SOBRE A POLÍTICA DE OCUPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO NO DISTRITO FEDERAL

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POLÍTICA DE OCUPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO DO DISTRITO FEDERAL
SOBRE A
POLÍTICA DE OCUPAÇÃO E 
DESENVOLVIMENTO URBANO NO 
DISTRITO FEDERAL
GUNTER KOHLSDORF
BRASÍLIA, MAIO DE 2004
POLÍTICA DE OCUPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO DO DISTRITO FEDERAL
Os trechos de trama urbana ou a própria cidade sofrem de falta de
personalidade quando estes papéis não estão claros ou oscilam ao
longo do tempo. Do ponto de vista estratégico, isto é um dos piores
problemas, e as cidades se debilitam para o embate da
sobrevivência.
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O papel que os diferentes trechos de uma trama urbana 
assumem ou devem assumir 
depende do papel 
que a cidade assume ou deve assumir 
na rede urbana na qual está inserida. 
referência ao planejamento estratégico
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O papel que os diferentes trechos de uma trama urbana 
assumem ou devem assumir
encontram-se formatados 
na correspondente
política de ocupação urbana de um território. 
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Nele, trechos ou cidades são criados ou transformados visando 
desempenhar um certo papel, para o bem estar de suas populações.
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TESE INICIAL 
AO LONGO DE SUA HISTÓRIA, BRASÍLIA E DISTRITO FEDERAL NÃO 
POSSUIRAM POLÍTICA DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO 
URBANO DE CARÁTER CONSISTENTE E PERMANENTE.
Desde sua implantação até hoje, a 
política de ocupação e 
desenvolvimento urbano de Brasília e 
do Distrito Federal ficou ao sabor de 
diversas injunções políticas e 
assumiu diferentes propostas.
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DEVE-SE A LUCIO COSTA A PRIMEIRA PROPOSTA DE OCUPAÇÃO 
TERRITORIAL PARA O DISTRITO FEDERAL, DESDOBRANDO O PLANO 
VENCEDOR DO CONCURSO DE 1957 PARA A NOVA CAPITAL DO 
BRASIL
Nesta proposta, o Distrito Federal seria ocupado pelo Plano Piloto de 
Brasília e uma série de cidades satélites, construídas apenas após a 
saturação demográfica do Plano Piloto.
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Proposta inicial de ocupação urbana do DF a partir de Lucio Costa (esquema por G. Kohlsdorf)
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A SEGUNDA PROPOSTA DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL PARA O 
DISTRITO FEDERAL DECORRE DE UMA SÉRIE DE FATOS, E NÃO DE 
UMA VISÃO PROSPECTIVA DE SEU DESENVOLVIMENTO.
 em 1958, implanta-se o núcleo inicial de Taguatinga
 em 1960, inicia-se a construção de Sobradinho
 em 1961, fixa-se a Cidade Livre como Núcleo Bandeirante
 em 1966, inicia-se a construção do Guará
 em 1970, cria-se Ceilândia
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A ocupação urbana do DF a partir de fatos, entre 1958 e1975 (esquema por G. Kohlsdorf)
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A TERCEIRA PROPOSTA É RESULTANTE IMPLÍCITA DE ESPECULAÇÕES 
VINCULADAS À ELABORAÇÃO DE UMA SÉRIE DE PLANOS DE 
ORDENAMENTO TERRITORIAL
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 em 1977, o Plano Estrutural de Organização Territorial/ PEOT
 em1985, o Plano de Ocupação Territorial / POT
 em 1986, o Plano de Uso e Ocupação do Solo / POUSO
Essas especulações 
baseavam-se na hipótese de 
que o rápido incremento de 
ocupações urbanas poderia 
ser organizado como 
ESQUEMA DE BIPOLARIDADE.
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O modelo bipolar de ocupação urbana do DF (esquema por G. Kohlsdorf e J. Vieira)
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O MODELO BIPOLAR FOI ASSUMIDO PELOS PLANOS DIRETORES DE 
ORDENAMENTO TERRITORIAL DO DISTRITO FEDERAL ENTRE 1992 
E 1997, COM REFERÊNCIAS:
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 ao centro metropolitano
 à linha de transporte de massa
 à integração da malha axial
 à despressurização do Plano Piloto, equacionando a dicotomia entre 
este como pólo simbólico e o sub quadrilátero sudoeste do Distrito 
Federal como pólo econômico
 ao eixo de expansão urbana assumido pelas Brs 040 e 060 com o 
restante do território do DF, este possível de se caracterizar como 
área de interesse ambiental
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O modelo bipolar de ocupação urbana do DF (esquema por G. Kohlsdorf)
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A QUARTA PROPOSTA DE OCUPAÇÃO TERRITORIAL ORIGINOU-SE DE 
CONVITE A LUCIO COSTA PARA REINTERPRETAR O RELATÓRIO 
INICIAL DE SEU PLANO VENCEDOR DO CONCURSO DE 1957. NESSA 
PROPOSTA, COSTA DEFINIU O PLANO PILOTO POR QUATRO ESCALAS 
E PROPÔS ÁREAS PARA SUA EXPANSÃO.
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 em 1985, foi elaborado“BRASÍLIA 57-85: do plano piloto ao Plano 
Piloto”
 em1987, foi elaborada “Brasília Revisitada”
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Modelo de ocupação urbana do DF proposto por Lucio Costa em BRASÍLIA REVISITADA (esquema por 
G. Kohlsdorf)
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A QUINTA PROPOSTA EQUACIONA O MODELO VIGENTE E RECOLOCA 
O PLANO PILOTO DE BRASÍLIA NO CENTRO GEOPOLÍTICO DA 
OCUPAÇÃO TERRITORIAL
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Referências:
 à terceira ponte sobre o lago Paranoá
 à 4ª, 5ª etc. pontes sobre o lago Paranoá
 à construção do reservatório de Corumbá IV e abandono do lago São
Bartolomeu como fonte potencial de abastecimento de água do
Distrito Federal
 a cinco novos bairros (Taquari, proposto por Lucio Costa em Brasília
Revisitada)
 ao trem bala
 a dinâmica de expansão urbana radial-concêntrica
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A dinâmica de ocupação urbana do Distrito Federal (esquema por G. Kohlsdorf e J. Vieira)
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O modelo atual de ocupação urbana do Distrito Federal (esquema por G. Kohlsdorf e J. Vieira) 
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Cenário Z (esquema por G. Kohlsdorf)
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RESULTADO DESSAS OSCILAÇÕES
 OCUPAÇÃO URBANA DO 
DISTRITO FEDERAL 
CARACTERIZADA PELA PERDA 
DOS LIMITES E PAPÉIS DOS 
DIFERENTES NÚCLEOS URBANOS,AÍ INCLUÍDO O PLANO PILOTO 
DE BRASÍLIA
 TRANSFORMAÇÃO DESSE 
CONJUNTO DE NÚCLEOS EM UM 
AGLOMERADO ÚNICO, PORÉM 
ESGARÇADO E DISFORME
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Resultado da superposição dos modelos de ocupação / desenvolvimento urbano no DF 
(GDF - SEDUH)
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CONCLUSÕES
BRASÍLIA COMO HISTÓRIA DE:
 OPORTUNIDADES 
DESPERDIÇADAS
 DIFERENTES PROPOSTAS E 
POLÍTICAS DE OCUPAÇÃO E 
DESENVOLVIMENTO URBANO QUE 
A SITUA, NO ESQUEMA DE 
EQUACIONAMENTO 
ESTRATÉGICO DA REDE URBANA 
BRASILEIRA E INTERNACIONAL, 
EM SITUAÇÃO VULNERÁVEL, POR 
NÃO TER TIDO CONDIÇÕES DE 
FORMATAR SUA CONFIGURAÇÃO 
E O PAPEL DA MESMA NO 
MENCIONADO CONTEXTO.
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