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NOcoES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL I Aula 03 Inquerito Policial Parte II 2017020217115620

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Inquérito Policial|Material Complementar 
Prof. Marcelo Adriano | https://www.fb.com/Professor-Marcelo-Adriano-Operacional
INQUÉRITO POLICIAL 
1. Introdução
Estado deve se responsabilizar pela obtenção dessas informações na investigação criminal, que poderá ocorrer das 
seguintes formas: 
 Policial: Inquérito Policial 
 Parlamentar: CPI 
 Militar: IPM 
 Ministerial: Inquérito presidido pelo Ministério Público (Súmula 714, STF) 
 Processo administrativo. 
2. Conceito de inquérito policial
2.1. Natureza jurídica 
Procedimento administrativo investigativo, preparatorio e pré-processual. IP não é, portanto, judicial e os órgãos 
responsáveis pela sua condução pertencem ao Poder Executivo. 
2.2. Titularidade 
1) Instituição: Polícia judiciária;
Polícia Civil (PC): polícia judiciária dos estados membros, subordinadas ao Governador. 
Polícia Federal (PF): polícia judiciária da União, subordinada ao Presidente da República. 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes 
órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e 
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações 
cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se 
dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, 
sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; 
II - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
(...) 
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§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
militares.
2) Autoridade: presidido por delegado de polícia de carreira.
Lei 12830 
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de 
polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. 
§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação
criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a
apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.
§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações,
documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
§ 3º (VETADO).
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado
ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse
público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação
que prejudique a eficácia da investigação.
§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise
técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o 
mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do 
Ministério Público e os advogados. 
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
2.2. Regras para definição da titularidade (atribuição) 
(1) Competência da justiça para julgar o crime
Se o crime é de competência da Justiça Federal, a regra é que tal crime seja investigado pela PF. Se o crime é de 
competência da justiça estadual, a regra é que seja a PC a responsável pela investigação. 
(2) Territorial
Em regra, o território em que se consuma o crime define quem irá investigá-lo, desde que respeitadas as regras de 
competência para julgar o crime, se federal ou estadual. 
CPP 
 Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
Existe a possibilidade de o crime ser investigado pela autoridade policial responsável pelo território onde ocorreram 
os atos executórios nos crimes tentados e no homicídio doloso. 
(3) Material
É um critério subsidiário que auxilia na organização da instituição policial. 
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Por exemplo: delegacia da mulher, delegacia de furtos e roubos, delegacia de repreensão a entorpecentes, delegacia 
de homicídios e proteção à pessoa humana, delegacia antissequestro, etc. 
2.3. Finalidade 
Auxiliar o titular da ação penal (Ministério Público – crimes de ação pública – ou ofendido – crimes de ação privada) 
na formação de sua opineo delicti (opinião sobre o delito, existência de justa causa para a ação penal), que se 
configura em: 
(1) Provas da existência do crime;
(2) Indícios suficientes de autoria.
Fornecer subsídios ao Juiz para decidir acerca do deferimento de medidas cautelares.
2.4. Produto do IP - Valor probatório 
O IP, em regra, tem valor relativo, pois, normalmente, no IP, são produzidos elementos de informação (REGRA) e não 
provas (EXCEÇÃO), pois o IP não está sujeito ao contraditório judicial. Exceções: provas cautelares, provas não 
repetíveis e provas antecipadas. 
CPP 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
(...) 
Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar 
receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento 
de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento. 
3. Características do Inquérito Policial
3.1. Inquisitivo 
A inquisitoriedade reside na impossibilidade de o investigado exercer o contraditório e ampla defesa 
Até o advento da lei nº 13.245, de 2016 era pacífico o entendimento que, em regra, o Inquérito Policial era 
inquisitivo pela ausência de contraditório nem ampla defesa, tendo como exceção ocorre os inquéritos Policias 
destinados à expulsão de estrangeiro. 
Art. 7º São direitos do advogado: 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade 
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos 
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, 
inclusive, no curso da respectiva apuração: 
a) apresentar razões e quesitos;
3.2. Sigiloso 
CPPArt. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo 
interesse da sociedade. 
 Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não 
poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
(Redação dada pela Lei nº 12.681, de 2012) 
O sigilo não atinge o: 
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 Juiz;
 Ministério Público; e
 Advogado:
Lei 13.245, de 2016 (Estatuto da OAB) 
Art. 7º São direitos do advogado: 
(...) 
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, 
autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que 
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; 
(Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016) 
(...) 
§ 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado
aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos,
quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.
(Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
O sigilo pode ser classificado como: 
 Sigilo Natural
CPP 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo 
interesse da sociedade. 
 Sigilo judicial
Constituição Federal 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
Lei 13.245, de 2016 (Estatuto da OAB) 
Art. 7º São direitos do advogado: 
(...) 
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos
de que trata o inciso XIV. (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
CPP 
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao 
Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem 
sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 
3.3. Escrito 
CPP 
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
3.4. Indisponível 
Uma vez iniciado, é vedado ao delegado desistir voluntariamente do IP. 
CPP 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
3.5. Dispensabilidade 
O IP é acessório à ação penal, servindo como elemento informativo. 
4
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CPP 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou 
outra. Art. 39. 
... 
§ 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de
quinze dias.
3.6. Discricionariedade 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a 
chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 
1973) 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, 
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a 
leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos 
autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer 
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a 
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a 
moralidade ou a ordem pública. 
CPP 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, 
que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá prosseguir com as investigações, se tiver notícia de outras 
provas. 
CPP 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver 
notícia. 
Exceções: 
CPP 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
5
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CPP 
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
(...) 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público (...) 
No caso da prisão em flagrante, entende a doutrina que o IP deve ser obrigatoriamente aberto, situação em que o 
auto de prisão poderá substituir a portaria. 
3.7. Oficialidade 
O IP é uma atividade oficial de cunho investigativa, feita por órgãos oficiais. 
3.8. Autoritariedade 
O delegado de polícias é autoridade pública e tem atribuição de presidir o Inquérito Policial. 
3.9. Oficiosidade 
Tomando ciência da ocorrência de um ilícito penal, havendo materialidade formal, o delegado estará obrigado a agir, 
sem necessidade de autorização, em regra. 
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.
3.10. Imparcialidade 
Busca o esclarecimento sobre o fato que é seu objeto e não a incriminação de alguém. 
4. Prazo para a conclusão do inquérito policial
(1) Regra geral: CPP
CPP 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, 
ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a 
ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
§ 1º A autoridade fará minuciosorelatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente. 
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo 
marcado pelo juiz. 
Federal: 
LEI Nº 5.010, DE 30 DE MAIO DE 1966 
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Art. 66. O prazo para conclusão do inquérito policial será de quinze dias, quando o indiciado estiver 
preso, podendo ser prorrogado por mais quinze dias, a pedido, devidamente fundamentado, da 
autoridade policial e deferido pelo Juiz a que competir o conhecimento do processo. 
Especiais: 
Crimes contra economia popular 1521/51 - Art. 10: 10 dias; 
Lei de tóxicos, 11346/06: 
Réu preso: 30 dias, duplicados por juiz de direito, ouvido o MP; 
Réu solto: 90 dias, duplicados por juiz de direito, ouvido o MP. 
5. Contagem do Prazo
Não há unanimidade na doutrina. 
Réu preso: art. 10 - Código Penal conta-se o primeiro dia e inclui-se o último. 
CPP 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo 
calendário comum. 
Réu solto: forma processual, art. 798 - -se o primeiro dia e inclui-se o 
ultimo. 
CPP 
Art. 798. (...). 
§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
6. Notícia do crime
É o conhecimento, pela autoridade policial, da ocorrência de um fato apresentado como infração penal, podendo 
esta notícia ser por si mesmo (pelo próprio agente) ou por terceiros. 
Classificação 
1.) Direta ou de cognição imediata: 
O conhecimento do fato delituoso ocorre por meios próprios, investigação ou por imprensa. 
2.) Indireta ou de cognição mediata: 
O conhecimento do fato delituoso ocorre por notícia dada por terceira pessoa: 
2.1) Requerimento: prestada pela vítima ou representante legal (menor, impossibilitado de comunicar sua 
vontade etc...); 
Em caso de negativa, é possível recorrer ao “chefe de polícia” 
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
(...) 
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
(...) 
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
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b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de
Polícia.
(...)
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
2.2) Requisição: Juiz ou MP (ofício requisitório); 
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
(...) 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
2.3) Comunicação por qualquer do povo (delatio criminis); 
Qualificada: com identificação de quem comunica; 
Delatio simples ou postulatória 
Apócrifa ou inqualificada (denuncia anônima): Sem identificação do noticiante; 
CPP 
Art. 5º 
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba
ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
2.4) Representação 
CPP 
Art. 5º 
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.
2.5) Requisição do ministro da justiça; 
CPP 
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas 
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido 
ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
Prisão em flagrante: 
Delatio criminis com força coercitiva. A delatio criminis pode ser direta, quando realizada por autoridade policial, e 
pode ser indireta, quando realizada por qualquer um do povo. 
7. Destinatários da Notitia Criminis:
 Autoridade policial - regra;
 MP;
 Juiz.
8. Procedimentos:
8.1. Instauração: Portaria
Classificação do crime por espécie de ação penal 
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Algumas situações específicas em relação à abertura de inquérito policial 
 Crimes cometidos por membro do Poder Judiciário ou membro do Ministério público; 
 Em casos de crime de menor potencial ofensivo; 
 Crimes cometidos por pessoas com foro por prerrogativa de função; 
 Crime militar; 
Forma de instauração 
1) De ofício: crimes de ação penal pública incondicionada
2) Provocado
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício; 
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de
Polícia.
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba
ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a
procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado.
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
Algumas situações específicas em relação à abertura de inquérito policial 
 Em casos de crime de menor potencial ofensivo
Lei 9.099 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará 
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames 
periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou 
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. 
Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do 
lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. 
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 Crimes cometidos por membro do Poder Judiciárioou por membro do Ministério Público, quando a
investigação será conduzida por membros dessas instituições;
LEI COMPLEMENTAR Nº 35, DE 14 DE MARÇO DE 1979 
Art. 33 (...) 
Parágrafo único - Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de crime por parte do magistrado, a 
autoridade policial, civil ou militar, remeterá os respectivos autos ao Tribunal ou órgão especial 
competente para o julgamento, a fim de que prossiga na investigação. 
LEI COMPLEMENTAR Nº 75, DE 20 DE MAIO DE 1993 
Art. 18 (...) 
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de infração penal por membro do 
Ministério Público da União, a autoridade policial, civil ou militar, remeterá imediatamente os autos ao 
Procurador-Geral da República, que designará membro do Ministério Público para prosseguimento da 
apuração do fato. 
LEI Nº 8.625, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1993 
Art. 41 (...) 
Parágrafo único. Quando no curso de investigação, houver indício da prática de infração penal por parte de membro 
do Ministério Público, a autoridade policial, civil ou militar remeterá, imediatamente, sob pena de 
responsabilidade, os respectivos autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem competirá dar 
prosseguimento à apuração. 
 Crimes cometidos por pessoas com foro por prerrogativa de função
 Crimes cometidos por militares, instaurar-se-á um Inquérito Policial Militar.
8.2. Providências da autoridade policial
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a 
chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, 
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a 
leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos 
autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer 
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
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X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência 
e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a 
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a 
moralidade ou a ordem pública. 
8.3. Indiciamento 
Lei 12.830 
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise
técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
8.4. Encerramento 
Art. 10(...) 
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz
competente.
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os 
autos do inquérito. 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou 
outra. 
Lei 11.343 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, 
remetendo os autos do inquérito ao juízo: 
I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação 
do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as 
condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a 
qualificação e os antecedentes do agente; ou 
II - requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. 
Apresentado o inquérito ao juiz, devidamente relatado, poderão ocorrer duas situações, em função da natureza da 
ação (se crime de ação pública ou privada): 
Crime de ação pública: 
Sendo crime de ação penal pública, o juiz abrirá vistas ao MP, que poderá: 
 Concluir pela materialidade delitiva pela indicação da autoria: propositura da denúncia.
 Concluir que o inquérito é deficitário, ou seja, que não apurou satisfatoriamente a materialidade delitiva e a
autoria.
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão 
para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
Pode ainda o parquet requisitar diligências diretamente ao delegado. 
 Conclusão pela insistência de crime ou por qualquer outra causa que impossibilite de dar início à ação penal:
o MP requer ao juiz o arquivamento do inquérito.
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CPP 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo 
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão 
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. 
8.5. Atividades complementares 
Art. 10 (...) 
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo 
marcado pelo juiz. 
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos 
processos; 
 II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
 III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
 IV - representar acerca da prisão preventiva. 
9. Arquivamento
Interrupção da persecutio criminis
Atenção: a autoridade policial nunca arquivará o IP.
Pressupões requerimento do ministério público
CPP 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento 
do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes 
as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este 
oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no 
pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
9.1. Efeitos do arquivamento 
Efeito de decisão homologatória do pedido de arquivamento: 
(1) Coisa julgada formal
Em caso de arquivamento por falta de lastro probatório mínimo, o IP poderá ser desarquivado, com apresentação de
denúncia ao Poder Judiciário pelo mesmo fato, desde que surjam novas provas. Segundo Nucci, essas provas devem
ser efetivamente novas.
SÚMULA 524
ARQUIVADO O INQUÉRITO POLICIAL, POR DESPACHO DO JUIZ, A REQUERIMENTO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA, NÃO
PODE A AÇÃO PENAL SER INICIADA, SEM NOVAS PROVAS.
(2)Coisa julgada material
Em possibilidade excepcional, o arquivamento homologado faz coisa julgada material. Se concluir o promotor pela 
aticidade do fato. 
Não permite oferecimento da denúncia (desarquivamento) pelo mesmo fato. 
Atenção para o Princípio da Insignificância: reconhecimento de que é fato atípico faz coisa julgada. 
9.2. Arquivamento implícito 
Deixa de fora um dos envolvidos ou infração penal ocorrida e não apresenta motivação para essa exclusão. 
Condiciona aditamento para inclusão do réu ao surgimento de novas provas. 
4.1) Subjetivo: exclusão de réu sem especificar a situação de quem ficou de fora. 
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4.2) Objetivo: exclusão de algumas infrações sem se manifestar sobre as infrações que ficaram de fora. 
O arquivamento implícito não é aceito no ordenamento jurídico. 
9.3. Arquivamento indireto 
Questionamento sobre competência do juízo não aceita pelo magistrado. 
Nesse caso, invoca-se o art. 28 do CP, remetendo os autos ao PG para solução, pois o pedido é encarado como se 
fosse pedido de arquivamento. 
Não é tecnicamente um arquivamento, pois o MP quer que a denúncia seja oferecida. Em verdade, a discordância 
ocorre sobre a competência. 
9.4. Arquivamento provisório 
Ausência da vítima no JECrim nos casos de crimes de menor potencial ofensivo de ação pública condicionada à 
representação. 
Nesses casos, em regra, não haverá IP, havendo tão somente a lavratura de TCO, sendo encaminhado 
imediatamente aos JECrim (Juizado Especial Criminal). Quando o crime é de ação pública condicionada à 
representação, deve ser apresentada na audiência preliminar. Se a vítima aceita a indenização, extingue-se a 
punibilidade. 
Caso a vítima não compareça à audiência, não há possibilidade da composição penal, e o MP deve, então, pedir o 
arquivamento provisório, já que não há representação para transação penal ou para denúncia. 
Se a vítima vier a representar, no entanto, haverá o desarquivamento. A provisoriedade se dá em razão do 
comparecimento da vítima para representação, cujo anterior desarquivamento se dará sem novas provas. 
Se a vítima não representar em seis meses, não poderá mais fazê-lo, o que torna o arquivamento definitivo. 
Não há objeção à elaboração do IP nos crimes de menor potencial ofensivo quando, por exemplo, não for conhecida 
a autoria ou quando esta for conexa com infração de maior gravidade. 
10. Desarquivamento (Art. 18)
Somente com novas provas, súmula 524 STF; 
Oferecimento de denuncia. 
CPP 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver 
notícia. 
11. Trancamento ou correção de Ip
Como forma de se defender da arbitrariedade policial, de forma excepcional, poderá haver trancamento do IP por 
intermédio de HC (habeas corpus), em razão da falta de justa causa ou da extinção de punibilidade. 
Questões 
Questão 1: VUNESP - Insp PC CE/PC CE/2015 
A respeito do inquérito policial, procedimento disciplinado pelo Código de Processo Penal, é correto afirmar que 
a) os instrumentos do crime não acompanharão os autos do inquérito.
b) o inquérito não acompanhará a denúncia ou queixa, ainda que sirva de base a uma ou outra.
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c) ao término do inquérito, a autoridade policial fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará os
autos ao membro do ministério público, nos termos do § 1o do artigo 10.
d) nos crimes de ação privada, a autoridade policial poderá proceder a inquérito, independentemente de
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
e) o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
Questão 2: VUNESP - Insp PC CE/PC CE/2015 Assunto: Inquérito Policial 
O ato de indiciamento 
a) vincula o Ministério Público, que não poderá requerer o arquivamento do inquérito.
b) é, em regra, atribuição do delegado de polícia; excepcionalmente tal poder poderá ser conferido ao promotor de
justiça.
c) decorre do fato de a autoridade policial convencer-se da autoria da infração penal, atribuída a determinado(s)
indivíduo(s).
d) transforma o indivíduo suspeito da prática do delito em acusado.
e) é um ato informal eventualmente realizado durante o inquérito policial.
Questão 3: CESPE - Proc (BACEN)/2009 
Com relação ao inquérito policial, julgue os itens a seguir. 
I É uma peça escrita, preparatória da ação penal, de natureza inquisitiva. 
II É presidido pela autoridade policial, da chamada polícia judiciária, pois atua em face do fato criminoso já ocorrido. 
III Sua finalidade investigatória objetiva dar elementos para a opinio delicti do órgão acusador de que há prova 
suficiente do crime e da autoria, para que a ação penal tenha justa causa. Para a ação penal, justa causa é o conjunto 
de elementos probatórios razoáveis sobre a existência do crime e da autoria. 
IV Embora não se apliquem à atividade nele desenvolvida os princípios da atividade jurisdicional, o inquérito encerra 
um juízo de formação de culpa que se conclui com um veredicto de possibilidade ou não da ação penal. 
V É regido pelo princípio da não exclusividade, ou seja, no sistema brasileiro, admite-se que mais de um órgão o 
presida, em função do princípio da primazia do interesse público. 
Estão certos apenas os itens 
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I, IV e V.
d) II, III e V.
e) II, IV e V.
Questão 4: CESPE - JF TRF2/2013/XIV 
Acerca do inquérito policial (IP), assinale opção correta. 
a) Mesmo em caso de sigilo decretado no IP, a autoridade policial terá de encaminhar ao instituto de identificação os
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
b) O advogado tem direito de vista aos autos do IP, salvo nos casos de decretação de sigilo.
c) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento de qualquer infração penal poderá comunicá-la à autoridade
policial, que, então, deverá reduzi-la a termo e, caso verifique a procedência das informações, instaurar inquérito.
d) A pedido do indiciado, a autoridade policial deverá instaurar o contraditório e a ampla defesa no curso do IP.
e) Nos crimes hediondos, o IP pode ser instaurado com base apenas em denúncia anônima encaminhada a delegado
de polícia, a membro do MP ou a juiz, por constituir indício da prática de crime.
Gabarito: 1: E; 2: C; 3: A; 4: A. 
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