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101 ideias para o seu clube dar certo

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101 Ideias
Criativas Para 
Seu Clube
Dar Certo
Saulo Freitas
2 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
 Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel-
mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua 
missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos 
mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. 
 De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano 
como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus 
pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um 
líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem 
sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… 
 Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: 
também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e 
dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente 
essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. 
Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são 
demais. 
 Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em 
criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, 
e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem 
uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua 
maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada 
um terá duas ideias." 
 Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar-
tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora.
 Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, 
sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos 
maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a 
vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você 
estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias 
acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava-
dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e 
grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo 
que atender todas…
 Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo 
desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e 
fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos 
eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra 
tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco 
de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: 
tudo dará certo!
 Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen-
volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da 
sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que 
deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como 
diretor.
 …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me 
apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco 
anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre 
minha vida. 
 Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro 
anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a 
partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci 
em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito 
pequeno aos três anos de idade. 
 Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada-
mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas 
que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. 
 Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em 
São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. 
 Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram 
eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu 
participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje.
 Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do 
clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira 
dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na 
vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida 
toda.
 Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a 
escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por 
morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo 
aquele nome!
 Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista 
Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no 
domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com 
aquele nome. 
 Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John 
Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa-
va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro 
que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum 
“personagem”, mas assim ficou. 
 Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, 
tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como 
diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco 
sistema de unidades. 
 …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro 
dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um 
clube. 
 As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma 
boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá-
vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe-
cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva-
mos futebol ou queimada na rua. Ualll…
 Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e 
dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a 
hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me 
empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do 
bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. 
Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana 
escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e 
carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos 
inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. 
 O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma 
estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência 
daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze 
membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos 
em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu-
ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram 
nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado 
pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só 
abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos 
(como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi-
avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da 
minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e 
eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se 
encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é 
o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um 
grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. 
 Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer-
ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, 
jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parqueaquático, 
pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e 
meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa 
diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, 
mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. 
 Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito 
chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem-
anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela 
ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem-
bros. 
 Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião 
inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na 
época era o Pr. Julio Gaia.
 Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no 
estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes 
todos em forma juntos! 
 Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na 
barriga, eu queria fazer parte daquilo!
 Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com 
meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro 
conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender 
a importância do clube na vida de um garoto. 
 Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em 
um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não 
poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa 
e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos 
entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que 
gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como 
conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em 
anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. 
 Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a 
atenção de todos em qualquer campori que fossemos.
 Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a 
intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. 
 Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando 
desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel-
heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha 
disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria 
dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos 
voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura 
"clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje 
um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas 
novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele 
precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. 
 Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e 
com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um 
grande desafio…
 Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da 
igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o 
que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências 
que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com 
pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. 
 Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar 
as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, 
além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que 
falarei mais pra frente). 
 O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali 
fiz grandes amigos que levo no coração. 
 Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas 
experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando 
um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a 
mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo 
disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio 
e sua equipe novamente.
 Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a 
frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ-
ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz 
grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon 
Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi-
ração. 
 O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 
2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no 
mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me 
convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como 
diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu 
participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo 
e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. 
 
Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? 
 
 Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa 
para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as 
atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os 
diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. 
 
 Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá 
adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. 
 
Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura…
 
Bom, chega de falar e vamos às ideias! 
 Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel-
mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua 
missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos 
mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. 
 De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano 
como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus 
pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um 
líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem 
sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… 
 Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: 
também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e 
dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente 
essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. 
Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são 
demais. 
 Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em 
criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, 
e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem 
uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua 
maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada 
um terá duas ideias." 
 Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar-
tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora.
 Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, 
sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos 
maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a 
vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você 
estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias 
acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava-
dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e 
grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo 
que atender todas…
 Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo 
desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e 
fazê-lo entender que mesmo nos diasde hoje, onde a internet, os jogos 
eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra 
tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco 
de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: 
tudo dará certo!
 Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen-
volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da 
sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que 
deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como 
diretor.
 …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me 
apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco 
anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre 
minha vida. 
 Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro 
anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a 
partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci 
em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito 
pequeno aos três anos de idade. 
 Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada-
mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas 
que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. 
 Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em 
São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. 
 Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram 
eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu 
participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje.
 Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do 
clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira 
dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na 
vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida 
toda.
 Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a 
escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por 
morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo 
aquele nome!
 Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista 
Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no 
domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com 
aquele nome. 
 Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John 
Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa-
va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro 
que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum 
“personagem”, mas assim ficou. 
 Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, 
tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como 
diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco 
sistema de unidades. 
 …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro 
dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um 
clube. 
 As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma 
boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá-
vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe-
cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva-
mos futebol ou queimada na rua. Ualll…
 Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e 
dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a 
hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me 
empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do 
bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. 
Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana 
escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e 
carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos 
inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. 
 O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma 
estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência 
daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze 
membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos 
em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu-
ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram 
nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado 
pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só 
abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos 
(como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi-
avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da 
minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e 
eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se 
encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é 
o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um 
grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. 
 Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer-
ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, 
jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, 
pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e 
meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa 
diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, 
mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. 
 Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito 
chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem-
anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela 
ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem-
bros. 
 Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião 
inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na 
época era o Pr. Julio Gaia.
 Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no 
estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes 
todos em forma juntos! 
 Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na 
barriga, eu queria fazer parte daquilo!
 Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com 
meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro 
conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender 
a importância do clube na vida de um garoto. 
 Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em 
um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não 
poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa 
e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos 
entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que 
gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como 
conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em 
anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. 
 Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a 
atenção de todos em qualquer campori que fossemos.
 Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a 
intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. 
 Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando 
desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel-
heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha 
disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria 
dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso.Então, aos dezessete anos 
voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura 
"clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje 
um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas 
novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele 
precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. 
 Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e 
com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um 
grande desafio…
 Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da 
igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o 
que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências 
que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com 
pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. 
 Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar 
as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, 
além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que 
falarei mais pra frente). 
 O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali 
fiz grandes amigos que levo no coração. 
 Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas 
experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando 
um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a 
mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo 
disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio 
e sua equipe novamente.
 Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a 
frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ-
ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz 
grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon 
Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi-
ração. 
 O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 
2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no 
mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me 
convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como 
diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu 
participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo 
e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. 
 
Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? 
 
 Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa 
para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as 
atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os 
diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. 
 
 Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá 
adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. 
 
Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura…
 
Bom, chega de falar e vamos às ideias! 
3 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
 Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel-
mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua 
missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos 
mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. 
 De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano 
como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus 
pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um 
líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem 
sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… 
 Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: 
também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e 
dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente 
essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. 
Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são 
demais. 
 Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em 
criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, 
e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem 
uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua 
maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada 
um terá duas ideias." 
 Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar-
tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora.
 Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, 
sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos 
maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a 
vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você 
estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias 
acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava-
dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e 
grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo 
que atender todas…
 Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo 
desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e 
fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos 
eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra 
tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco 
de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: 
tudo dará certo!
 Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen-
volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da 
sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que 
deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como 
diretor.
 …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me 
apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco 
anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre 
minha vida. 
 Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro 
anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a 
partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci 
em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito 
pequeno aos três anos de idade. 
 Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada-
mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas 
que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. 
 Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em 
São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. 
 Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram 
eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu 
participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje.
 Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do 
clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira 
dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na 
vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida 
toda.
 Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a 
escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por 
morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo 
aquele nome!
 Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista 
Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no 
domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: jáexistia um clube com 
aquele nome. 
 Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John 
Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa-
va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro 
que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum 
“personagem”, mas assim ficou. 
 Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, 
tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como 
diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco 
sistema de unidades. 
 …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro 
dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um 
clube. 
 As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma 
boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá-
vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe-
cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva-
mos futebol ou queimada na rua. Ualll…
 Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e 
dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a 
hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me 
empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do 
bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. 
Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana 
escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e 
carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos 
inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. 
 O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma 
estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência 
daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze 
membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos 
em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu-
ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram 
nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado 
pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só 
abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos 
(como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi-
avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da 
minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e 
eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se 
encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é 
o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um 
grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. 
 Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer-
ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, 
jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, 
pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e 
meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa 
diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, 
mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. 
 Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito 
chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem-
anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela 
ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem-
bros. 
 Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião 
inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na 
época era o Pr. Julio Gaia.
 Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no 
estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes 
todos em forma juntos! 
 Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na 
barriga, eu queria fazer parte daquilo!
 Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com 
meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro 
conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender 
a importância do clube na vida de um garoto. 
 Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em 
um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não 
poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa 
e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos 
entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que 
gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como 
conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em 
anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. 
 Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a 
atenção de todos em qualquer campori que fossemos.
 Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a 
intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. 
 Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando 
desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel-
heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha 
disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria 
dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos 
voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura 
"clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje 
um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas 
novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele 
precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. 
 Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e 
com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um 
grande desafio…
 Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da 
igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o 
que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências 
que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com 
pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. 
 Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar 
as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, 
além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que 
falarei mais pra frente). 
 O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali 
fiz grandes amigos que levo no coração. 
 Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas 
experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando 
um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a 
mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo 
disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio 
e sua equipe novamente.
 Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a 
frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ-
ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz 
grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon 
Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi-
ração. 
 O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 
2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no 
mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me 
convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como 
diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu 
participara,mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo 
e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. 
 
Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? 
 
 Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa 
para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as 
atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os 
diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. 
 
 Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá 
adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. 
 
Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura…
 
Bom, chega de falar e vamos às ideias! 
4 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
 Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel-
mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua 
missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos 
mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. 
 De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano 
como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus 
pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um 
líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem 
sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… 
 Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: 
também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e 
dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente 
essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. 
Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são 
demais. 
 Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em 
criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, 
e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem 
uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua 
maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada 
um terá duas ideias." 
 Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar-
tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora.
 Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, 
sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos 
maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a 
vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você 
estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias 
acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava-
dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e 
grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo 
que atender todas…
 Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo 
desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e 
fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos 
eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra 
tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco 
de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: 
tudo dará certo!
 Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen-
volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da 
sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que 
deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como 
diretor.
 …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me 
apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco 
anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre 
minha vida. 
 Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro 
anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a 
partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci 
em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito 
pequeno aos três anos de idade. 
 Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada-
mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas 
que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. 
 Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em 
São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. 
 Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram 
eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu 
participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje.
 Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do 
clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira 
dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na 
vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida 
toda.
 Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a 
escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por 
morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo 
aquele nome!
 Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista 
Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no 
domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com 
aquele nome. 
 Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John 
Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa-
va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro 
que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum 
“personagem”, mas assim ficou. 
 Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, 
tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como 
diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco 
sistema de unidades. 
 …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro 
dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um 
clube. 
 As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma 
boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá-
vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe-
cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva-
mos futebol ou queimada na rua. Ualll…
 Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e 
dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a 
hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me 
empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do 
bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. 
Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana 
escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e 
carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos 
inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. 
 O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma 
estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência 
daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze 
membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos 
em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu-
ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram 
nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado 
pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só 
abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos 
(como eram chamados na época, eram os estudantes deteologia que estagi-
avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da 
minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e 
eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se 
encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é 
o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um 
grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. 
 Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer-
ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, 
jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, 
pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e 
meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa 
diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, 
mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. 
 Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito 
chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem-
anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela 
ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem-
bros. 
 Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião 
inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na 
época era o Pr. Julio Gaia.
 Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no 
estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes 
todos em forma juntos! 
 Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na 
barriga, eu queria fazer parte daquilo!
 Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com 
meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro 
conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender 
a importância do clube na vida de um garoto. 
 Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em 
um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não 
poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa 
e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos 
entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que 
gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como 
conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em 
anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. 
 Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a 
atenção de todos em qualquer campori que fossemos.
 Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a 
intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. 
 Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando 
desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel-
heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha 
disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria 
dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos 
voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura 
"clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje 
um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas 
novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele 
precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. 
 Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e 
com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um 
grande desafio…
 Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da 
igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o 
que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências 
que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com 
pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. 
 Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar 
as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, 
além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que 
falarei mais pra frente). 
 O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali 
fiz grandes amigos que levo no coração. 
 Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas 
experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando 
um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a 
mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo 
disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio 
e sua equipe novamente.
 Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a 
frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ-
ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz 
grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon 
Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi-
ração. 
 O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 
2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no 
mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me 
convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como 
diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu 
participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo 
e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. 
 
Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? 
 
 Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa 
para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as 
atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os 
diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. 
 
 Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá 
adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. 
 
Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura…
 
Bom, chega de falar e vamos às ideias! 
5 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
 Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel-
mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua 
missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos 
mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. 
 De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano 
como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus 
pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um 
líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem 
sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… 
 Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: 
também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e 
dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente 
essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. 
Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são 
demais. 
 Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em 
criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, 
e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem 
uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua 
maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada 
um terá duas ideias." 
 Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar-
tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora.
 Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, 
sem quererdesanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos 
maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a 
vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você 
estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias 
acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava-
dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e 
grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo 
que atender todas…
 Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo 
desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e 
fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos 
eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra 
tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco 
de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: 
tudo dará certo!
 Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen-
volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da 
sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que 
deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como 
diretor.
 …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me 
apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco 
anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre 
minha vida. 
 Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro 
anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a 
partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci 
em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito 
pequeno aos três anos de idade. 
 Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada-
mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas 
que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. 
 Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em 
São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. 
 Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram 
eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu 
participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje.
 Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do 
clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira 
dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na 
vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida 
toda.
 Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a 
escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por 
morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo 
aquele nome!
 Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista 
Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no 
domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com 
aquele nome. 
 Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John 
Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa-
va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro 
que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum 
“personagem”, mas assim ficou. 
 Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, 
tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como 
diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco 
sistema de unidades. 
 …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro 
dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um 
clube. 
 As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma 
boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá-
vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe-
cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva-
mos futebol ou queimada na rua. Ualll…
 Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e 
dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a 
hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me 
empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do 
bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. 
Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana 
escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e 
carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos 
inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. 
 O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma 
estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência 
daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze 
membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos 
em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu-
ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram 
nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado 
pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só 
abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos 
(como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi-
avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da 
minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e 
eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se 
encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é 
o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um 
grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. 
 Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer-
ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, 
jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, 
pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e 
meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa 
diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, 
mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. 
 Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito 
chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem-
anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela 
ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem-
bros. 
 Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião 
inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na 
época era o Pr. Julio Gaia.
 Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no 
estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes 
todos em forma juntos! 
 Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na 
barriga, eu queria fazer parte daquilo!
 Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com 
meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro 
conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender 
a importância do clube na vida de um garoto. 
 Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em 
um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não 
poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa 
e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos 
entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que 
gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como 
conselheiropoderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em 
anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. 
 Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a 
atenção de todos em qualquer campori que fossemos.
 Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a 
intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. 
 Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando 
desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel-
heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha 
disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria 
dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos 
voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura 
"clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje 
um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas 
novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele 
precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. 
 Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e 
com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um 
grande desafio…
 Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da 
igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o 
que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências 
que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com 
pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. 
 Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar 
as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, 
além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que 
falarei mais pra frente). 
 O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali 
fiz grandes amigos que levo no coração. 
 Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas 
experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando 
um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a 
mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo 
disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio 
e sua equipe novamente.
 Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a 
frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ-
ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz 
grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon 
Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi-
ração. 
 O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 
2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no 
mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me 
convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como 
diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu 
participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo 
e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. 
 
Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? 
 
 Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa 
para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as 
atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os 
diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. 
 
 Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá 
adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. 
 
Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura…
 
Bom, chega de falar e vamos às ideias! 
6 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Ideias para 
o início das 
atividades 
Propaganda para 
novos membros 1
Eu como publicitário posso te dizer e garantir que a propaganda realmente é 
a alma do negócio e que se você que atrair novos membros para o seu clube, 
você precisa mostrar o seu clube e quem são os Desbravadores. Chamar a 
atenção não só dos filhos, mas principalmente dos pais que na maioria das 
vezes são quem levam e autorizam seus filhos a participarem do clube. Então, 
caprice na propaganda, faça videos, cartazes, panfletos, visita escolas estadu-
ais do seu bairro, monte uma barraca na praça da cidade e faça o máximo 
possível para divulgar as incrições do clube.
Vídeo na 
igreja2
Prepare um video muito legal, ou quem sabe baixe no próprio youtube o video 
chamado “quem são os Desbravadores” e aproveite para passer na igreja e 
em todos os meios de divulgação do seu clube. As crianças e juvenis se 
animam em ver atividades radicais, imagens de eventos e camporis. Deixe-os 
com brilho nos olhos e com muita vontade de participar do clube.
Folheto
na rua3
Toda propaganda é bem vinda, tente atingir o máximo de pessoas de formas 
diferentes. Faça um panfleto dizendo resumidamente quem são os Desbrava-
dores e que as inscrições para novos membros estão abertas e distribua um 
final de semana antes da sua reunião inaugural, convidando as crianças e os 
pais a conhecerem o clube.
8 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Release nos jornais
e mídias sociais4
Se você mora em uma cidade pequena a facilidade em contato com veículos 
de comunicação impresso, como jornais é muito mais fácil. Faça contato com 
algun jornal local que circule na sua região, converse com o jornalista 
responsável e fale da importância do clube na vida de uma criança e fale da 
suas inscrições, tenho certeza que ela estará disposto a ajudar e a preparar 
um release falando sobre os Desbravadores. Aproveite esse mesmo texto e 
publique também no facebook convidando a todos para a reunião inaugural. 
Lembre-se, quanto mais lugares diferentes você conseguir aparecer falando 
do dia da sua reunião inaugural, mais pessoas serão impactadas.
Primeira reunião
(domingo no parque)5
A primeira reunião do seu clube precisa ser a mais marcante, é ela que vai 
prender a atenção dos novos membros e fazer com que eles se apaixonem 
pelo clube, façam suas matriculas e voltem nas próximas reuniões. Se possív-
el faça sua primeira reunião ao ar livre, num parque, praça, quadra, local 
aberto que você possa colocar as crianças e líderes em forma, mostrar organ-
ização, disciplina e intereção entre todos. Além da parte cívica (asteamento de 
bandeiras se possível), tenha momentos que eles possam corer, se sujar, 
conhecer as diferentes áreas do clube de desbravadores. Faça com que eles 
cheguem em casa com os olhinhos brilhando, falando pros pais que no próxi-
mo domingo eles querem estar de volta na reunião do seu clube.
Carrocel de
atividades6
Escolha 5 ou mais temas que envolvam as diferentes áreas das atividades 
práticas dos Desbravadores como por exemplo: civismo, ordem unida, nós e 
amarras, fogos e fogões, primeiros socorros, fanfarra, montagem e desmon-
tagem de barracas, torta na cara (com perguntas da história dos desbrava-
dores) entre outros. Escolha um ou mais instrutores para cada uma das 
atividades escolhidas como responsável para separar material e aplicar a 
aula prática durante 20 minutos.
Divida o seu clube em grupos (de acordo com a quantidade de atividades 
escolhidas para o carrocel), onde cada grupo participará do carrocel de 
atividades por 20 minutos em cada posto, onde no final todos devem passar 
por todos os postos.
9 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Escolha 5 ou mais temas que envolvam as diferentes áreas das atividades 
práticas dos Desbravadores como por exemplo: civismo, ordem unida, nós e 
amarras, fogos e fogões, primeiros socorros, fanfarra, montagem e desmon-
tagem de barracas, torta na cara (com perguntas da história dos desbrava-dores) entre outros. Escolha um ou mais instrutores para cada uma das 
atividades escolhidas como responsável para separar material e aplicar a 
aula prática durante 20 minutos.
Divida o seu clube em grupos (de acordo com a quantidade de atividades 
escolhidas para o carrocel), onde cada grupo participará do carrocel de 
atividades por 20 minutos em cada posto, onde no final todos devem passar 
por todos os postos.
Gincana 
clubão 7
Essa atividade pode ser realizada ou por unidade, ou por grupos (caso não 
tenha dividido ainda suas unidades). Crie uma lista de tarefas e dasafios que 
deverão ser realizadas em um período de 2 horas da sua reunião. Cada 
unidade ou grupo necessita de um líder para guiar durante as tarefas, a cada 
tarefa realizada eles voltam ao ponto de partida, apresentam a tarefa e 
retiram a tarefa seguinte. Ganha-se as equipes que realizarem todas as 
tarefas. 
Exemplo de tarefas para a gincana:
- Criar e dar o grito de guerra da unidade ou equipe
- Trazer um objeto que faça parte de um acampamento
- Trazer um ferro de passar a carvão
- Convencer e trazer uma pessoas que esteja de meia azul
- Trazer algum animal de estimação
- Fazer uma música com as palavras, Desbravadores, adoração e acampa-
mento
- Encenar uma história bíblica através de estátuas humanas
- Fazer uma maquete com elementos da natureza que repesente a história do 
dilúvio
- Etc…
Essa atividade é ideal para o início do ano e para novatos pois envolve apenas 
recreação e não necessita que os membros tenham conhecimento específico; 
10 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Ideias para 
motivar sua 
diretoria
Reúna e capacite 
antes de começar8
Líderar nem sempre é tão simples quanto se parece, por isso, conhecer bem 
a sua diretoria, conselheiros e instrutores vai te ajudar a ter um ano melhor. 
Antes de iniciar seu ano e até mesmo abrir suas inscrições, junte toda a sua 
liderança por um final de semana, passem pelo menos 2 dias juntos, apenas 
planejando, discutindo e capacitando os mesmos. Eu sempre procurei fazer 
isso com o objetivo de traçar as principais metas para o ano, motivar e treinar 
naquilo que eu achava que minha liderança estava mais carente. Além de tudo 
isso, algo extraordinário vai acontecer, que é todos voltarem se conhecendo 
melhor e mais unidos, prontos para iniciar o ano de atividades do clube.
Marque encontros
esporádicos 9
Durante o ano de atividades, nos preocupamos muito em nos concentrar nas 
atividades do clube e muitas vezes nos esquecemos da nossa liderança e que 
eles são peças chaves para o seu clube dar certo. Por isso, sempre que 
possível agende saidas só com sua diretoria, marque para comer pizza na 
casa de alguém da diretoria, só para darem rizadas, aumentar a união do 
grupo e jogar conversa fora. Vai perceber que isso vai fortalecer ainda mais o 
seu grupo de líderes, afinal eles são os seu “braço direito”.
12 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Ideias para 
motivar seus 
conselheiros 
Façam coisas 
juntos10
Não me canso de dizer que o coração do seu clube sãos os conselheiros, ter 
conselheiros motivados é fundamental para o seu clube dar certo, por isso, da 
mesma forma que fez na diretoria, marque saidas somente com os conselhei-
ros, ganhe a confiança deles e faça-os se sentirem importantes e felizes 
dentro do grupo.
Premie os
melhores 11
Todo mundo gosta de ser premiado por algo que fez de bom. Sempre que 
possível, a cada trimestre ou semestre, premie o melhor conselheiro(a) do 
seu clube, crie alguns critérios de avaliação e junte sua diretoria para avaliar 
e premiar aqueles que se destacaram.
Elogie sempre 
que possível 12
Procure elogiar seus conselheiros por suas atitudes positivas dentro do clube, 
elogie na frente de sua unidade, na frente da diretoria ou do clube, ele(a) vai 
se sentir feliz e motivado a continuar.
Diga o que 
fazer mês a mês 13
É muito importante que o conselheiro sabe o que fazer mês a mês dentro do 
clube e de sua unidade. Aqui não estou me referindo a atividades das classes 
somente, mas principalmente, atividades do clubes, do cantinho de unidade, 
programas da igreja e da sua associação ou missão. Eu gostava de todo 
começo do mês entregar para cada conselheiro uma planilha com as 
atividades dos 4 domingos do mês e com isso ajudar ele e a sua unidade a se 
prepararem para aquele mês e assim por diante. É muito mais fácil ele 
lembrar do mês do que do ano inteiro.
14 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Treine e capacite 
sempre 14
Seus conselheiros são exemplos para seus desbravadores e é claro que 
precisam de conhecimento para poder passar aos membros das unidades. 
Conselheiro sem experiência, passará aidante nenhuma experiência. Por 
isso, fazer cursos para conselheiros, acampamentos de instruções, é funda-
mental para o bom andamento das unidades.
É muito importante que o conselheiro sabe o que fazer mês a mês dentro do 
clube e de sua unidade. Aqui não estou me referindo a atividades das classes 
somente, mas principalmente, atividades do clubes, do cantinho de unidade, 
programas da igreja e da sua associação ou missão. Eu gostava de todo 
começo do mês entregar para cada conselheiro uma planilha com as 
atividades dos 4 domingos do mês e com isso ajudar ele e a sua unidade a se 
prepararem para aquele mês e assim por diante. É muito mais fácil ele 
lembrar do mês do que do ano inteiro.
15 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Idéias para 
sistema de 
pontuação
Manter as unidades do 
clube motivadas a cada 
reunião é um dos maiores 
desafios da diretoria. Com 
um sistema de pontuação 
que funcione, que seja 
justo para todos você pode 
ter grandes alegrias no 
seu clube. 
Crie um grito 
de guerra 15
Unidade sem grito de guerra não pode ser chamada de unidade. Crie um grito 
de guerra oficial, que mostre a força e garra da sua unidade. Nada muito 
longo, mas que no final de cada reunião vocês possam gritar e sairem mais 
animados, jã esperando a próxima reunião.
Escolha 
os cargos 16
É fundamental que cada membro da sua unidade tenha um cargo, com o cargo 
o desbravador se sente importante e motivado, além de fazer funcionar o 
sistema de unidade dentro do clube. Aqui vão alguns exemplos de cargos de 
unidade: Capitão, secretário, tesoureiro, capelão, padioleiro, almoxarifado, 
bibliotecário, diretor de esportes, comunicação, Menino(a) Horário, etc…
Dê tarefas 
aos cargos 17
Agora de nada adianta ter cargo e não saber a função. Saiba explicar a função 
que cada um deve exercer e em qual momento do cantinho da unidade ou da 
reunião do clube ele deverá usar o seu cargo. Por exemplo, no momento da 
chamada quem é o responsável pela unidade naquela hora é o secretário, 
todos os outros deve atentar e obedecer, dando assim oportunidade pra que 
naquele instante o secretário tenha o momento de liderança dele e assim 
serve também para os outros cargos.
Crie 
tradições18
Tradição é algo que se repete, não muda e que vai marcar a sua unidade pra 
sempre. Crie tradições que só vocês tenham e que tenha a ver com a faixa 
etária dos seus membos e que seja possível de ser realizada. como por exem-
plo, todos fazerem a especialidade de patinação, todos usarem camiseta 
amarela, todos chegarem sempre 15 minutos mais cedo na reunião do clube, 
todos saberem fazer o nó ordinário de olhos fechados e assim por diante.
17 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO
Crie um 
caderninho22
Prepare um caderninho oficial para sua unidade, encape, cole o símbolo na 
capa e faça ele ficar uma semana com cada membro da unidade. Nele você vai 
colocar todos os ideais dos Desbravadores, grito de guera do se clube e aquilo 
que criou para sua unidade, o grito de Guerra, a história da unidade, tradiçoes, 
verso , etc. Reserve metade dele para que o secretário(a)

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