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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA- SEET DEPARTAMENTO DE FÍSICA - DEFIS ANDRESSA MAYARA COSTA ROSA LEONIR JOSAFAT GUEMBARSKI MARIANA GABRIELA FABIANI MATHEUS VIEIRA CAMARGO RAMOS PATRICIA CAMARGO DE OLIVEIRA MEDIDAS DE CAPACITÂNCIA Relatório entregue ao professor Dr. Valdirlei Fernandes Freitas da disciplina de Física Experimental II para obtenção de nota parcial referente ao 1º semestre do 2º ano do curso de Física. Experimento realizado dia 17/04/2017 e entregue dia 24/04/2017. Responsável pelo relatório: Leonir Josafat Guembarski. Guarapuava - PR 2017 1 - RESUMO O presente estudo se desenvolve acerca da conceituação e observação da capacitância de circuitos elétricos, visto que é uma característica relacionada ao armazenamento de energia elétrica em um sistema, de modo que o cálculo da capacitância e do capacitor estão relacionados à estrutura geométrica do capacitor, à área das suas componentes e à distância entre elas. 2 - INTRODUÇÃO Como já é conhecido, o potencial elétrico é definido pela quantidade de energia potencial por unidade de carga. Quando duas cargas elétricas de sinais opostos e que estão separadas por uma distância na qual pode-se colocar um material isolante, temos a formação de um capacitor. Visto que este tem por finalidade o armazenamento de energia potencial elétrica formada pelo campo elétrico entre as cargas, onde cabe-se compreender que o capacitor não é o responsável pela produção de cargas elétricas, somente tem a tarefa de armazená-las. [1] Há diferentes tipos de capacitores, sendo o que os diferencia são as diferentes formas geométricas que cada um deles possui. O capacitor mais comum é o de placas paralelas, e como as placas são constituídas de um material condutor, há a formação de uma superfície equipotencial, calculada pela expressão abaixo: [1] (Equação 1) Q = C * V Sendo que: Q= Módulo da carga C= Capacitância V= Diferença de Potencial Elétrico A partir da equação 1, pode-se determinar o módulo da capacitância através da seguinte relação matemática: (Equação 2)/V CQ = Em sintonia com a simetria existente entre os capacitores, é possível calcular o campo elétrico interno do sistema pela Lei de Gauss, exemplificada na equação que se segue: capacitância ↑ q = C · V dp→ d ↓ carga C = qV V olt Coulomb aradF = CV Lei de Gauss → → E como C = qV → A partir da esquematização matemática acima, pode-se estimar a capacitância de um sistema de cargas. A capacitância é a grandeza que define a quantidade que um capacitor consegue armazenar de energia potencial elétrica de um sistema e sua unidade no Sistema Internacional de Medidas (SI) é dada em Farad (F). 3 - OBJETIVOS ● Conceituar capacitância de um capacitor de placas paralelas; ● Determinar a dependência da distância entre as placas de um capacitor e sua capacitância; ● Reconhecer a variação da capacitância conforme o dielétrico utilizado; ● Determinar a permissividade elétrica do ar. 4 - MATERIAIS ● 1 Conjunto composto por bases e duas placas capacitoras paralelas; ● 1 cabo com terminais para capacímetro; ● 1 capacímetro ou multímetro; ● 1 par de placas circulares de diâmetro maior que o do conjunto; ● 1 paquímetro; ● Placas de vidro. Figura 1: Arranjo experimental para as medidas de capacitância Fonte: do autor. Foto: Leonir J. G. com edição de: Matheus V. C. Ramos 5 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para a realização do experimento conectou-se o cabo com terminal para capacímetro, no capacitor e no multímetro, sendo que este foi regulado para a escala conveniente do capacímetro. Então retirou-se a placa de disco móvel da base metálica do capacitor, anotando-se o valor da capacitância, este valor sendo considerado a capacitância residual do sistema. Em seguida colocou-se novamente a placa de disco em seu lugar inicial, e ajustando-se o disco na posição zero marcou-se o valor da capacitância para diferentes casos, determinados por diferentes valores de distância entre as placas do capacitor, compreendidas entre 1 e 10 mm. Para finalizar o experimento, colocou-se uma placa de vidro entre as placas de disco e mediu-se o valor obtido para a capacitância nesta situação. A partir dos dados coletados em cada análise, realizou-se uma avaliação entre valores experimentais e teóricos, bem como procurou se entender as relações entre as variáveis das grandezas elétricas observadas. 6 - RESULTADOS E DISCUSSÕES Dados referentes à prática 1 onde foram medidas a capacitância em diferentes situações apresentadas na tabela 1. TABELA 1: Medidas de capacitância obtidas para diferentes distâncias entre as placas do capacitor. Distância (mm) ± 0,5 Capacitância medida (pF) ± 0,1 Capacitância resultante (pF) ± 0,1 Área dividida pela distância (m) Permissividade obtida (10-12C2/N.m2) 0 52 44 0 0 1 33 25 8,01 3,12 2 27 19 4,00 4,75 3 22 14 2,67 5,24 4 18 10 2,00 5 5 16 8 1,60 5 6 14 6 1,33 4,51 7 13 5 1,14 4,39 8 13 5 1,00 5 9 12 4 0,89 4,49 10 11 3 0,80 3,75 Média 5 21 13 2,13 4,11 Desvio Padrão 3,3166 12,3854 12,3854 2,2226 1,4982 Valor de capacitância residual = 8pF. Utilizando-se da equação da capacitância e com base na permissividade do ar conhecida, compreendida por 8,9048* C²/N.m², capacitância obtida foi de 10−12 7,1327* pF.10−12 Gráfico 1: Relação entre a capacitância, no eixo das ordenadas, e a distância, no eixo das abscissas. Gráfico 2: Relação entre a Capacitância, no eixo das ordenadas, e o inverso da distância entre as placas dos capacitores, no eixo das abscissas. A inclinação da reta nos fornece o valor da permissividade do ar multiplicada pela área das placas dos capacitores, para encontrarmos a permissividade basta dividirmos esse valor pela área: ε = 8,01 10* −3 2,50817 10* −14 , 312 0 C /N .m ε = 3 1 * 1 −12 2 2 Ao linearizar-se o gráfico, notamos, a partir da análise da equação da reta, que houve uma discrepância no valor da capacitância, sendo que o valor da permissividade elétrica do ar obtida através do gráfico foi de , visto que o valor conhecido desta grandeza está em torno, 312 0 C /N .m3 1 * 1 −12 2 2 de . O valor da permissividade encontrado está relacionado , 048 0 C /N .m8 9 * 1 −12 2 2 a distância de 1mm. Para o cálculo do desvio relativo percentual foi necessário o desvio padrão referente a permissividade elétrica do ar cujo valor é de 1,4982 x 10-12C2/N.m2, e dividi-lo pelapermissividade teórica concedido pelo roteiro que é de e, em seguida, multiplicar o resultado por 100, resultando,, 048 0 C /N .m8 9 * 1 −12 2 2 assim, no erro que foi de 16,82%. Apesar destes erros presentes na experimentação, pode-se observar que a capacitância diminuiu conforme se aumenta a distância entre as componentes do capacitor, logo, o maior valor de capacitância será dado quando houver a menor distância entre as placas do mesmo. Permissividade relativa: = 0,35R ε = 8,8500 10* −12 3,1312 10* −12 7 - CONCLUSÃO A partir da realização desta experimentação e análise dos resultados, pode-se perceber que a capacitância estabelece uma relação de inversa proporcionalidade com a distância entre as componentes de um capacitor, o que já podia se observar através da equação para o cálculo da capacitância elétrica, visto que quanto menor a distância entre estas a capacitância obtida do sistema se apresenta maior. Também observou-se que a permissividade elétrica está relacionada indiretamente com a área das placas do capacitor, bem como é diretamente proporcional ao produto da distância entre estas e a capacitância do sistema, de modo que experimentalmente pode-se observar que quanto maior a área das componentes do capacitor a permissividade elétrica é menor. 8 - RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DO ROTEIRO EXPERIMENTAL Questões referentes à prática 1 a. O que acontece, qualitativamente, com a capacitância quando a distância entre as placas diminui? A capacitância aumenta, por a distância ser inversamente proporcional à capacitância, quando a distância entre as placas aumenta, a capacitância diminui. b. O que acontece quando o tamanho do capacitor é alterado? Há um aumento na capacitância, pois é dependente da área do capacitor, quanto mais a área, maior a capacitância. c. A curva obtida no gráfico de C versus d, é compatível com os fundamentos teóricos? Explique. O gráfico mostra que quanto maior a distância, menor será a capacitância. Pois devido aos fundamentos teóricos, a capacitância é inversamente proporcional a distância. Então a cada medida feita, foi aumentado a distância, fazendo com que a capacitância diminuísse. d. Avalie o desvio relativo entre as medidas experimentais e os cálculos teóricos para os valores de capacitância. Quando aumenta a distância, aumenta o desvio relativo. Questões referentes à prática 2 a. A curva obtida no gráfico de C versus 1/d, é compatível com os fundamentos teóricos? Explique. De acordo com os fundamentos teóricos, quanto menor a distância, maior será a capacitância. Portanto o curva obtida no gráfico em questão está de acordo, pois é perceptível que a capacitância aumenta quando a distância diminui. b. Avalie as fontes de erros na determinação da permissividade elétrica do ar. As fontes de erros relacionadas a permissividade são: a distância e a área da circunferência das placas do capacitor. Pois as distâncias avaliadas quanto o raio da placa da capacitor foram medidas pelo experimentador. c. Confronte e comente sobre a magnitude do desvio relativo em sua medida. Se analisarmos os valores das capacitâncias e das permissividades obtidos, podemos perceber que são valores muito pequenos, já que esses são da potência de dez a menos doze, porém é importante levar que todas as medidas utilizadas foram da mesma grandeza. Logo, quando analisamos o desvio relativo encontrado, 16,82x10-12 %, é importante levar em conta, por mais baixo que pareça, que esses erros, os quais são evidentes que existem, podem ser pertinentes aos equipamentos utilizados, ao meio em que foi realizado o experimento e a forma como os equipamentos foram manuseados (erros grosseiros). 9 - REFERÊNCIAS [1] Instituto de Física Gleb Wataghin - Unicamp. Capacitância. Disponível em <http://sites.ifi.unicamp.br/f328/files/2013/10/Aula-05-F328-2S-2013.pdf>. Acesso em 22 de abril de 2017.
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