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Slide Aula 1 Educação Profissional

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EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: TEORIA E 
PRÁTICA
Aula 1- Educação Profissional 
e o Contexto Econômico e 
Político
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Finalidades e objetivos da 
disciplina
▪ A disciplina Educação Profissional: Teoria e
Prática pertence ao núcleo de formação
profissional do Curso de Pedagogia. Visa
capacitar para a análise e a elaboração de
propostas de educação profissional em
escolas profissionalizantes, em instituições
de formação profissional e em empresas,
considerando o contexto econômico e
político atual e tomando por base as
contribuições do pensamento educacional
crítico.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
• Analisar a evolução histórica das políticas públicas de
educação profissional, com base na compreensão do
contexto econômico e político que se configurou no
mundo capitalista a partir da segunda guerra mundial.
• Analisar as concepções, as racionalidades, os
pressupostos pedagógicos, a organização curricular e
as práticas didáticas desenvolvidas na educação
profissional, tomando por referência a organização da
produção e do trabalho e as contribuições do
pensamento educacional crítico, criativo e
transformador.
Os conteúdos programáticos desta disciplina foram 
organizados em 4 eixos: 
• Educação profissional e o contexto econômico e político:
as transformações do mundo do trabalho
• Educação profissional: concepções e racionalidades
• Educação Profissional: história e políticas públicas
• Educação Profissional: as práticas pedagógicas que a
orientam – a Pedagogia Taylorista-fordista, a Pedagogia
das Competências e a Pedagogia Emancipatória
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Estas duas primeiras aulas abordam o contexto econômico
e político que explica a configuração que a educação
profissional assume na atualidade.
Os principais temas destas aulas serão: 
• O padrão de acumulação fordista e as funções do
Estado de Bem Estar Social.
• A crise do fordismo, o processo de globalização e o
processo de reestruturação produtiva.
• A acumulação flexível. 
• O toyotismo. 
• O Estado neoliberal e as suas políticas sociais. 
A Escola de Regulação Francesa
• As transformações atualmente em curso nos cenários econômico,
político e social têm sido analisadas por diferentes correntes do
pensamento teórico. Entre elas se destaca a interpretação da
Escola de Regulação Francesa (que tem como principais
defensores Aglietta e Coriat). Parte-se da compreensão de que a
teoria da regulação é a explicação que fornece o melhor
instrumental teórico para analisar e compreender a reestruturação
urbana e industrial atual
Dois conceitos são caros à Teoria da Regulação: 
• O regime de acumulação, que busca compreender o modo como
se dá o processo de acumulação capitalista e mostra como esse
processo está assentado sobre princípios gerais de organização do
trabalho e de uso das técnicas que constituem um paradigma
tecnológico.
• O modo de regulação, que busca explicar como esse regime de
acumulação funciona e se consolida através de mecanismos
superestruturais, isto é, de mecanismos jurídicos e políticos.
A Escola de Regulação Francesa
• A Escola Francesa de Regulação vê as transformações pelas quais
o capitalismo da atualidade vem passando como fruto de uma crise
do regime fordista de acumulação (e do seu modelo de
organização do trabalho, o taylorismo) e do seu modo de regulação
(o Welfare State).
• O processo de acumulação capitalista, durante os 30 anos que se
seguiram à segunda guerra mundial, foi marcado pela presença do
paradigma tecnológico fordista e por um conjunto de relações
econômicas, sociais e políticas (o Estado de Bem Estar Social), que
garantiram a conquista de um nível elevado de produção e
consumo, eficaz na preservação do processo de acumulação do
capital.
• Assim, o regime de acumulação fordista estava fundamentado
numa produção e num consumo de massas, em economias de
escala e estava associado a um determinado marco institucional – o
Estado de Bem-estar social, que implementava amplos sistemas de
seguridade social e atendia a demandas sociais de vários tipos,
regulando o processo de acumulação capitalista
O paradigma taylorista-fordista
• Assim, o processo de acumulação capitalista esteve
estava assentado no fordismo, que envolvia um modo
de organização da produção e do trabalho próprio da
maquinaria, uma forma de organização do trabalho e um
estilo de gestão específicos. Esse paradigma,
denominado por muitos de paradigma taylorista-fordista,
se caracteriza pela presença da grande empresa e pela
estrutura oligopólica, e é marcado pelo uso da máquina
em grandes unidades produtivas e pela incorporação de
grandes massas de trabalhadores
Características da estrutura produtiva que se 
consolidou no pós-guerra: 
• crescimento internacional da produção e da
produtividade;
• presença da indústria como centro que irradia e sinaliza
a evolução dos demais setores da economia;
• liderança dos setores industriais voltados para a
produção em massa de bens de consumo duráveis;
• incremento do comércio internacional;
• crescimento dos mercados internos dos países do
capitalismo central;
• aumento da participação do emprego industrial e nos
serviços (que passam a assumir a lógica industrial);
• queda da participação do emprego agrícola;
• abandono das fontes sólidas de energia, que são
substituídas pelo petróleo.
O paradigma taylorista-fordista
• Nesse período, os princípios tayloristas de organização
do trabalho, introduzidos desde o fim do século XIX,
consolidam-se na indústria e, paulatinamente, se
expandem para o setor de serviços.
• A indústria operava com equipamentos rígidos,
adequados à produção em larga escala e era
provocadora de grande rotatividade da força de trabalho.
Adotava-se um processo de trabalho igualmente rígido,
onde havia uma intensa divisão e fragmentação do
trabalho, com acentuado controle da supervisão,
adequados ao funcionamento de linhas de produção. Os
trabalhadores passavam a exercer tarefas específicas,
fixas, repetitivas e monótonas. Articulada à produção
em massa de produtos de consumo padronizados, a
organização do trabalho fordista se impõe como uma
importante estratégia de racionalização da produção.
Princípios do taylorismo
• Separação entre Concepção e Execução do processo
de trabalho
• Intensificação do trabalho pela sua racionalização
científica, pelo estudo dos tempos e movimentos dos
trabalhadores, eliminando os movimentos inúteis pela
determinação das formas “adequadas” para a
realização do trabalho→ the one best way.
• Controle de tempos e movimentos → fim da porosidade
• Cada tarefa → um posto → recrutamento →melhor
homem para o lugar.
• Estímulo → prêmios por produção.
• Estrutura hierarquizada 
Ford e as linhas de montagem
• Ford amplia a lógica taylorista, aplicando os princípios
tayloristas nas produções em larga escala, instituindo as
linhas de montagem. No fordismo, a obrigação de
respeitar os tempos determinados não está mais ligada
a esquemas de recompensa e prescrição, nem à adoção
dos movimentos “adequados”, mas à velocidade da
esteira. O ritmo de trabalho é deslocado do individual
para o coletivo.
• Arrumados em fila, cada operário executa apenas uma
parcela do trabalho. Os operários não saem do seu
posto de trabalho e a esteira leva o produto. Com a
esteira mecânica, não era mais necessário realizar os
movimentos corretos, mas sim obedecer ao ritmo da
esteira. Assim, eram eliminados os tempos mortos e o
trabalho intensificado. Quanto mais depressa a esteira
se movia, mais intenso era o ritmo de trabalho dos
operários
Características do fordismo: 
• a separação entre concepção e execução se intensifica
• concepção → trabalho qualitativo → fora de linha produção• execução do trabalho – trabalho fragmentado e repetitivo →
desqualificação operária
• salário elevado
• controle e disciplina fabris → para eliminar a autonomia e o tempo
ocioso.
• lotes padronizados
• consumo de massa
• máquinas rígidas
• velocidade e ritmo do trabalho estabelecidos pelas máquinas
• mecanização - produção em larga escala tendo em vista ao
consumo de massas.
• linha de montagem - esteira → fluxo contínuo de peças → redução
de tempos mortos.
• Os trabalhadores tanto no taylorismo quanto no fordismo eram
desqualificados, pois apenas executavam uma parcela do processo
de trabalho. No taylorismo, bastava executar os movimentos
planejados pela gerência, e no fordismo, obedecer o ritmo ditado
pela esteira
O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL
• O padrão de acumulação fordista supunha a presença de um
Estado planejador, regulador do processo de acumulação,
articulador dos interesses conflitantes entre capital e trabalho.
• O Estado de um lado impede que os capitalistas ponham em risco o
próprio sistema com sua ânsia por lucros. Nesse sentido intervem
nos mercados, estabelecendo subsídios, preços mínimos, estoques
reguladores. O Estado contribui para o processo de acumulação
capitalista também quando constrói obras de infra-estrutura para
diminuir os custos da circulação das mercadorias. De outro lado, o
Estado de Bem-estar Social desenvolve uma política de pleno
emprego e políticas sociais (tais como: saúde, habitação, educação,
previdência social , etc) para que a classe trabalhadora tenha
condições de consumir a produção fordista e garantir os lucros.
Essas políticas sociais eram universais, isto é, valiam para todos. O
Estado de bem-estar desenvolvia uma política de pleno emprego e
a redução das desigualdades, através desta rede de serviços
sociais. Ele foi o responsável pela distribuição de benefícios sociais
e criou as condições de possibilidade de universalização dos
direitos sociais de cidadania. Por isso os sindicatos e as classes
trabalhadoras o legitimavam
O ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL
• O Estado realizou de modo sistemático o planejamento
e a administração econômica, de modo a garantir a
reprodução ampliada do capital. A adesão da classe
trabalhadora ao novo projeto político teve como núcleo
central o compromisso estatal com dois aspectos: o
pleno emprego e a redução das desigualdades, obtida
através da rede de serviços sociais gerados pelo Estado
de bem-estar.
• Neste período que se seguiu ao pós-guerra, o Estado de
Bem-estar Social atuou como um regulador e assegurou
um equilíbrio entre os níveis de salário, consumo e
produtividade.
A CRISE DOS ANOS 70
• A realidade do desenvolvimento das economias capitalistas dos
anos dourados foi alterada pela crise que se iniciou nos anos 70. O
dinamismo do padrão de industrialização esgotou-se, os mercados
internacionalizados saturaram-se, cresceu a financeirização da
riqueza produzida, ampliou-se a concorrência intercapitalista, o
processo inflacionário foi iniciado e contatou-se uma retração dos
investimentos. A elevação dos preços do petróleo em 1973 contribui
para a ampliação da crise.
• A globalização e o domínio do capital financeiro predominam no
mundo após os anos 70. O capital financeiro passou a comandar o
sistema. São os bancos que mantêm o domínio do capitalismo.
Esse processo é chamado de financeirização da economia, por
oposição ao processo anterior, onde a indústria predominava
(processo de industrialização).
• Deflagrada pelo esgotamento do bem-sucedido período de
acumulação capitalista, essa crise inaugurou uma nova fase do
capitalismo e determinou profundas transformações em todas as
esferas da vida social.
A INTERPRETAÇÃO NEOLIBERAL DA CRISE
• São muitas as leituras dos processos que demarcaram a
crise.
• Na avaliação do pensamento neoliberal, a promoção do
crescimento por meio da associação das políticas fiscal
e monetária com a concessão de benefícios sociais
desenvolvidos pelo Estado de Bem-Estar Social teria
levado à ampliação de déficits orçamentários que, por
seu turno, acabaram por ampliar a dívida pública,
restringir o investimento privado e provocar processos
inflacionários.
• Em síntese, a obstrução das leis espontâneas dos
mercados imposta pelo corporativismo e pela
intervenção estatal seria a responsável pela inflação,
pelo aumento do desemprego e pelo baixo crescimento
econômico, fenômenos que começam a surgir na
década de 70
Os neoliberais e o combate à crise
• Segundo o receituário neoliberal, a economia só voltaria a crescer
quando fossem abolidos os estímulos e as restrições impostas ao
mercado. Nesse sentido, a cartilha neoliberal recomenda o combate
aos mecanismos de intervenção e defende a eliminação das
barreiras à livre movimentação de capital-dinheiro; a eliminação das
políticas protecionistas às empresas, deixando os mercados de bens
submetido à concorrência global; além da flexibilização das relações
trabalhistas.
• Os neoliberais defendem a reconstituição do mercado, da
competição e do individualismo, como argumentos básicos para as
mudanças realizadas tanto no âmbito da política econômica, quanto
nas políticas sociais.
• Propõem a eliminação da intervenção do Estado na economia, seja
no que diz respeito ao planejamento mais sistemático, seja no que
concerne à sua atuação enquanto produtor direto, através da
desregulamentação das atividades econômicas e da privatização.
O ESTADO NEOLIBERAL
• O pensamento neoliberal, com suas críticas à ineficiência e ao
caráter “desestabilizador” do Estado de bem-estar se torna
hegemônico e sai vitorioso com a eleição dos governos
conservadores, trazendo a necessidade de romper com as antigas
estratégias de condução das políticas econômicas e sociais.
• Busca-se adequar o Estado às exigências impostas pela adoção de
um novo padrão de acumulação e desencadear uma nova etapa de
expansão capitalista, atrelada a um novo ciclo de concentração de
capital. Tratava-se de criar as condições políticas para a realização
deste projeto, mediante a fragilização das organizações
reivindicatórias da classe trabalhadora. Nessa perspectiva, a
destruição das instituições de bem-estar contribuiriam para ampliar
a competição entre os indivíduos e a competitividade das empresas.
• Os anos 80 e 90 são marcados por mudanças no âmbito estatal que
correspondem a alterações de rota na configuração das políticas
sociais desenvolvidas pelos Estados de Bem-estar que se
consolidaram nos países centrais no pós-guerra.
A Acumulação flexível
• A profunda recessão de 1973, exacerbada pelo choque
do petróleo, colocou em movimento um conjunto de
processos que solaparam o compromisso fordista. Em
conseqüência, as décadas de 70 e 80 foram um
conturbado período de reestruturação econômica e de
reajustamento social e político. No espaço social criado
por todas essas oscilações e incertezas, uma série de
novas experiências nos domínios da organização
industrial e da vida social e política começaram tomar
forma. Essas experiências representaram a constituição
de um regime de acumulação inteiramente novo,
associado com um sistema de regulamentação política e
social bem distinta, o Estado Neoliberal. É neste
momento que se inicia a transição do fordismo para o
pós – fordismo, também denominado acumulação
flexível
A Acumulação flexível
• A acumulação flexível é marcada por um confronto direto
com a rigidez do fordismo. Ela se apóia na flexibilidade
dos processos, dos produtos e dos padrões de trabalho e
produção. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de
produção inteiramente novos, novos mercados e elevada
inovação comercial, tecnológica e organizacional. A
acumulação flexível envolve padrões de desenvolvimento
desigual, tanto entre setores como entreregiões
geográficas.
• Importante ressaltar que grandes mudanças tecnológicas
fundamentaram o início do pós – fordismo, sendo a
Terceira Revolução Industrial responsável por diminuir as
distâncias e transformar a organização da produção.

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