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CCJ0040-WL-C-AMMA-24-Continuação da Matéria-02

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AULA 24
PROCESSO PENAL I
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 24
Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989). Constitucionalidade. Requisitos. Cabimento. Prazos.Prisão no curso do processo. 
Prisão Preventiva: Momento para o decreto: uma releitura do art. 311 do CPP; Requisitos e fundamentos da prisão preventiva; Prisão preventiva por descumprimento de outras medidas cautelares e prisão por reincidência; Prisão preventiva e violência doméstica; Prisão para identificação do indiciado; Prisão preventiva e excludente de ilicitude;
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Revogação da prisão decorrente de sentença penal condenatória recorrível e da obrigatoriedade do recolhimento à prisão para recorrer (art. 393 e 595, CPP). Medidas cautelares diversas da prisão.Modalidades de flagrante delito: flagrante próprio; flagrante impróprio; flagrante presumido; flagrante esperado; flagrante provocado ou preparado; súmula nº 145 do STF; flagrante diferido/retardado, ação controlada, Lei 9.034/95. 
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Prisão preventiva
 
Caso concreto da semana 14:
 
João, primário e de bons antecedentes, foi preso em flagrante pela prática do crime contra ordem econômica, previsto no art. 7º II da Lei 8137/90. Na delegacia de polícia, a autoridade policial ao lavrar o auto de prisão em flagrante, deixa de conceder ao preso a liberdade provisória e encaminha o APF ao Juiz nos termos do art. 306 do CPP, que converte a prisão em flagrante em preventiva, de acordo com o art. 310, II do mesmo diploma legal. Diante do exposto responda. 
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a) Agiu corretamente o magistrado?
b) O que pode ser pleiteado em favor de João?
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Na prisão preventiva, o fumus comissi delicti decorre da presença da prova da existência do crime e do indício suficiente de autoria (art. 312, segunda parte, do CPP), enquanto o periculum libertatis deriva da garantia da ordem pública, da garantia da ordem econômica, da conveniência da instrução criminal e da aplicação da lei penal (art. 312, primeira parte, do CPP). 
Para que se possa decretar a prisão preventiva, é preciso que o juiz examine se o caso se adéqua ao art. 312 do CPP e ao art. 313 CPP.
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Observação: Frederico Marques e Tourinho Filho entendem que não se justifica a prisão preventiva como garantia da ordem pública ou econômica porque, nestes casos, a medida perde o seu caráter cautelar, já que não se pretende assegurar a execução de eventual sentença condenatória, mas sim evitar a prática de outros crimes. 
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A prisão preventiva para garantia da ordem econômica foi inserida no art. 312 do CPP pela Lei 8884/94, mas, a rigor, o conceito de ordem econômica está inserido no conceito de ordem pública, tendo aplicação mais especificamente nos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas etc.
 
A prisão preventiva por conveniência da instrução criminal deve ser decretada quando a liberdade do réu prejudica a colheita da prova e, por consequência, acarreta o desrespeito ao princípio da verdade real (ex. quando o réu ameaça testemunhas etc.). 
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A prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal deve ser decretada quando há informação no sentido de que o réu, em liberdade, buscará se evadir, inviabilizando a execução de eventual sentença condenatória.
Marcellus Polastri entende que o juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício, em razão do sistema acusatório. Tourinho Filho admite sem qualquer restrição a prisão preventiva de ofício.
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O ato jurisdicional que decreta a prisão preventiva tem natureza jurídica de decisão interlocutória simples, razão pela qual há de ser fundamentado, a teor do art. 93, IX, da CF. 
O CPP, em sua redação original, não previu recurso contra a decisão que indefere o pedido de prisão preventiva. Entretanto, a Lei 7780/89 alterou o art. 581, V, do CPP, passando a prever o recurso em sentido estrito. Contra a decisão que decreta a prisão preventiva, cabe habeas corpus.
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Prisão decorrente de pronúncia
 
 
A decisão de pronúncia encaminha a causa para o julgamento do tribunal do júri, sendo certo que o art. 413, § 3º, do CPP autoriza que o juiz, neste momento, decrete a prisão do réu, se necessária. 
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Então, a questão é a seguinte: de que forma é possível perceber que a prisão é necessária? Resposta: se estiver presente algum dos fundamentos do art. 312 do CPP, ou seja, se a prisão for necessária para garantia da ordem pública, para garantia da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, a prisão será necessária; em caso contrário, a prisão será desnecessária. 
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Prisão decorrente de sentença condenatória recorrível
 
 
O art. 387, § 1º do CPP afirma que no momento da sentença condenatória o juiz pode decretar a prisão preventiva do réu. Assim, mesmo no momento da sentença condenatória, a prisão continua sendo cautelar.
 
Observação: Afrânio Silva Jardim afirma que a prisão decorrente da sentença condenatória constitui verdadeira execução penal provisória, com o que discorda Marcellus Polastri, afirmando que o caso é de prisão cautelar.

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