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ZUMBIDO: CONCEITO CAUSAS E TRATAMENTO

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL – ULBRA
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
FELIPE DE OLIVEIRA GOULART
AUDIOLOGIA CLÍNICA
ZUMBIDO: CONCEITO, CAUSAS E TRATAMENTO.
2018/1
Canoas, março de 2018.
FELIPE DE OLIVEIRA GOULART
AUDIOLOGIA CLÍNICA
ZUMBIDO: CONCEITO, CAUSAS E TRATAMENTO.
Atividade semipresencial apresentado à disciplina de Audiologia Clínica do curso de graduação em Fonoaudiologia da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para a avaliação de Grau 1 referente ao primeiro semestre de 2017.
.
Prof. Fga. Marion Cristine De Barba
2018/1
Canoas, março de 2018.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................04
ZUMBIDO ...................................................................................................................05
CAUSAS DO ZUMBIDO ......................................................................................05
SINTOMAS DO ZUMBIDO ..................................................................................08
TRATAMENTO DO ZUMBIDO ..........................................................................09
COMPLICAÇÕES .................................................................................................11
RESENHA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO ..............................................................12
CONCLUSÃO ...............................................................................................................14
BIBLIOGRAFIA .........................................................................................................15
INTRODUÇÃO
O zumbido no ouvido atinge milhares de pessoas ao redor do mundo, este é um é um sintoma que frequentemente é associado a perda auditiva.
No estudo a seguir será analisada os sintomas, causas e tratamentos que acercam o zumbido, além de uma resenha de um estudo crítico de um artigo cientifico que relaciona a atuação fonoaudiológica na utilização de aparelho de amplificação sonora individual na redução do zumbido.
ZUMBIDO:Apto normal
Apto com espaço restrito
Não Apto obstruído
O zumbido, também conhecido como tinnitus ou acúfeno, é caracterizado como um ruído incômodo que não provém de nenhuma fonte de som externa e pode ser percebido pelo ouvido. Na maioria das vezes, não é sinal de doenças graves, mas pode ser sintoma de condições que exigem acompanhamento médico.
Segundo a American Tinnitus Association (Associação Americana de Zumbido no Ouvido), pelo menos 20% das pessoas apresentam algum quadro do fenômeno ao longo da vida. Na população com mais de 60 anos, esse índice sobe para 25%. Na maior parte dos casos, o zumbido no ouvido não caracteriza nenhuma doença grave.
Formalmente, o zumbido é definido pela American National Standards Institute (ANSI) como a sensação sonora sem que haja estimulação ou correspondência externa. Alguns autores definiram e classificaram o zumbido baseados no local de sensação, causa fisiopatológica e possível mecanismo gerados. Jastreboff, em 1990, definiu o zumbido como percepção auditiva fantasma, geralmente descrita como apitos, chiados e sussurros.
Uma das grandes dificuldades encontradas a partir da observação clínica de pacientes é que o zumbido não é uma experiência baseada em um sinal acústico. O zumbido implica a percepção de um som, e não a presença de um som, o que torna as tentativas de avaliação subjetiva de caracterização do zumbido, assim como seu mascaramento, fadados ao insucesso. Não existe nenhum som que corresponda ao zumbido tal qual ele é percebido pelo paciente.
CAUSAS DO ZUMBIDO:
O zumbido não é uma doença, mas sim um sintoma. Isso significa que o ruído em si é um alerta do corpo de que algo não está funcionando como deveria. A lista de possíveis doenças, desequilíbrios e transtornos que podem ocasionar zumbido no ouvido é bem ampla e variada.
Exposição em excesso ao barulho: A exposição constante ao barulho do trânsito ou o hábito de ouvir música alta com fones de ouvido, por exemplo, podem danificar algumas estruturas do ouvido e causar o fenômeno do zumbido.
Cera acumulada: A cera de ouvido tem um papel imprescindível para a proteção do órgão. Entretanto, quando acumulada em excesso, pode entupir as vias auditivas e até mesmo afetar o tímpano, causando dor, perda progressiva de audição, tonturas, coceiras, e, é claro, o zumbido.
Inflamação ou infecção no ouvido: Inflamações no ouvido médio costumam causar rigidez nos ossículos que o constituem, prejudicando a capacidade dessas estruturas de identificar quando de fato há algum som passando por elas ou não. Já infecções – como otites, por exemplo – costumam reduzir a capacidade do ouvido de identificar com clareza sons externos, causando e potencializando o zumbido.
Lesões no ouvido: Estruturas internas que estejam danificadas por produtos químicos, alta exposição ao calor ou até mesmo objetos inseridos dentro do ouvido podem provocar o zumbido. Também há a possibilidade das células capilares que ficam no interior do ouvido estejam danificadas. O tipo de lesão mais comum é o rompimento ou perfuração do tímpano.
Geralmente, o zumbido causado por esse tipo de incidente vem acompanhado de sintomas característicos, como dor intensa e repentina, sangramentos e perda da audição.
Medicamentos: Algumas substâncias como antibióticos, quinina (utilizada no tratamento de malária e patologias cardíacas), diuréticos, aspirina, antidepressivos e drogas utilizadas no tratamento para o câncer podem ser gatilhos para o surgimento de zumbidos no ouvido.
DTM e problemas odontológicos: Disfunções odontológicas – sobretudo as que atingem a articulação da mandíbula – podem causar desconfortos no ouvido. Além do zumbido, problemas nos dentes também podem causar estalos na parte de trás do ouvido ao abrir a boca e pontadas no ouvido externo e médio.
Dores musculares: Dores musculares tensionais, principalmente as que atingem a região do pescoço, podem ser as responsáveis pelo zumbido no ouvido. Isso porque o corpo libera determinadas substâncias com o objetivo de atenuar a tensão localizada, e, no processo, acaba estimulando as vias auditivas.
Problemas cardíacos: Doenças cardiovasculares afetam diretamente a circulação sanguínea, dificultando a chegada de sangue aos vasos sanguíneos do ouvido. Uma das consequências desse processo é que as estruturas auriculares não conseguem reunir nutrientes o suficiente para executarem suas funções de forma adequada, gerando o zumbido como forma de alerta.
Outras doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, como arteriosclerose, hipertensão e malformação arteriovenosa também pode ser gatilhos para o zumbido no ouvido.
Depressão: A depressão é uma doença que mexe diretamente com diversas funções químicas do corpo. Uma delas diz respeito aos índices de neurotransmissores provenientes dos nervos auditivos, prejudicando toda a funcionalidade do ouvido e, assim, gerando o zumbido.
Estresse: Embora o estresse por si só não seja um agente causador de zumbidos no ouvido, é um grande potencializador desse tipo de fenômeno. Em geral, nesse caso, o zumbido também vem acompanhado de tonturas.
Diabetes não controlada: Níveis de insulina muito acima do indicado podem prejudicar os estímulos responsáveis por fazer o transporte de informações do ouvido para o cérebro. Por isso, portadores de diabetes devem ter atenção redobrada se apresentarem zumbidos no ouvido.
Consumo excessivo de cafeína: A cafeína é uma substância altamente estimulante que, ao ser consumida em excesso, afeta o funcionamento de diversos órgãos do corpo. Um deles é o ouvido, que apresenta atividades celulares muito mais aceleradas após a ingestão exagerada de café, o que acaba causando o zumbido.
Envelhecimento: A diminuição da audição é uma das principais mudanças características causadas pela chegada à terceira idade. O fenômeno acaba causando diversos efeitos colaterais,como tontura e zumbido no ouvido.
SINTOMAS DO ZUMBIDO
Os sintomas mais comuns de zumbido no ouvido incluem:
Ouvir sons que não são provenientes de qualquer fonte externa. Os sons podem incluir toques, cliques, zumbidos ou ruídos;
Muitas pessoas relatam que os sons mudam em cada ouvido, como sua intensidade e volume. Os sons às vezes param ou se tornam suaves, em outros momentos são mais rápidos e intensos;
Os sons de zumbido podem vir de um ouvido de cada vez (unilateral) ou de ambos os ouvidos (bilateral);
Também é possível ouvir sons ou vozes musicais, embora a causa subjacente desta experiência possa incluir outros problemas psicológicos ou mesmo uso de drogas;
Além de ouvir sons nos ouvidos, muitas pessoas com zumbido se sentem muito perturbados por seus sintomas e enfrentam problemas psicológicos e relacionados ao humor como um efeito colateral.
Os sons altos causados pelo zumbido podem interferir com a sua capacidade de se concentrar ou ouvir sons reais. Também pode causar problemas com a fala, especialmente em crianças.
Os zumbidos nos ouvidos também podem piorar com a idade e são mais comuns em idosos que sofrem de perda auditiva geral. Os idosos comumente experimentam zumbido e perda auditiva devido a sintomas associados a problemas circulatórios, inflamação e lesões nervosas.
TRATAMENTO DO ZUMBIDO
Segundo Hazell (1990), se 17% da população apresenta zumbido, somente 7% procuram ajuda profissional, e dentre essas pessoas, aproximadamente 1% refere ter sua vida afetada pelo sintoma. Após avaliação e diagnóstico médico, se o paciente apresenta zumbido persistente, muitas vezes é orientado a "conviver com ele". 
O zumbido, para a maioria das pessoas, não causa incômodo ou interfere na realização de suas atividades diárias, mas há um número razoável de pacientes que apresenta o zumbido como principal queixa, mesmo na presença de alterações auditivas importantes. Esses pacientes absolutamente conseguem conviver com o zumbido e apresentam uma ou mais das alterações a seguir: dificuldades de concentração, distúrbios do sono, reações emocionais e psicológicas aumentadas, distúrbios ansiosos, bem como problemas psicossomáticos diversos associados. 
Tratamentos medicamentosos: muitas drogas já foram empregadas no tratamento do paciente com zumbido, a maioria com o objetivo de diminuir seus efeitos, e não o zumbido propriamente dito. Isso porque, até o momento, pouco se sabe sobre os mecanismos fisiopatológicos do zumbido, e, além do mais, como se trata de um sintoma e não de uma doença, as pesquisas até agora realizadas não elegeram uma droga que agisse especificamente nos mecanismos geradores do zumbido.
As drogas normalmente utilizadas são os sedativos, antidepressivos, anticonvulsivantes, bloqueadores de cálcio, vasodilatadores diretos, complexos vitamínicos e minerais (complexo B e zinco) e ginko biloba.
Procedimentos cirúrgicos: aplicado em casos onde o zumbido está associado a doenças como otosclerose e doença de Ménière, alguns pacientes referem alívios do zumbido após a cirurgia. Também existem estudos que mostraram benefícios com a estimulação elétrica da cóclea. Pesquisas recentes utilizam estimulação magnética transcraniana repetitiva, para induzir neuroplasticidade as regiões afetadas pelo zumbido, detectados via ressonância magnética. 
Terapia sonora: baseia-se no fato de que, em ambientes silenciosos, os pacientes referem maior percepção do zumbido e, dessa forma, a percepção de outros sons que não o zumbido, por contraste e por reduzir a atenção voltada para ele, diminuiria sua percepção e seu incômodo. Atualmente, existem várias opções quanto ao gerador de som escolhido como quanto á sua forma: 
AASI: amplifica os sons ambientais para pacientes com perda auditiva, reduzindo a percepção do zumbido.
Geradores de som: o som gerado normalmente é um estímulo de banda larga, e alguns instrumentos oferecem estímulos diferentes ou a equalização deles.
Opções combinadas: gerador de som + AASI, para pacientes com perda auditiva, mas que também fazem uso do gerador de som em algumas situações.
Geradores de sons ambientais: portáteis, de mesa ou acopladas ao travesseiro, bastante utilizadas para situações de silêncio, como a hora de dormir.
Terapia: Na década de 90, foi criada a Terapia de Habituação ao Zumbido. Esse procedimento ensina o paciente a lidar com o zumbido no ouvido, até que a percepção do ruído diminua progressivamente até chegar ao ponto de não ser mais ouvido. O processo se desenvolve em duas etapas: Na primeira, há a orientação do paciente e identificação do tipo zumbido, para que a terapia seja ajustada de acordo com as necessidades dele e apresente resultados satisfatórios. Com base nessa fase do procedimento, é possível partir para a segunda, onde um aparelho especial será configurado para emitir um chiado compatível com o zumbido ouvido pelo paciente. Esse chiado específico é emitido nas sessões de terapia e, hoje, pode ser inserido diretamente em um aparelho de surdez, soando constantemente no ouvido do paciente. Progressivamente, ouvir o chiado faz com que a pessoa com zumbido preste cada vez menos atenção no zumbido, até que deixe de escutá-lo por completo. O tratamento apresenta taxas de sucesso de mais de 80%. Em contrapartida, é uma longa jornada: a terapia dura no mínimo 18 meses, podendo se estender até dois anos.
Biofeedback: essa técnica promove maios consciência corporal e relaxamento, contribuindo para a diminuição do estresse e ansiedade e, portanto, para a diminuição do incômodo gerado pelo zumbido.
Acupuntura: pode contribuir para o alívio em condições estressantes e, indiretamente, para o alívio da percepção do zumbido.
Equipamentos para supressão de barulho: O médico também pode recomendar alguns instrumentos para suprimir a exposição do paciente ao barulho. Alguns deles são:
Gerador de ruído branco: ruído branco é como chamamos barulhos que podem ser utilizados para disfarçar e amenizar a percepção de ruídos externos que sejam incômodos. Essa máquina emite sons como os de chuva caindo e ondas do mar chegando até a praia, por exemplo, e pode ser uma grande aliada no tratamento contra o zumbido de ouvido;
Aparelhos auditivos: para quem está apresentando perda de audição além de zumbido no ouvido, essa pode ser uma excelente alternativa para solucionar ambos os problemas.
COMPLICAÇÕES: 
O zumbido no ouvido é um sintoma extremamente exaustivo e, por esse motivo, pode causar complicações bem características. Quem convive com zumbido pode apresentar os seguintes desdobramentos:
Fadiga;
Depressão e ansiedade;
Alteração nos hábitos de sono;
Problemas de memória;
Dificuldade de concentração;
Irritabilidade.
RESENHA DE UM ARTIGO CIENTÍFICO: 
	PUBLICAÇÃO
	Aplicabilidade da orientação fonoaudiológica associada ao uso de aparelho de amplificação sonora individual na redução do zumbido.
	AUTORES
	Izabella Lima de Matos, Andressa Vital Rocha, Maria Fernanda Capoani Garcia Mondelli. 
	REVISTA
	Audiology Communication Research (ISSN 2317-6431)
	ANO
	2017
	DISPONÍVEL EM
	http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-64312017000100335&lang=pt
Com frequência, o zumbido tem sido relatado associado às queixas auditivas. Estudos epidemiológicos indicaram que, aproximadamente, 20% dos indivíduos com zumbido sofrem alterações na qualidade do sono e na concentração, causando reações emocionais negativas. 
O objetivo do estudo era verificar a aplicabilidade da orientação fonoaudiológica associada ao uso de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), na redução da sensação do zumbido. 
A intervenção para o zumbido tem sido ativamente investigada, porém, ainda não há meios comprovados que garantam a eliminação deste sintoma. Sua avaliação clínica depende, principalmente, do autorrelato do indivíduo, o que pode dificultar interpretações objetivas e definição de melhor intervenção. Atualmente, não existe um modelo de terapia universal que apresente grandealívio aos efeitos do zumbido. Contudo, alguns tratamentos disponíveis contam com procedimentos de aconselhamento, juntamente com a estimulação auditiva para proporcionar alívio. 
Dentre as possibilidades de tratamento existentes, há o uso do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), o gerador de som (GS) para a terapia sonora e habituação, terapia cognitiva, aconselhamento, dieta alimentar, intervenção medicamentosa e o uso de um material de apoio – cartilha de orientação - sobre o sintoma.
No estudo foram selecionados pacientes com queixa de zumbido associado à perda auditiva. O estudo foi desenvolvido em duas etapas: Avaliação inicial - após o encaminhamento do paciente para adaptação de AASI e Avaliação final - após três meses de uso efetivo do AASI. Os participantes foram divididos em três grupos: Grupo A (oito indivíduos adaptados com AASI, sem orientação referente ao zumbido), Grupo B (oito indivíduos adaptados com AASI, com orientação verbal referente ao zumbido) e Grupo C (oito indivíduos adaptados com AASI, com orientação verbal sobre o material de apoio referente ao zumbido). Os participantes responderam ao questionário Tinnitus Handicap Inventory (THI) no primeiro momento e após três meses de uso efetivo do AASI, para mensurar a modificação do incômodo do sintoma em seu escore total e nos três domínios. 
Todos os grupos apresentaram redução da sensação de incômodo do zumbido, sendo que melhores resultados foram observados quando o paciente recebeu algum tipo de orientação fonoaudiológica a respeito. Além disso, observou-se que houve diferença significativa entre os grupos apenas no domínio “emocional” do questionário THI, em que o grupo C apresentou melhor resultado na diminuição da sensação do incômodo do zumbido, do que os grupos A e B Desta forma a orientação fonoaudiológica associada ao uso do AASI pode favorecer a redução da sensação do zumbido.
CONCLUSÃO
O zumbido é definido como a percepção de um som em uma ou ambas as orelhas, bem como na cabeça, gerado na ausência de um estímulo sonoro externo, podendo ser o primeiro indício de uma série de doenças que comprometem a saúde e o bem-estar do indivíduo.
Também denominado acúfeno ou tinnitus, esse sintoma pode ou não estar associado a alterações auditivas, variando de intensidade e qualidade de pessoa para pessoa, podendo ser percebido como um som agudo, como o de um sino, ou até um som grave, como um motor3; pode gerar de um leve incômodo até uma completa incapacidade.
Qualquer que seja o tratamento proposto, o objetivo deve ser reduzir a percepção do zumbido, até que ele não seja mais um fator importante. O profissional deve estar atento a novas possibilidades de tratamento e acompanhar a queixa periodicamente para promover o encaminhamento necessário.
Cabe ao fonoaudiólogo, inserido em uma equipe multidisciplinar que efetivamente atenda o paciente portador de zumbido em suas necessidades, seja qual for a proposta terapêutica, as funções de avaliação do paciente, aconselhamento e adaptação de dispositivos para terapia sonora, se indicado, e participação de todo o planejamento e acompanhamento do tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
RUSSO, ICP & SANTOS, TMM. A Prática da Audiologia Clínica. São Paulo: Cortez, 1993.
LOPES FILHO, OTACÍLIO. Novo Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Manole, 2013. 
O que é Zumbido no Ouvido? Disponível em https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-zumbido-no-ouvido-causas-como-tratar-tem-cura/, acesso em 04/03/2018, 17h52.

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