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Delineamento em Quadrado Latino (DQL) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – UFSM CAMPUS PALMEIRA DAS MISSÕES CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA TECNICA EXPERIMENTAL COM ANIMAIS Prof. Rafael Tavares Introdução • Delineamento em Quadrado Latino (DQL): além dos princípios da repetição e da casualização, é utilizado também duas vezes o princípio do controle na casualização; • Objetivo: controlar o efeito de dois fatores perturbadores que causam variabilidade entre as unidades experimentais; Introdução • Controlar esta variabilidade: é necessário dividir as unidades experimentais em blocos homogêneos de unidades experimentais em relação a cada fator perturbador; • Número de blocos para cada fator perturbador: deve ser igual ao número de tratamentos. Introdução I tratamentos – I blocos para cada fator perturbador; – Cada bloco deve conter I unidades experimentais; – Precisamos de I2 unidades experimentais; – Cada unidade experimental: pode ser classificada de acordo com cada um dos fatores perturbadores. Introdução Uma vez formados os blocos: distribui-se os tratamentos ao acaso. Restric ̧ão: cada tratamento deve ser designado uma única vez em cada um dos blocos dos dois fatores perturbadores. Exemplo 1: Um experimento de competição de 6 variedades de forragens em que a área experimental apresenta gradiente de fertilidade do solo em duas direções. O DQL possibilita a formação de blocos nas duas direções, ou seja, procedemos a um duplo controle local. Croqui: ilustra a distribuição das variedades (A, B, C, D, E, F) nas parcelas: Características do DQL a) O número total de unidades experimentais necessárias para um experimento nesse delineamento é igual a I2, sendo I o número de tratamentos; b) Cada tratamento: representado uma única vez e ao acaso em cada linha e em cada coluna (ortogonalidade); c) Número de tratamentos: igual ao número de repetições; d) Este delineamento é aconselhável quando o número de tratamentos oscila entre 3 e 10. Para 3 e 4 tratamentos, somente quando se puder repetir o experimento em vários quadrados latinos. Tamanho do DQL x GL do Resíduo FV GL 2x2 3x3 4x4 5x5 8x8 Linhas I-1 1 2 3 4 7 Colunas I-1 1 2 3 4 7 Tratamentos I-1 1 2 3 4 7 Resíduo (I-1) (I-2) 0 2 6 12 42 Total I2-1 3 8 15 24 63 Casualização no DQL Consideremos 5 tratamentos: – A, – B, – C, – D, – E. Casualização no DQL 1. Faz-se a distribuição sistemática dos tratamentos dentro das linhas, de maneira que cada coluna contenha também todos os tratamentos: Casualização no DQL 2. Em seguida distribui-se ao acaso as linhas entre si, e depois as colunas, podendo-se obter um quadrado final semelhante ao apresentado. Casualizando as linhas (2, 4, 5, 1, 3) Casualização no DQL Casualizando as colunas (3, 5, 1, 4, 2) Quadrado Final Quadro de Tabulação de Dados Experimento instalado no DQL com I tratamentos (DQL I x I). A coleta de dados da pesquisa pode ser resumida, em um quadro do tipo: A B C D ETotais T. Modelo estatístico Para os dados oriundos de um experimento instalado segundo o DQL, o seguinte modelo estatístico deve ser utilizado nas análises estatísticas: Modelo estatístico Análise de Variância Partindo do modelo estatístico, pode-se decompor a variação entre os valores observados nas diferentes causas de variabilidade, como demonstrado a seguir: SQ_Total = SQ_Linhas + SQ_Colunas + SQ_Tratamento + SQ_Resíduo Quadro da Análise de Variância Exemplo: Considere um experimento, cujo objetivo foi estudar o efeito da idade de castração no desenvolvimento e produção de suínos, avaliando-se o peso dos leitões. Quatro tratamentos foram estudados: • A - castração aos 56 dias de idades; • B - inteiros (não castrados). • C - castração aos 7 dias de idade; • D - castração aos 21 dias de idade; Exemplo: Duas causas de variação que podem afetar o peso nal dos animais são: • o número de leitões de cada cria (leitegada) e • o peso inicial de cada animal. Exemplo: Exemplo:
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