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OBRIGAÇÃO DE FAZER Copia Copia

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE FLORIANO-PI
KAREN JULIANNY COELHO CASTRO, brasileiro, solteira, estudante, portador do RG nº: 3.330.370 SSP/PI e CPF nº 048.456.633-41, residente e domiciliada na Rua Defala Attem nº:1090, Bairro: Irapuá I, Cep: 64800-000 nesta cidade, vem respeitosamente a Vossa Excelência propor
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
em face da CREDICARD, pessoa jurídica, de direito privado com CNPJ.34.098.442/0001-34, Telefone: 40014611 ou 08007244611.
I- DOS FATOS:
 No dia 25 de fevereiro de 2014 foi acordado o parcelamento de uma compra realizada pela promovente, pela qual a mesma afirma que procurou a promovida na qual fez o parcelamento do valor de R$ 935,00(novecentos e trinta e cinco reais) divididos em 12x de R$ 110,00(cento e dez reais).Em decorrência do acordo foi realizado o pagamento da primeira e da segunda parcela no valor de R$ 110,00(cento e dez reais), da terceira e da quarta parcela no valor de R$ 120,00(cento e vinte reais) sem nenhuma interrupção, sendo que a quinta parcela foi paga no dia 1 de julho de 2014 equivalente ao valor de R$ 652,00(seiscentos e cinquenta e dois reais). A somatória dos pagamentos realizados totalizavam o valor de R$ 1.095,00(um mil e noventa e cinco reais), passando do valor que já tinha sido acordado, a promovente assim afirma que pagou um valor superior ao valor acordado no contrato. Afirmando ainda, que ao procurar a empresa via internet na qual se valia de propaganda enganosa, anunciava que a cada efetivação do pagamento das parcelas, o mesmo valor seria restituído ao limite e que nenhuma das parcelas alteraria o seu valor, sendo sempre fixas.
 A promovente por várias vezes entrou em contato com a empresa para informá-la da realização do pagamento total das prestações vincendas, sendo que a empresa não gerava número de protocolo, onde apenas poderia se saber o nome do atendente, quando no dia 4 de setembro de 2014, a promovente procurou a ré a fim de resolver o litígio já então descrito, em resposta a atendente lhe afirmou que em cima do valor deste contrato, estava sendo cobrado o valor de 2% ao mês, fora do valor que havia sido acordado no contrato, assim a promovida usando de má-fé com a promovente negou a liberação do limite disponível no cartão, afirmando que cobraria juros em um parcelamento do qual já havia sido pago, com base nisso a promovente requereu o cancelamento do cartão, pois a mesma realizou a quitação do valor total das prestações a vencer e ligou para a promovida para informar sobre a realização do pagamento.
 Em resposta, a promovida enviou uma carta com certificado de um seguro no qual, a promovente nunca soube da sua existência, pedindo que a mesma provasse que autorizou a inserção de sua cobrança nas faturas, requerendo ainda que a promovida restituísse o valor desde a data das primeiras cobranças no ano de 2011. Haja vista, todo o exposto, a promovente afirma que em cada parcela a contar da data que adquiriu o cartão, estava sendo cobrado o valor de R$ 5, 56,00 (cinco reais e cinquenta e seis centavos), sem o conhecimento financeiro da autora do fato, sendo que por base nisso, acarretou-lhe assim constrangimentos e prejuízos.
 II- DOS DIREITOS
II. 1 - OBRIGAÇÃO DE FAZER E A TUTELA ESPECÍFICA
 Segundo disposições legais contidas no artigo 461 caput e § 1º CPC:
 Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
 
 § 1º A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994).
 Neste aspecto, a antecipação da tutela específica pretendida nos presentes 
 autos consubstanciada na obrigação de fazer cumprir o dever de prestar pro-
cedente o pedido determina providências cabíveis que assegurem o resulta- 
do prático equivalente ao do adimplemento ou correspondente. 
 
II. 2 - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
 Diz a doutrina e confirma a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que a responsabilização civil exige a existência do dano. O dever de indenizar existe na medida da extensão do dano, que deve ser certo (possível, real e aferível), O dano moral é aquele que afeta a personalidade e, de alguma forma, ofende a moral e a dignidade da pessoa.
 De acordo com os direitos e garantias e fundamentais, dispõe o art. 5º, incisos v, x da CF:
 Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 V- É assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
 X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
II. 3 - DA COBRANÇA INDEVIDA
O código de defesa do consumidor, em seu art. 42, parágrafo único:
“ O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável” 
 Com a leitura deste dispositivo legal chega-se à conclusão de que há alguns elementos a serem observados para que o consumidor tenha o direito à repetição do indébito, em dobro, prevista no dispositivo supra citado, que são:
I - Que o fornecedor tenha cobrado pelo valor, ou seja, o pagamento voluntário só dá o direito à restituição do valor pago de forma simples, sem incidência do dobro legal, nos termos dos arts. 876, 877, 884 e 885 do código civil; 
II - Que o consumidor tenha pago o valor cobrado, ou seja, poderá simplesmente deixar de pagar a cobrança indevida e o fornecedor responderá por perdas e danos caso prossiga em seu intuito ilegal; 
III – Que o fornecedor haja de má-fé no envio da cobrança, e que se provar que agiu de boa-fé no envio da cobrança a restituição será feita de forma simples, sem a incidência do dobro legal;
 Observados os requisitos acima, fica evidente o direito que o consumidor tem do recebimento em dobro do valor que pagou indevidamente. O mero envio da cobrança pelo fornecedor não dá ao consumidor o direito à repetição do indébito por dois motivos:
I - Porque a própria lei diz que o valor a ser recebido é "igual ao dobro do que pagou em excesso" e não "igual ao dobro que foi cobrado em excesso", ao que a expressão "cobrado em quantia indevida" existente na primeira parte da norma legal existe para estabelecer que deve haver uma prévia cobrança do fornecedor em face do consumidor;
II - Porque se a mera cobrança ensejasse o direito à repetição do indébito em dobro, criaria uma discrepância fática, ao que aquele que recebesse simples cobrança e não efetuasse o pagamento teria mais direitos do que aquele que realmente sofreu a perda financeira do pagamento indevido.
III-DOS PEDIDOS:
 EX POSITIS, requer à Vossa Excelência:
 a) A citação do réu, para integrar a lide e comparecer às audiências designadas e querendo, apresentar defesa, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria fática, nos termos do artigo 20 da lei 9.099/95;
b) Requerer a restituição do valor da cobrança indevida do seguro cartão protegido com sorte (seguros do Credicard);
C) Condenar o requerido à reparação e indenização pordanos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
 Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, bem como os moralmente legítimos com fulcro no art.332 do CPC, notadamente o depoimento pessoal do autor e especialmente os documentos que instruem esta inicial. 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para fins fiscais.
Nestes termos
 Pedem deferimento.
 Floriano (PI), 16 de Outubro de 2014.
 KAREN JULIANNY COELHO CASTRO
 Estagiárias NPJ/FAESF:
 Nádya Karolline dos Santos Sousa(Matrícula 11104085) 
 Thays da Cruz Costa(Matrícula 11104095)

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