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CCJ0047-WL-D-AMMA-04-Alegações Finais por Memoriais-01

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AULA+AULA+
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
Professora Ana Paula CoutoProfessora Ana Paula Couto
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
CASO CONCRETO DA SEMANA 4
Leila, de quatorze anos de idade, inconformada com o fato
de ter engravidado de seu namorado, Joel, de vinte e oito
anos de idade, resolveu procurar sua amiga Fátima, de
vinte anos de idade, para que esta lhe provocasse um
aborto. Utilizando seus conhecimentos de estudante de
enfermagem, Fátima fez que Leila ingerisse um remédio
para úlcera. Após alguns dias, na véspera da comemoração
da entrada do ano de 2005, Leila abortou e disse ao
namorado que havia menstruado, alegando que não
estivera, de fato, grávida.
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
Desconfiado, Joel vasculhou as gavetas da namorada e
encontrou, além de um envelope com o resultado positivo
do exame de gravidez de Leila, o frasco de remédio para
úlcera embrulhado em um papel com um bilhete de Fátima
a Leila, no qual ela prescrevia as doses do remédio.
Munido do resultado do exame e do bilhete escrito por
Fátima, Joel narrou o fato à autoridade policial, razão pela
qual Fátima foi indiciada por aborto.
Tanto na delegacia quanto em juízo, Fátima negou a prática
do aborto, tendo confirmado que fornecera o remédio a
Leila, acreditando que a amiga sofria de úlcera.
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
Leila foi encaminhada para perícia no Instituto Médico
Legal de São Paulo, onde se confirmou a existência de
resquícios de saco gestacional, compatível com gravidez,
mas sem elementos suficientes para a confirmação de
aborto espontâneo ou provocado. Leila não foi ouvida
durante o inquérito policial porque, após o exame, mudou-
se para Brasília e, apesar dos esforços da autoridade
policial, não foi localizada.
Em 30/1/2010, Fátima foi denunciada pela prática de
aborto. Regularmente processada a ação penal, o juiz, no
momento dos debates orais da audiência de instrução,
permitiu, com a anuência das partes, a manifestação por
escrito, no prazo sucessivo de cinco dias.
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
A acusação sustentou a comprovação da autoria, tanto pelo
depoimento de Joel na fase policial e ratificação em juízo,
quanto pela confirmação da ré de que teria fornecido
remédio abortivo. Sustentou, ainda, a materialidade do
fato, por meio do exame de laboratório e da conclusão da
perícia pela existência da gravidez.
A defesa teve vista dos autos em 12/7/2010.
Em face dessa situação hipotética, na condição de
advogado(a) constituído(a) por Fátima, redija a peça
processual adequada à defesa de sua cliente, alegando toda
a matéria de direito processual e material aplicável ao caso.
Date o documento no último dia do prazo para protocolo.
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
Art. 126, Código Penal
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da
gestante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou
debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência.
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
CRFB
Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas
obtidas por meios ilícitos;
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
Prescrição
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a
sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de
liberdade cominada ao crime, verificando-se:
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois
anos e não excede a quatro;
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição
quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21
(vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70
(setenta) anos.
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
CPP
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
FASES DO PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI
(a) oferecimento da denúncia ou queixa (art. 41)
(b) recebimento da denúncia ou queixa (art. 395)
(c) citação (art. 351 a 369)
(d) resposta do réu (art. 406)
(e) manifestação do MP (art. 409)
(f) audiência de instrução (art. 411)
(f.1) oitiva da vítima
(f.2) oitivas das testemunhas de acusação
(f.3) oitivas das testemunhas de defesa
(f.4) interrogatório
(f.5) alegações finais
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
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(f.6) opções do juiz
(f.6.1) pronúncia (art. 413)
(f.6.2) impronúncia (art. 414)
(f.6.3) absolvição sumária (art. 415)
(f.6.4) desclassificação (art. 419)
(g) preclusão da pronúncia (art. 421)
(h) manifestação do MP (art. 422)
(i) manifestação da defesa (art. 422)
(j) preparo do julgamento (art. 423)
(k) inclusão em pauta (art. 429)
(l) formação do conselho de sentença (arts. 425, 433, 463, 468 
e 469)
(m) oitiva da vítima (art. 473)
(n) oitivas das testemunhas de acusação (art. 473)
(o) oitivas das testemunhas de defesa (art. 473)
Aula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAISAula 4: ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
PRÁTICA SIMULADA III PRÁTICA SIMULADA III -- PENALPENAL
(p) leitura de peças (art. 473, § 3º)
(q) interrogatório (art. 474)
(r) sustentação da acusação (art. 476)
(s) sustentação da defesa (art. 476, § 3º)
(t) réplica (art. 476, § 4º)
(u) tréplica (art. 476, § 4º)
(v) sala secreta (art. 485)
(w) sentença (art. 492)
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CPP
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou
sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais
por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e
pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o
juiz, a seguir, sentença.
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso
ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de
5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de
memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para
proferir a sentença.
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CPP
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde
logo o acusado, quando:
III – o fato não constituir infração penal;
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de
exclusão do crime.
Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato
ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de
participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará
o acusado.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ PRESIDENTE DO ___
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DA CAPITAL
Processo nº
FÁTIMA, já qualificada nos autos em epígrafe ajuizados
pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, vem, por seu advogado
regularmente constituído conforme procuração de fls.__,
perante Vossa Excelência, apresentar suas
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ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
conforme autorizado em audiência de instrução, por
analogia ao art. 403,§3º, CPP, pelos fatos abaixo
expostos:
1. DOS FATOS
O Ministério Público ofereceu denúncia em face da
acusada, imputando-lhe....
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2. DO DIREITO
2.1. DA NULIDADE DA PROVA OBTIDA POR MEIO ILÍCITO;
2.2. DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA PELO RECONHECIMENTO DA
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ESTATAL;
2.3. DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA PELO RECONHECIMENTO DO
ERRO DE TIPO;
2.4. DA IMPRONÚNCIA PELA AUSÊNCIA DE PROVA DA
MATERIALIDADE DO CRIME;
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3. DO PEDIDO
Diante do exposto, a defesa pleiteia inicialmente o
desentranhamento da prova obtida por meio ilícito.
Pleiteia, também, a absolvição sumária da ré pelo
reconhecimento da prescrição punitiva estatal, de acordo
com art. 109, IV, c/c art. 115, ambos do CP, e com base
no art. 415, IV, CPP.
Caso Vossa Excelência não reconheça a prescrição, a
defesa requer a absolvição sumária da ré, com base no
art. 415, III, CPP, por ter ocorrido erro de tipo, razão pela
qual sua conduta não teve tipicidade subjetiva, não
havendo, assim, crime.
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Caso Vossa Excelência não absolva sumariamente a ré, a
defesa pleiteia a sua impronúncia, com base no art.
414, CPP, por falta de prova da materialidade do
delito, haja vista o laudo pericial ter sido inconclusivo.
Rio de Janeiro, 19 de julho de 2010.
___________________
Advogado 
Inscrição OAB nº

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