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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Processo n°... ANITA, já qualificada, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, que tramita pelo rito comum, movida por ROSA, vem por sua advogada, com endereço profissional..., para fins do art. 77, V do CPC, oferecer: CONTESTAÇÃO, expor e requerer o que segue: PRELIMINAR Ausência de Legitimidade A autora alega que a ré mantinha relacionamento extraconjugal com seu ex-companheiro João e que a compra e venda realizada entre estes na verdade foi uma doação, portanto deveria o negócio jurídico ser anulado. Entretanto, a autora deixou de incluir no polo passivo seu ex-companheiro, pois se tratando de litisconsórcio passivo necessário a ausência do ex proprietário do veículo no polo passivo resulta na ausência de legitimidade, devendo o processo ser extinto sem resolução do mérito. MÉRITO A ré afirma que no dia 10 de agosto de 2013 celebrou contrato de compra e venda perfeito no valor de R$75.000,00 (setenta e cinco mil reais) pela aquisição de um automóvel marca Honda, modelo CV-R, ano 2013, não havendo assim simulação. A ré alega também que não conhecia o vendedor do automóvel, João, antes da celebração do negócio jurídico, descaracterizando assim relação extraconjugal entre ambos. Além disso o negócio jurídico realizado entre eles preenche os requisitos de validade, quais sejam agente capaz, objeto lícito e a forma prescrita em lei, razão pela qual não merece o negócio jurídico ser invalidado. Neste sentido é a Jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais: Processo AC 10105120119364002 MG Órgão Julgador: Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL Publicação: 07/02/2014 Julgamento: 31 de Janeiro de 2014 Relator: Estevão Lucchesi Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - REVISIONAL - ILEGITIMIDADE PASSIVA - EXTINÇÃO DO PROCESSO. Somente a instituição financeira que celebrou o contrato, ou pessoa jurídica pertencente ao seu grupo econômico, é parte legítima para figurar no pólo passivo da ação de revisão contratual. Extinto o processo sem resolução do mérito. Diferente não é a doutrina, pois segundo o ilustre autor Alexandre Freitas Câmara, em seu livro O Novo Processo Civil, havendo litisconsórcio por comunhão de direitos ou obrigações só estará presente no processo a parte legítima se todos os integrantes estiverem reunidos no processo, sob pena de faltar uma das “condições da ação”, não sendo possível chegar-se ao exame do mérito da causa se o vício não for corrigido. PEDIDOS o acolhimento da preliminar de ausência de legitimidade com a extinção do processo sem resolução do mérito; a improcedência do pedido autoral; a condenação do autor ao pagamento dos ônus sucumbenciais. PROVAS Requer a produção de provas documental, testemunhal e depoimento pessoal, na amplitude do art. 369 e seguintes do CPC. Aguarda deferimento. Local e data Advogada OAB
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