1990) Janeiro de 1999 (Lei nº 9.782): Sistema Nacional de Vigilância Sanitária / Criação da ANVISA: Atribui competência à União, estados, Distrito Federal e aos municípios, para que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária. Dezembro de1999 (Portaria 1399): descentralização das ações de vigilância epidemiológica: Regulamenta a Norma Operacional Básica 01/96 quanto às competências da União, estados e municípios na área de “epidemiologia e controle de doenças” 2004 (Portaria 1172): Introduz como sendo atividades de “Vigilância em Saúde”: Vigilância de doenças transmissíveis; Vigilância de doenças e agravos não transmissíveis e de seus fatores de risco; Vigilância ambiental em saúde Vigilância da situação de saúde. Vigilância sanitária incorporada em diversos estados e municípios DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. Portaria 3252, dezembro de 2009 “A Vigilância em Saúde tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se num conjunto de ações que se destinam a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde” Portaria 3252, dezembro de 2009 O conceito de VS inclui: Vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos Vigilância da situação de saúde Vigilância ambiental em saúde Vigilância da saúde do trabalhador Vigilância sanitária Promoção da saúde São os vários elementos ligados a coleta, armazenamento e processamento de dados e a difusão de informações. Inclui: materiais de registro, tabelas, gráficos e todos os recursos utilizados para transformar e analisar os dados. Função: Disponibilização de informações de qualidade Os sistemas de informação em saúde (SIS) São compostos por um conjunto de partes que atuam articuladamente com o objetivo de transformar dados informação Classificação dos bancos de dados gerados pelos SIS: Epidemiológicos – são desenvolvidos e utilizados para fins de vigilância, avaliação e pesquisa. Administrativos – são desenvolvidos para fins contábeis e de controle da produção de serviços de saúde prestados. Clínicos – armazena dados clínicos, que são gerados ao longo do contato de um paciente com diferentes serviços de uma unidade de saúde. No Brasil, vêm sendo implementada uma série de ações, planos e projetos visando à estruturação e à organização da área de informação no âmbito nacional. Questões relacionadas à cobertura dos sistemas, à qualidade dos dados e à falta de variáveis devam ser consideradas, esses bancos representam fontes importantes de dados. Esses sistemas deveriam cobrir toda a população, entretanto, deficiências na cobertura ainda são observadas, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Base epidemiológicas - são empregadas para a construção de indicadores de saúde que com indicadores demográficos e socioeconômicos, permitem a elaboração de diagnósticos sobre as condições de vida de populações, e podem ser empregados na avaliação de programas de intervenção. A utilização de bases administrativas com fins de avaliação é mais recente, iniciando a partir da década de 1970 e sendo especialmente voltada para a avaliação daqualidade do cuidado em saúde O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, SISVAN, foi proposto primeiramente pelo INAN (Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição) em 1976, mas somente em 1990, após a promulgação da Lei 8080/1990, e com a publicação da Portaria 1.156 publicada em 31 de agosto desse mesmo ano, é que o SISVAN foi estabelecido nacionalmente. O Sistema foi concebido sobre três eixos: I - formular políticas públicas; II - planejar, acompanhar e avaliar programas sociais; e III - avaliar a eficácia das ações governamentais. Dessa forma cumpre seu papel em auxiliar os gestores públicos na gestão de políticas de alimentação e nutrição. Na saúde o SISVAN é um instrumento para obtenção de dados de monitoramento do Estado Nutricional e do Consumo Alimentar das pessoas que frequentam as Unidades Básicas do SUS. São contempladas pela Vigilância Alimentar e Nutricional de todas as fases do ciclo de vida: crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. O Sistema está concebido por uma combinação de estratégias de Vigilância Epidemiológica que são: Sistema informatizado Chamadas Nutricionais Inquéritos Populacionais Fomento e acesso à produção cientifica Indicadores de saúde e nutrição Albertina Maria Salomão Rocha vivamulher@saude.es.gov.br Livia Welter Mannato sisvan@saude.es.gov.br
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