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CCJ0040-WL-D-AMMA-23-Continuação da Matéria-01

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AULA 23
PROCESSO PENAL I
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
 Prisão no curso do processo.
 Prisão pena e prisão civil. Breve abordagem.
 Prisão Cautelar: Constitucionalidade x
presunção de inocência. O fumus comissi
delicti (fumus boni iuris) e o periculum
libertatis (periculum in mora);
 As características: jurisdicionalidade,
acessoriedade, instrumentalidade
hipotética, provisoriedade, homogeneidade.
 Prisão em espécie: Prisão em flagrante
delito. Fundamento. Facultatividade e
obrigatoriedade.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
 Modalidades de flagrante delito: flagrante
próprio; flagrante impróprio; flagrante
presumido; flagrante esperado; flagrante
provocado ou preparado; súmula nº 145 do
STF; flagrante diferido/retardado, ação
controlada, Lei 9.034/95.
 Estado de flagrante nos crimes permanentes;
habituais; formais; flagrante em crimes de
ação penal pública condicionada à
representação e de ação penal privada.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
 Flagrante em infração da competência do
JECrim. O auto de prisão em flagrante;
A.P.F.: procedimento, formalidades, nota de
culpa. Observar as alterações determinadas
pela Lei 12.403/11.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Prisão em flagrante
A palavra “flagrante” vem do latim flagrans, do verbo 
flagrare, que significa queimar, arder em chamas, crepitar. 
Logo, a expressão “flagrante delito” significa o delito que 
está sendo cometido. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
A prisão em flagrante, prevista nos arts. 301 a 310 do CPP, é
a única hipótese em que ocorre a prisão cautelar sem prévia
ordem judicial, havendo expressa previsão constitucional no
art. 5º, LXI, da CF. Trata-se de pronta reação da sociedade à
prática do crime.
Convém distinguir: uma coisa é o ato de flagrante, ou seja, a
captura do agente na ardência da prática delitiva; outra
coisa é a prisão que decorre da lavratura do auto de prisão
em flagrante.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Nos casos de ação penal pública condicionada à
representação ou de ação penal privada, é possível a
captura do agente, mas é imprescindível a manifestação da
vítima para a lavratura do auto de prisão em flagrante, a
qual, segundo Marcellus Polastri, deve ser colhida em até
24h, em razão do art. 306 do CPP.
Abordando o sujeito ativo da prisão em flagrante, o art. 301
do CPP trata do flagrante facultativo, que pode ser
efetivado por qualquer pessoa, e do flagrante obrigatório,
que deve ser efetivado pela autoridade policial e seus
agentes.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Espécies de prisão em flagrante:
Caso concreto da semana 13:
Determinada quadrilha, composta por oito membros, 
realizava crime de roubo em agência bancária quando foram 
surpreendidos por policiais, tendo início intensa troca de 
tiros. Dois dos membros da quadrilha, João e José, 
conseguiram fugir pela porta dos fundos da agência, levando 
consigo três malas contendo dinheiro, sendo que saíram 
despercebidos no meio da confusão não sendo perseguidos. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
João estava baleado e foi preso em um hospital particular, 
onze horas após o crime, ao ser reconhecido por um dos 
funcionários do banco, sendo José encontrado nove horas 
depois, no interior de sua casa, já durante a noite, na posse 
das malas com o dinheiro. Um outro grupo de quatro 
quadrilheiros, Ricardo, Gelson, Ângelo e Everardo, fizeram o 
gerente do banco de refém, ingressaram em um veículo e 
fugiram do local, passando a ser perseguidos pelos policiais 
que, porém, logo após o início da perseguição perderam os 
criminosos de vista, continuando a procurá-los, tendo estes 
sido localizados e presos dezesseis horas após o crime.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Um outro bandido, Mário, fugiu correndo, sem ser visto 
pelos policiais, aproveitando-se da grande confusão, mas um 
transeunte informou aos policiais a direção seguida pelo 
meliante e estes foram em tal direção buscando localizá-lo e 
acabaram por prendê-lo já no dia seguinte, escondido em 
um matagal, após intensas buscas. O último dos membros da 
quadrilha, Renato, que havia ficado em um carro, furtado 
seis horas antes, e que serviria para dar fuga aos demais, 
abandona o local e uma hora depois é parado em uma blitz e 
acaba sendo preso. Diante do quadro fático exposto, analise 
a legalidade de cada uma das prisões ocorridas, abordando o 
alcance das expressões "logo após" e "logo depois"(artigo 
302, III e VI, CPP), indicando ainda as espécies de flagrante 
e os correspondentes dispositivos legais .
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
O art. 302 do CPP prevê as espécies de prisão em 
flagrante.
(a) flagrante próprio ou propriamente dito (art. 302, I e II, 
do CPP): o agente é surpreendido praticando o crime ou 
ainda na cena do crime, havendo relação de imediatidade
entre a prática criminosa e a prisão;
(b) flagrante impróprio ou quase-flagrante (art. 302, III, do 
CPP): a perseguição ocorre logo após a prática criminosa; a 
expressão “logo após” não se vincula ao prazo de 24h, como 
normalmente se afirma na prática; 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
(c) flagrante ficto ou presumido (art. 302, IV, do CPP): a 
expressão “logo depois” é mais ampla do que a expressão 
“logo após”; embora não haja consenso.
Observação: no caso de crime permanente (ex. seqüestro –
art. 148 do CP), assim como a sua consumação, o estado de 
flagrância se prolonga no tempo, razão pela qual se justifica 
a prisão em flagrante em qualquer momento
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Observação: existe divergência quanto à possibilidade de 
prisão em flagrante no caso de crime habitual (ex. 
curandeirismo – art. 284 do CP); Tourinho Filho entende que 
o flagrante não é possível porque o crime habitual apenas se 
consuma com a reiteração da prática criminosa, motivo pelo 
qual a conduta isolada praticada no dia da prisão não 
configura o crime e, portanto, não justifica a prisão; mas há 
autores que entendem que a conduta do dia prisão deve ser 
considerada em conjunto com as condutas passadas, de 
modo que é possível a prisão em flagrante. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
A doutrina também se refere às seguintes prisões em 
flagrante.
Exercício suplementar da semana 13:
O policial Fernando recebe determinação para investigar a 
venda de drogas em uma determinada localidade, próximo a 
uma reconhecida Faculdade de Direito. A autoridade 
judiciária autoriza que o policial, neste primeiro momento, 
não atue sobre os portadores e vendedores de 
entorpecentes, com a finalidade de identificar e 
responsabilizar um maior número de integrantes na 
operacionalização do tráfico e de sua distribuição. A figura 
do flagrante diferido é prevista em quais legislações 
brasileiras? 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
a) Na Lei de Drogas (11.343/06) e na Lei do Crime 
Organizado (9.034/95).
b) Somente na Lei de Drogas (11.343/06).
c) Na Lei de Drogas (11.343/06) e na Lei de Crimes 
Hediondos (8.072/90).
d) Na Lei do Crime Organizado (9.034/95) e na Lei de Crimes 
Hediondos (8.072/90). 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
(a) flagrante provocado ou preparado: é criada uma situação 
em que o agente é levado a praticar uma conduta que, a 
princípio, não praticaria; a súmula 145 do STF afirma que a 
hipótese é de crime impossível, razão pela qual a prisão não 
se sustenta; logo, a prisão em flagrante deve ser relaxada; 
(b) flagrante esperado ou aguardado: não se muda a vontade 
do agente; sabendo que o agente praticará tal conduta, 
apenas aguarda-se o momento para efetuar a prisão; a 
prisão é legal e deve ser mantida.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
(c) flagrante forjado ou criado: muda-se o fato para 
justificar a prisão que, a princípio, não ocorreria;a prisão é 
ilegal e deve ser relaxada.
(d) flagrante postergado ou protelado: atrasa-se o momento 
da execução da prisão com o objetivo de conseguir maiores 
elementos probatório (art. 2º, II, da Lei 9034/95). 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Observação: Quando a constituição – art. 5º, XII - se refere a 
“flagrante delito”, Marcellus Polastri e Camargo Aranha 
entendem que estão abrangidas todas as hipóteses de 
flagrante, previstas no art. 302 I a IV, do CPP, e não apenas 
os casos de flagrante próprio. Tourinho Filho afirma que a 
constituição se refere apenas às hipóteses de flagrante 
próprio, previstas no art. 302, I e II, do CPP.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Observação: Modificações trazidas pela Lei 12.403/11.
A Lei 12403/11 determina que a prisão em flagrante tem que 
ser comunicada ao juiz dentro em 24 horas – art. 306 e §§ -
e se o juiz entender que a restrição de liberdade deve 
permanecer, ele terá que converter a prisão em flagrante 
em prisão preventiva – art. 310, II. Assim, podemos concluir 
que a prisão em flagrante só pode existir por 24 horas, 
porque depois disso, ou o agente será posto em liberdade ou 
a prisão preventiva terá que ser decretada. No entanto, o 
art. 310, II, CPP também determina que o juiz antes de 
decretar a prisão preventiva deve verificar se é cabível e 
adequada à decretação de medida cautelar diversa da 
prisão, que são as previstas no art. 319, CPP. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Lavratura do termo circunstanciado e não imposição de 
prisão em flagrante.
O art. 69 da Lei 9099/95 prevê a lavratura do termo 
circunstanciado, o qual equivale mais ou menos ao inquérito 
policial que é instaurado quando o crime a ser investigado 
não é da competência do juizado especial criminal.
Normalmente, apenas a vítima comparece na delegacia de 
polícia e pleiteia a lavratura do termo circunstanciado. Mas 
pode ocorrer uma situação de flagrância. Se não houvesse a 
Lei 9099/95, seria lavrado o auto de prisão em flagrante. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
No entanto, o art. 69, parágrafo único, da Lei 9099/95, 
garante ao agressor o direito de não ser lavrado o auto de 
prisão em flagrante. Para tanto, basta que o agressor seja 
imediatamente encaminhado ao juizado especial criminal ou 
se comprometa a comparecer quando intimado. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Exercício suplementar da semana 14:
Como se sabe, a prisão processual (provisória ou cautelar) é 
a decretada antes do trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeito de 
tal modalidade de prisão, é correto afirmar que:
a) em nosso ordenamento jurídico, a prisão processual 
contempla as seguintes modalidades: prisão em flagrante, 
preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de 
sentença condenatória recorrível.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
b) a prisão temporária tem como pressupostos a existência 
de indícios de autoria e prova da materialidade, e como 
fundamentos a necessidade de garantia da ordem pública, a 
conveniência da instrução criminal, a necessidade de 
garantir a futura aplicação da lei penal e a garantia da 
ordem pública.
c) o prazo de duração da prisão temporária é de cinco dias, 
prorrogável por mais cinco em caso de extrema e 
comprovada necessidade. Em se tratando, todavia, de crime 
hediondo, a prisão temporária poderá ser decretada pelo 
prazo de trinta dias, prorrogável por igual período.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
d) são requisitos da prisão preventiva a sua 
imprescindibilidade para as investigações do inquérito 
policial e o fato de o indiciado não ter residência fixa ou não 
fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua 
identidade.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Prisão temporária
Lei 7960/89
Tourinho Filho entende que a prisão temporária é 
inconstitucional porque admite se restringe a liberdade do 
indiciado sem a demonstração de sua real necessidade, o 
que viola o princípio da inocência, previsto no art. 5º, LVII, 
da Carta Magna.
Marcellus Polastri entende que a prisão temporária é 
constitucional porque só é possível decretá-la quando 
demonstrada a sua necessidade e porque o princípio da 
inocência, previsto no art. 5º, LVII, da Lei Maior, apenas se 
refere à prisão definitiva, e não às prisões cautelares.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
O art. 1º, I, II e III, da Lei 7960/89, prevê os requisitos da 
prisão temporária. 
Há quem entenda que basta a presença de um dos incisos 
para viabilizar a decretação da prisão temporária. Há quem 
exija a presença dos três incisos para viabilizar a prisão 
temporária.
O entendimento majoritário (Antônio Scarance Fernandes) 
afirma que devem ser combinados um inciso que represente 
o periculum libertatis (inciso I ou inciso II) e um inciso que 
represente o fumus comissi delicti (inciso III)
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Observação: Vicente Greco Filho afirma que devem ser 
combinados os incisos I e III ou devem ser combinados os 
incisos II e III, aos quais deve ser adicionado algum dos 
fundamentos da prisão preventiva, previstos no art. 312 do 
CPP.
Observação: Marcellus Polastri afirma que devem ser 
combinados os incisos I e III, não sendo suficiente a 
combinação dos incisos II e III, destacando que a presença do 
inciso II não revela, por si só, a necessidade da prisão 
temporária. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Em regra, a prisão temporária é decretada pelo prazo de 
cinco dias, o qual pode ser prorrogado por outros cinco dias, 
em caso de extrema e comprovada necessidade, conforme o 
art. 2º da Lei 7960/89.
Nos casos de crime hediondo e equiparados, o prazo da 
prisão temporária é de trinta dias, o qual pode ser 
prorrogado por outros trinta dias, nos termos do art. 2º, §
3º, da Lei 8072/90.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
Prisão preventiva
Caso concreto da semana 14:
João, primário e de bons antecedentes, foi preso em 
flagrante pela prática do crime contra ordem econômica, 
previsto no art. 7º II da Lei 8137/90. Na delegacia de polícia, 
a autoridade policial ao lavrar o auto de prisão em 
flagrante, deixa de conceder ao preso a liberdade provisória 
e encaminha o APF ao Juiz nos termos do art. 306 do CPP, 
que converte a prisão em flagrante em preventiva, de 
acordo com o art. 310, II do mesmo diploma legal. Diante do 
exposto responda. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 23
a) Agiu corretamente o magistrado?
b) O que pode ser pleiteado em favor de João?

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