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Teoria do crime; Direito Penal I, Valdenia. UNICAP

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TEORIA DO CRIME
1. Teoria Bipartida: (Diferença quantitativa e qualitativa entre crime e contravenção)
Crime = Delito: Reclusão, detenção.
Contravenção: Prisão simples, multa. (Crime anão)
2. Conceito:
Material: Toda ação humana que lesa ou expõe a perigo bens tutelados pelo código Penal.
Formal: Conduta ilícita definida no código penal, que precisa ter preceito primário e secundário. 
Analítico: Consiste na fragmentação do conceito formal, para saber se houve ou não crime. 
TEORIA ANALÍTICA DO CRIME
Fato Típico (Conduta, Resultado, Nexo Causal, Tipicidade)
Antijurídico
Culpável
1. FATO TÍPICO
1.1CONDUTA
Conceito: Ação ou omissão, dolosa ou culposa, com uma finalidade. 
Teorias:
Finalista - Welzel (Adotada hoje): Conduta >< Finalidade (Determinar se houve culpa ou dolo)
Causalista - Liszt (Adotada até 1984): Conduta >< Resultado (Culpa ou dolo são determinados na culpabilidade)
Ausência de conduta:
Se não houver vontade dirigida a produção do resultado
Força irresistível
Movimentos reflexos
Estados de inconsciência ou qualquer, não haverá conduta.
Relevância da omissão (Art. 13º, § 2, CP): Conduta de não fazer aquilo que podia e devia ser feito em termos jurídicos.
1.1.2 DOLO
Conceito: Consiste na vontade e consciência de realizar os elementos do tipo incriminador e produzir um resultado.
Teorias | Elementos do dolo:
Teoria da vontade (Dolo direto): Vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
Teoria do assentimento (Dolo indireto ou eventual): Há dolo quando o agente realiza a conduta assumindo o risco de produzir o resultado.
Espécies de dolo: 
Dolo direto de 1º grau: É aquele em que há uma pretensão de realizar o fato típico, uma simetria entre o querer, o meio empregado e o fim atingido.
Dolo direto de 2º grau: É aquele em que, para realizar o objetivo, é necessário lesionar o bem jurídico de terceiro. (A lesão ao bem jurídico de terceiros é inevitável)
Dolo indireto ou eventual: O autor não almeja o resultado, mas assume, com o seu comportamento, o risco de produzi-lo. (O resultado é possível)
1.1.3 CULPA
Conceito: Não há vontade. É resultado de uma negligência, imprudência ou imperícia do agente. Inobservância de um cuidado objetivo.
Elementos da culpa: 
Conduta
Resultado involuntário
Nexo causal
Tipicidade
Previsibilidade
Ausência de previsão
Ausência de cuidado, cautela.
Modalidades da culpa:
Imprudência: Ação (Comissão) sem a cautela necessária.
Negligência: Inatividade (Omissão) conduz o resultado evitável pelo agente.
Imperícia: Ausência de aptidão técnica do agente para determinada prática.
Tipos de culpa:
Consciente: O agente prevê o resultado, mas não o aceita como possível. (Não confundir com dolo eventual)
Inconsciente: O agente não prevê o resultado da sua conduta, mesmo esta sendo previsível. 
Própria: O agente não quer o resultado e nem assume o risco de produzi-lo.
Imprópria: O agente deseja o resultado, mas só deseja por engano ou precipitação (Erro de tipo). A vontade está viciada por um erro. 
1.2 RESULTADO
Conceito: É a consequência provocada pela conduta do agente.
Espécies:
Jurídico ou normativo: Lesão ou exposição a perigo de um bem jurídico protegido pela lei penal. 
Naturalístico ou material: Modificação do mundo exterior provocada pela conduta do agente. (Nos crimes formais, o resultado é dispensável; Os crimes de mera conduta não possuem resultado)
1.3 NEXO CAUSAL 
Conceito: É a ligação entre a conduta e o resultado. (A conduta é tudo aquilo que contribui para o resultado) (Quando existe mais de uma causa para o resultado, chama-se: Concausa)
Teorias do Nexo Causal:
Teoria da equivalência dos antecedentes (Conditio sine qua non): Para essa teoria, causa é todo fato humano sem o qual o resultado não teria ocorrido, quando ocorreu e como ocorreu.
Obs! Como saber se a conduta provocou o resultado? (Se eliminar a conduta, permanece o resultado?) Esse juízo deve levar em conta o elemento subjetivo, a vontade do agente, ou seja, a possibilidade de previsão do resultado e um agir a menos com culpa.
Espécies de causas:
Absolutamente independentes: O agente não responde pelo crime, pode responder apenas por tentativa.
Preexistente: É aquela que existe antes da conduta do agente, sendo ela responsável pelo resultado. (Ex: X atira em Y, mas Y morre devido a um veneno ingerido e não devido aos tiros)
Concominate: É aquela que incide simultaneamente a prática da conduta. (Ex: X atira em Y no exato momento em que ele sofre um ataque cardíaco, sendo este responsável pela sua morte.)
Supervenientes: É aquela que ocorre após a pratica da conduta do agente. (Ex: X da veneno a Y, mas antes que fizesse efeito, um teto desaba na cabeça de Y, que morre na hora, devido a pancada)
Relativamente independentes: Sem a conduta do agente, o resultado não ocorreria.
Preexistente: É aquela que já existia antes da conduta do agente, e quando com ele conjugado, numa relação de complexidade, produz o resultado. (Ex: X atira em Y, mas pega de raspão, no entanto, devido a diabetes de Y, os ferimentos são agravados e ele morre) 
Concominate: É aquela que, ocorrendo em uma relação de simultaneidade com a conduta do agente, produz o resultado. Ex: X assalta B, que, assustado, corre em direção a via pública, e no momento em que é alvejado pelos disparos, é atropelado por um caminhão.)
Superveniente: Ocorre posteriormente a conduta do agente e com ela tem ligação. (X atira na perna de Y, que vai ao hospital e morre por imperícia médica)
1.4 TIPICIDADE
Conceito: É o encaixe perfeito entre a conduta do agente e o tipo penal. 
Espécies: 
Tipicidade Formal: Subsunção entre a conduta praticada pelo agente no mundo real e o modelo descrito no tipo penal.
Tipicidade Material: É a lesão significativa do bem jurídico tutelado pelo direito penal. 
Atipicidade
Ausência de conduta
Ausência de tipicidade material
Tipo: É a descrição precisa do comportamento humano, feito pela lei penal.
4.1 Funções do tipo:
Garantidora: O agente só pode ser penalmente punido se sua conduta estiver prevista no código penal.
Fundamentadora: O estado só pode fundamentar sua decisão no tipo penal.
Selecionadora de conduta: Selecionar as condutas que serão punidas penalmente.
4.2 Elementos do tipo:
1. Objetivo: Divisão das funções jurídicas.
Descritivo: Tradução do tipo penal
Normativo: Interpretação do tipo penal
2. Subjetivo: Este diz respeito a vontade do agente, a sua finalidade.
Obs! Tipo Purinuclear: É o tipo penal que possui mais de um núcleo (Verbo no infinitivo, ação), isto é, mais de uma conduta especificada.
Tipicidade por extensão: A conduta humana não se enquadra prontamente na lei penal incriminadora, portanto, usa-se de outro dispositivo do código penal para completar a sua tipicidade. Dá-se na tentativa, na participação e nos crimes omissivos impróprios.
ANTIJURICIDADE (Ilicitude)
Conceito: Conduta que viola a lei.
Excludentes de ilicitude:
Estado de necessidade
Legitima defesa
Estrito cumprimento do dever legal
Exercício regular do direito
Causas supralegais
Estado de necessidade (Art. 24º, CP): Perigo provocado por causas naturais.
Requisitos (Perigo atual, involuntário e inevitável):
Perigo atual
Direito próprio ou alheio
Não ter o agente provocado o perigo dolosamente
Inevitabilidade do comportamento lesivo
Proporcionalidade entre o bem jurídico salvo e o sacrificado
Proporcionalidade, ponderação
Tipos:
Próprio: Quando há proteção do bem jurídico do próprio agente.
De terceiro: Quando há proteção jurídica do bem de outrem.
Real: Quando realmente há estado de necessidade.
Putativo: Quando não há estado de perigo, mas o autor acha que tem.
Legitima defesa (Art. 25º, CP)
Requisito:
Agressão atual ou iminente
Agressão contra direitos próprios ou alheios
Ponderação
Não cabe legitima defesa:
Legitima defesa X Legitima defesa
Legitima defesa X Estado de necessidadereal
Legitima defesa X Exercício regular do direito
Legitima defesa X Estrito cumprimento do dever legal
Legitima defesa putativa X Legitima defesa real: X esta de bicicleta, Y acha que vai ser assaltada por X, X percebe o movimento de Y e atira primeiro. Nesse caso, X está em uma legitima defesa real, 
enquanto Y encontra-se em uma legitima defesa putativa.
Legitima defesa culposa: Quando uma pessoa continua a agir por achar que vai ser lesionada novamente.
Legitima defesa sucessiva: Quando alguém reage contra o excesso da legitima defesa, agindo, dessa forma, com legitima defesa também.
Estrito cumprimento do dever legal (Art. 23º, III, CP): São casos em que a lei impõe determinada conduta.
Exercício regular do direito (Art. 23º, III, CP): São casos em que a lei autoriza determinada conduta.
Causas supralegais (Não está no código): Condutas que contrariam a lei, mas obedece a requisitos.
Ser um direito disponível
Ter a pessoa capacidade penal
Dada autorização antes da conduta
Não ser coagido
CAMINHO DO CRIME (Inter criminis)
Cognição: O ato de pensar o crime (Não interessa ao direito penal).
Preparação: Em regra, não interessa ao direito penal, mas há crimes que são consumados nessa fase.
Execução: Exteriorização das etapas anteriores, seguida de consumação ou tentativa.
TENTATIVA
Natureza jurídica: Realização incompleta de uma figura típica.
Elementos:
Início da execução
Não consumação por circunstancias alheias a vontade do agente
Dolo em relação ao crime desejado
Espécies:
Tentativa perfeita: O agente realiza todas as ações necessárias, mas não atinge o seu objetivo.
Tentativa imperfeita: O agente não realiza todos os atos por circunstancias alheias a sua vontade.
Tentativa branca: Quando o agente erra o alvo.
Tentativa vermelha: Quando o agente acerta o alvo.
Teorias sobre a punibilidade da tentativa:
Teoria subjetiva: A pena da tentativa é igual a da consumação
Teoria objetiva (Adotada pelo código): Não pune tentativa e consumação da mesma forma. Aplica-se a tentativa de 1/3 a 2/3 da pena do crime consumado. 
Crimes que não admitem tentativa:
Culposo 
Preterdoloso (Ação dolosa, resultado culposo)
Inissubsistente (Crime de 1 ato)
Formal
Omissivo próprio
TENTATIVA ABANDONADA
Ocorrência: O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir a execução, ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Requisitos:
Desistência voluntária (Tentativa imperfeita): Nesta, não pode haver coação. (É diferente da espontânea).
Arrependimento eficaz (Tentativa perfeita): Neste, a consumação não pode ocorrer.
Natureza jurídica: A conduta do agente se torna atípica em relação ao delito que pretendia praticar.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Natureza jurídica: Causa especial de diminuição de pena prevista na parte geral do CP.
Requisitos
Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa.
Reprovação do dano ou restituição da coisa.
Voluntariedade do agente.
Antes do recebimento da denúncia ou da queixa do crime.
TENTATIVA INIDÔNEA (Crime impossível)
Ocorrência: Não se pune a tentativa quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Crimes:
Forjados: Quando são reunidas falsas provas para incriminar alguém.
Preparados: Quando são criados mecanismos para que a pessoa cometa o crime. (Ex: O policial que vai comprar drogas ao traficante e o prende em flagrante)
CULPABILIDADE
Conceito: É a reprovabilidade daquele que praticou um fato típico e antijurídico. É o juízo de reprovabilidade que incide sobre o autor por ter agido de forma contrária ao direito.
Elementos: 
Imputabilidade: Capacidade de entender o ilícito; Maioridade; Art. 26º, CC
Potencial consciência sobre a ilicitude do fato: São as condições culturais
Exibilidade da conduta diversa: São as condições jurídicas.
Teoria: 
Normativo pura: Fato típico, antijurídico e culpável.
Excludentes:
Inimputabilidade: Exclui a imputabilidade.
Doença mental: Avalia-se o sistema psicológico, ou seja, o estado em que o agente se encontrava no momento da ação. E o sistema biológico, que são as mudanças do organismo do agente, algo permanente. 
Desenvolvimento incompleto: São os menores de 18 anos e os silvícolas (índios).
Desenvolvimento retardado: São os idiotas, imbecis e débeis mentais.
Embriaguez fortuita ou por força maior: A fortuita ocorre quando o agente desconhece os efeitos dos ingeridos, enquanto a por força maior, o agente é coagido física ou moralmente e ingerir o toxico.
Erro de proibição: Falso conhecimento da realidade. O agente, por desconhecimento cultural, acredita que determinada conduta é lícita quando na verdade é ilícita. Art. 21º, CP

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