Buscar

fichamentoL Arquitetura sustentável: uma integração entre ambiente, projeto e tecnologia em experiência

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fichamento
Texto: Arquitetura sustentável: uma integração entre ambiente, projeto e tecnologia em experiências de pesquisa, prática e ensino.
 A sustentabilidade envolve tanto aspectos socioeconômicos como ambientais. O desenvolvimento sustentável deve atender as necessidades do presente sem comprometer o futuro.
 Podemos observar na historia da arquitetura e das cidades que por um curto período as considerações sobre as premissas fundamentais de projeto e seu impacto nas condições de conforto ambiental e no consumo de energia não eram tidas como determinantes. Logo a arquitetura bioclimática destacou-se no conceito de sustentabilidade, ocorrendo devido à estreita relação entre conforto ambiental e o consumo de energia, presente no uso dos sistemas de condicionamento ambiental artificial e de iluminação artificial. Assim o conforto ambiental retomou na prática e no mundo acadêmico sua importância no projeto arquitetônico.
 A arquitetura modernista brasileira entre as décadas de 30 e 60 especialmente, mostrou destaques, de características bioclimáticas, como quebra-sóis e cobogós. A partir de 1970, a arquitetura evoluiu para outros aspectos do impacto ambiental da construção, como o impacto gerado pelos processos de industrialização dos materiais e a busca por sistemas prediais mais eficientes. Portanto a arquitetura sustentável deve fazer uma síntese entre projeto, ambiente e tecnologia dependem do contexto ambiental, cultural e socioeconômico, sendo assim fatores fundamentais o idealismo e o pragmatismo.
 O projeto de um edifício deve incluir o estudo de:
Orientação solar e aos ventos;
Forma arquitetônica, arranjos espaciais, zoneamento dos usos internos do edifício e geometria dos espaços internos;
Características, condicionantes ambientais (vegetação, corpos d’agua, ruído etc.) e tratamento do entorno imediato;
Matérias da estrutura, desempenho térmico e cores;
Tratamento das fachadas e coberturas de acordo com a necessidade de proteção solar;
Áreas envidraçadas e de abertura, considerando a proporção quanto a área de envoltório, o posicionamento na fachada e o tipo do fechamento, seja ele vazado, transparente ou translúcido;
Detalhamento das proteções solares considerando o tipo e dimensionamento;
Detalhamento das esquadrias.
 A reabilitação tecnológica de edifícios (retrofit) de edifícios é uma alternativa, para adaptá-los a novos usos, no que diz respeito ao conforto ambiental e a eficiência energética. Deve ser destacado que o limite para a economia de energia está nos parâmetros de conforto e qualidade ambiental.
 Devido o crescente consumo de energia em âmbito nacional, são necessárias medidas de conservação de energia. Logo projetos de arquiteturas que propõem soluções para lidar com as condições ambientais locais, como temperatura do ar e superficial, umidade, radiação solar, ventos ruído e aproveitamento de iluminação natural, contribuem para uma arquitetura com resultados de menor impacto ambiental relacionado à questão de energia.
 Nota-se três cenários relacionados ao condicionamento ambiental:
Projeto totalmente passivo, em que o consumo de energia para a climatização é zero; 
Quando o edifício é dependente de um sistema controlador das condições ambientais internas, por imposição do clima ou especificidades do uso; a arquitetura deve ser projetada para minimizar os gastos de energia para condicionamento artificial.
O uso do sistema artificial de climatização é parcial, ocorre apenas em momentos do ano, em que as condições ambientais internas não estão dentro dos padrões de desempenho estabelecidos, conhecido como (mixed-mode).
 Ao contrário da realidade europeia, a legislação brasileira ainda não contempla os conceitos e critérios para uma arquitetura sustentável, que podem englobar desde consumo de energia até tópicos como o impacto ambiental gerado por tintas, por exemplo.
 Destacam-se entre muitos indicadores atualmente no mundo BREEAM E LEED, ambos desenvolvidos no início da década de 90, respectivamente pelo Building Research Establisment – BRE, na Inglaterra, inicialmente destinado a edifícios de escritórios, entretanto com versões atualmente para edifícios escolares, culturais e residenciais; e United States Green Building Council – USGBC6, dos Estados Unidos, também inicialmente destinados exclusivamente a edifícios de escritórios; entretanto, atualmente, existe uma versão do LEED para edifícios residenciais e outras em fase de elaboração.
 Os indicadores de sustentabilidade, mesmo sendo incentivados por órgãos públicos, não possuem um caráter obrigatório. Todavia é crescente o interesse organizações privadas de grande e médio porte, pela influência que exercem na imagem “verde” de um empreendimento, já que são instrumentos de valorização da atitude de projeto em prol de um impacto ambiental menor.
 O tema da arquitetura sustentável tem um papel de destaque em todas as áreas no cenário internacional. Todo investimento inclui questões de ordem técnica, avanços sobre os modelos de ciclo de vida útil de materiais e componentes da construção, e também questões de ordem prática, ilustradas no comprometimento profissional de especialistas da arquitetura e da engenharia mecânica sobre a operação de edifícios, buscando menor impacto ambiental. O reconhecimento crescente do mesmo também acontece por parte do poder público (reconhecimento esse que é visto em obras e instrumentos da legislação) e pela valorização pelo mercado e pela indústria da construção civil, sendo assim um cenário ainda muito distante da realidade brasileira.
 O número de edifícios justificados por argumentos de sustentabilidade é crescente, sendo representativo do estoque de novas propostas de edifícios no contexto internacional. Dando suporte a essa nova geração de projetos estão os instrumentos legais, acompanhados das vantagens ambientais e econômicas e da própria diferenciação arquitetônica. 
 O edifício sustentável representa uma parcela do ambiente construído, deve, portanto seguir à sustentabilidade suas qualidades urbanas e ambientais. Logo, tendo como maior objetivo reduzir o impacto ambiental das cidades e alcançar melhor qualidade ambiental urbana, em um cenário ideal, a busca pela arquitetura sustentável deverá assim ocorrer em três escalas: a do edifício, a do desenho urbano e a do planejamento urbano e regional. Portanto, os edifícios devem ser planejados de maneira que contribuam para a diversidade de usos e classes sociais, a socialização do espaço público, a eficiência da infraestrutura urbana e a qualidade ambiental do ambiente construído.
 A busca pela sustentabilidade urbana vem ao encontro das seguintes metas:
Preservação e liberação de áreas naturais pelos efeitos e vantagens da compacidade urbana;
 Proximidade, diversidade e uso misto (socialização do espaço público);
 Maior eficiência energética (e menor poluição) pelo sistema de transporte;
 Microclimas urbanos mais favoráveis ao uso do espaço público e ao desempenho ambiental das construções;
 Edifícios ambientalmente conscientes;
 Consumo consciente dos recursos em geral; 
 Reuso e reciclagem (diminuição do impacto ambiental proveniente da geração de resíduos em geral).
 A revitalização de áreas urbanas de diferentes configurações e usos é uma alternativa de ocupação de áreas degradadas e desvalorizadas (brownfields) em oposição à expansão urbana, com a ocupação de áreas verdes (greenfields). Os principais objetivos de planos como esses são:
Ocupar áreas degradadas inseridas na cidade, otimizando o uso da infraestrutura disponível com base em parâmetros de densidade e uso misto;
Conectar áreas da cidade, superando os obstáculos físicos existentes;
 Melhorar a qualidade ambiental da área como um todo;
Aperfeiçoar o consumo de energia nos edifícios e na cidade; e
Aumentar o valor ambiental e socioeconômico de uma área existente, ou restaurar o seu valor inicial.
 É Importante que os pesquisadores e educadores estejamenvolvidos com as questões contemporâneas da arquitetura, ao mesmo tempo em que os profissionais de projeto estejam interessados na aplicação de métodos de projeto e informados pelos resultados das pesquisas.
 O processo de projeto da prática profissional para a arquitetura em prol da sustentabilidade implica um trabalho de equipe no qual os arquitetos responsáveis estejam familiarizados com as questões ambientais, ao mesmo tempo em que os demais especialistas possuam um vocabulário arquitetônico e um entendimento dos demais aspectos de projeto, a fim de que a interação seja positiva e a síntese projetual aconteça com sucesso.
 Tanto na prática como no ensino, a simulação computacional ainda é um ponto crítico. Os programas de simulação computacional com resultados gráficos avançados são complexos nos dados de entrada e na modelagem. Sem uma base sólida de trocas de calor e mecânica de fluidos, principalmente, o usuário não tem condições de interpretar corretamente os resultados. Nesses casos, a fidelidade da representação do fenômeno é ainda mais importante do que a fidelidade formal. Já os softwares mais simplificados, adotados pelos cursos de graduação, pressupõem uma simplificação formal que não atende às ideias de projeto.
Considerações Finais 
 Segundo o texto, é indispensável o estudo bioclimático dos edifícios a serem construídos, visando uma melhoria na qualidade de vida humana, utilizando-se de técnicas, tecnologias e pesquisas, que proporcionem a possibilidade de uma arquitetura mais sustentável, a fim de reduzir os impactos ambientais e o consumo de energia. Também é necessária a utilização correta de materiais, que além de serem ecologicamente corretos, contribuam para a diminuição do consumo de energia, certamente aliados a aparatos tecnológicos e técnicas construtivas. 
 O texto também abrange a importância das conferências internacionais, que visam expor e solucionar problemas ambientais relacionados ao urbanismo e as construções em gerais, mostrando ainda os principais indicadores, organizações, e seus objetivos tais como BREEAM E LEED, que apesar de não serem obrigatórios são altamente valorizados, devido ao intuito de reduzir os impactos ambientais relacionados a construções no que diz respeito ao consumo de energia. Outro fato tratado é que a legislação brasileira não possui, infelizmente, o conjunto de conceitos e critérios necessários para uma arquitetura sustentável. Todavia, muitas empresas de grande porte no cenário brasileiro, de origem pública e privada, vêm se destacando nos últimos anos por exigir estudos sobre o desempenho ambiental na elaboração de projetos de edificações.
Em suma, é necessário que os profissionais da arquitetura, estejam sempre bem atualizados e familiarizados com as várias propostas e meios que levam a sustentabilidade aos projetos ,e ainda dispostos a um estudo geral do local onde o mesmo será desenvolvido, para que uma suposta medida sustentável não se torne um agravante pior ao meio ambiente, especialmente no que diz respeito ao consumo de energia.

Outros materiais