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101 Ideias Criativas Para Seu Clube Dar Certo Saulo Freitas 2 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel- mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são demais. Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada um terá duas ideias." Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar- tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora. Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava- dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo que atender todas… Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: tudo dará certo! Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen- volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como diretor. …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre minha vida. Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito pequeno aos três anos de idade. Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada- mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje. Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida toda. Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo aquele nome! Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com aquele nome. Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa- va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum “personagem”, mas assim ficou. Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco sistema de unidades. …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um clube. As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá- vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe- cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva- mos futebol ou queimada na rua. Ualll… Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu- ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos (como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi- avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer- ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parqueaquático, pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem- anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem- bros. Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na época era o Pr. Julio Gaia. Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes todos em forma juntos! Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na barriga, eu queria fazer parte daquilo! Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender a importância do clube na vida de um garoto. Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a atenção de todos em qualquer campori que fossemos. Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel- heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura "clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um grande desafio… Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que falarei mais pra frente). O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali fiz grandes amigos que levo no coração. Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio e sua equipe novamente. Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ- ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi- ração. O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura… Bom, chega de falar e vamos às ideias! Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel- mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são demais. Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada um terá duas ideias." Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar- tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora. Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava- dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo que atender todas… Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e fazê-lo entender que mesmo nos diasde hoje, onde a internet, os jogos eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: tudo dará certo! Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen- volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como diretor. …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre minha vida. Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito pequeno aos três anos de idade. Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada- mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje. Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida toda. Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo aquele nome! Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com aquele nome. Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa- va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum “personagem”, mas assim ficou. Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco sistema de unidades. …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um clube. As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá- vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe- cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva- mos futebol ou queimada na rua. Ualll… Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu- ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos (como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi- avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer- ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem- anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem- bros. Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na época era o Pr. Julio Gaia. Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes todos em forma juntos! Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na barriga, eu queria fazer parte daquilo! Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender a importância do clube na vida de um garoto. Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a atenção de todos em qualquer campori que fossemos. Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel- heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso.Então, aos dezessete anos voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura "clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um grande desafio… Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que falarei mais pra frente). O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali fiz grandes amigos que levo no coração. Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio e sua equipe novamente. Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ- ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi- ração. O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura… Bom, chega de falar e vamos às ideias! 3 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel- mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são demais. Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada um terá duas ideias." Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar- tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora. Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava- dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo que atender todas… Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: tudo dará certo! Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen- volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como diretor. …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre minha vida. Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito pequeno aos três anos de idade. Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada- mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje. Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida toda. Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo aquele nome! Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: jáexistia um clube com aquele nome. Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa- va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum “personagem”, mas assim ficou. Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco sistema de unidades. …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um clube. As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá- vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe- cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva- mos futebol ou queimada na rua. Ualll… Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu- ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos (como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi- avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer- ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem- anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem- bros. Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na época era o Pr. Julio Gaia. Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes todos em forma juntos! Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na barriga, eu queria fazer parte daquilo! Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender a importância do clube na vida de um garoto. Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a atenção de todos em qualquer campori que fossemos. Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel- heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura "clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um grande desafio… Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que falarei mais pra frente). O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali fiz grandes amigos que levo no coração. Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio e sua equipe novamente. Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ- ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi- ração. O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu participara,mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura… Bom, chega de falar e vamos às ideias! 4 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel- mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são demais. Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada um terá duas ideias." Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar- tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora. Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, sem querer desanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava- dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo que atender todas… Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: tudo dará certo! Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen- volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como diretor. …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre minha vida. Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito pequeno aos três anos de idade. Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada- mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje. Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida toda. Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo aquele nome! Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com aquele nome. Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa- va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum “personagem”, mas assim ficou. Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco sistema de unidades. …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um clube. As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá- vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe- cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva- mos futebol ou queimada na rua. Ualll… Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu- ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos (como eram chamados na época, eram os estudantes deteologia que estagi- avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer- ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem- anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem- bros. Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na época era o Pr. Julio Gaia. Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes todos em forma juntos! Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na barriga, eu queria fazer parte daquilo! Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender a importância do clube na vida de um garoto. Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como conselheiro poderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a atenção de todos em qualquer campori que fossemos. Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel- heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura "clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um grande desafio… Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que falarei mais pra frente). O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali fiz grandes amigos que levo no coração. Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio e sua equipe novamente. Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ- ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi- ração. O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura… Bom, chega de falar e vamos às ideias! 5 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Meu nome é Saulo Freitas, talvez você não me conheça, mas provavel- mente, assim como eu, você tenha recebido da comissão da sua igreja a árdua missão (porque é mesmo uma missão) de trabalhar na direção de algum dos mais de 6 mil clubes de Desbravadores espalhados pelo nosso Brasil. De repente seja o seu terceiro, quarto ou quem sabe décimo ano como diretor de clube e com o início de mais um ano, você tem orado a Deus pedindo sabedoria, dedicação, entusiasmo e tantas outras qualidades que um líder precisa ter para estar à frente de um clube e fazê-lo dar certo. Ou quem sabe, é o seu primeiro ano na direção de um clube… Calma! Eu também não fazia ideia de por onde começar e confesso: também cheguei ao ponto de pensar em devolver o cargo para o meu pastor e dizer a ele que eu não era capaz. Nesse momento, talvez seja exatamente essa a sua vontade, mas pensando nisso, foi que eu decidi escrever esse livro. Por mais que você saiba muito sobre Desbravadores, novas ideias nunca são demais. Tenho um amigo, um grande palestrante empresarial, mestre em criatividade, que também foi desbravador um dia, chamado Denilson Shikako, e em um de seus cursos de criatividade que participei, disse: "Se você tem uma maçã e eu tenho outra; e nós trocamos as maçãs, então cada um terá sua maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho outra; e nós trocamos então cada um terá duas ideias." Com base nesse pensamento, minha intenção aqui é poder compar- tilhar ideias com o maior número de líderes de clubes desse Brasil a fora. Bom, para você que está iniciando agora como diretor ou diretora, sem quererdesanimá-lo, saiba que você está prestes a enfrentar um dos maiores desafios da sua vida, e mesmo sem perceber, sua vida vai mudar, a vida da sua família e dos seus amigos também, mas acima de tudo, você estará mudando a vida de meninos e meninas que não veem a hora das férias acabarem para poder voltar ou iniciar as atividades do clube de Desbrava- dores. Ansiosos por um ano de atividades repleto de novidades, surpresas e grandes emoções, cada vem com uma expectativa diferente e você se vê tendo que atender todas… Como disse, minha intenção não é assustá-lo e muito menos fazê-lo desistir do cargo, muito pelo contrário, minha intenção é ajudá-lo, motivá-lo e fazê-lo entender que mesmo nos dias de hoje, onde a internet, os jogos eletrônicos, o lazer sem fundamento e tantas outras coisas farão de tudo pra tirar essas crianças e adolescentes do clube, com a ajuda de Deus e um pouco de criatividade, você é capaz e pode fazer história no seu clube. E acredite: tudo dará certo! Não falarei muito de teorias comportamentais, das fases do desen- volvimento e nem sobre psicologia infantil (isso você vai ver no treinamento da sua Associação), tentarei ser o mais prático possível, dando dicas e ideias que deram certo nos clubes em que passei, que conheci, ou que atuei como diretor. …Antes de entrarmos nas ideias propriamente ditas, gostaria de me apresentar melhor e contar um pouco da trajetória desses meus vinte e cinco anos no mundo dos Desbravadores, e, automaticamente, um pouco sobre minha vida. Eu sou Adventista do Sétimo Dia oficialmente desde os meus quatro anos, quando minha mãe começou a frequentar a igreja e também é quando a partir dessa idade eu começo a ter lembranças da minha infância. Eu nasci em São Luís, capital do Maranhão, mas me mudei para São Paulo muito pequeno aos três anos de idade. Aos dez anos eu frequentava uma pequena igreja de aproximada- mente uns cinquenta membros, onde frequentava a sala dos primários, mas que não tinha nem clube de aventureiros e nem desbravadores. Naquela época, meados de 1990 ainda existiam poucos clubes em São Paulo e eu e meus pais nunca havíamos ouvido falar em Desbravadores. Uns dois anos mais tarde, dois jovens da minha igrejinha foram eleitos diretor e vice, do que seria o primeiro clube de Desbravadores que eu participaria e a partir dali me transformaria em quem sou hoje. Sinceramente não me lembro da primeira reunião que participei do clube, talvez porque não foi algo tão marcante, e aqui vai a minha primeira dica: faça da primeira reunião do seu clube um dia marcante e especial na vida dos seus Desbravadores de tal forma que eles a guardem para a vida toda. Mas eu me lembro muito bem que aos meus doze anos eu ajudei a escolher o nome do clube, fizemos uma votação e seria Águias da Serra, por morarmos em uma cidade chamada Taboão da Serra, achamos o máximo aquele nome! Lembro também que o diretor na época foi até a Associação Paulista Sul para registrar o nome do nosso clube. Todos estávamos ansiosos e no domingo seguinte o diretor voltou com uma notícia: já existia um clube com aquele nome. Para não perder a viagem, ele acabou registrando outro nome, John Andrews (que hoje eu sei muito bem quem foi), mas naquela época não passa- va de um nome que nenhum de nós conseguíamos sequer pronunciar. É claro que preferíamos um nome forte como Águia ao invés de um nome de algum “personagem”, mas assim ficou. Acontece que a diretoria desse clube não tinha experiência alguma, tinham muita vontade sim, capacidade, mas ambos eram inexperientes como diretores de clube, tanto é que não existia grito de guerra do clube, tão pouco sistema de unidades. …Era uma pequena igreja, nos reuníamos num pequeno salão dentro dela: Vila Iasi, Igreja onde tive minha primeira experiência dentro de um clube. As reuniões eram nas cadeiras de madeira da igreja ou na rua, uma boa ladeira onde um domingo fazíamos ordem unida outro domingo ajoelhá- vamos no chão da igreja e apoiados nos bancos escrevíamos atentos a espe- cialidade de cães (minha primeira especialidade) e no final da reunião jogáva- mos futebol ou queimada na rua. Ualll… Gosto sempre de descrever sobre o que me lembro dessas reuniões e dizer que eu amava o clube de Desbravadores dessa minha Igreja e não via a hora de chegar o próximo domingo para estar ali novamente. Aquilo me empolgava tanto que durante a semana eu brincava com meus amigos do bairro e a brincadeira preferida era de desbravador. Tenho um amigo, o Eduardo, que o levei para o clube e passávamos a semana escalando os morros do condomínio que morávamos com corda de varal e carpete velho e depois descíamos sem saber que aquilo era rapel. Ficávamos inventando tipos de nós sem saber ou ter com quem aprender. O que eu quero dizer com isso, é que naquele tempo, sem nenhuma estrutura, sem nenhum uniforme, com nenhum atrativo maior ou experiência daquela nossa diretoria, nós, meninos e meninas daquele clube de treze membros éramos apaixonados pelo clube de Desbravadores e não faltávamos em nenhuma reunião. Naquele tempo, onde não existia concorrência nenhu- ma, não era preciso muito para um clube dar certo, muitos clubes surgiram nessa década, em cada grupinho de igreja que se formava, era incentivado pelos teologandos da época que se criassem clubes de desbravadores, e só abrindo um parêntese aqui, a título de curiosidade, nossos teologandos (como eram chamados na época, eram os estudantes de teologia que estagi- avam nas igrejas) e dois jovens, Erton e Denison, eram os teologandos da minha igreja, me lembro bem porque minha mãe era a líder naquela época e eles sempre almoçavam em nossa casa. O Pastor Denison não sei onde se encontra hoje e o pastor Erton talvez você já tenha ouvido falar, Erton Kuller, é o atual presidente da igreja Adventista da América Latina e também um grande incentivador do Clube de Desbravadores no mundo. Como eu dizia, não era preciso muito para um clube dar certo, difer- ente de hoje, onde concorremos diretamente com tanta coisa, tecnologia, jogos eletrônicos, internet, escolinha de futebol, natação, parque aquático, pais separados, amizades, tantas outras coisas que afastam esses meninos e meninas do clube e precisamos a cada reunião nos desdobrarmos com nossa diretoria para não só prender atenção de cada faixa etária dentro do clube, mas principalmente motivá-los para estar de volta no próximo domingo. Aos treze anos fui conhecer um clube de uma igreja do distrito chamado Vilas Boas, um clube maior, mas que fiquei praticamente duas sem- anas até uma amiga da família me convidar a conhecer um clube que ela ajudava na diretoria e que estava com inscrições abertas para novos mem- bros. Arrastei aquele meu amigo Eduardo e lá fomos nós assistir à reunião inaugural do clube Pioneiros da Colina do UNASP campus II onde o diretor na época era o Pr. Julio Gaia. Lembro que quando chegamos… O que era aquilo? A abertura era no estacionamento da igreja, o clube de aventureiros, desbravadores e líderes todos em forma juntos! Pensa em um clube bonito (até hoje), chegou a me dar um frio na barriga, eu queria fazer parte daquilo! Perguntaram nossa idade e iríamos ficar em uma unidade só com meninos da nossa idade, que show! Naquele clube eu tive meu primeiro conselheiro, Marcelo Vidal, um cara que marcou minha vida e me fez entender a importância do clube na vida de um garoto. Certa vez em um acantonamento da nossa unidade ele se trancou em um quarto e pedia pra cada um entrar por vez e quando saísse não poderíamos contar o que conversamos ali dentro, gerando aquela expectativa e curiosidade em oito adolescentes, onde o que ele simplesmente fez foi nos entrevistar, perguntando sobre nossa vida pessoal, familiar, profissão que gostaríamos seguir, namoro, entre outros assuntos que só com ele como conselheiropoderíamos nos abrir. Aquilo me marcou como desbravador e em anos futuros também pude fazer o mesmo quando fui conselheiro. Aquele clube era o máximo, grande, organizado, chamávamos a atenção de todos em qualquer campori que fossemos. Tínhamos uma estrutura de causar inveja mesmo não sendo essa a intenção de alguns e sendo, de fato, a intenção de outros. Fiquei praticamente três anos no Pioneiros da Colina, quando desbravador, ganhei como o melhor capelão de unidade do clube, fui consel- heiro de desbravador e aventureiros, até quando um amigo da minha igrejinha disse que iria assumir o clube Jonh Andrews, aquele que eu comecei, e iria dar uma cara nova e queria minha ajuda pra isso. Então, aos dezessete anos voltei e fundamos o IASI Clube, o primeiro clube a usar a nomenclatura "clube" depois do nome e por conta desse amigo, conhecido como Daba (hoje um grande empresário, um cara super inovador e que adorava inventar coisas novas para clube), ali fiquei como conselheiro por um ano. Depois disso ele precisou sair do clube, me deixando com a "bomba" na mão. Ser diretor de um clube com aproximadamente cinquenta membros e com apenas dezoito anos e quase nenhuma experiência foi realmente um grande desafio… Fiquei como diretor do IASI por um ano, ainda sem muito apoio da igreja na época, uma idade muito próxima dos atuais conselheiros do clube, o que dificultava um pouco querer fazer algumas mudanças das experiências que tive no clube anterior e ainda sem maturidade suficiente para lidar com pessoas, não aguentei ser diretor, eu precisava aprender mais. Ainda assim, muitas coisas consegui realizar nesse ano, como criar as tradições do clube, sistema de unidades, grito de guerra do clube, logotipo, além de estrutur o clube através de campanhas e sistema de pontuação (que falarei mais pra frente). O IASI Clube é ainda hoje um grande clube da nossa Associação e ali fiz grandes amigos que levo no coração. Com a certeza de que eu precisava aprender mais e ter novas experiências, aquele meu amigo Eduardo me disse que estava frequentando um clube que havia sido reaberto na cidade vizinha e que era praticamente a mesma diretoria do Pioneiros da Colina que estavam ajudando, sabendo disso, no domingo seguinte eu estava lá fazendo parte do clube com o Pr. Júlio e sua equipe novamente. Agora eu era mais velho, voltei a ser conselheiro de unidade, passei a frequenter o clube de líderes, ajudei na diretoria, aprendi muito sobre organ- ização, disciplina e atividades. Realmente foi uma escola para mim, ali fiz grandes amigos e fui investido a líder por grandes líderes como o Ayalon Negrelli e o Oswaldo Romanelli, pessoas pelas quais tenho grande admi- ração. O Luzeiros da Serra foi uma grande escola pra minha liderança e em 2005 comecei a frequentar a igreja de Taboão da Serra que ainda hoje fica no mesmo prédio do Colégio Adventista da cidade que moro e uma amiga me convidou para ajudar no clube que ela havia sido nomeada para atuar como diretora. Um clube relativamente pequeno em relação aos últimos que eu participara, mas aceitei ajudar, mas com menos de um mês ela deixou o cargo e me colocaram como diretor do clube Águia Real, clube que ajudo até hoje. Onde estou querendo chegar contando a você tudo isso!? Tornar o clube de desbravadores atrativo tem sido uma difícil tarefa para as diretorias dos clubes… Tanto pela concorrência desleal com as atividades do mundo, como a dificuldade em preparar atividades para os diferentes estilos e gostos dessa nova geração de Desbravadores. Cada clube tem uma realidade e você melhor do que ninguém poderá adaptar cada ideia sugerida aqui para a realidade do seu clube. Procurei dividi-las em categorias para facilitar a leitura… Bom, chega de falar e vamos às ideias! 6 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Ideias para o início das atividades Propaganda para novos membros 1 Eu como publicitário posso te dizer e garantir que a propaganda realmente é a alma do negócio e que se você que atrair novos membros para o seu clube, você precisa mostrar o seu clube e quem são os Desbravadores. Chamar a atenção não só dos filhos, mas principalmente dos pais que na maioria das vezes são quem levam e autorizam seus filhos a participarem do clube. Então, caprice na propaganda, faça videos, cartazes, panfletos, visita escolas estadu- ais do seu bairro, monte uma barraca na praça da cidade e faça o máximo possível para divulgar as incrições do clube. Vídeo na igreja2 Prepare um video muito legal, ou quem sabe baixe no próprio youtube o video chamado “quem são os Desbravadores” e aproveite para passer na igreja e em todos os meios de divulgação do seu clube. As crianças e juvenis se animam em ver atividades radicais, imagens de eventos e camporis. Deixe-os com brilho nos olhos e com muita vontade de participar do clube. Folheto na rua3 Toda propaganda é bem vinda, tente atingir o máximo de pessoas de formas diferentes. Faça um panfleto dizendo resumidamente quem são os Desbrava- dores e que as inscrições para novos membros estão abertas e distribua um final de semana antes da sua reunião inaugural, convidando as crianças e os pais a conhecerem o clube. 8 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Release nos jornais e mídias sociais4 Se você mora em uma cidade pequena a facilidade em contato com veículos de comunicação impresso, como jornais é muito mais fácil. Faça contato com algun jornal local que circule na sua região, converse com o jornalista responsável e fale da importância do clube na vida de uma criança e fale da suas inscrições, tenho certeza que ela estará disposto a ajudar e a preparar um release falando sobre os Desbravadores. Aproveite esse mesmo texto e publique também no facebook convidando a todos para a reunião inaugural. Lembre-se, quanto mais lugares diferentes você conseguir aparecer falando do dia da sua reunião inaugural, mais pessoas serão impactadas. Primeira reunião (domingo no parque)5 A primeira reunião do seu clube precisa ser a mais marcante, é ela que vai prender a atenção dos novos membros e fazer com que eles se apaixonem pelo clube, façam suas matriculas e voltem nas próximas reuniões. Se possív- el faça sua primeira reunião ao ar livre, num parque, praça, quadra, local aberto que você possa colocar as crianças e líderes em forma, mostrar organ- ização, disciplina e intereção entre todos. Além da parte cívica (asteamento de bandeiras se possível), tenha momentos que eles possam corer, se sujar, conhecer as diferentes áreas do clube de desbravadores. Faça com que eles cheguem em casa com os olhinhos brilhando, falando pros pais que no próxi- mo domingo eles querem estar de volta na reunião do seu clube. Carrocel de atividades6 Escolha 5 ou mais temas que envolvam as diferentes áreas das atividades práticas dos Desbravadores como por exemplo: civismo, ordem unida, nós e amarras, fogos e fogões, primeiros socorros, fanfarra, montagem e desmon- tagem de barracas, torta na cara (com perguntas da história dos desbrava- dores) entre outros. Escolha um ou mais instrutores para cada uma das atividades escolhidas como responsável para separar material e aplicar a aula prática durante 20 minutos. Divida o seu clube em grupos (de acordo com a quantidade de atividades escolhidas para o carrocel), onde cada grupo participará do carrocel de atividades por 20 minutos em cada posto, onde no final todos devem passar por todos os postos. 9 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Escolha 5 ou mais temas que envolvam as diferentes áreas das atividades práticas dos Desbravadores como por exemplo: civismo, ordem unida, nós e amarras, fogos e fogões, primeiros socorros, fanfarra, montagem e desmon- tagem de barracas, torta na cara (com perguntas da história dos desbrava-dores) entre outros. Escolha um ou mais instrutores para cada uma das atividades escolhidas como responsável para separar material e aplicar a aula prática durante 20 minutos. Divida o seu clube em grupos (de acordo com a quantidade de atividades escolhidas para o carrocel), onde cada grupo participará do carrocel de atividades por 20 minutos em cada posto, onde no final todos devem passar por todos os postos. Gincana clubão 7 Essa atividade pode ser realizada ou por unidade, ou por grupos (caso não tenha dividido ainda suas unidades). Crie uma lista de tarefas e dasafios que deverão ser realizadas em um período de 2 horas da sua reunião. Cada unidade ou grupo necessita de um líder para guiar durante as tarefas, a cada tarefa realizada eles voltam ao ponto de partida, apresentam a tarefa e retiram a tarefa seguinte. Ganha-se as equipes que realizarem todas as tarefas. Exemplo de tarefas para a gincana: - Criar e dar o grito de guerra da unidade ou equipe - Trazer um objeto que faça parte de um acampamento - Trazer um ferro de passar a carvão - Convencer e trazer uma pessoas que esteja de meia azul - Trazer algum animal de estimação - Fazer uma música com as palavras, Desbravadores, adoração e acampa- mento - Encenar uma história bíblica através de estátuas humanas - Fazer uma maquete com elementos da natureza que repesente a história do dilúvio - Etc… Essa atividade é ideal para o início do ano e para novatos pois envolve apenas recreação e não necessita que os membros tenham conhecimento específico; 10 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Ideias para motivar sua diretoria Reúna e capacite antes de começar8 Líderar nem sempre é tão simples quanto se parece, por isso, conhecer bem a sua diretoria, conselheiros e instrutores vai te ajudar a ter um ano melhor. Antes de iniciar seu ano e até mesmo abrir suas inscrições, junte toda a sua liderança por um final de semana, passem pelo menos 2 dias juntos, apenas planejando, discutindo e capacitando os mesmos. Eu sempre procurei fazer isso com o objetivo de traçar as principais metas para o ano, motivar e treinar naquilo que eu achava que minha liderança estava mais carente. Além de tudo isso, algo extraordinário vai acontecer, que é todos voltarem se conhecendo melhor e mais unidos, prontos para iniciar o ano de atividades do clube. Marque encontros esporádicos 9 Durante o ano de atividades, nos preocupamos muito em nos concentrar nas atividades do clube e muitas vezes nos esquecemos da nossa liderança e que eles são peças chaves para o seu clube dar certo. Por isso, sempre que possível agende saidas só com sua diretoria, marque para comer pizza na casa de alguém da diretoria, só para darem rizadas, aumentar a união do grupo e jogar conversa fora. Vai perceber que isso vai fortalecer ainda mais o seu grupo de líderes, afinal eles são os seu “braço direito”. 12 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Ideias para motivar seus conselheiros Façam coisas juntos10 Não me canso de dizer que o coração do seu clube sãos os conselheiros, ter conselheiros motivados é fundamental para o seu clube dar certo, por isso, da mesma forma que fez na diretoria, marque saidas somente com os conselhei- ros, ganhe a confiança deles e faça-os se sentirem importantes e felizes dentro do grupo. Premie os melhores 11 Todo mundo gosta de ser premiado por algo que fez de bom. Sempre que possível, a cada trimestre ou semestre, premie o melhor conselheiro(a) do seu clube, crie alguns critérios de avaliação e junte sua diretoria para avaliar e premiar aqueles que se destacaram. Elogie sempre que possível 12 Procure elogiar seus conselheiros por suas atitudes positivas dentro do clube, elogie na frente de sua unidade, na frente da diretoria ou do clube, ele(a) vai se sentir feliz e motivado a continuar. Diga o que fazer mês a mês 13 É muito importante que o conselheiro sabe o que fazer mês a mês dentro do clube e de sua unidade. Aqui não estou me referindo a atividades das classes somente, mas principalmente, atividades do clubes, do cantinho de unidade, programas da igreja e da sua associação ou missão. Eu gostava de todo começo do mês entregar para cada conselheiro uma planilha com as atividades dos 4 domingos do mês e com isso ajudar ele e a sua unidade a se prepararem para aquele mês e assim por diante. É muito mais fácil ele lembrar do mês do que do ano inteiro. 14 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Treine e capacite sempre 14 Seus conselheiros são exemplos para seus desbravadores e é claro que precisam de conhecimento para poder passar aos membros das unidades. Conselheiro sem experiência, passará aidante nenhuma experiência. Por isso, fazer cursos para conselheiros, acampamentos de instruções, é funda- mental para o bom andamento das unidades. É muito importante que o conselheiro sabe o que fazer mês a mês dentro do clube e de sua unidade. Aqui não estou me referindo a atividades das classes somente, mas principalmente, atividades do clubes, do cantinho de unidade, programas da igreja e da sua associação ou missão. Eu gostava de todo começo do mês entregar para cada conselheiro uma planilha com as atividades dos 4 domingos do mês e com isso ajudar ele e a sua unidade a se prepararem para aquele mês e assim por diante. É muito mais fácil ele lembrar do mês do que do ano inteiro. 15 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Idéias para sistema de pontuação Manter as unidades do clube motivadas a cada reunião é um dos maiores desafios da diretoria. Com um sistema de pontuação que funcione, que seja justo para todos você pode ter grandes alegrias no seu clube. Crie um grito de guerra 15 Unidade sem grito de guerra não pode ser chamada de unidade. Crie um grito de guerra oficial, que mostre a força e garra da sua unidade. Nada muito longo, mas que no final de cada reunião vocês possam gritar e sairem mais animados, jã esperando a próxima reunião. Escolha os cargos 16 É fundamental que cada membro da sua unidade tenha um cargo, com o cargo o desbravador se sente importante e motivado, além de fazer funcionar o sistema de unidade dentro do clube. Aqui vão alguns exemplos de cargos de unidade: Capitão, secretário, tesoureiro, capelão, padioleiro, almoxarifado, bibliotecário, diretor de esportes, comunicação, Menino(a) Horário, etc… Dê tarefas aos cargos 17 Agora de nada adianta ter cargo e não saber a função. Saiba explicar a função que cada um deve exercer e em qual momento do cantinho da unidade ou da reunião do clube ele deverá usar o seu cargo. Por exemplo, no momento da chamada quem é o responsável pela unidade naquela hora é o secretário, todos os outros deve atentar e obedecer, dando assim oportunidade pra que naquele instante o secretário tenha o momento de liderança dele e assim serve também para os outros cargos. Crie tradições18 Tradição é algo que se repete, não muda e que vai marcar a sua unidade pra sempre. Crie tradições que só vocês tenham e que tenha a ver com a faixa etária dos seus membos e que seja possível de ser realizada. como por exem- plo, todos fazerem a especialidade de patinação, todos usarem camiseta amarela, todos chegarem sempre 15 minutos mais cedo na reunião do clube, todos saberem fazer o nó ordinário de olhos fechados e assim por diante. 17 101 IDEIAS CRIATIVAS PARA SEU CLUBE DAR CERTO Crie um caderninho22 Prepare um caderninho oficial para sua unidade, encape, cole o símbolo na capa e faça ele ficar uma semana com cada membro da unidade. Nele você vai colocar todos os ideais dos Desbravadores, grito de guera do se clube e aquilo que criou para sua unidade, o grito de Guerra, a história da unidade, tradiçoes, verso , etc. Reserve metade dele para que o secretário(a)
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