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PROJETO DE ENSINO VANDERLEIA 21 09

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ANTONIA VANDERLEIA DO CARMO
O BULLYING NAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagoga.
Orientador: Prof. 
Goianésia
2017
CARMO, Antonia Vanderleia. O Bullying Nas Series Iniciais do Ensino Fundamental I. 2017. 27 folhas. Projeto de Ensino para obtenção do título de Pedagoga – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Goianésia, 2017.
RESUMO
Este trabalho trata do fenômeno conhecido como bullying, expressão de língua inglesa utilizada para denotar a agressividade recorrente em atitudes tomadas por uma ou mais pessoas com o objetivo de causar dor, humilhação, sofrimento e angústia a outra pessoa. Para tanto, apresenta um estudo sobre o fenômeno bullying em ambiente escolar por meio de uma investigação sobre a existência desta violência na educação infantil, além de evidenciar as condições em que o bullying ocorre, buscando ainda entender o silêncio dos profissionais da educação acerca dessa problemática. Discorre sobre o tema baseado em uma pesquisa exploratória em parte da bibliografia disponível sobre bullying e apresentação de um projeto de intervenção para trabalhar no 1º ano do Ensino Fundamental I. Portanto, conclui que o bullying na infância pode acarretar transtornos de personalidade e desencadear graves problemas no desenvolvimento psicossocial das crianças, como transtornos emocionais, desordens psicológicas e depressão, entre outros, transformando-as, na fase adulta, em pessoas com dificuldades em adequar as suas ações e reações. Portanto, acrescenta-se que os professores, as escolas, as famílias e a sociedade devem dar a devida importância às atitudes, às expressões e ao comportamento que configuram o aluno enquanto sujeito sócio-histórico-social, buscando a observação como aliada na intervenção nos comportamentos erráticos das crianças nesta fase educacional.
Palavras-Chave: 1. Bullying; 2. Docência; 3. Ensino Fundamental I 
SUMÁRIO
1 Introdução...............................................................................................................05
2 Revisão Bibliográfica .............................................................................................06
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino.............................................20
3.1 Tema e linha de pesquisa....................................................................................20
3.2 Justificativa..........................................................................................................20
3.3 Problematização...................................................................................................20
3.4 Objetivos..............................................................................................................21
3.5 Conteúdos...........................................................................................................21
3.6 Processo de desenvolvimento.............................................................................22
3.7 Tempo para a realização do projeto....................................................................22
3.8 Recursos humanos e materiais............................................................................22
3.9 Avaliação..............................................................................................................23
4 Considerações Finais..............................................................................................24
5 Referências.............................................................................................................25
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INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios da humanidade no século XXI é o combate à violência existente no mundo. A todo o momento, a atual organização socioeconômica condiciona os sujeitos a disputarem posições hierárquicas em relação ao seu próximo. Neste contexto, o bullying, objeto de estudo deste trabalho, não é um fenômeno incomum e isolado, posto que se faz presente em qualquer situação onde ocorram relações interpessoais, estando presente no dia a dia do indivíduo desde o início de seus relacionamentos interacionais. Além disso, o bullying vem se mostrando um tipo de violência que está ganhando formas diversas, dentro e fora das instituições de ensino privadas ou públicas.
Justifica-se a escolha deste tema, devido a prática do Bullying, ter se tornado algo comum nos espaços educacionais, provocando cada vez mais atitudes violentas, tantos dos agressores, como das vítimas. Discutir as questões ligadas a prática do bullying com toda a comunidade escolar, é importante, pois, proporciona a reflexão e evita que novos casos de bullying ocorra nas unidades escolares. 
Este projeto pretende atuar, tonto com os alunos, como pais e responsáveis, buscando medidas educativas que combatam as ações de violência na escola. A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores. "O fato de ter consequências trágicas - como mortes e suicídios - e a impunidade proporcionaram a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema". 
Assim, o objetivo geral desse trabalho é verificar como o fenômeno bullying se manifesta na e infância e ainda compreender como os profissionais da educação, os pais, a comunidade escolar e a sociedade agem diante de situações de bullying, que permeiam as escolas de todo o mundo. Para que assim, possamos obter informações sobre o bullying, para que no exercício da docência se possa identificar, trabalhar e intervir positivamente diante das violências existentes dentro das escolas.
Revisão Bibliográfica
Bullying: Abordagem Histórica
De acordo com as autoras Sabadini e Mattos (2011), disponível em http://serra.multivix.edu.br/wp-content/uploads/2013/04/bullying_na_educacao_infantil.pdf, acesso em 01 de out. 2016, A palavra bullying é de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo consciente de maltratar e inibir uma ou outra pessoa e colocá-la sob tensão. Termo usado para conceituar todos os atos de violência física ou psicológica intencional e repetitiva, que se manifesta sem nenhum motivo aparente, praticados por uma pessoa ou grupo de pessoas, contra outro(s), com o objetivo de intimidar ou agredir o indivíduo incapaz de se defender, causando nas vítimas muito sofrimento, levando-as ao isolamento social e em alguns casos à agressividade.
As brincadeiras acontecem naturalmente entre as crianças, são saudáveis, todos participam, se divertem e são incluídas. As brincadeiras passam a ser bullying quando há exclusão, sentimentos negativos e violência.
Nem todo comportamento agressivo na infância se qualifica como bullying – até os 3 anos, elas não dominam outras formas de expressão (foto: Google/2017)
De acordo com Fante (2005), alguns pesquisadores consideram no mínimo três ataques contra a mesma vítima durante o ano para ser classificado como bullying. 
Bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying. (FANTE, 2005, p.28 e 29)
A citação deixa claro que no Brasil não existe um conceito, uma definição certa ou até mesmo uma tradução para a palavra bullying. Entretantoa Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção a Infância e a Adolescência (ABRAPIA) relacionam algumas expressões que podem ser definidas como bullying, como o ato de zoar, provocar, isolar, excluir, gozar, apelidar, discriminar, agredir, ignorar, chutar, ameaçar, amedrontar, quebrar material, ferir, perseguir, intimidar, ofender e sacanear o próximo. Esses atos podem causar dor silenciosa na maioria das vítimas, levando-as ao distanciamento da escola. 
Repare se a criança está muito isolada ou reluta em vir para a escola – ela pode estar sendo vítima de bullying (foto: Google/set 2017)
Conforme o pensamento de Chalita (2008), o bullying é um conceito muito bem definido, não escolhe classe social ou econômica, escola pública ou particular, área urbana ou rural, ele está presente em grupos de crianças e de jovens, em escolas de países e culturas diferentes. Isso nos mostra que o bullying está sendo considerado motivo de agressividade nas escolas, trazendo consequências negativas para todos os protagonistas do bullying, afetando a formação psicológica, emocional e sócio-educacional do aluno. Entendendo que o bullying é um problema mundial, encontrado em qualquer escola, não se restringindo a um tipo específico de instituição escolar. 
Segundo Fante (2005, p.45), foi Dan Olweus, quem desenvolveu os primeiros critérios para detectar o problema de forma específica, podendo diferenciar as interpretações como os atos de gozações ou relações de brincadeiras entre iguais, próprias do processo de amadurecimento do indivíduo.
No passado nada se sabe concretamente sobre o bullying antes da década de 1970. Foi somente com pesquisas realizadas em 1972 e 1973, na Escadinávia, que as famílias perceberam a seriedade dos problemas decorrentes da violência escolar. A inquietação alastrou-se pela Noruega e Suécia e, posteriormente, por toda a Europa. (CHALITA 2008, p.100)
O primeiro país a preocupar com o bullying escolar foi a Suécia, na década de 1970, quando ocorreram várias agressividades no ambiente escolar.
A escola juntamente com a sociedade tentou investigar e solucionar métodos preventivos para a resolução do problema.
Na Noruega, o bullying foi motivo de preocupação e inquietação nos meios de comunicação e entre professores e pais, sem que as autoridades educacionais se comprometessem de forma judicial. 
No final de 1.982, o bullying passou a ser motivo de preocupação e atenção nas entidades escolares, quando o jornal noticiava o suicídio de três alunos, com idade de 10 a 14 anos, no Norte da Noruega, sendo que a principal causa foi identificada por maus tratos que eram recebidos por seus companheiros de escola. Isso fez com que o Ministro da Educação da Noruega, realizasse uma campanha nacional contra os problemas da violência entre alunos no ambiente escolar.
O professor e pesquisador da Universidade de Bergen, Dan Olwues, durante época, investigou nas escolas as agressões cometidas entre agressores e suas vítimas, para diferenciar o problema de forma específica, avaliando a natureza e ocorrência dessas agressões. 
Inicialmente Dan Olweus, pesquisou 84 mil estudantes, trezentos a quatrocentos professores e mil pais, incluindo vários períodos de ensino. Para a realização dessa pesquisa Dan Olweus desenvolveu um questionário padrão, com 25 questões, ao término constatou que a cada sete alunos, um estava envolvido em casos de bullying.
Com essa situação foi possível realizar um programa de intervenção proposto por Dan Olweus, juntamente com o governo norueguês e que veio a reduzir 50% dos casos de bullying. Esse programa envolveu professores a alunos, com o objetivo de conscientizar e prevenir o bullying no ambiente escolar. Esse fato incentivou outros países, como o Reino Unido, Canadá e Portugal, a promoverem campanhas de intervenção. 
De acordo com as pesquisas de Fante (2005), o bullying vem aumentando entre alunos das escolas americanas. Os pesquisadores americanos classificam bullying como um conflito global e se vier a persistir essa tendência, será enorme a quantidade de jovens que se tornarão adultos abusadores e delinqüentes.
Ainda com base no pensamento da autora não existe diferença entre o bullying praticado no Brasil e nos Estados Unidos, ou em qualquer outro lugar do mundo, o que varia são os índices encontrados em cada país.
Baseado nos dados da ABRAPIA, nos diversos países pode-se afirmar que o bullying está presente em todas as escolas. No Brasil, o bullying aparece em uma quantidade pequena, comparada a países como os Estados Unidos, Espanha e onde o assunto é expandido com intensidade devido a graves consequências do bullying dentro do ambiente escolar.
No Brasil, o bullying ainda é pouco comentado e estudado, motivo pelo qual não existem indicadores que nos forneçam uma visão global para que possamos compará-lo aos demais países. (FANTE 2005, p.46)
Observando a citação acima se pode dizer que, o Brasil em relação à Europa, no que se refere aos estudos e tratamento desse comportamento, está com pelo menos 20 anos de atraso. Isso nos mostra que nas escolas brasileiras o bullying apresenta índices inferiores aos países europeus. 
Gabriel Chalita (2008), em suas pesquisas constatou que a professora Marta Canfielde e seus colaboradores realizaram umas das primeiras investigações registradas sobre o bullying no Brasil, isso ocorreu no ano de 1997. 
Bullying No Ensino Fundamental
A autora Carolina Giannoni Camargo, em seu livro “Brincadeiras que fazem Chorar: Introdução ao Fenômeno Bullying”, que aborda em uns de seus capítulos a temática do bullying no Ensino Fundamental, se baseia principalmente no pensamento de Piaget para analisar as crianças e relacioná-las com o fenômeno bullying. Apresentaremos também as pesquisas que realizamos em instituições de ensino privado e ensino público, para tentar identificar e confrontar juntamente com Camargo as experiências vívidas, verificando a postura de cada escola e professor frente ao bullying. (SABADINI e MATTOS 2011) 
Existência do Bullying no Ensino Fundamental
	
Na educação infantil construímos e desconstruímos saberes. Trata-se de uma fase muito importante que possibilita à escola e aos docentes, juntamente com os pais, trabalhar conteúdos que despertem nas crianças o amor pelo próximo, o respeito e a solidariedade perante o outro. Nas relações humanas desde muito cedo a disputa já é uma forma de exercer o poder entre as pessoas, e as crianças usam e abusam dessa disputa para alcançar seu objetivo.
Segundo Camargo (2009) apud Sabadini e Mattos (2011) o pensamento de Piaget sugere que a criança passa por estágios ou etapas de desenvolvimento, sendo capaz de construir e desconstruir o seu desenvolvimento cognitivo, levantando a idéia que as crianças têm comportamentos de acordo com sua faixa etária e que isso vai sendo alterado a partir do momento em que ela sai da educação infantil (fase entre zero a cinco anos), que, para Piaget, é constituída pelas etapas Sensório-Motora e Pré-Operatória. 
Na primeira etapa a Sensório-Motora, as crianças agem por meio de reflexos neurológicos, participam do mundo pelos sentidos de forma direta e
objetiva, sem formular reflexões e pensamentos, conhecem o mundo pelos
sentidos, levando os objetos até a boca e prestam atenção em cada ruído
ocorrido a sua volta, desenvolvem-se emocionalmente e criam a noção do
tempo-espaço e objeto por meio da ação.
Na segunda etapa Pré-Operatório, ocorre o despertar da comunicação, a
criança ganha, ano a ano, um vocabulário cada vez mais extenso, facilitando a socialização, conhece e gosta de brincar com o outro, interagir
e se comunicar, há um avanço no desenvolvimento cognitivo, social e afetivo em decorrência da aquisição da linguagem. (CAMARGO, 2009, p.50)
A citação nos mostra que a argumentação advinda de Piaget, Camargo (2009) acredita que essas duas etapas da criança não possibilitam a presença do fenômeno bullying, mas sim um ato de agressão, ao disputar com o outro umbrinquedo, ou até mesmo a atenção total da professora. Segundo a autora, nessa fase, a criança ainda é egocêntrica e tende a morder, beliscar, puxar o cabelo ou cuspir para resolver seus conflitos.
Camargo (2009) apud Sabadini e Mattos (2011), considera a todo o momento o pensamento de Piaget, concordando que a criança somente a partir de cinco anos será capaz de colocar apelidos, xingar, excluir, humilhar com intenção, pois é a partir dessa fase que elas começam a se socializar e distinguir o certo do errado, o bom e o ruim.
A autora (2009, p. 52) indica que “por volta de seis a sete anos de idade, a criança é capaz de inventar apelidos pejorativos para seus colegas de turma, criar panelinhas, excluir, provocar e até humilhá-los”.
Diante deste contexto, a autora não concebe a criança numa perspectiva sócio-histórico-social, capaz de agir mediante ao seu convívio. Entende que a criança já nasce em sociedade e a todo o momento recebe informação que irá caracterizá-la enquanto sujeito. Em pesquisa nas escolas públicas e privadas visualiza-se que a violência não tem idade, tamanho, nem sequer momento para acontecer. Ela está por toda parte do ambiente escolar e acontece com frequência com as crianças negras, ruivas, gordas, tímidas, estrábicas, dentre outras.
Nossas experiências como mães nos possibilitam lembrar casos de nossos filhos na infância, quando refletiam na escola toda nossa postura de autoridade diante deles. Mesmo sem falar, agiam através dos gestos, dos olhares e até pegavam seus sapatinhos e sandálias, para ameaçar seus amigos, quando esses se recusavam em entregar o que eles queriam. Várias foram às vezes que fomos chamadas na escola para explicar certas atitudes de nossos filhos. (SABADINI e MATTOS 2011) 
Essa reação da criança tem relação com os ensinamentos e hábitos que estão em nossa cultura e que impomos a eles desde que nascem. No entanto, não podemos pensar na criança sem a concebê-la como sujeito sócio-histórico-social, capaz de agir intencionalmente, com a razão.
Na escola e na sociedade a agressão deve ser investigada e diagnosticada pelos pais e professores desde a educação infantil, possibilitando um olhar mais apreensivo a esses atos que são violentos, adquiridos no convívio com os outros, pois agressão é uma ponte que, sem intervenção da escola e da família, pode ser transformar em um transtorno de conduta mais grave, visto que conscientemente repetem maneiras de agir que lhes foram transferidos, conforme sua cultura e sociedade.
Quando pesquisou o bullying, não constatou casos deste fenômeno na educação infantil, mas sim na fase da adolescência. Porém, contraditoriamente, a autora também afirma que o bullying é encontrado em todos os espaços de uma escola, em família, em residências, dentre outros, onde existir pessoas e houver convivência. (CAMARGO, 2009, p. 24),
Diante disso, Camargo (2009, p. 37) afirma:
As pesquisas que encontramos sobre bullying, costumam se referir aos adolescentes no convívio escolar. Ou seja, quando ouvimos a para bullying,
logo associamos a jovens e à escola. Porém, este fenômeno pode ser encontrado na família, no clube, nos condomínios residenciais, na faculdade, quartéis, enfim, em qualquer lugar onde existam pessoas em convivência. (CAMARGO, 2009, p. 37)
Então poderíamos pensar que a criança não é um ser que convive em família? Na escola? E que não se relaciona com outros sujeitos? Se pensarmos desta forma conceberia a criança como sujeito desprovido de aprendizado, incapaz de aprender com o outro, de se relacionar e conviver em sociedade, pois se ela convive em família e a todo o momento recebe informação e influência dos atos representados pelos sujeitos do seu ambiente familiar, logo a criança também aprende a praticar tudo o que acontece neste contexto, visto que se o bullying está presente nesses espaços, a criança também irá aprender a praticá-lo.
Consequências do bullying
De acordo com Landa (2005), a vítima é quem padece as piores conseqüências, podendo traduzir-se em dificuldades e fracasso escolar, ansiedade, insatisfação e fobia escolar, como também pode desenvolver uma personalidade insegura. Se a vitimização for prolongada, o sujeito poderá manifestar sintomas clínicos como neurose, histeria e depressão Em relação ao agressor, as conseqüências podem ser o desenvolvimento de comportamentos agressivos e anti-sociais, algumas pesquisas têm encontrado que sujeitos que cumprem pena em centros juvenis ou mesmo nas cadeias, relatam ter cometido bullying na época escolar. (SABADINI e MATTOS 2011) 
Já as testemunhas poderão aprender formas de condutas de maltratos e serem reforçados em condutas egoístas e individualistas. Poderão ainda desenvolver dessensibilização em relação ao sofrimento alheio ou ainda, de acordo com Avilés (2002) sofrerem uma sensação de desamparo aprendido semelhante ao das vítimas.
Papel da Família
Segundo Moreno (2002, p.251), os valores “são um dos traços mais importantes do aprendizado no seio familiar”. Diante do que se tem comprovado por meio de estudos e pesquisas de autores, das ciências sociais, a família é a primeira escola de saber, de civismo e cidadania, é no lar que a criança aprende a ter interesse pela vida, e ter confiança em si mesma, e acreditar que se pode seguir em frente. Educar em valores só é possível quando existe um amor verdadeiro em seu sentido mais profundo.
Segundo Pedra (2008),
O afeto entre os membros de uma família é o começo de toda educação estruturada, por isso, se torna importante encontrar um tempo para a convivência saudável, especialmente com os filhos, mantendo um diálogo constante. Procurar conhecer o mundo deles e deixá-los que conheçam o seu. É essencial que os filhos encontrem em casa um ambiente de amor e aceitação, favorável a que se expressem, tanto sobre seus triunfos e suas conquistas como sobre seus fracassos e suas dificuldades, nos relacionamentos, nos estudos ou em relação a si mesmo. (PEDRA, 2008, p.123),
Nota-se diante a citação que quando a criança tem realmente uma base familiar sólida, ela (criança) começa por si relacionamentos significativos e duradouros sendo capaz de desenvolver atitudes e valores humanos, sabendo respeitar e aceitar as diferenças de cada indivíduo, assim a criança aprenderá a lidar com seus próprios sentimentos e emoções, suprindo suas necessidades de amor e valorização, valores que ajudarão no desenvolvimento de habilidades de autodefesa e alto-afirmação.
Quando a família abre mão desse aprendizado abre também espaço para a violência, para as atitudes que enfraquecem e isolam atrás de grades, muralhas e guaritas. A violência que invade ou nasce no espaço familiar se expande para todos os outros seguimentos da sociedade como uma teia de relações destrutivas que se reproduz e contamina os ambientes e as pessoas. (CHALITA 2008 p. 168) Disponível em http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/bullying-na-educacao-infantil-ele-existe-e-pode-ser-evitado 
A citação nos mostra que muitas vezes os pais procuram o melhor para seus filhos, acreditando que eles são capazes de sair bem em tudo que fazem, são considerados inteligentes, saudáveis, educados e desenvolvidos, despertando a vaidade e o orgulho da família, portanto, os filhos nem sempre correspondem à imagem predeterminada pelos pais. Essas crianças muitas vezes não são os melhores da sala de aula, são retraídos, tímidos, podendo ter limitações físicas, emocional ou intelectual. Geralmente na escola não é diferente, os professores esperam receber alunos bonitos, inteligentes, interessados e disciplinados. Quando isso não acontece a não aceitação pelos professores e colegas, causa grande frustração para o aluno que pode gerar a exclusão e a ridicularização.
Em muitas situações os filhos podem trazer à tona grandes sentimentos não resolvidos pelos pais somando com todas as outras frustrações não terão condições de lidar com seus próprios desejos, e agradar a outros indivíduos.
Quando os filhos são vítimas daconduta bullying no ambiente escolar, é essencial evitar não culpá-los por incidentes que estão acontecendo nas dependências escolares. Porém, o excesso de mimos pode fazer com que a criança se torne chata, egoísta ou até agressora, geralmente não conseguindo seguir as regras de viver em grupo. (FANTE, 2005, pg.76)
A citação deixa claro que se os pais demonstrar segurança já é algo maravilhoso, pois se torna uma forma da criança reduzir as chances de um agressor vir a escolhê-la como alvo. Os pais devem orientar os filhos a manter a postura firme, enfrentar os olhos do agressor não como afronta, mas para mostrar segurança e firmeza. Procurar ser sempre educado, desprezando as brincadeiras de mau gosto, mostrando ter coragem, não chorar, nem demonstrar tristeza. O choro pode ser sinal de fraqueza, por isso a criança deve manter o mais distante possível do agressor.
Segundo o pensamento da autora, é comum encontrar pais que, ao saber da vitimização dos seus filhos, rotula-os de “fracotes”. Infelizmente, isso acontece em muitas famílias. Não somente os pais, mas outros integrantes da família colocam a vítima em uma situação de inferioridade ainda maior, são expostas em frente a irmãos e colegas de escolas, amigos da família ou vizinhos, fazendo comentários maldosos, tornando-os responsáveis pela falta de competência para lidar com a situação difícil em que se encontra. 
É importante que os pais acompanhem e direcionem a vida escolar de seus filhos, que saibam corrigi-los nos momentos certos, e estimular quando for necessário, abrindo espaço para que falem abertamente sobre qualquer tipo de agressão que tenham sofrido ou praticado dentro da escola.
Os pais não devem obrigar seus filhos a enfrentar os agressores, muitas vezes não é a melhor solução, ele pode estar frágil, com isso poderá sofrer mais. É relevante procurar descobrir de onde vem às agressões e como fazer para amenizá-las oferecendo total proteção para seu filho.
Chalita (2008, p.183-184) relata que, 
Quando os pais descobrem que os seus filhos são agressores, é importante manter um posicionamento firme, não ignorar a situação, nem fazer de conta que está tudo bem. É essencial que eles procurarem saber como ajudá-los, falando com os professores, com a direção da escola, com psicólogos ou profissionais da área, e sempre estar acompanhando o processo de evolução e transformação desse aluno. (CHALITA, 2008, p.183-184) Disponível em http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/bullying-na-educacao-infantil-ele-existe-e-pode-ser-evitado 
É possível dizer que, o diálogo e a paciência são fundamentais para que os filhos compartilhem os momentos de fragilidade. É essencial que os pais evitem repreendê-los, castigá-los ou reagir com agressividade. A criança precisa de acolhimento, carinho, apoio e compreensão mesmo tendo conhecimento do acontecido. Procurando saber o que está causando estas atitudes que pode ser um problema recente ou vindo do passado. Ainda devem procurar usar estratégia para que seu filho saia do centro da violência mostrando à importância de pedir desculpas às pessoas que agrediu, para que possa reconhecer que errou e reparar esse erro. Criar situações colocando seu filho no lugar da vítima para que possa sentir a dor e angústia do colega. E Mostrar situações pessoais que trouxeram sofrimento.
Portanto, o papel dos pais é uma experiência cheia de satisfação e sentido que dura toda eternidade. Mesmo que os filhos cometem erros, sempre haverá motivos para reconhecer os pontos positivos, as decisões acertadas e os bons momentos que compartilham juntos.
Papel da Escola
Segundo Aramis Lopes Neto, coordenador do programa de bullying da ABRAPIA, “não se pode admitir que os alunos sofram violências que lhes tragam danos físicos ou psicológicos, que testemunhem tais fatos e se calem para que não sejam também agredidos e acabem por achá-los banais ou, pior ainda, diante da omissão e tolerâncias dos adultos, adotem comportamentos agressivos”.
Infelizmente estamos vivendo uma época em que a violência se torna cada vez mais presente em todas as instituições escolares. 
A violência escolar nas últimas décadas adquiriu crescente dimensão em todas as sociedades, o que a torna questão preocupante devido à grande incidência de sua manifestação em todos os níveis de escolaridade. (FANTE, 2005 p.20)
As práticas de violência, discriminação e preconceito, vivenciadas pelos alunos no cotidiano escolar, têm se apresentado como um grande desafio para os professores, equipe gestora e toda comunidade escolar. Essas práticas, muitas vezes, podem causar dificuldades na aprendizagem e causar traumas ao longo da vida. 
Acredita-se, que a prevenção começa pelo conhecimento. É preciso que as escolas reconheçam a existência do bullying e, sobretudo, esteja consciente de seus prejuízos para a personalidade e o desenvolvimento socioeducacional dos alunos.
Ainda há um grande número de profissionais da educação que não sabem distinguir entre condutas de bullying ou outros tipos de violência, por não ter um preparo para identificar e desenvolver estratégias pedagógicas para enfrentar os problemas no ambiente escolar.
O despreparo dos professores ocorre porque, tradicionalmente, nos cursos de formação acadêmica e nos cursos de capacitação, são treinados com técnicas que unicamente os habilitam para o ensino de suas disciplinas, não sendo valorizada e necessidade de lidarem com o afeto e muito menos com os conflitos e com os sentimentos dos alunos. (FANTE 2005 p.68) http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/bullying-na-educacao-infantil-ele-existe-e-pode-ser-evitado 
Os professores deveriam ser preparados para educar a emoção dos seus alunos. Porém, muitos professores têm dificuldades emocionais para lidar com os problemas de maus tratos ou de violência que ocorrem dentro da sala de aula, e não tendo capacidade de lidar com esses problemas e de oferecer uma reposta eficaz a situação, acabam reagindo com agressividade.
A escola precisa capacitar seus profissionais para a observação, para que os mesmos possam identificar, diagnosticar e saber intervir nas situações do bullying ou até mesmo aos encaminhamentos corretos, levando o tema à discussão com toda a comunidade escolar e traçar estratégias que sejam capazes de fazer frente ao mesmo.
De acordo com Pedra (2008), além de todo o esforço da equipe escolar frente ao bullying, é preciso contar com a ajuda de consultores externos, como especialistas no tema, psicólogos e assistentes sociais.
Cleo Fante (2005) comenta que, a conscientização e a aceitação de que o bullying ocorre com maior ou menor incidência, em todas as escolas do mundo, independentes características “culturais, econômicas e sociais dos alunos”, são fatores decisivos para iniciativas no combate à violência no contexto escolar. Para desenvolver estratégias de intervenção e prevenção ao bullying em uma escola, é necessário que a comunidade escolar esteja consciente da existência do mesmo, sobretudo, das conseqüências relacionadas aos envolvidos, a esse tipo de comportamento. 
Desta forma, percebe-se que é primordial sensibilizar e envolver toda a comunidade escolar na luta pela redução do comportamento bullying.
Gabriel Chalita (2008), salienta que algumas atitudes simples por parte da direção escolar, podem ajudar a reduzir os casos de bullying no ambiente escolar. É necessário que toda equipe escolar, desde o primeiro dia de aula, esclareça sobre o que é bullying, e que não será tolerado condutas do mesmo nas dependências da escola. Todos os alunos devem se comprometer a não praticá-lo e a comunicar a direção escolar sempre que presenciarem ou forem vítimas da conduta do bullying.
É essencial que os professores promovam debates sobre bullying nas salas de aula, fazendo com que o assunto seja bastante divulgado e assimilado pelos alunos. Estimular os estudantes a fazerem pesquisas sobre o tema na escola, para saber o que alunos, professores e funcionários pensam sobre o bullying e comoacham que se deve lidar com esse assunto. 
Sempre que ocorrer alguma situação de bullying, procurar lidar com ela diretamente, investigando os fatos, conversando com autores e vítimas. É relevante que os profissionais da educação interfiram diretamente nos grupos de alunos envolvidos sempre que for necessário para “romper a dinâmica” de bullying, orientando os alunos a sentarem em lugares previamente indicados, mantendo afastados os possíveis autores de suas vítimas.
O mesmo autor comenta que, é relevante que os professores incluam na rotina escolar de seus alunos, estratégias que amenizem as causas do bullying. A dramatização é uma “ferramenta excepcional’ para fazer crianças e jovens vivenciarem papéis. É essencial discutir sempre as experiências depois de dramatizadas. O trabalho com filmes e letras de músicas também permite uma reflexão crítica e significativa, com possibilidade de minimizar as manifestações de comportamentos agressivos. 
De acordo com Pedra (2008), 
As atividades em salas de aula em forma de redação onde os alunos são estimulados a falar no anonimato sobre a sua vida na escola, ou seja, seu relacionamento com os colegas ajudará a romper o silêncio e possibilitará a expressão de emoções e sentimentos. (PEDRA, 2008 p. 87) Disponível em http://naescola.eduqa.me/desenvolvimento-infantil/bullying-na-educacao-infantil-ele-existe-e-pode-ser-evitado
O mesmo autor comenta que, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental é primordial trabalhar por meio de histórias ou fábulas que trabalhem o preconceito ou qualquer outra forma de exclusão e discriminação.
É essencial tanto a participação do professor quanto dos alunos. O professor de um lado tem o dever de transmitir o papel ético, problematizar valores e regras morais através da afetividade e racionalidade visando ao desenvolvimento moral e à socialização e os alunos o papel de entender e cooperar com as ações do professor. A escola, juntamente com os professores tem a função de trabalhar conteúdos relacionados aos valores, como o diálogo, o respeito, e a solidariedade.
Com o diálogo o professor faz com que os alunos agressores reflitam sobre suas atitudes agressivas e as consequências que podem gerar nos alunos agredidos. Fazendo-os refletir como deveria ser uma escola onde todos sentissem felizes, seguros e respeitados.
Atividades que promovam a cooperação e o trabalho em equipe são eficazes no combate ao bullying (foto: Google/set 2017)
A escola quando trabalha em equipe, ou seja quando tem o apoio dos pais, professores, gestor, enfim todos os funcionários da escola quando passam a trabalhar o respeito, tem como objetivo mostrar a diferença entre as pessoas, o respeito pelo ser humano independente de sua origem social, etnia, religião, sexo, opinião e cultura, bem como nas manifestações culturais, étnicas e religiosas. O respeito tem a condição necessária para o convívio social democrático.
Por mais que o professor seja presente e trabalhe com seus alunos o respeito mútuo, a justiça e a solidariedade, em sala de aula, é quase que impossível que não aja conflitos entre eles. Portanto, a escola deve estimular sempre o ensino e o desenvolvimento de atitudes que valorizem a prática da tolerância e da solidariedade entre os alunos. O incentivo ao exercício da solidariedade é um fator motivador de mudanças, pois estimula a amizade, a cooperação e o companheirismo no ambiente escolar.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
O tema do projeto “Bullying não!!!”. E a linha de pesquisa é “Docência no Ensino Fundamental I” - O estudo sobre as práticas docentes pode permitir um aprofundamento sobre a atuação dos professores, quanto a questão do bullying e da preparação adequada para lidar e intervir diante de casos de violência, possibilitada pela formação inicial.
3.2 Justificativa
Através deste projeto, verificamos quais os conflitos mais comuns dentro do ambiente escolar. Conflitos esses que fazem parte do dia - a - dia da escola e geram problemas mais graves dentro ou fora da sala de aula. Dentro das escolas ocorrem agressões físicas e verbais, furtos e fofocas entre educandos.
 A família é um núcleo fundamental na formação para o convívio social, tendo papel insubstituível: introduzir as primeiras lições de cidadania e respeito.
 	 Os problemas que ocorrem com os conflitos nas escolas têm alertado e complicado a vida da comunidade escolar. O trabalho do professor está se tornando cada vez mais difícil e as reclamações são cada vez maiores: os alunos insubordinados, não prestam atenção nas aulas, não estudam, não fazem tarefas, saem toda hora da sala sem pedir licença, ficam comendo durante a aula, mascam chicletes, depedram o patrimônio. Diante das dificuldades enfrentadas diariamente dentro da escola, observa-se que a angústia dos professores é muito grande, pois sentem-se, muitas vezes impossibilitados e não conseguem realizar um trabalho satisfatório.
A busca da solução para o bullying na escola requer compromisso, participação coletiva e clareza nos objetivos propostos aos alunos, professores, família e escola, pois sem isso não há maneiras de reverter o quadro apresentado na escola.
Com este projeto poderemos oferecer aos professores e alunos compartilhar momentos de reflexão e que possam encontrar soluções para possíveis situações de bullying em sala de aula e na escola.
3.3 Problematização
Pensamos na importância do assunto, pois este vai contribuir para que os professores possam saber a hora de intervir e como entender que os conflitos dentro ou fora da sala de aula fazem parte das relações humanas e não devem ser encarados como algo anormal. Enfim, sabemos que o problema sempre existiu, mas, será que está se agravando cada vez mais por inúmeros fatores: crise emocional, intelectual e econômica da família brasileira, deixando a mesma de cumprir sua tarefa de estabelecer limites e desenvolver hábitos básicos para que a criança e jovens possam conviver melhor na sociedade?
3.4 Objetivos
Objetivos Gerais:
* Desenvolver ações de solidariedade e de resgate de valores de cidadania, tolerância, respeito mútuo entre alunos e professores.
Objetivos Específicos:
* Discutir com os alunos as principais causas de bullying na sala de aula. 
* Refletir sobre a necessidade de desenvolvermos ações educativas contra o bullying na Escola;.
* Aplicar atividades orais e escritas que estimulem a reflexão sobre as práticas de violência no espaço escolar; 
* Discutir o respeito às diferenças dentro e fora da sala de aula;
* Construir uma proposta de regras de convivência e contra o bullying na unidade escolar;
* Solucionar problemas referentes a temática que vem acontecendo no interior da sala de aula e se propagando pela escola e comunidade;
3.5 Conteúdos
O conteúdo a ser aplicado será da seguinte maneira: Existe na sala de aula onde foi realizado o estágio três alunos, que estão em constantes conflitos. O primeiro é negro e está acima do peso, tem sido agressivo com os colegas que usam termos pejorativos ao se referem a ele, que também se refere a um colega da sala de forma constrangedora dado ao fato do colega babar devido um problema nas glândulas salivares. O terceiro é branco e encontra em defasagem ano/idade, este que se colocar como líder da sala e por isso recebe apelidos pejorativos devido ser muito branco, alto e estar atrasado nos estudos. A professora se encontra em dificuldades para solucionar o problema devido ser inexperiente e a complexidade do mesmo. 
3.6 Processo de desenvolvimento
1. Roda de conversas para levantar as causas do problema; 
É importante usar este momento para esclarecer o que o( bullying e as consequências do mesmo. A conversa deve ser descontraída sem chamar a atenção, sem focar diretamente no problema, sem das o a palavra final. É importante que os alunos falem livremente sobre o assunto( mesmo que aflore as situações conflitivas;2. Contar a história as tranças de Bintou; 
As Tranças de Bintou é uma linda história, escrita por Sylviane( A. Diouf, que conta o sonho de Bintou, uma menina africana, de ter tranças como todas as mulheres mais velhas de sua aldeia. Mas, como ainda é criança, tem de se contentar com os birotes. A autora Sylviane A. Diouf, filha de pai senegalês e mãe francesa, criou uma delicada história sobre a angústia do rito de passagem e o aprendizado do crescimento. As ilustrações de Shane W. Evans reforçam beleza, tradição e encantamento da cultura africana. Um belo exercício de respeito à pluralidade cultural e ao amadurecimento. Com esta história, podemos destacar atitudes solidárias em detrimento ao preconceito. 
3.7 Tempo para a realização do projeto
O tempo gasto para a realização do projeto será de aproximadamente 20 a 30 dias. (Uma vez por semana na sala do 1º ano do Ensino Fundamental 1 “A” matutino e uma vez na sala do 1º ano do Ensino Fundamental 1 “B”, no turno vespertino.
Primeiro momento: Discussão com todos os professores;
Segundo momento: Preparação dos alunos;
Terceiro momento: Organização dos materiais;
Quarto momento: Preparação do ambiente;
Quinto momento: Realizar as atividades propostas;
3.8 Recursos humanos e materiais
Papel chamex A4, Lápis de cor, Folha de papel sulfite. Livros de História, brinquedos variados.
3.9 Avaliação
A avaliação será contínua e processual, de forma natural, através do diálogo diário, dos debates promovidos e dos registros de atividades vivenciadas ao longo dos trabalhos. O processo de avaliação será espontâneo e verificará o potencial e a competência dos alunos em relação à temática, bem como a capacidade de mudança de comportamento mediante o conhecimento adquirido e experimentado.
4		Considerações finais
Pesquisar sobre esse tema foi uma grande experiência, pois possibilitou obter uma melhor compreensão sobre o fenômeno bullying, além de nos permitir vivenciar essa violência frequente dentro das instituições e ensino. Ao escolher este tema, não imaginávamos encontrar tantos problemas que estão por trás de um ato de bullying. No entanto, quando estávamos em pesquisa tínhamos outra visão, outro olhar, agora mais lúcido, mais nem por isso menos complexo.
Foram observadas raras atitudes de acolhimento ou intervenção por parte dos educadores, frente a atitudes violentas que deveria ter um olhar mais investigador.
Os docentes apresentam um silêncio que permite silenciar também as vítimas, possibilitando a cada dia um ambiente educacional mais violento e a própria exclusão dos sujeitos agredidos.
As instituições de ensino tanto privadas, quanto públicas, resistem quando questionados sobre o bullying. Por conseguinte a violência, na concepção dos professores entrevistados e observados, tem como fator, a família desestruturada que não consegue impor limites e culpam as próprias crianças por não obedecerem às regras escolares. O que se entende por família desestruturada? Será que existem famílias estruturadas? O que não podemos esquecer é que não encontramos mais essa tal de família estruturada representada pelo pai, mãe e filho.
Diante disso, o filho que mora com o pai ou só com a mãe não pode dizer que mora em família?
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
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ANTONIA VANDERLEIA DO CARMO
O BULLYING NAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Goianésia
2017

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