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SISTEMAS ESTRUTURAIS III AULA 02 | CRITÉRIOS PARA O LANÇAMENTO DE ESTRUTURA PROFESSOR FELIPE LANDIM https://sites.google.com/view/felipelandim INTRODUÇÃO A construção de um edifício envolve um grande número de informações relativas a custo, prazo, padrão de qualidade, recursos humanos, equipamentos, tecnologias, entre outras. Se a complexidade de um empreendimento aumenta, a interação entre as atividades técnicas de projetos se faz mais evidente e a troca de informações entre os profissionais/projetistas têm por finalidade adequar soluções técnicas que poderão otimizar a execução, visando principalmente a redução do custo final, sem contudo reduzir qualidade. INTRODUÇÃO � Superestrutura de concreto armado = 20% a 25% do valor total da obra. �A composição do custo do da estrutura de concreto armado: �Concreto; �Aço (armadura); �Madeira (fôrmas) e escoramento; �Mão-de-obra. INTRODUÇÃO FÔRMASFÔRMASFÔRMASFÔRMAS �Material e mão-de-obra são caros. �Horas-homem: � Preparar as fôrmas; �Colocação e escoramento; �Desforma; � Limpeza e recondicionamento. �Custo de 40% a 50% do custo total da estrutura de concreto armado. PROJETO ESTRUTURAL �O projeto estrutural define: � Fundações – através de sondagem no terreno se define o tipo de fundações. �Correto dimensionamento dos pilares, vigas e lajes. �Quantificação da ferragem dimensionada para as fundações, pilares, vigas e lajes, ou seja, todo sistema estrutural. PROJETO ESTRUTURAL � Etapas: � Lançamento estrutural (concepção); �Análise estrutural; � Síntese estrutural. �Contemplam: � Fundações; � Lajes; � Pilares; � Vigas; � Planta de formas; � Escadas. PROJETO ESTRUTURAL �Concepção clara de como a estrutura funciona. �Correto dimensionamento e detalhamento estrutural: � Segurança estrutural evitando trincas, recalques e deformações; �Garantia de solidez e evitando transtornos. CONSIDERAÇÕES �O conjunto da estrutura deve atender tanto quanto possível a forma, a estética, as condições impostas pelo projeto arquitetônico. �Deve-se procurar embutir os elementos estruturais, geralmente as vigas e os pilares nas paredes de alvenaria de vedação. �O posicionamento dos elementos estruturais na estrutura da construção pode ser feito com base no comportamento primário dos mesmos. �A transferência de cargas deve ser a mais direta possível, pelo caminho mais curto. CONSIDERAÇÕES �Os elementos estruturais devem ser os mais uniformes possíveis, quanto à geometria e quanto às solicitações. Desta forma, as vigas devem, em princípio, apresentar vãos comparáveis entre si, e para as vigas contínuas, deverá ser mantida uma altura única para a padronização da forma, o que facilita a execução. DIRETRIZES � Lajes de vãos muito pequenos resultam em grande quantidade de vigas, tornando elevado o custo com as fôrmas. � Lajes com vãos muito grandes podem requer espessuras elevadas e grande quantidade de armaduras. Além disso, a verificação do estado limite de deformações excessivas pode ser crítico. Para vencer grandes vãos, torna-se mais viável a utilização da protensão. DIRETRIZES DIRETRIZES DILATAÇÃO TÉRMICADILATAÇÃO TÉRMICADILATAÇÃO TÉRMICADILATAÇÃO TÉRMICA �Dimensões contínuas da estrutura em planta limitadas até 30 m. �Minimizar os efeitos da variação de temperatura ambiente e da retração do concreto. �Dimensões em planta acima de 30 m – utilização de juntas estruturais ou juntas de separação que decompõem a estrutura original. DIRETRIZES � Posicionar os pilares, de preferência, nos cantos das edificações e nos encontros das vigas. � Procurar distanciar os pilares entre 2,5 e 6 m. � Escolher regiões não muito nobres no pavimento tipo da edificação para o posicionamento dos pilares (cantos dos armários embutidos, atrás das portas, etc.) evitando que os mesmos fiquem aparentes em salas e dormitórios. DIRETRIZES FLEXÃO DAS LAJESFLEXÃO DAS LAJESFLEXÃO DAS LAJESFLEXÃO DAS LAJES � Lajes maciças e pré-moldadas – vigas onde existam paredes de alvenaria. � Paredes leves (paredes de gesso acartonado e divisórias) – lançamento mais flexível. DIRETRIZES AÇÕES HORIZONTAIS (VENTOS)AÇÕES HORIZONTAIS (VENTOS)AÇÕES HORIZONTAIS (VENTOS)AÇÕES HORIZONTAIS (VENTOS) � Posicionamento das vigas – formação de pórticos com os pilares. � Enrijecer a estrutura frente, principalmente na direção da menor dimensão em planta do edifício. � Seção transversal das vigas e pilares. � Estrutura de contraventamento. DIRETRIZES TUBULAÇÕES DE ESGOTO NAS LAJESTUBULAÇÕES DE ESGOTO NAS LAJESTUBULAÇÕES DE ESGOTO NAS LAJESTUBULAÇÕES DE ESGOTO NAS LAJES �Rebaixamento de uma laje em relação à outra. � Forros falsos. PAVIMENTO TIPO �A escolha da estrutura de um edifício de andares múltiplos começa pelo PAVIMENTO TIPO, fixando-se a posição de vigas e pilares, levando sempre em consideração a posição da caixa d'água. � Em boa parte dos casos, a posição da caixa d'água coincide com a caixa de escadas e elevadores. �Com a estrutura do PAVIMENTO TIPO resolvida, verifica-se se posição dos pilares pode ser mantida nos outros pavimentos. PAVIMENTO TIPO �Nesta análise são considerados aspectos estéticos e funcionais das garagens, pilotis, salões de festas, "playgrounds", etc. �Caso não seja possível manter a posição dos pilares, tenta-se reformular a estrutura do PAVIMENTO TIPO até compatibilizar a posição dos pilares com os outros pavimentos. �Quanto às garagens, verifica-se que é mais difícil compatibilizar as melhores posições estruturais dos pilares com a melhor distribuição das vagas, sendo primordial, nesta etapa, o entendimento entre arquitetura e lançamento estrutural na busca da melhor posição estrutural para os pilares. ESTRUTURA DE TRANSIÇÃO � Sempre que possível, o ideal é levar todos os pilares até a fundação, evitando a criação de vigas de transição, que acabam por carregar a estrutura e encarecer a sua construção. ESTRUTURA DE TRANSIÇÃO �No caso de edifícios, pode ocorrer uma incompatibilidade entre a posição dos pilares em dois pavimentos diferentes. Nesses casos, utiliza-se uma estrutura de transição. As estruturas de transição, na grande maioria das vezes, são caras e de grande responsabilidade estrutural. � Portanto, deve-se procurar conceber o arranjo estrutural de forma a minimizar sua ocorrência. SUBSOLOS �Os subsolos são equipamentos que aumentam o custo da edificação, principalmente quando há proximidade de vizinhos, por haver a necessidade de grandes escoramentos. SUBSOLOS �Quando os subsolos estão em níveis mais baixos que a água no terreno, a construção é ainda dispendiosa, pois exige o rebaixamento do lençol d'água e ainda mais atenção quanto às construções vizinhas. PLANTAS DE FÔRMA �Representação do que está acima do plano de corte horizontal. � Vigas – linhas cheias. � Elementos no piso – linha tracejada. � Vazios, furos e buracos – indicados com um X. �Compatibilização. PLANTAS DE FÔRMA �Os pilares são indicados pela letra P, vigas com V e lajes com L. �A numeração – da esquerda para a direita e de cima para baixo. �Dimensões – ao lado da numeração. �A espessura das lajes – letra h. PLANTAS DE FÔRMA � V3 – único vão – viga bi apoiada. � V1, V2, V4 e V5 – dois vãos – vigas contínuas. � Vigas contínuas – mesma numeração ao longo de toda a viga. � L1, L2 e L3 – tem vigas. � L4 (em balanço) – não tem vigas e é continua à laje L2 e L3. PLANTAS DE FÔRMA � V5 e V6 – redução dos vãos das lajes e diminuição dasdeformações. � V5 e V6 – apoiadas em vigas em vez de estarem apoiadas em pilares. � V7 – viga invertida, representada com linha tracejada. PLANTAS DE FORMA � V5 e V6 – recebem as cargas distribuídas das lajes e redirecionam essas cargas como cargas pontuais em cima das vigas onde estão apoiadas (V1, V2 e V3). � Indicação da altura das vigas – sempre consideramos incorporada a espessura da laje.
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