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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Profa. Maria del Carmen Bisi Molina 
Critérios para a classificação dos métodos 
 – Propósito geral 
1. Descritivo 
2. Analítico (comparativos) 
 
– Modo de exposição das pessoas ao fator em foco 
1. Observação 
2. Intervenção (experimentais) 
 
– Direção temporal das observações 
1. Prospectivo 
2. Retrospectivo 
3. Transversal 
• Estudos Descritivos 
– informam sobre a distribuição de um evento 
na população, em termos quantitativos: 
Incidência ou Prevalência 
 
• Estudos Analíticos 
– estudos comparativos que trabalham com 
“hipóteses” - estudos de causa e efeito, 
exposição e doença 
• Validade de uma investigação - grau de 
correção das conclusões alcançadas 
 
– validade interna - conclusões são corretas 
para a amostra investigada 
 
– validade externa - pode extrapolar para a 
população de onde veio a amostra ou para 
outras populações 
 
• Viés Metodológico - sinônimo de erro 
sistemático, vício, tendenciosidade, desvio, bias 
(do inglês) 
 
– Viés de seleção - erros referentes à escolha da 
população/pessoas. 
– Viés de aferição - erros na coleta, nos formulários, 
nas perguntas, despreparo dos entrevistadores. 
– Viés de confundimento - interações entre variáveis, 
outras associações, análise estatística inadequada. 
Principais desenhos 
 
– 1. Estudo de Caso/Série de Casos (Descritivo) 
– 2. Transversal 
– 3. Ecológico 
– 4. Caso-controle 
– 5. Coorte 
– 6. Ensaio Clínico Randomizado 
Estudos 
Observacionais 
Estudos de 
intervenção 
Estudos Analíticos 
 
TABELA PARA A ANÁLISE DE DADOS 
 
____________________________________________ 
 Exposição Doença 
 ao fator Sim Não Total* 
 
 Sim a b a + b 
 Não c d c + d 
____________________________________________ 
 Total a + c b + d N 
____________________________________________ 
1. Estudo de Casos/Série de Casos 
 
– relato de um caso ou mais com 
detalhes de características clínicas e 
laboratoriais. O exemplo original - 
descrição de série de casos de AIDS 
em homens jovens homossexuais e 
Sarcoma de Kaposi. 
2. Estudo Transversal - (seccional, corte, 
corte-transversal,vertical, pontual ou 
prevalência) 
 
– [causa e efeito] ou [exposição ao fator e 
doença] são investigados ao mesmo 
tempo. 
– Na análise de dados é que se saberá quem 
são os “expostos” e “não-expostos” e 
quem são os “doentes” e sadios”. 
– Exemplo clássico: migração e doença 
mental 
Delineamento de um estudo transversal 
 
1. Seleção da população 
2. Verificação simultânea da exposição e da 
doença 
3. Análise de dados 
 Estrutura de um Estudo Transversal 
 
 
 
 
 
 
População 
Expostos 
doentes 
 (a) 
Expostos 
 n-doentes 
(b) 
N-expostos 
doentes 
 (c) 
N-expostos 
n-doentes 
(d) 
Estudo Transversal: Migração e doença 
mental em adultos de meia idade 
 
_______________________________________________________ 
Exposição Doença Mental 
 ao fator Sim Não Total Tx. 
 Prev.(%) 
 
 Migrante 18 282 300 6 
 N-Migr. 21 679 700 3 
_____________________________________________ 
 Total 39 961 1000 4 
_____________________________________________ 
Razão de Prevalência: 2; Fonte: Pereira, 1995 
3. Estudos Ecológicos 
 
– avaliam correlações ou tendências baseadas em 
informações derivadas de outros grupos; 
– áreas geográficas são geralmente as unidades de 
análise; 
– servem para levantar hipóteses; 
– são pesquisas estatísticas; 
– Exemplo: associação entre álcool e Ca estômago 
4. Estudos de Caso-Controle 
- a investigação parte do “efeito” para 
chegar às “causas” 
– pesquisa etiológica, retrospectiva, de trás para 
frente, após o fato consumado; 
– as pessoas são escolhidas porque tem uma 
doença (os casos) e as pessoas comparáveis 
sem a doença (os controles) são investigadas 
para saber se foram expostas aos fatores de 
risco. 
Delineamento de um estudo de Caso-
Controle 
 
– 1. Seleção da população com as características que 
possibilitem a investigação exposição-doença; 
– 2. Escolha rigorosa dos casos e controles 
– 3. Verificação do nível de exposição de cada 
participante 
– 4. Análise dos dados 
• Estrutura de um Estudo de Caso-Controle (Casos) 
 
 
 
Análise 
de 
Dados 
 
 
 
Expostos 
Não - 
Expostos 
Expostos 
Não - 
Expostos 
Doentes 
Grupos de 
Casos 
Não-Doentes 
Grupo de 
Controles 
a 
b 
c 
d 
População 
Caso-controle: Associação toxoplasmose e 
debilidade mental em crianças 
 
_______________________________________________________ 
Sorologia Deficiência mental 
para Toxo Sim (casos) Não (controles) 
 
Sim 45 15 
Não 255 285 
 
Total 300 300 
______________________________________________ 
OR = (45x285)/(15x255)=3,35 Fonte: Pereira, 1995 
5. Estudos de Coorte 
 - parte-se da “causa” em direção ao “efeito” 
– observam-se situações na vida real - por 
exemplo - exercício físico e coronariopatia; 
dieta e coronariopatia, etc.. 
– os grupos são acompanhadas por um 
determinado período de vida 
– Estudos prospectivos (dieta e coronariopatia) 
e retrospectivos (investigação de surtos) 
 Exposição Doença 
Estudo de Coorte 
Estudo de Caso-
Controle 
Estudo Transversal 
Fonte:Pereira, 1995 
Coorte: Associação exercício físico e mortalidade por 
coronariopatia 
_______________________________________________________ 
Atividade Óbitos 
física Sim Não Total Tx. Mort. 
 por mil 
Sedentário 400 4.600 5.000 80 
Não-sedentário 80 1.920 2.000 40 
 
Total 480 6.520 7.000 69 
______________________________________________ 
RR= 80/40=2 Fonte:Pereira, 1995 
• Estrutura de um Estudo de Coorte (amostra) 
 
 
 
 
 
 
Análise 
de 
Dados 
 
 
 
Doentes 
Expostos 
a 
b 
Não-doentes 
Doentes 
Não-doentes 
Não-Expostos 
c 
d 
Casos 
Controle 
 Observação/medição da 
 exposição 
População 
6. Estudos Experimentais - ensaios 
clínicos randomizados 
 
– parte da “causa” para o “efeito”, os participantes são 
colocados aleatoriamente nos grupos - de estudo e 
de controle; 
– realiza-se a intervenção em apenas 1 dos grupos 
(vacina, medicamentos, dietas, etc..- o outro grupo 
recebe placebo); 
– Compara-se o RR nos dois grupos 
 
OBS: Estudos de intervenção - os participantes são 
submetidos à condições artificiais 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• Estrutura dos Estudos clínicos randomizados: 
 
 
Participantes 
Expostos 
Não-expostos 
Grupos por 
randomização 
Ensaio clínico randomizado: eficácia de vacina e placebo 
_______________________________________________________ 
Grupos Casos de Doenças 
 Sim Não Total Taxa 
 Incidência 
Vacinados 20 980 1.000 2 
Não-vacinados 100 900 1.000 10 
 
Total 120 1.880 2.000 6 
______________________________________________ 
RR= 2/10=0,2 Fonte:Pereira, 1995 
Vacinados = vacina - fator de proteção 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Vantagens e desvantagens dos principais desenhos de estudosepidemiológicos 
 
 Tipo Vantagens Desvantagens 
Estudo de caso barato e fácil para não pode ser usado para 
 gerar hipóteses testar hipóteses 
 
Série de casos fornece dados descritivos sem grupo controle, não pode 
 em doenças características ser usado para testar hipóteses 
 
Transversal permite conhecer prevalência, não permite conhecer tempo 
 fácil, pode gerar hipóteses da exposição 
 
 Ecológico respostas rápidas, pode gerar dificuldade para controlar 
 hipóteses confundimentos 
 Fonte: Grisso, 1993 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 Tipo Vantagens Desvantagens 
 
Caso-controle permite estudos múltiplos de Difícil seleção de controles, 
 exposição e doenças raras, requer possibilidade de bias nos dados 
 poucos sujeitos, logística fácil e de exposição, a incidência não 
 rápida, não tão caro pode ser medida 
 
Coorte Permite estudos múltiplos de Possibilidade de bias nos efeitos, 
 efeitos e exposições raras, menor caro, exige tempo, inadequado 
 possibilidade de bias na seleção e para doenças raras, poucas 
 nos dados de exposição, a incidên- exposições, perda dos sujeitos 
 cia pode ser medida 
 
Ensaios clínicos desennho mais convincente, maior mais caro, artificial, logística 
randomizados controle para evitar confundimento difícil, objeções éticas 
 ou variáveis desconhecidas 
 Fonte: Grisso, 1993 
DOENTES NÃO-
DOENTES 
POPULAÇÃO 
EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS 
NÃO-
DOENTES 
DOENTES 
Estudo de Coorte 
a b c d 
POPULAÇÃO 
DOENTES 
NÃO-DOENTES 
EXPOSTOS 
NÃO-EXPOSTOS 
EXPOSTOS 
NÃO-EXPOSTOS 
a 
c 
b 
d 
Estudo de Caso-Controle: 
POPULAÇÃO 
EXPOSTOS 
DOENTES 
EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS 
NÃO-DOENTES 
a b c 
d 
Estudo de Caso-Controle: 
Estudo Transversal: 
POPULAÇÃO 
EXPOSTOS 
DOENTES 
EXPOSTOS 
NÃO-
DOENTES 
NÃO-EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS 
DOENTES NÃO-DOENTES 
a b c d 
• BIBLIOGRAFIA 
• Gordis, L. Epidemiology. W.B. Daunders Company, Baltimore, 
Philadelphia, 1996. 
• Newbold, P. Statistics for Business & Economics, Ed. Prentice-Hall, 
Englewood Cliffs, New jersey, 4 th Edition, 1994. 
• Pereira, MG. Epidemiologia - Teoria e Prática. Ed. Guanabara/Koogan, 
1995. 
• Veronesi, R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. Ed. Atheneu, 1996. 
• Waldman, EA & Costa Rosa, T. E. Vigilância em Saúde Pública. Coleção 
Saúde & Cidadania. Ed. Peirópolis, Vol. 7, 1998. 
• WHO Global SalmSurv. Estudo de Caso – Febre Tifóide. [material 
técnico], Set. 2005.

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