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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
 MARLY, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº ..., expedida pelo ..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., residente e domiciliada ..., E HERON, representado por sua mãe, ANA MARIA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº ..., expedida pelo ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., residente e domiciliada ..., ambos por seu advogado, com endereço profissional ..., para fins do art. 77, I do CPC, propor
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Pelo procedimento COMUM, em face de FÁBIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., residente e domiciliado em Vitória, Espírito Santo, E ANTÔNIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ..., expedida pelo ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., residente e domiciliado ..., pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos
DOS FATOS
 No dia X de junho de 2013, o réu primeiro dirigia sem habilitação e embriagado pela cidade de Vitória, Espírito Santo, e causou, com culpa exclusiva sua, um acidente de trânsito no qual, além de danificar o automóvel da autora, lesionou gravemente seu sobrinho, o autor. 
 Ocorre que no mesmo mês, pretendendo resguardar seu patrimônio de uma possível ação judicial a ser intentada pelos autores para compensação dos danos sofridos, o réu primeiro transmitiu todos os seus bens, avaliados em R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), gratuitamente, ao réu segundo, seu amigo, que concordou em auxiliá-lo mesmo sabendo de sua intenção maliciosa. 
DOS FUNDAMENTOS
 Caracteriza-se a fraude contra credores quando alguém tem sua manifestação de vontade viciada para realização de negócio jurídico com o intuito de prejudicar terceiros ou fraudar a lei.
 Na hipótese acima, o réu primeiro, objetivando inadimplir com a obrigação assumida perante seus credores, alienou todos os seus bens de forma gratuita ao réu segundo, que sabia do motivo das disposições dos bens, ou seja, ambos os réus agiram de má-fé almejando prejudicar os credores.
 Tendo em vista a existência do negócio jurídico realizado com fraude contra credores, deve o mesmo ser anulado, de acordo com os artigos 159 e 171, inciso II do Código Civil.
 Os entendimentos doutrinário e jurisprudencial são acordes no sentido de que o negócio jurídico praticado com fraude contra credores deve ser anulado, como vemos a seguir:
“A anulabilidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados por pessoa relativamente incapaz ou eivados de algum vício do consentimento ou vício social. [...] Declara o art. 171 do Código Civil que, além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores”. (Gonçalves, Carlos Roberto; Direito Civil Brasileiro, volume 1: parte geral – de acordo com a Lei n. 12.874/2013; 12 ed. – São Paulo: Saraiva, 2014). 
Diferente não é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
AgRg no AREsp 102597 PE 2011/0232200-0 Relator Ministro RAÚL ARAÚJO Órgão Julgador T4 – Quarta Turma Data do Julgamento: 15/08/2013 Data da Publicação: 09/09/2013
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO PAULIANA. FRAUDE CONTRA CREDORES. SUPOSTA VIOLAÇÃO AOS ARTS. 535 E 557 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS LEGAIS VIOLADOS. SÚMULA 284/STF. DECISÃO MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Ausência de violação ao art. 535 do CPC, na medida em que a eg. Corte de origem dirimiu, fundamentadamente, as questões que lhe foram submetidas, manifestando-se expressamente acerca do tema de ocorrência de fraude contra credores, necessário à integral solução da lide.
2. Ao fazer uso dos fundamentos contidos na decisão monocrática, como forma de motivar a negativa de provimento ao agravo regimental então interposto, o aresto recorrido apresentou fundamentação autônoma e suficiente, não vinculada ao disposto no art. 557 do CPC.
3. No tocante às demais questões alegadas nas razões do recurso especial, os ora agravantes não indicaram quais os dispositivos legais supostamente violados pelo aresto hostilizado, tornando patente a falta de fundamentação do apelo especial, circunstância que atrai a incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
 Desta forma, não restou alternativa senão a propositura da presente ação.
DOS PEDIDOS
a citação dos réus.
a intimação do Ministério Público.
a procedência do pedido de anulação do negócio jurídico.
a condenação dos réus aos ônus sucumbenciais.
DAS PROVAS
 Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil.
DO VALOR DA CAUSA
 Dá-se a causa o valor de R$250.000,00
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado.
OAB/UF nº...

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