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ALIMENTAÇÃO 
INFANTIL
FALANDO SOBRE
E -Book baseado no Gu ia 
Al imenta r 
para  Cr ianças  Menores 
de  Do i s anos do 
Min i s té r i o da Saúde
SUMÁRIO
Alimentação infantil 
Da alimentação complementar à 
comida da família 
Grupos alimentares 
Como oferecer alimentos novos? 
Nível de processamento 
Alimentos ultraprocessados 
O que evitar? 
Cuidados simples  
Receitas
ALIMENTAÇÃO INFANTIL 
ALEITAMENTO 
MATERNO 
EXCLUSIVO ATÉ O 
6° MÊS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIMENTOS 
COMPLEMENTARES 
DEVEM SER 
OFERECIDOS A 
PARTIR DOS SEIS 
MESES DE IDADE 
A alimentação infantil pode ser fonte de muitas dúvidas e preocupações dos 
pais e outros familiares, principalmente na fase de introdução de novos 
alimentos: O que oferecer? a alimentação do bebê precisa ser diferente da 
refeição da família? Quais alimentos são mais indicados para cada fase? 
Os dois primeiros anos de vida da criança são caracterizados por 
crescimento acelerado acompanhados pelos processos de desenvolvimento 
neurológico, psicomotor e do comportamento alimentar. As práticas 
alimentares nos  primeiros anos de vida envolvem os processos de 
aleitamento e de alimentação complementar. 
É nessa fase da vida, com o desenvolvimento da maturidade fisiológica, dos 
reflexos e do paladar, que os hábitos alimentares começam a ser 
construídos! A escolha do alimento, os tipos de preparo e as formas de 
oferecê-lo à criança são fundamentais para a criaça ter uma boa relação com 
a comida e para garantir a saúde, o  crescimento e desenvolvimento 
adequados. 
Nesse e-book, você vai encontrar recomendações importantes baseadas no 
guia alimentar para menores de dois anos do ministério da saúde 
e orientações especiais quanto às escolhas alimentares saudáveis,higiene e 
preparo adequado dos alimentos para não restarem mais dúvidas!
DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
A COMIDA DA FAMÍLIA
Alimentos complementares são quaisquer alimentos, que não o leite, oferecidos à 
criança amamentada. A OMS recomenda que os alimentos complementares sejam 
oferecidos a partir dos seis meses de idade. #1
A refeição do bebê deve incluir todos os grupos alimentares. 
#2 Ao sexto mês, recomenda-se três refeições diárias de alimentos complementares para crianças amamentadas ao peito e cinco refeições para as não amamentadas. 
Quando a família opta por fazer as "papinhas", já no início, a alimentação deve ser 
espessa; deve começar com consistência pastosa (amassada com garfo) ou macia, sendo 
oferecida em pequenos pedaços e gradativamente aumentar a sua consistência até 
chegar à alimentação da família 
#3
Respeite o tempo do bebê! 
Apesar da recomendação para o inicio da introdução de alimentos ser aos seis meses 
de idade, as crianças podem apresentar níveis de desenvolvimento distintos. Observe 
se o seu filho consegue sentar-se sozinho, se segura objetos e leva-os à boca e se 
demonstra interesse e se é receptivo aos alimentos. 
#4
GRUPOS DE 
ALIMENTOS
Cereais e tubérculos: arroz, batata, 
mandioca, inhame, macarrão
Feijões: todos os tipos de feijão, soja, 
lentilha e grão-de-bico
Carnes e ovos: carne bovina, de frango, 
de porco, peixe e ovos 
Legumes e verduras: folhas verdes, 
abóbora, beterraba, abobrinha 
Frutas: laranja, maçã, pêra, melancia, 
banana 
COMO OFERECER ALIMENTOS NOVOS?
Ofereça de novo! Em geral, as crianças tendem a rejeitar alimentos que não lhes 
são familiares, porém, com exposições frequentes, os alimentos novos passam a 
ser aceitos, podendo ser incorporados à dieta. Em média, são necessárias de oito 
a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança. 
#1
Não force o bebê a comer! A atitude da pessoa que alimenta a criança também 
pode influenciar seus futuros hábitos alimentares. As crianças tendem a não 
gostar de alimentos quando, para ingerí-los, são submetidas à chantagem, 
coação ou premiação.  
 
#2
Apetite! A falta de apetite das crianças pode ter várias razões, podendo ser tanto 
por uma deficiência nutricional ou consistência inadequada dos alimentos, mas 
decorrente também do desenvolvimento natural do bebê (nascimento de dentes, 
saltos de desenvolvimento). Para estimulá-la a comer, ofereça, desde cedo, 
diferentes cores, texturas e sabores dos alimentos. Lembre-se de que seu 
estômago é pequeno, o que pode dar uma falsa impressão de falta de apetite. 
#3
NÍVEL DE PROCESSAMENTO DOS ALIMENTOS
A l i m e n t o s i n n a t u r a 
A l i m e n t o s p r o c e s s a d o s
A l i m e n t o s u l t r a p r o c e s s a d o s
São obtidos diretamente de plantas ou de animais e passam por 
nenhuma ou mínimas alterações após deixar a natureza. São as frutas, 
legumes, verduras, cereais, feijões, frutas secas, leite, carnes e ovos. 
Devem ser a base da nossa alimentação!
São fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar ou outra 
substância de uso culinário a alimentos in natura para torná-los duráveis 
e mais agradáveis ao paladar. Queijos, enlatados e conservas são 
exemplos. Seu consumo deve ser limitado à pequenas quantidades.
São alimentos fabricados na indústria que passaram por técnicas e 
processamentos com alta quantidade de sal, açúcar, gorduras, 
conservantes, realçadores de sabor e texturizantes. São os biscoitos, 
sorvetes, guloseimas em geral, sopas em pó, macarrão e temperos
‘instantâneos’, salgadinhos de pacote”, salsichas, hambúrgueres, refrescos 
e refrigerantes, O consumo desses alimentos deve ser evitado. 
ALIMENTOS 
ULTRAPROCESSADOS: 
Qual o problema?
Alimentos ultraprocessados tendem a ser 
muito pobres em fibras, vitaminas e minerais, 
e possuem quantidades elevadas de calorias, 
gordura, açúcar, sal e aditivos. Esse tipo de 
alimento pode atrapalhar os sinais de fome e 
de saciedade do corpo da criança, além de 
poder "viciar" o paladar desde cedo. Assim, 
prefira alimentos in natura e evite oferecer 
alimentos ultraprocessados aos bebês.
O QUE EVITAR NA 
ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ?
No período compreendido entre a fase dos quatro aos seis 
meses de vida a criança atinge um estágio de maturidade 
fisiológica, que a torna capaz de lidar com alimentos 
diferentes do leite materno. Porém, antes dos dois anos, 
existem alguns cuidados: 
Deve-se evitar a ingestão de açúcar e produtos que o 
contenham (biscoitos doces, refrigerantes, balas, iogurtes 
adoçados), que favorecem a formação de cáries e obesidade.
Usar sal com moderação. Prefira as ervas frescas ou 
desidratadas, que podem ser usadas na alimentação infantil! 
Evitar alimentos industrializados pré-prontos, embutidos, 
salgadinhos, café e chás, entre outros. 
Água de coco e sucos também devem ser evitados, podem ser 
consumidos após um ano em pequenas quantidades e como 
parte das refeições.
No primeiro ano de vida, não se recomenda o uso de mel, pelo 
risco de botulismo. 
Evitar oferecer alimentos contendo aditivos, principalmente 
corantes, conservantes e adoçantes artificiais. 
Para crianças em aleitamento materno, não é recomendado 
leite de vaca antes dos 12 meses. Após essa idade, ele não é 
necessário, caso o aleitamento esteja garantido.
CUIDADOS
SIMPLES
#1 Valorize a autonomia do seu filho epermita que ele tenha contato com
os alimentos. Deixe-a pegar os
alimentos!
#2 Proporcione um ambiente calmo,agradável e sem distrações para
realizar as refeições
#3
Aproveite o período de safra dos
alimentos! Além de oferecerem mais
nutrientes, podem apresentar menor
custo
#4
É importante oferecer água potável a
partir da introdução da alimentação
complementar. A água para beber
deve ser filtrada, fervida ou clorada.
(2 gotas de hipoclorito de sódio a
2,5% por litro de água, aguardando-
se por 15 minutos para ser
oferecida). Para a faixa etária de 1 a
3 anos, a quantidade  de líquidosrecomendada é de 900 mL.
Os hábitos e padrões alimentares da 
família exercem um papel 
fundamental no comportamento 
alimentar da criança. 
A partir do 12º mês, a criança já deve 
estar consumindo a comida da família 
e, por isso, é muito importante que os 
hábitos alimentares e o estilo de vida 
adequados sejam praticados 
por todos os membros da família. 
#4
HIGIENE DOS ALIMENTOS
A partir da introdução de alimentação sólidos, há aumento no risco de doenças infecciosas devido à 
contaminação de utensílios, água e alimentos, podendo causar diarreias e doenças respiratórias.  
É importante que sejam tomados cuidados de higiene na preparação e na oferta dos alimentos: 
•Lave bem as mãos com água e sabão toda vez que for preparar ou oferecer o alimento à criança; 
•Ofereça água tratada, filtrada e fervida para a criança beber. O mesmo cuidado deve ser observado 
em relação à água usada para preparar os alimentos; 
•Frutas, legumes e verduras devem ser lavados em água corrente e colocados de molho por dez 
minutos, em água clorada, utilizando produto adequado para esse fim (ler rótulo da embalagem) na 
diluição de uma colher de sopa do produto para cada litro de água. Depois, enxaguar em água 
corrente, antes de serem descascados, mesmo aqueles que não sejam consumidos com casca; 
•Todo utensílio utilizado para oferecer a alimentação à criança precisa seja previamente lavado e 
enxaguado com água limpa; 
•Os alimentos devem ser bem cozidos e oferecidos em recipientes limpos e higienizados. 
   
COMO 
TEMPERAR?
Não é recomendado o uso de caldos ou tabletes de carne industrializados, 
legumes ou quaisquer condimentos industrializados nas preparações para 
crianças. A adição de sal deve ser feita com moderação, inclusive entre os 
maiores de um ano! Prefira temperos naturais, como ervas e especiarias, que 
vão ajudar a aguçar o paladar do seu bebê!
V O C Ê T A M B É M 
P O D E 
A C R E S C E N T A R 
E R V A S 
A R O M Á T I C A S !
W E D E L I V E R H E A L T H Y . C O
2 colheres de sopa de azeite 
1 cebola picada 
1 cenoura picada em cubos pequenos 
1/2 pimentão em cubos 
1 colher de café de sementes de chia
(opcional) 
01
INGREDIENTES01
MODO DE PREPARO02
CALDO DE LEGUMES 
NATURAL
Em uma frigideira, aqueça o azeite e adicione a 
cebola, cenoura, pimentão e as sementes de chia. 
Deixe refogar por cerca de 10 minutos. Quando a 
cebola estiver dourada, retire do fogo e bata tudo 
no liquidificador até formar um puré. 
Por fim, para armazenar a pasta, coloque a mistura 
em uma forma de gelo e deixe umas horas no 
congelador para que solidifique. 
ESPAGUETE DE ABOBRINHA E 
CENOURA
1 c e n o u r a
1 a b o b r i n h a p e q u e n a
1 u m a c o l h e r ( c h á ) d e a z e i t e
8 t o m a t e s m a d u r o s
1 c e b o l a p i c a d a
o r é g a n o , m a n j e r i c ã o e u m a 
p i t a d i n h a d e s a l ( a g o s t o )
MODO DE
PREPARO
20
Você vai levar aproximadamente
vinte minutos para fazer essa
receita
Lave as abobrinhas e a cenoura e fazer os espaguetes com o cortador de legumes em espiral, um 
ralador comum (ralando no sentido do comprimento) ou fazendo fatias finas com auxílio de uma faca. 
Com uma faca, faça um corte em X na base dos tomates. 
Coloque-os numa panela com água fervendo por 20 segundos. Prepare uma tigela com água e gelo. 
Retire os tomates da panela e mergulhe-os na tigela.
Pelo X, puxe a pele como se fossem quatro folhas - o choque térmico faz com que a pele se 
desprenda facilmente. 
Numa tábua, corte os tomates na metade e retire as sementes. 
Não os enxágüe, para não tirar o sabor. Corte-os cubinhos. 
Numa panela média, junte os cubinhos de tomate, a cebola picada e o orégano. Leve ao fogo baixo e 
deixe cozinhar por 10 minutos. 
Retire do fogo e tempere com sal e ervas a gosto. Regue com o azeite. 
Numa travessa, disponha o espaguete e regue com o molho de tomate. 
Se quiser, decore com folhas de manjericão
Se preferir molho à bolonhesa, você também pode acrescentar carne moída refogada!
V O C Ê T A M B É M 
P O D E F A Z E R 
U M K E T C H U P 
C A S E I R O !
W E D E L I V E R H E A L T H Y . C O
4 filés de frango 
1 ovo 
½ xícara de aveia em flocos finos 
½ xícara de farinha de trigo integral 
Orégano 
Sal e temperos à gosto 
. 
01
INGREDIENTES01
MODO DE PREPARO02
FRANGO EMPANADO 
CASEIRO
Em um recipiente  misture a aveia e a farinha de trigo 
integral e o orégano.
Em outro recipiente quebre os ovos e bata levemente
Corte os filés de frango no tamanho de su preferência e 
acrescente sal e temperos à gosto
Passe os filés no ovo e depois na farinha
Coloque em uma assadeira antiaderente untada com azeite 
e asse no forno pré-aquecido a 200 graus por 20 a 25 
minutos, dependendo da espessura do corte. 
. 
Ingredientes: 
2 bananas bem maduras 
1/4 xícara (chá) de óleo vegetal 
2 ovos 
1 xícaras (chá) de aveia em flocos 
1/2 xícara (chá) de uvas passas 
1 colheres (sopa) de fermento em pó 
1 colher (café) de canela 
 
Modo de preparo: 
Em um liquidificador, bata todos os ingredientes 
por cerca de 2 minutos, exceto o fermento. 
Desligue o liquidificador, adicione o fermento, 
mexa com uma colher e leve para assar usando 
uma forma de bolo inglês untada e enfarinhada 
 (ou em forminhas de silicone, que não precisa 
untar) em forno médio 180oC por cerca de 30 
minutos. 
 
BOLO DE 
BANANA E 
AVE IA
Produzido e adaptado por Gabriela de Souza Viana, aluna de graduação em Nutrição pela 
Faculdade de Saúde Pública da USP decorrente de seu Trabalho de Conclusão de Curso. 
 Colaboração de Bruna Vanicolli, aluna de graduação em Nutrição pela Faculdade de 
Saúde Pública da USP decorrente de seu Projeto de Iniciação Científica pelo Conselho 
Nacional de Pesquisa-CNPq 
Orientação: Nutricionista Viviane Laudelino Vieira
Este e-book contém informações baseadas no Guia alimentar para crianças menores de 
dois anos do Ministério da Saúde e de normas e manuais técnicos da ORGANIZAÇÃO PAN- 
AMERICANA DA SAÚDE
OBRIGADA! ! !
PARA SABER MAIS SOBRE ALIMENTAÇÃO INFANTIL ACESSE TAMBÉM: 
WWW.FB.COM/MATERNIDADESEMNEURA 
CRNUTRI@FSP.USP.BR 
Para saber mais...
Ministério da Saúde. Guia Alimentar para crianças menores de dois anos. 
Brasília; 2005. 
Ministério da Saúde. Dez Passos para a Alimentação Saudável de crianças 
menores de 2 anos. Brasília; 2015. 
Ministério da Saúde. Guia Alimentar para População Brasileira. Brasília; 
2014. 
Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Aleitamento Materno e Alimentação 
complementar. Brasília; 2015.
GNT-Socorro! Meu filho come mal-Espaguete de cenoura e abobrinha
GNT-Cozinha Socorro! Meu filho come mal - Frango empanado caseiro
Blog Maternidade Sem Neura - Viviane Laudelino Vieira - Bolo de banana
Sociedade Brasileira de pediatria. Manual de Nutrologia. 2012.

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