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Apostila Ornamentais

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INTRODUÇÃO A FLORICULTURA 
 
 DEFINIÇÕES 
Entre algumas definições importantes para o entendimento das 
praticas desenvolvidas no estudo de plantas ornamentais, temos 
floricultura como a atividade agrícola que abrange o cultivo de plantas 
ornamentais (flores de corte, plantas envasadas, sementes, bulbos e 
mudas de árvores), a comercialização e todos os setores que atuam 
direta e indiretamente sobre a produção; paisagismo como organização 
intencional de espaços condicionado por critérios estéticos, entre outros; 
e, jardinagem como conjunto de praticas que envolvem técnicas para 
cuidados com o jardim. 
FUNÇÕES DA FLORICULTURA 
A floricultura desempenha importante papel econômico, sendo 
uma pratica com alta rentabilidade, que permite a ampliação do mercado 
de trabalho e o aumento de divisas, devido a diversidade de clima e 
espécies. O papel social da floricultura também deve ser considerado, 
uma vez que permite a fixação do trabalhador rural ao campo, sendo 
uma pratica viável para a pequena propriedade, bem como, seu papel 
cultural e ecológico, já que permite a preservação e multiplicação de 
espécies ameaçadas e a recuperação de áreas. 
PROBLEMAS ENFRENTADOS PELA FLORICULTURA 
 A floricultura enfrenta diversos problemas que dificultam sua 
pratica, entre eles, os mais pronunciados são a carência de pesquisa, a 
falta de mão de obra especializada, a deficiência de sementes, 
implementos e ferramentas, a inadequação de insumos e substratos, a 
desorganização do setor, e a falta de crédito agrícola e incentivos. 
PRODUTOS DA FLORICULTURA 
 A floricultura gera, entre outros produtos, flores de corte (rosa, 
crisântemo, cravos, lírios, gypsophila, estatice, íris, gladíolo, tango, 
áster), folhagens de corte sombra (samambaias, asparagus) e pleno 
sol (eucalipto, dracenas, cordilines, frutos), plantas de vaso floríferas 
(crisântemo, ciclamem, begônias, violeta africana, gloxínia, poinsetia, 
orquídeas, bromélias) e folhagens (spatifilum, filodendros, diefenbachia, 
marantas, suculentas, cactáceas, fícus, dracenas), e plantas para 
jardins (arbustos, árvores, arvoretas e palmeiras). 
 
FLORICULTURA NO BRASIL 
Até a década de 50 era pouco expressiva, desenvolvida como 
atividade paralela, sendo localizada próximo de grande capitais do 
sudoeste, tendo seu cultivo de flores em jardins e quintais. Em 1983, 
destaca-se na produção a firma Dieberger em SP. Em 1969 é 
inaugurado o mercado de flores em SP – CEAGESP. Em 1972, surge a 
Cooperativa Agrícola Holambra em SP e em 1991 é criado Veiling 
Holambra. 
O mercado nacional fatura R$ 600 milhões/ano, entretanto o 
tamanho do mercado consumidor brasileiro é de aproximadamente R$ 
2,5 bilhões, englobando acessórios e serviços. A floricultura é praticada 
por aproximadamente 8 mil produtores de pequeno, médio e grande portes, 
sendo que os principais produtores encontram-se em SP (mais de 70% 
da produção nacional de flores), MG, CE, RS e SC. Outros estados do 
Nordeste, como AL, PE e BA, já começam a ampliar a produção de 
flores, principalmente tropicais. 
O setor de flores e plantas ornamentais gera cerca de 200 mil 
empregos diretos no Brasil, abrangendo produção e comércio no 
atacado e varejo. 
A cidade de Holambra em SP, é conhecida como cidade das 
flores, produz cerca de mil variedades que correspondem a cerca de 
35% das flores e plantas ornamentais do País (2004: em torno de 14 
milhões de unidades de flores) e atende o mercado interno e externo 
(EUA, Holanda e Portugal). 
Os principais mercados internacionais são a Europa (14 países, 
inclusive do leste europeu), a América do Norte (Estados Unidos e 
Canadá), a Ásia (Japão, China, Hong Kong, e Tailândia), além da 
América Central, da América do Sul e da África. Os principais 
compradores são Holanda (50%), Estados Unidos (21,29%), Itália 
(9,63%), Japão (4,94%) e Bélgica (4,41%). 
 
PRODUÇÃO DE FLORIFERAS ANUAIS 
 
INTRODUÇÃO 
As floríferas anuais apresentam elevada velocidade de 
crescimento e desenvolvimento, grande variedade de cores, com 
profusão de flores e longo período de florescimento. São divididas em 
dois grupos, as anuais de inverno e as anuais de verão. 
COMERCIALIZAÇÃO 
Podem ser comercializadas por meio de bandejas multicelulares 
(plugs), estas bandejas podem variar em seu numero de células (125, 
280, 450). Podem ser comercializadas também em caixas de madeira ou 
em saquinhos plásticos, que são comercializados em caixas com 15,18, 
20 ou 25 mudas. 
MULTIPLICAÇÃO 
A multiplicação é feita em recipientes, que podem ser bandejas, 
tubetes e caixas de madeira. O uso de bandejas apresenta a vantagem 
de apresentar maior qualidade e melhor utilização do espaço, maior 
praticidade de manejo e facilidade de desinfecção e maior rapidez com 
menores perdas. 
A produção de mudas em bandejas pode ser divididas em quatro 
estágios, de acordo com as necessidades das sementes/mudas, com o 
avanço do processo e como forma de atender melhor estas exigências. 
Os estágios 1 e 2 se referem a germinação e os estágios 3 e 4 se 
referem ao crescimento inicial. 
O estagio 1 diz respeito ao início da germinação, quando surge a 
primeira radícula, exigindo grande quantidade de água e ar para ocorrer 
o processo. O estagio 2 se refere a emergência da radícula, do 
hipocótilo e das folhas (cotilédones), há o aumento da necessidade de 
O2 , podendo ser reduzida a irrigação. O estagio 3 é onde há o 
desenvolvimento das folhas verdadeiras. E o estagio 4 aponta para 
mudas prontas para transplante. 
Nos estágios iniciais as exigências da planta em relação a 
temperatura e umidade são altas, já de luz e nutrição são baixas. Nos 
estágios finais da planta as exigências em relação a temperatura e 
umidade são baixas, já de luz e nutrição são altas. Em relação ao 
substrato as exigências são de que o valor do pH deve ser entre 5,5 a 
6,5; e a salinidade inferior a 1g/l. 
A semeadura deve ser feita umedecendo-se o substrato e as 
bandejas, para posterior preenchimento das bandejas com substrato 
para que então sejam distribuídas as sementes e seja feita a irrigação. 
As bendejas devem ser colocadas em local que apresente boas 
condições para germinação. Deve-se fazer o uso da irrigação. 
REPICAGEM 
A repicagem é feita passando-se as mudas da bandeja para 
saquinhos de 17,0 x 10,0 cm, quando a planta apresentar o primeiro par 
de folhas verdadeiras (em torno de 5 cm). 
ADUBAÇÃO 
Uma correta adubação é de fundamental importância para 
desenvolvimento da planta. A adubação de base deve ser realizada na 
quantia de 150g de adubo por m3 de substrato. A adubação 
complementar é praticada respeitando-se frequência de adubação e 
quantidade de adubo aplicado. 
 
PRODUÇÃO COMERCIAL DE ROSAS DE CORTE 
 
INTRODUÇÃO 
A Rosa é originaria do hemisfério Norte, das zonas de clima 
temperado e partes subtropicais, do círculo polar até o Novo México, 
Etiópia, Himalaia, Bengala e sul da China. Pertence a Família Rosaceae, 
gênero Rosa, sub-gênero Eurosa. 
Existe um total de aproximadamente 120 especies, sendo que, as 
variedades odernas foram formadas a partir de somente oito das 
espécies conhecidas. 
No século XVIII, na China foram realizados cruzamentos entre R. 
gigantea e R. chinensis. Entretanto, os híbridos de chá tiveram início por 
volta de 1867. Provavelmente contribuíram formação deste grupo R. 
centifólia, R. gálica, R. chinensis, R. odorata e R. borboniana. A 
produção de flores para corte teve inicio em meados do século XIX. 
A produção de rosas objetiva diversos usos, entre eles flor de 
corte (fresca ou seca), planta envasada, arbusto para jardins, 
perfumaria, pot-pourris, infusões,etc. O mercado prima por qualidade do 
produto, para rosas a primeira classificação considera o comprimento 
dos ramos, a segunda considera o tamanho do botão. A classificação de 
rosas segue um sistema internacional, o World Federation of Rose 
Societies. 
A Rosa apresenta diversos hábitos de crescimento. Entre eles, a 
Rosa pode ser trepadeira, não trepadeira, não-trepadeiras recorrentes, 
arbustivas (plantas altas, principalmente para jardins), flores grandes 
(híbridos de chá, maior parte Grandifloras, flores dobradas ou semi-
dobradas, para corte), flores agrupadas (floribundas, flores tamanho 
médio, agrupadas em inflorescências), polianta (flores pequenas em 
inflorescências), miniatura (plantas crescimento reduzido). Quanto ao 
habito de floração, a Rosa pode ser recorrente ou não-recorrente. 
CLASSIFICAÇÃO HORTICOLA 
 A classificação hortícola divide as Rosas em Botânicas (selvagens 
ou silvestres), Antigas (arbustos caducos), Híbridas de chá (95% rosas 
corte cultivadas), Flores solitárias, e Floribundas (racimos florais). 
 
 
MORFOLOGIA 
 São plantas de crescimento rápido, suas folhas dos primeiro e 
segundo nós apresentam 3 folíolos, do terceiro ao decimo nós 
apresentam de 5 a 7 folíolos, voltando a apresentar 3 folíolos no 
primeiro ou segundo nós terminais. Os botões florais são produzidos 
nos ramos de crescimento de fundo ou de água e nos rebentos laterais. 
SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
A produção de Rosas pelo sistema de produção convencional é 
realizada em casa de vegetação com plantio diretamente no solo. O solo 
deve ter boas características, melhorando aquelas que apresentem 
alguma deficiência. O solo deve também apresentar um bom sistema de 
drenagem. 
Nesse sistema, as Rosas produzidas são de variedades 
diferentes das Rosas de jardim. A colheita é realizada quando na porção 
remanescente do ramo tem pelo menos uma folha com 5 folíolos. 
A sucessiva produção faz com que as plantas tornem-se cada vez 
mais altas, devendo ser realizado o rebaixamento das plantas. 
Novos sistemas de produção surgem como alternativas. Entre 
eles, o dobramento de ramos consiste no dobramento dos ramos com 
crescimento abaixo do nível dos novos ramos, onde os ramos não 
suficientemente fortes serão dobrados para contribuírem com 
carboidratos para a planta. 
Outro sistema de destaque que surge como alternativa é a 
hidroponia, que consiste no fornecimento de água e nutrientes de 
acordo com a necessidade das plantas, onde as raízes permanecem em 
contato direto com a solução nutritiva, sem substrato. Quando for usado 
substrato, pode ser fibra de coco, casca-de-arroz-carbonizada, argila 
expandida rígida, brita, etc. 
PRODUÇÃO DE MUDAS 
As mudas podem ser produzidas por enxertia ou por estaquia. 
Pela enxertia, são usados porta enxertos de R. indica e R. canina 
(Europa), e R. manetti (USA), que sao especies mais resistentes. O 
enxerto é obtido de borbulhas da variedade comercial. A época de 
produção é outono/inverno. São usadas estacas com diâmetro de 0,5 a 
1,0 cm e comprimento de 25 a 30 cm. O substrato utilizado é solo ou 
areia. As estaxas devem ter suas gemas removidas antes do 
enraizamento. O enxerto é feito em T ou T invertido. A melhor época 
seria o verão, pois a casca solta mais facilmente. 
Pela estaquia, a produção é realizada com uso de ramos 
maduros, que apresentem de 1 a 3 nós, cerca de 7 a 10 dias após 
florescimento, onde possuem mais reservas e podem dar maior 
resposta. O tempo necessário é de mais ou menos 2 meses. 
NECESSIDADES DO CULTIVO 
Alguns fatores que possuem grande influencia sobre a produção 
de Rosas, se mantidos em condições ideais podem representar maior 
probabilidade de sucesso à produção. 
A temperatura ideal para a noite gira em torno de 12 a 15C, para 
o dia gira ao redor de 20 a 22C. Uma temperatura elevada aumenta o 
crescimento, entretanto causa a redução do tamanho dos botões e do 
numero de pétalas. A luminosidade deve ser elevada. Uma baixa 
luminosidade afeta diretamente a produtividade. Porem o maior 
problema, esta nas mudanças bruscas na luminosidade. A umidade 
deve ser mantida ao redor de 60 a 80%, e o CO2 deve ser mantido 
próximo a 1.000 ppm. 
O solo devem se apresentar bem drenados, com textura media e 
pH entre 5,5 a 6,3 e teor total de sais solúveis menor que 0,15%. O 
preparo deve ser feito utilizando-se de 10 a 15Kg por m2 de matéria 
orgânica, e 400g por m2 de NPK (4-14-8). 
PRODUÇÃO DE FLORES 
O potencial de produção é de 8 a 10 anos. A taxa de crescimento 
para a formação de botões florais varia conforme a época do ano. No 
inverno é de 60 dias, no outono e primavera é de 45 dias, e no verão é 
de 30 dias. 
O plantio é realizado em filas simples de 0,30 x 0,30 x 1,0 m, ou 
em filas duplas de 0,40 x 0,40 x 1,0 m, com 10 plantas por metro linear e 
60 mil plantas por hectare. 
MANEJO DO CULTIVO 
O cultivo bem manejado possui plantas em melhores condições 
fisiológicas. A poda realizada nas roseiras pode ser de formação, 
manutenção e limpeza, e colheita. A poda de formação é realizada 
enquanto a planta esta se formando para uniformizar o tamanho das 
mudas, eliminando ramos ladrões e tem por objetivo deixa-la com 
formato adequado para o cultivo. A poda de manutenção e limpeza tem 
por objetivo remover os ramos mortos, doentes, ladrões e o ápice de 
ramos cegos com a finalidade de manter a planta limpa e sadia, 
reduzindo a possibilidade de ocorrência de doenças. A poda de colheita 
tem por objetivo remover os ramos prontos com o botão já formado, 
sendo feita sempre acima de uma gema. Na planta devem permanecer 
no mínimo 3 folhas com 5 foliolos. 
A fertilização se faz aplicando-se N a uma quantia de 20g por 
planta, no inicio da brotação. A nutrição da planta deve ser mantida com 
N (50 a 75 ppm), P2O5 (5 a 10 ppm), K2O (20 ppm) e Ca+Mg (150 a 200 
ppm). 
O controle de invasoras e a manutenção da sanidade das plantas 
devem ser feitas cuidadosamente. As principais pragas que atingem as 
Rosas são os afídeos, os trips, e os ácaros. As principais doenças sao o 
míldio (Peronospora sparsa), o oídio (Sphaerotheca pannosa), o mofo 
cinzento (Botrytis cinérea), a mancha preta (Diplocarpon rosea), 
murchas, e viroses. 
COLHEITA 
O ponto de colheita varia conforme a cultivar. No verão deve-se 
observar as sépalas reflexas e as pétalas soltando-se, no inverno mais 
abertas. 
A hora da colheita depende da temperatura. Em temperaturas 
mais amenas colhe-se duas vezes ao dia. Em temperaturas mais altas, 
como ocorre no verão, colhe-se até três vezes ao dia. As plantas 
colhidas devem ser mantidas em soluções de conservação. 
 
 
 
 
PRODUÇÃO COMERCIAL DE CRISÂNTEMO 
 
 INTRODUÇÃO 
 O crisântemo (Dendranthema grandiflora – Chrysanthemun morifolium), 
botanicamente, pertence a Familia Asteraceae. Sendo que as cultivares atuais 
foram obtidas aa partir de cruzamentos de espécies originarias da China como 
C. indicum, C. morifolium e Maragarida Chusan. Como característica da família 
Asteraceae, sua inflorescência esta disposta em um capitulo (receptáculo plano 
ou convexo rodeado por brácteas). Este capitulo é geralmente formado por dois 
tipos de flores, sendo as femininas dispostas radialmente e as hermafroditas 
dispostas centralmente. 
 CLASSIFICAÇÃO HORTICOLA 
 A planta pode ser classificada conforme a sua finalidade em flor de corte 
ou florífera de vaso, conforme o número de flores por planta em flor única 
(grande ou pequena) ou ramificada; conforme a resposta a temperatura em 
termozero (quando florescimento eficiente ocorrer em 15,5°C e com pouca 
inibição entre 10 e 27°C), termopositiva (com florescimento inibidoabaixo de 
15,5°C, onde o botao nao se abre), ou termonegativa (com florescimento 
inibido acima de 15,5°C, onde ha pouca produção). 
Tambem pode ser classificado conforme o tipo de flor que apresentar em 
simples ou margarida (inflorescência típica, com formato de margarida, as 
flores do centro são tubulares e muito pequenas enquanto a periferia apresenta 
poucas camadas de flores com lígulas desenvolvidas), anêmona (flores do 
disco liguladas, menores que as da periferia, também liguladas), pom-pom 
(normalmente são inflorescências pequenas, formato globoso, onde todas 
flores são liguladas e do mesmo tamanho), decorativa (o tamanho da lígula das 
flores decresce gradativamente de fora para o centro do capítulo), tubular ou 
spider (as lígulas são soldadas, em forma de tubos e apresentam comprimento 
semelhante), reflexo (inflorescência arredondada com as lígulas das flores 
dobrando-se para fora e para baixo), repicado (inflorescência com as flores em 
forma de tubos, com comprimento variável, mas terminadas com os bordos 
denteados), ou encurvado (as flores do disco são menores que as da periferia, 
sendo que as lígulas são côncavas, voltadas para dentro, fechando o capítulo). 
Outra classificação que pode ser usada diz respeito ao período indutivo. 
Sendo o crisântemo uma planta de Dias Curtos (fotoperiodo critico de 13 horas) 
pode ser classificada em precoce (quando florescer de 7 a 9 semanas após o 
inicio do tratamento de dias curtos), médio (quando florescer de 10 a 12 
semanas após o inicio do tratamento de dias curtos), ou tardio (quando 
florescer de 13 a 15 semanas após o inicio do tratamento de dias curtos). 
ESTRUTURA PARA PRODUÇÃO 
O Crisântemo deve ser produzido em ambiente protegido como casa de 
vegetação por exemplo. 
MULTIPLICAÇÃO 
A reprodução do Crisantemo pode ser feita de forma sexuada com o 
objetivo de se obter plantas melhoradas geneticamente. Já a reprodução 
assexuada é utilizada para a obtenção de mudas para matrizeiros (por 
micropropagação) e para a obtenção de mudas para a produção de flores para 
corte e/ou vaso (a partir de estacas vegetativas apicais). 
A seleção de plantas matrizes deve ser feita observando-se a finalidade 
a que se destina a produção (corte ou vaso), o mercado a que se destina a 
produção e sua sensibilidade a doenças. O plantio é feito em recipientes com 
substrato adequado sempre sob tratamento de dias longos. A desponta apical 
é realizada pela primeira vez 8 dias após o plantio e pela segunda vez vinte 
dias após o plantio, retirando-se de três a quatro pares de folhas. 
 A coleta das estacas deve ser feito com cuidado para evitar perdas de 
material por danos mecânicos ou por infestação. As estacas são colhidas no 
ápice da planta com mais ou menos 5 cm de comprimento e com um a dois 
pares de folhas definitivas. Na coleta manual o material deve ser desinfestado. 
 O armazenamento é uma etapa importantíssima e deve ser feito com 
temperatura aoredor de 5°C e Umidade Relativa controlada. As estacas podem 
ficar de 15 a 20 dias em caixas de papelão forradas com plástico para se evitar 
a desidratação. Também devem ser submetidas ao tratamento com fungicida 
de amplo espectro para prevenir doenças como botrytis. 
 O enraizamento deve ocorrer em câmara de nebulização com 
sombreamento. As bancadas devem ser suspensas com 1 m de largura, 20 cm 
de altura e 10 de substrato. As bandejas utilizadas devem ser multicelulares. O 
substrato utilizado pode ser casca de arroz carbonizado, areia lavada, 
vermiculita, bem como outras misturas, sempre sendo desinfestado. O 
espaçamento para o plantio pode ser 3x5 cm ou 3x3 cm, com uma população 
de 650 a 1000 estacas por m². Caso se use regulador de crescimento, este 
deve ser utilizado na dosagem de 500 ppm. Para maior probabilidade de 
sucesso o ar deve apresentar temperatura de 15 a 18°C e o substrato de 18 a 
21°C. Após estarem prontas, as mudas devem ser embaladas para transporte, 
sendo armazenadas a temperatura de 7°C, podendo ficar por 15 a 20 dias. 
 CULTIVO PARA CORTE 
 O plantio é realizado em casas de vegetação ou a céu aberto, porem em 
céu aberto a cultura esta exposta a muito mais riscos, o que pode comprometer 
sua produtividade. O solo ou o substrato usado deve ter pH entre 5,5 e 6,0, 
condutividade elétrica entre 700 e 1300 mS/cm, porosidade total ao redor de 
70%, com 40 a 50% de agua, com 20 a 30% de AFD e aeração de 20 a 40%. 
Os canteiros devem estar elevados e espaçados em 60cm. O sistema de 
irrigação utilizado deve se por gotejamento. Para tutoramento são utilizadas 
redes de sustentação, uma a 70 cm do solo e a outra acima, no terço superior. 
 Os espaçamentos entre plantas utilizadas para o Crisântemo podem ser 
de 12 x 15 cm com população de 60 plantas por m², 12 x 12 cm com população 
de 70 plantas por m², 15 x 15 cm com população de 50 plantas por m². 
 A cultura deve ser conduzida em temperatura diurna por volta de 23 a 
25°C e noturna em torno de 18°C. A irrigação por aspersão deve ser utilizada 
de 3 a 4 vezes por dia na primeira semana, e a partir da quarta ou quinta 
semana deve se utilizar microaspersao baixa ou gotejamento. 
 O crisântemo pertence ao grupo III em relação as exigências 
nutricionais. O solo ou o substrato que será utilizado deve ser analisado para 
que seja feita uma correta adubação. Os níveis mínimos de NPK para 
cobertura devem ser, respectivamente, 25 a 50 ppm, 5 a 10 ppm, e 20 a 40 
ppm. Nutrientes como Ca e Mg devem estar presentes em torno de 150 a 200 
ppm. Para utilização da fertirrigação usa-se 200mg/L de N, 50 mg/L de P2O5 e 
200 mg/L de K2O nos primeiros 50 dias,para uma posterior redução gradual 
pela metade até o momento da colheita. A utilização de micronutrientes na 
fertirrigação pode ser feita via foliar com tratamentos fitossanitários. A utilização 
de aplicação suplementar de CO2 durante o período de crescimento vegetativo 
é benéfica. 
 O controle do florescimento no crisântemo pode ser feito, sempre se 
observando que é uma planta de Dias Curtos, que responde ao fotoperiodo de 
13 horas. O florescimento pode ser induzido, sendo que o dia curto induz ao 
florescimento e o dia longo ao crescimento vegetativo, e a planta necessita de 
28 dias curtos para florescer, utiliza-se o tratamento de DL – DC – DL para que 
a planta alongue as hastes. O tratamento com DC se inicia de 4 a 6 semanas 
após o plantio, para isso se utiliza cortina plástica ou pano de cor preta por 
mais ou menos 16 horas e é suspenso quando cerca de 50 a 60% dos botões 
tiverem mostrado a cor. 
 
 
 
 
Alguns exemplos de manejo que podem ser adotados: 
 
 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 
 
 
 
 O controle do fornecimento de luminosidade para a obtenção de DL 
deve ser bem conduzido para a obtenção de bons resultados. A luz artificial 
quando for utilizada deve ser por meio de lâmpadas incandescentes ou 
fluorescentes. As lâmpadas incandescentes utilizadas devem ter 100 W e 
devem estar suspensas a uma altura de mais ou menos 1 m acima das plantas 
e espaçadas de 1 a 3 m, ligadas de 4 a 6 horas por dia. No inverno a 
iluminação continua deve ser de 4 horas durante a noite (22 às 2 horas), no 
verão deve ser de 3 horas (22 à 1 hora). A iluminação intermitente deve ser 
conduzida ligando-se as lâmpadas por 15 minutos de meia em meia hora. 
De acordo com a sua potencia as lâmpadas são distribuídas dentro da 
estufa em diferentes distancias entre si e em diferentes alturas das plantas. 
Uma lâmpada de 100 W deve ser instalada a 1,3 m das plantas e distantes 1,8 
m entre si, já uma lâmpada de 150 W deve ser instalada a 1,7 m das plantas e 
distantes 3,1 m entre si. 
 O tutoramento deveser conduzido com rede de malha de 15 x 15 cm ou 
30 x 30 cm, sendo eu a primeira deve ser posta a 40 cm do solo e a segunda a 
mais ou menos 70 cm do solo. As podas utilizadas são o pinch primeiramente, 
onde se desponta a planta para quebra da dominância apical quando a planta 
apresentar cerca de 20 cm ainda na fase de crescimento vegetativo ao redor 
da quinta ou sexta semana. A segunda poda é o desbrotamento, onde se 
retiram os brotos excessivos, quando estes possuem em torno de 2 a 3 cm de 
comprimento, é feito quando o objetivo do cultivo é obter apenas uma flor, 
quando se pretende varias essa poda não é necessária. A terceira poda 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 
{. . . . . . . . . . . . . . DL . . . . . . . . . . . . . .} {. . . . . . DC . . . . } {. . . . . . . . . . DN . . . . .... } 
Enraizamento crescimento indução desenvolvimento da 
 vegetativo florescimento flor até colheita 
{. . . . . . . . . . . . . . DL . . . . . . . . . . . . . }{. . DC . ...}{. .DL . . . .}{. DC . . ..}{. . . DN . . ....... } 
 Enraizamento crescimento indução CV IF desenvolv. da 
 vegetativo (CV) florescimento (IF) flor até colheita 
realizada é o desbotonamento, onde é realizada a retirada do botão mais velho, 
essa poda somente é realizada quando se quer obter varias flores. 
 COLHEITA 
 A colheita é realizada quando cerca de 50 a 60% das inflorescências 
estiverem abertas. Quando for uma única flor grande as liulas externas devem 
estar completamente alongadas. Em caso de cachos com inflorescência 
simples, essa deve estar com as lígulas abertas, mas antes da antese. Quando 
o cacho for tipo anêmona as ligulas externas devem estar alongadas, antes das 
flores do centro iniciarem a abertura. se o caso for de o cacho ser do tipo pom-
pom e decorativoo centro e as flores mais velhas devem estar abertas. 
 PÓS-COLHEITA 
 Após a colheita, a flor é classificada e embalada em plástico 
transparente, papel kraft, papelão corrugado, etc. Cada pacote leva 20 hastes e 
seu armazenamento se da em camaras frias com temperatura de 5 a 7°C. As 
hastes ainda podem ser deixadas em solução com 3% de sacarose, 150 mg/L 
de germicida (8-citrato de hidroxiquinolina) por três horas para que a abertura 
floral seja estimulada. O transporte é feito em caminhões frigoríficos, em 
temperatura de 3 a 5°C. 
 PADRÃO DE COMERCIALIZAÇÃO 
 As flores são comercializadas em pacotes com 20 hastes, 
independentemente da variedade e época do ano. Em relação a classificação, 
o crisântemo pode ser classificado em: 
1) Extra (A1): produtos de excelente qualidade, isentos de defeitos 
mínimos; constituída por lotes uniformes e com ótima apresentação, é a 
classe de produtos mais indicada para exportação, desde que adaptada 
às exigências do país de destino. 
2) Classe I (A2): produtos de boa qualidade, sem defeitos graves e alguns 
defeitos leves; formada por lotes uniformes e apresentação. 
3) Classe II (B): qualidade regular, mas ainda em condições de ser 
comercializados e apresentar boa durabilidade. São tolerados alguns 
defeitos graves, mas os lotes devem estar livres de podridões e/ou 
doenças e pragas nocivas para outros lotes comercializados no mesmo 
local. 
Algumas alternativas para facilitar o embalamento podem ser adotadas, 
como por exemplo, dividir as variedades em (I) Variedade com maior 
volume (Polares, Supers e outras), (II) Variedade com volume médio 
(Margardas, Fushine, Dark Flamengo e outras), e (III) Minis (Rex, Rego, 
Fatima e outras). As hstes tabem devem apresentar comprimento mínimo 
de 60 cm, sendo de 75 cm para o Extra ou A1. 
PRAGAS 
Diversas pragas podem afetar o crisântemo, entre as mais comumente 
encontradas estão pulgões (Myzus persicae, Macrosiphoniella samborni, 
Aphis gossypii), lagartas (Heliothis zea, Tricoplusiani), ácaros (Tetranychus 
telarius, Steneotarsonemus palladius), trips (Trips tabaci), mosca minadora 
(Liriomyza sp.). 
DOENÇAS 
As doenças que pode atingir a cultura do crisântemo com maior 
frequência são a Murcha de Verticilium (Verticilium alboatrum), Murcha 
Fusarium (Fusarium oxysporum), a Murcha Rizoctonia (Rhizoctonia solani), 
a Mancha de Septoria (Septoria obesa e S. chysanthemella), o Míldio 
pulverulento (Erysiphe cichoracearum), a podridão de botrítis (Botrytis 
cinérea), a Podridão de ascochita (Mycosphaerella ligulicola), a Ferrugem 
branca (Puccinia horiana), a Murcha bacteriana (Erwinia chrysanthem), e 
viroses. 
DISTURBIOS FISIOLÓGICOS 
Diversos distúrbios, decorridos a partir de um manejo inadequado 
podem vir a acometer o crisântemo. A ocorrência de flores tubulares, por 
exemplo, se da devido a planta ter sido submetida a temperaturas extremas 
ou a falta d’agua. O não florescimento ou o florescimento desigual advem 
da submissão da planta a baixas temperaturas noturnas no inverno ou a 
ineficiência do tratamento de DC. A alteração da coloração das flores 
decorre da planta ter sido exposta a temperaturas muito baixas ou muito 
altas. A clorose internerval pode ter decorrência a partir de um substrato 
com pH alcalino, deficiência de ferro e/ou magnésio. A clorose generalizada 
tem origem na deficiência de N e S, viroses, e alta intensidade luminosa 
associada a altas temperaturas. 
 
PRODUÇÃO COMERCIAL DE GYPSOPHYLA 
 INTRODUÇÃO 
 A gypsophila (Gypsophyla sp.) é uma planta ornamental que teve sua 
origem na Europa e na Asia. Pertence a Familia Caryophylaceae. Sua 
produtividade esta diretamente ligada a intensidade luminosa. 
 MORFOLOGIA 
 A gypsophyla apresenta-se sua morfologia rosetada, atingindo um 
diâmetro de 50 a 60 cm, com flor de 0,5 a 0,8 cm. 
 FISIOLOGIA 
 É uma planta que passa por quatro estágios de desenvolvimento, o 
vegetativo, o de indução ao florescimento, o de elongação e iniciação floral, e o 
de florescimento. A gypsophyla é uma planta de dia longo, ou seja, mais de 13 
horas de luz por dia, e tem a duração do seu ciclo e se florescimento reguladas 
pela temperatura. Assim, a ocorrência de DC associada a temperatura baixa 
torna a planta uma roseta, sem alongamento da haste e sem florescimento. O 
uso de temperaturas altas acima de 30°C juntamente com uso de DL leva ao 
florescimento num período de 60 a 75 dias, o uso de temperaturas baixas 
menores de 30°C juntamente com DC leva ao florescimento em cerca de 80 a 
120 dias. Assim, a utilização de DL com temperatura alta antecipa o 
florescimento, entretanto a flor perde em qualidade. 
 O perfeito desenvolvimento da planta esta diretamente relacionado ao 
fotoperiodo, temperatura e luminosidade. Quanto melhor for o manejo desses 
fatores, maior será o sucesso da cultura. 
 PROPAGAÇÃO 
 As formas de propagação que podem ser usadas na gypsophyla são: 
1) Sexuada: antieconômica pelo alto custo das sementes e indesejável 
porque gera plantas geneticamente segregantes, reduzindo a qualidade 
e o valor comercial; 
2) Vegetativa: lenta e inviabiliza grandes produções; 
3) Micropropagação: tem as vantagens de manter a heterose, permitir a 
multiplicação rápida em períodos de tempo e espaço físico reduzidos e a 
geração de mudas livres de patógenos em escala comercial. 
O período de proliferação é de cerca de 60 dias, sendo que o enraizamento 
leva de uma a três semanas. Quando forem utilizadas estacas vegetativas o 
tempo de enraizamento é de mais ou menos três semanas, sendo o substrato 
utilizado espuma floral ou casca de arroz carbonizada. Esse período exige o 
uso nebulização. As estacas podem ser armazenadas por um período de duasa três semanas em temperatura ao redor de 0 a 1°C. 
 CONDIÇÕES DE CULTIVO 
 A planta pode ser cultivana durante todo o ano em estufas com 
iluminação artificial. O solo deve ter boa drenagem, pH entre 6,0 a 6,5, 
corrigido de 30 a 40 dias antes do plantio quando necessário. O teor de matéria 
orgânica deve ser de media a alto, sendo torta de mamona, farinha de osso, 
humus de minhoca e esterco curtido, alternativas para elevar tal teor no solo. A 
fertilidade deve ser media a alta. A desinfecção deve ser feita, utilizando-se 
vapor d’água, solarização ou algum produto químico. 
 A nutrição deve ser feita com adubo na proporção de 90 kg.ha¹-140 
kg.ha¹-120 kg.ha¹, de N, P2O5 e K2O, respectivamente, e, também com 10 ton 
de esterco por hectare. Na adubação de cobertura a primeira aplicação ocorre 
de 20 a 30 dias após o estabelecimento da planta numa dosagem de (100-150 
kg.ha¹)-(20-30 kg.ha¹)-(100 kg.ha¹). De 20 a 50 dias no estádio de crescimento 
de haste floral aplica-se (120-170 kg.ha¹)-(20-30 kg.ha¹)-(120-170 kg.ha¹). De 
20 a 50 dias do estádio de florescimento aplica-se (100 kg.ha¹)-(20-30 kg.ha¹)-
(150 kg.ha¹). 
 Os canteiros são preparados com uma altura de 25 a 35 cm e largura de 
90 a 100 cm, com caminhos entre eles de 50 cm. O plantio é realizado com 
plantas espaçadas em 30 x 30 cm ou 40 x 40 cm, usando-se irrigação logo 
após o plantio, sendo nos primeiros 3 dias com frequência de 3 vezes ao dia 
(manhã, meio-dia e tarde). No plantio deve-se ter cuidado para que não se 
enterre o colo das plantas. 
 O tutoramento é realizado com uso de uma rede de malha 30 x 30 cm de 
nylon ou arame, sendo a primeira instalada a 40 cm do solo e a segunda a 
mais ou menos 70 cm do solo. A irrigação deve ser feita com agua de boa 
qualidade, na primeira semana irrigar de 3 a 4 vezes por dia com aspersão, 
sendo que a seguir se utiliza gotejamento. A poda é realizada manualmente de 
15 a 30 dias após o plantio com uso do pinch, onde se removem os primeiros 
internódios com folhas pequenas e quebra-se a dominância apical. 
 O tratamento com acido giberélico é uma alternativa que se pode usar. 
No outono/inverno a aplicação pode ser feita de 30 a 35 dias após o plantio. A 
aplicação é realizada pela manha, preferencialmente até as 9 horas, com 
umidade relativa de 75%. O acido giberélico deve estar presente na 
concentração de 300 ppm, fazendo-se 2 a 3 aplicações a cada 10 dias. 
 A iluminação artificial é utilizada no período outono/inverno com 
lâmpadas de 150 a 200 W de potencia, espaçadas em 3,0 x 3,0 m, por um 
período que varia de 4 a 6 horas. A iluminação continua é realizada entre as 22 
e as 2 horas. A iluminação intermitente quando utilizada deve ser na proporção 
½, com 10min de luz/20 min escuro, por exemplo. O tratamento é finalizado 
quando as hastes florais atingirem cerca de 40 cm. 
 
Plantio Início luz 
Dezembro/janeiro 3 a 5 semanas após 
Março, abril ou maio 20 a 30 dias após 
Junho/julho 10 dias após 
 
 COLHEITA E PÓS-COLHEITA 
 A colheita é iniciada quando cerca de 30% das flores estiverem abertas por 
haste, quando as hastes alcançarem 50 a 60 cm. Após a colheita a planta deve ser 
colocada imediatamente em agua a temperatura amena (em torno de 20°C)por 
algumas horas. O florescimento ocorre entre 2 a 3 semanas após surgirem as 
primeiras flores. 
 A abertura floral acontece com maior sucesso em temperatura entre 25 a 
27°C. Uma solução para auxiliar na abertura floral é composta de 50g de 
açucar por litro, 0,1% de TSAr, e 0,2% de bactericida para utilização no verão. 
Para utilização no inverno a solução é composta de 70g de açucar por litro, 
0,2% de TSAr, e 0,2% de bactericida. Uma alternativa que pode ser usada 
também é o uso de 10ml de detergente em 10L de agua. 
 O armazenamento pode ser feito até três semanas a uma temperatura 
de 5°C. Para a comercialização são removidas as folhas inferiores. Os 
processos de preparo, seleção e empacotamento das inflorescências deve ser 
realizado nas salas de abertura floral, com o máximo de cuidado para manter 
as características e a qualidade do produto, assim fica garantido a 
uniformidade de abertura floral, a redução dos danos e maior longevidade pós-
colheita. 
 A produção realizada em estufa de 420 m² rende aproximadamente 
3.500 maços por ano, rendendo 10 hastes por planta a cada ciclo, e com 
capacidade de florescer em media 3 vezes ao ano. 
 Para uma nova produção, após a colheita, corta-se a irrigação e 
fertilização por duas semanas e realiza-se poda para deixar os ramos mais 
vigorosos. Após aguardar duas semanas e observar o surgimento de novos 
ramos, retoma-se a irrigação.

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