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AULA + JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Prof. Dr. GUILHERME SANDOVAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Destacar quais normas podem ser objeto de controle incidental; Analisar os efeitos da declaração incidental de inconstitucionalidade. OBJETIVOS DA AULA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE ESTRUTURA DO CONTEÚDO 1. Objeto (normas que podem ser impugnadas pela via incidental) 2. Efeitos da decisão 2.1 Para as partes 2.2 Para terceiros 2.2.1 O papel do Senado Federal (art. 52, X) 2.2.2 A possibilidade de edição de súmulas vinculantes 2.3 Efeitos no tempo 2.3.1 Possibilidade de modulação temporal no controle difuso. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE A EFICÁCIA INTER PARTES DO CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE Decisão no controle difuso terá eficácia inter partes, ou seja, não há extrapolação dos limites subjetivos da lide. Art. 468 (CPC). “A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas” Art. 472 (CPC). “A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando terceiros”. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE O PAPEL DO SENADO FEDERAL NO CONTROLE DIFUSO Art. 52 - Compete privativamente ao Senado Federal: X - Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Efeitos da Decisão Final do STF - Artigo 52,X) : Resolução do SF dará efeitos erga omnes/(vinculantes),porém ex-nunc; - Possibilidade de modulação dos efeitos por analogia do artigo 27 da Lei n. 9868/99 Perspectiva ainda incerta do STF - Teoria da transcendência dos motivos determinantes JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINATES ABSTRATIVIZAÇÃO OU OBJETIVAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO: Efeitos erga omnes no recurso extraordinário MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL DO ARTIGO 52, X JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Possibilidade de Edição de Súmula Vinculante ARTIGO 103-A DA CRFB/88 Após reiteradas decisões sobre a matéria constitucional controversa, o STF pode editar Súmula Vinculante com maioria de 2/3 de seus membros. Normas constitucionais acerca das quais haja controvérsia atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Possibilidade de Edição de Súmula Vinculante ARTIGO 103-A DA CRFB/88 Caberá RECLAMAÇÃO contra ato administrativo ou decisão judicial que contrariar SV. O STF anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, significa que: somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal Pleno das decisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou Estaduais que, em decisão definitiva, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. QUESTÃO OBJETIVA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE C) somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é que a matéria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pode ser decidida. D) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e qualquer ação que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público pode ser delegada a qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a decisão seja proferida por este órgão jurisdicional delegado em sessão plenária. QUESTÃO OBJETIVA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Sebastião contratou um plano de minutos com a operadora de telefonia fixa da região em que mora, no Distrito Federal. Ocorre que ao pedir o detalhamento das contas, ficou surpreso com o valor, já que a empresa alegava o consumo de pulsos além da franquia contratada, sem esclarecer o tempo gasto nas ligações excedentes. Sentindo-se lesado, procurou seu advogado para propor uma ação visando anular aquela cobrança, além de exigir o detalhamento do consumo, sob pena de multa. Fundamentou seu pedido na lei distrital 3426/2004, que obriga as concessionárias prestadoras de telefonia o detalhamento sob pena de multa. QUESTÃO DISCURSIVA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Pergunta-se: a)Poderia a empresa ré argüir na contestação, a inconstitucionalidade do referido diploma? b)Qual a espécie de controle referido no caso? c)Poderá o juiz decidir acerca da inconstitucionalidade da lei? d)Suponha que o juiz entenda que a lei é constitucional, poderá então obrigar a empresa a detalhar todas as contas que emitir aos consumidores? A resposta seria diferente caso o caso de Sebastião chegasse ao STF através de um eventual recurso extraordinário? Justifique. QUESTÃO DISCURSIVA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Compreender a importância da fiscalização de constitucionalidade por via de ADI; Analisar o exercício atípico da jurisdição provocado pela ADI, e o sentido de processo objetivo; Compreender a importância do STF no exercício da jurisdição OBJETIVOS DA AULA 5 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE ESTRUTURA DO CONTEÚDO 1. Origens 2. Conceito 3. Legitimidade ativa 3.1 Legitimados universais e especiais 3.2 Impossibilidade de desistência 3.3 O significado de “entidades de classe de âmbito nacional” 3.4 O amicus curiae 4. Legitimidade passiva 4.1 O papel do AGU 4.2 A impossibilidade de intervenção de terceiros JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE O PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO STF STJ TST TSE STM TJ TRF TRT TRE TM Juiz de Juiz Juiz do Juiz Juiz Direito Federal Trabalho Eleitoral Militar JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE LEGITIMADOS PARA INSTAURAR O CONTROLE ABSTRATO Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - Presidente da República; II - Mesa do Senado Federal; III - Mesa da Câmara dos Deputados; IV - Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - Governador de Estado ou do Distrito Federal; JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE LEGITIMADOS PARA INSTAURAR O CONTROLE ABSTRATO Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: VI - Procurador-Geral da República; VII - Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - Partido Político com representação no Congresso Nacional; XIX - Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito nacional. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE LEGITIMADOS UNIVERSAIS – são aqueles cujo papel institucional autoriza a defesa da CRFB em qualquer hipótese ESPECIAIS – são aqueles cuja atuação é restrita às questões que repercutem diretamente sobre a sua esfera jurídica ou de seus filiados PERTINÊNCIA TEMÁTICA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE LEGITIMADOS UNIVERSAIS PRESIDENTE DA REPÚBLICA MESAS PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA CONSELHO FEDERAL DA OAB PARTIDO POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL SENADO FEDERAL CÂMARA DOS DEPUTADOS JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE PAPEL EXERCIDO NAS ADIN PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO (Art. 103, § 3°, CF) Amicus Curiae – Possibilidade de determinados órgãos ou entidades se manifestarem acerca de matéria levada a julgamento. A admissão é ato discricionário do Relator do processo JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE EM SEDE DE ADIN NÃO SE ADMITE A DESISTÊNCIA DA AÇÃO IMPOSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Para fins de propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, são legitimados universais e especiais, respectivamente: a) Presidente da República e Mesa do Senado Federal. b) Mesa de Assembleia Legislativa e Confederação Sindical. c) Conselho Federal da OAB e Governador de Estado. d) Procurador Geral da República e Conselho Federal da OAB. e) Procurador Geral da República e Governador de Estado. QUESTÃO OBJETIVA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Para fins de propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, são legitimados universais e especiais, respectivamente: a) Presidente da República e Mesa do Senado Federal. b) Mesa de Assembleia Legislativa e Confederação Sindical. c) Conselho Federal da OAB e Governador de Estado. d) Procurador Geral da República e Conselho Federal da OAB. e) Procurador Geral da República e Governador de Estado. QUESTÃO OBJETIVA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. QUESTÃO DISCURSIVA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Aula 5: O CONTROLE INCIDENTAL DE CONSTITUCIONALIDADE Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? QUESTÃO DISCURSIVA * * * * * * * *
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