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Relatório de Física Experimental II: Indução Magnética B no Centro de uma Espira Circular Percorrida por uma Corrente Elétrica Prof. Dr. Valdirlei Fernandes Freitas Responsável: Andressa Mayara Costa Rosa Leonir Josafat Guembarski Mariana Gabriela Fabiani Matheus Vieira Camargo Ramos Patricia Camargo de Oliveira Data da realização: 21/08/2017 Data da entrega: 28/08/2017 Relatório de Física Experimental II: Indução Magnética B no Centro de uma Espira Circular Percorrida por uma Corrente Elétrica FREITAS, V. F.,1 ROSA, A. M. C.,2 and GUEMBARSKI, L. J.; FABIANI, M. G.; RAMOS, M. V. C.; OLIVEIRA, P. C. 1Professor do Departamento de Física, Universidade Estadual do Centro-Oeste, 85040-080, Campus CEDETEG/PR - Brasil. 2Responsável pelo relatório (Dated: 28 de agosto de 2017) I. RESUMO Neste experimento realizamos práticas referentes à campos gerados por corrente elétrica. Em estudos anteri- ores, fizemos a dedução do campo de uma espira circular em diversas configurações de simetria, a mais comum se deu por meio da adoção de um ponto no centro geomé- trico dessa espira. Com base no campo de uma espira circular, montamos o equipamento de forma a parecer um arco, ou metade de uma espira, mapeamos então as linhas de campo desse arco e conceituamos o campo ge- rado. II. TEORIA É notável nos dias de hoje o grande avanço da tecno- logia, quase tudo que temos acesso hoje se deve ao fato de usufruirmos da nossa tão amada energia elétrica. Um fato interessante é que em todos estes centros de trans- missão de energia temos conceitos de eletromagnetismo estritamente importantes aplicados para essa funcionali- dade. A maior parte dos geradores de eletricidade, em usinas hidrelétricas por exemplo, funcionam como base em uma das leis fundamentais do eletromagnetismo, a produção de uma força eletromotriz induzida devido à variação do fluxo de um campo magnético, que é justa- mente o que diz a lei de Faraday. [1] ε = −dΦB dt (1) Em que o sinal na equação 1 é explicado pela lei de Lenz, que diz que a força eletromotriz induzida é tal que se oponha ao fluxo que a produziu.[2] A. Campo de Uma Espira Circular Dada as configurações de um sistema elétrico, o campo B está entrando no ponto O, como apresentado na Figura 1. O qual obedece à expressão apresentada na Equação 2. B = µ0i4piRΦ (2) Figura 1. Arco Circular Fonte: modificado de http://sites.ifi.unicamp.br/f328/files/2013/10/Aula-09-F328- 2S-2013.pdf Onde R é o raio do arco e o ângulo convencionado do arco, entendendo-se que se completarmos o arco a modo de termos uma circunferência, o ângulo passa a ser 2, com isso temos uma espira circular, então o B de uma espira será expresso pela Equação 3. B = µ0i2R (3) III. OBJETIVOS • Levar o aluno a mapear as linhas de indução magné- tica gerada por uma corrente elétrica que percorre uma espira circular, em seu plano horizontal axial; • Levar o aluno a reconhecer a validade das leis de Faraday e Lenz, bem como a aplicação de suas re- gras. 3 IV. EXPERIMENTO A. Materiais • Uma bobina de 300 espiras; • Uma bobina de 5 espiras; • Uma haste de união e manipulo de aperto para transformador; • Um tripé estampado com roscas central e três sa- patas niveladoras isolantes; • Um “l” superior do transformador; • Um “U” laminado do transformador; • Uma mesa com junção de espiras; • Um subconjunto formado por: uma haste e um tripé com três sapatas niveladoras isolantes; • Uma bobina de 600 espiras; • Uma espira circular para alta corrente; • Uma chave inversora de três posições ou uma liga- desliga; • Quatro conexões de fios com pino banana; • Limalha de Ferro. Figura 2. Representação dos materiais utilizados. Fonte: própria do autor B. Procedimento Experimental O experimento foi montado primeiramente de acordo com a figura 3, mantendo-se desligado da rede durante o processo. Em seguida, espalhou-se um pouco de limalha de ferro em cima da mesa com junção de espiras, em volta do condutor. Logo depois, conectamos uma extremidade dos cabos na chave liga-desliga e a outra na rede, ligando a chave e dando leves batidas com o dedo sobre o acrílico Figura 3. Montagem do experimento. Fonte: Roteiro experimental a fim de melhor espalhar a limalha e assim obter uma melhor visualização do alinhamento da mesma. Por fim, determinamos o raio médio da espira circular utilizada no experimento, com a finalidade de mensurar- mos, posteriormente, o vetor indução magnética no inte- rior da espira circular, encontrando para este raio o valor de 3,15cm. V. RESULTADOS E DISCUSSÃO Observando-se a tensão utilizada neste experimento, em que se fosse 110V a bobina a ser utilizada deveria ser de 5 espiras, enquanto que se a tensão fosse 220V a espira devia ser de 300 espiras, utilizou-se a bobina composta por 300 espiras, notando-se o aquecimento da espira circular para alta corrente devido ao efeito Joule, caracterizado pela dispersão de energia quando a corrente elétrica é demasiadamente elevada. Ao se espalhar limalha de ferro sobre a superfície acrí- lica do sistema, sendo esta disposta de modo a estar pró- xima do condutor, visualizou-se a formação de linhas de campo magnético circundantes ao mesmo, caracterizando a Lei de Faraday, em que uma corrente eletromagnética é capaz de gerar um campo magnético disposto em planos paralelos ao seu sentido. Notamos também que a maior concentração de linhas de campo magnético encontrava- se entre as duas componentes verticais da espira circular para altas correntes colocadas nos dois orifícios da mesa de acrílico, de modo que a intensidade do vetor indução magnética é influenciada pela proximidade desta com o condutor, pois quanto mais próximo a limalha estava, maior era a visibilidade das linhas de campo magnético, caracterizando uma maior intensidade do vetor indução magnética para este caso. Obteve-se para a medida média de raio da espira circular utilizada 3,15 cm. A partir da regra da mão direita, identificou-se a orientação do vetor indução magnética dos campos eletromagnéticos gerados por correntes elétricas em pontos dados para cada caso conforme as figuras 4, 5, 6, e 7. Em que na figura 4, no ponto A, temos que o campo magnético está entrando, na figura 5, A representa um ponto de saída, em 6, o campo magnético entra em A e sai em A’ e por fim, em 7, temos a entrada de campo magnético em A e saída nos pontos A’ e A”. 4 Figura 4. Análise da orientação do vetor indução. Fonte: Roteiro experimental Figura 5. Análise da orientação do vetor indução. Fonte: Roteiro experimental VI. CONCLUSÕES Pode-se notar que a Lei da Indução de Faraday é bem caracterizada neste experimento, pois é visto que uma corrente induzida produz um campo magnético e que essa intensidade do campo magnético é influenciada pela dis- tância do ponto analisado. Quanto mais perto ficava da corrente elétrica induzida era mais visível a concentração das linhas de campo e com isso maior sua intensidade. VII. QUESTÕES 1.Observando a figura 3, em qual dos retângu- los verifica-se maior concentração das linhas de Figura 6. Análise da orientação do vetor indução. Fonte: Roteiro experimental Figura 7. Análise da orientação do vetor indução. Fonte: Roteiro experimental indução magnética? Há maior concentração das linhas de indução magné- tica no retângulo 2. 2.Em termos de módulo do vetor indução mag- nética −→B , em qual região pontilhada você diria que −→B possui maior valor? Justifique a sua res- posta. Quanto mais próximo dos condutores maior será a intensidade do vetor indução magnética. 3.B = µ0.i2R é a expressão matemática que per- mite calcular a intensidade (módulo) do vetor in- dução magnética −→B no centro de uma espira cir- cular. Identifique cada termo desta expressão. 5 Figura 8. Figura para análise das linhas e vetor de indução magnética.Fonte: Roteiro experimental B= módulo indução magnética µ0= (no vácuo vale: 4× 10−7T.m/A) i= corrente elétrica R= raio. 4.Neste tipo de montagem, este transformador, conectado em rede 110V AC solicita no secundá- rio uma corrente i75A, em redes 220V AC um i140A. Qual a solicitação (aproximada) pelo se- cundário do transformador na sua montagem? i = 140 A 4.Determine o valor aproximado do vetor in- dução magnética no interior da espira circular, nesta atividade (considerando a experiência rea- lizada no vácuo). B = 4.pi.10 −7 × 140 2× (0, 0315) = 1, 76× 10 −4T [1] NUSSENZVEING, H. M. Curso de Física Básica 3: Ele- tromagnetismo. 1a edição. São Paulo: Edgard Blücher, 1997. [2] Marco, B. L.. CURSOS UNICAMP. Campos Magnéti- cos Produzidos Por Correntes. Campinas. (2o semestre de 2013) p. 6
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