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4. Do Usufruto

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Do Usufruto
 
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USUFRUTO
O proprietário é titular do direito de usar, fruir, dispor bem como de reivindicar. 
Quando concede a outrem o direito de usar e fruir, constituiu em favor dessa pessoa o direito de usufruto. 
O usufrutuário tem direito de usar e fruir dentro dos limites legais, e dos limites impostos pelo proprietário. 
O proprietário passa a ser denominado nu-proprietário e a pessoa titular do direito real sobre coisa alheia usufrutuária(o).
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USUFRUTO
Conceito: É direito real (art. 1225, IV, CC), temporário (art. 1410, I, CC) e intransmissível (art.1393, CC) de fruir utilidades e frutos de coisa alheia móvel ou imóvel, corpórea ou incorpórea (art. 1390, CC).
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Usufruto – Princípio da Elasticidade
Caracteriza-se o usufruto pelo desmembramento, em face do princípio da elasticidade, dos poderes inerentes o domínio: de um lado fica o nu proprietário (possuidor indireto) e do outro o usufrutuário (possuidor direto, por isto, este pode utilizar-se das ações possessórias – art. 1197, CC). 
Passa a existir a coexistência harmônica dos direitos entre eles.
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USUFRUTO: Modos de constituição
Por decorrência de lei: o usufruto instituído por força de lei visa proteger determinadas pessoas, por exemplo: em favor dos pais sobre bens dos filhos menores – esse usufruto se extingue com a maioridade dos filhos (art. 1689, I, CC); em favor do cônjuge sobre os bens do outro, quando lhe competir tal direito (art. 1652, I, CC); em favor da mulher brasileira casa com estrangeiro.
O usufruto legal dispensa registro e preponderá no direito de família.
Por ato de vontade ou convencional que engloba o contrato ou o testamento: pode-se constituir por ato inter vivos, quando o proprietário transfere a outrem o direito de usar e fruir, ou por meio de doação em que o proprietário se reserva o usufruto do bem doado. Pode ocorrer também por testamento, quando o testador constitui alguém nu-proprietário e outrem usufrutuário.
Por prescrição aquisitiva ou usucapião: exige os pressupostos de posse e animus de usufrutuário, porque só é possível adquirir um direito, pela usucapião, se o usucapiente atuar como se fosse dele titular.
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USUFRUTO - características
É direito real sobre coisa alheia, pelo qual o usufrutuário pode usar e fruir, sem intermediação do nu-proprietário. 
O usufrutuário tem o direito de usar e gozar da coisa e dela retirar os frutos para a sua subsistência;
É temporário, nunca perpétuo e poder ser fixado: por prazo determinado ou a termo; pela vida do usufrutuário, ou seja, vitalício; por uma causa, como a de permanecer usufrutuário enquanto estiver em tratamento de saúde; pelo prazo máximo de 30 anos, se constituído em favor de pessoa jurídica, se ela não extinguir antes (art. 1410, CC);
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USUFRUTO - características
É inalienável, dado que não pode ser transferido a outra pessoa por ato inter vivos ou causa mortis. 
O usufrutuário não pode alienar o usufruto, constituindo outra pessoa usufrutuária em seu lugar, mas pode ceder o seu exercício a título gratuito ou oneroso: art. 1393, CC
Compreende o exercício: o direito de usar e fruir, podendo assim, dar em comodato ou alugar o bem. 
Decorre da inalienabilidade a impenhorabilidade, já que em função da penhora, haveria a alienação forçada pelo juízo, transferindo o usufruto a terceiro, o que é proibido. Porém, admite-se a penhora sobre os frutos proporcionados pelo usufruto (art. 889, III, NCPC);
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USUFRUTO - características
É em regra gratuito, pois normalmente não se exige qualquer contraprestação. Porém é possível ser oneroso, onde ocorre que o nu-proprietário cede o bem em usufruto mediante uma remuneração;
Ex: usufrutuário loca o bem imóvel para terceiro. Usufrutuário continua com o direito ao usufruto, e com seus frutos. Se ocorrer a extinção do usufruto: lei 8245/91, art. 7º.
Tem por princípio função alimentar e assistencial, pois por intermédio dele, se procura prover o usufrutuário de recursos para a sua sobrevivência.
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Em essência, o usufrutuário recebe um bem para que dele retire benefícios, devendo devolvê-lo ao nu-proprietário quando acabar o usufruto. 
Pode o usufruto se estender aos acessórios da coisa e seus acrescidos – art. 1392, CC
Ex: se imóvel agrícola, o usufruto abrange, além da sede, lavoura, animais etc.
Ex: se imóvel residencial, o usufruto abrange o quintal, jardim, piscina, churrasqueira etc
Se entre os acessórios e acrescidos houver coisas consumíveis, o usufrutuário terá que restituir ao término do usufruto, o que ainda houver (devolve) e as outras (que usou) o equivalente em gênero, quantidade e qualidade, e não sendo possível, deverá restituir o seu valor, estimado ao tempo de restituição. Art. 1392, §1º, CC: USUFRUTO IMPRÓPRIO.
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Modalidade de Usufruto sobre Florestas ou Recursos Minerais
Art. 1392, § 2º, CC. Tal modalidade é de bom tom que seja pactuado de antemão a extensão do que poderá ser utilizado, explorado e de qual forma, tanto quanto aos recursos minerais como das florestas. 
O parâmetro acaba sendo de como o proprietário vinha fazendo anteriormente. Caso não haja elementos para tal julgamento, a extensão do usufruto deve ser fixada pelo juiz, de acordo com a sua necessidade.
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Usufruto Universal ou quota parte de bens
Art. 1392, § 3º, CC. Universalidade compreende várias coisas singulares, que se encontram agrupadas, consideradas como um todo unitário, como sucede com a herança (art. 1791,CC), por exemplo. Na quota parte apresenta-se a utilização de uma parte ideal, abrange quaisquer vantagens que lhe advenham.
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É inalienável – art. 1393, CC
É inalienável (por ser personalíssimo, assistencial) e o seu direito é insuscetível de penhora. 
O direito em si não pode ser penhorado, em execução movida por dívida do usufrutuário, porque a penhora destina-se a promover a venda forçada do bem em hasta pública. 
Mas o seu exercício pode ser cedido, é passível, em consequência, de ser penhorado. Nesse caso, o usufrutuário fica provisoriamente privado do direito de retirar da coisa os frutos que ela produz: art. 889, III, NCPC.
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PRÉ-AULA: LEITURA OBRIGATÓRIA
PLT
TÍTULO VI – DO USUFRUTO
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PÓS-AULA: JURISPRUDÊNCIA
PESQUISAR E LER 03 JURISPRUDÊNCIAS (EMENTAS) SOBRE O INSTITUTO DO USUFRUTO.
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