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Artigo sobre atividade física e homem na natureza

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A CONDUTA SOCIAL DO SER HUMANO EM RELAÇÃO À NATUREZA
LEMKE, Cláudia Elizandra.¹
MOUSQUER, Mônica.¹
Introdução
	Tendo em vista as discussões trazidas no filme “Última Hora”, onde surgem relatos sobre AFAN,Educação Ambiental, aquecimento global e as consequências da revolução industrial, os avanços dos fenômenos climáticos e suas consequências ambientais; Surge esse texto propiciando acentuar 	ainda mais estas discussões, buscando interagir com o documentário, assim levando o leitor a interagir e a elevar seu pensamento sobre o assunto.
	O diretor do documentário traz à tona a questão do nosso planeta ser o único habitável em todo o universo, levando-se em conta que o ser humano é um processo de todas as transformações ocorridas pelo tempo nos seres vivos e um processo contínuo que acompanha a evolução do planeta. Levando-se em conta à era glacial, as permutações de repteis e peixes, a locomoção em quatro apoios e o surgimento do quinto dedo, o que deu ao ser humano a motricidade fina.
Ingold (1994) em contraponto relata que há indícios e preceitos de que o ser humano seria uma interação divina, onde seu surgimento instaurou-se em como ele é hoje, com bases em seus intelectos e razões. Porém o mesmo autor ainda discute sobre os pressupostos de Darwin, onde o ser humano seria um processo de evoluções continuas ao longo dos séculos. 
Foley apud Ingold (1994) reafirmando a questão da evolução da espécie humana traz que é uma singularidade em relação aos demais seres vivos, pois estes não possuíram as evoluções biológicas fundamentais evidentes no Homo Sapiens. O autor, ainda traz relatos sobre a genética, onde a filogenia teria papéis mais importantes nesta evolução do que os próprios genes, pois seria a partir disso, segundo Darwin em sua teoria da evolução, que a girafa teria adquirido seu pescoço maior, sendo um recurso para obter o consumo de determinada planta;
Porém a evolução, por esta teoria, não daria ainda a explicação sobre o pensamento humano, a fala, já que a linguagem e comunicação por meio dos gestos sempre foi uma forma de comunicação dos animais, justo esta que nos difere dos demais seres. Este pensamento, que faz o homem considerar-se superior dos demais, criando uma individualidade que, ao mesmo tempo, que o ajuda na sua evolução o destrói nesta mesma, em diferentes proporcionalidades. O pensamento que torna o ser humano um individuo egoísta, não se preocupando com os demais seres habitantes do planeta, estes que, direta ou indiretamente fazem o ser humano evoluírem e ser fruto de transformações.
	Levando-se isso em conta surgem os seguintes questionamentos, no documentário pelos cientistas e historiadores, como pra nós que estamos estudando estes aspectos. O ser humano esqueceu se da sua relação com a natureza? O que pensa atualmente o ser humano sobre a natureza? Quais os efeitos do capitalismo e sua relação consumista com o desprezo da natureza pelo ser humano? Como a disciplina atividade física na natureza pode nos ajudar a compreender melhor este processo? Tentando elucidar, estas e demais questões é que se objetiva esse texto, procurando fazer uma relação sobre a evolução do homem e da natureza, assim como apresentar reflexões sobre pequenas situações cotidianas que com o auxilio de todos, podem a vir se tornar grandes feitos para o nosso meio ambiente. 
O ser humano e a natureza
O Homem, apesar de suas constantes evoluções tecnológicas e científicas em busca de uma vida independente, continua ao longo dos anos dependo da natureza em que habita, pois este faz parte da mesma e interage com ela á todo momento, ele é o centro deste elo. O ser humano faz parte da natureza e não há como se interpor a isso.
“[...] o Homem é o centro de todas as coisas, [...] o centro do mundo” (GRÜN, 2007, p. 23), porém devido á isso é que nós precisamos ser conscientizados de que a natureza faz parte de nós, do nosso “mundo”, fazendo-se importante priorizar uma educação cultural sobre o ambiente em que vivemos, e uma conscientização sobre a sua melhoria, como afirma Abreu (2010).
O capitalismo: suas transformações e consequências ao meio ambiente
	
Hoje a economia se faz como principal modo de pensamento e ação do ser humano, deixando-se de lado questões relacionadas á família, bem estar social, a vida e consequentemente a natureza, ao meio onde habita.O ser humano que se difere através desta característica, traz isso como um difusor de vida em sociedade, que segundo Foladori (1999), faz o ser humano estabelecer relações como grupos de classes sociais havendo uma desigualdade social, o que com os animais e demais grupos de seres vivos incorre.
	Tudo isto surgiu a partir da revolução industrial quando houve as grandes máquinas, a produção começa a ser maior e em grande escala e o ser humano deixa de ser a principal mão de obra, dobrando os lucros e produção, houve a descoberta do carvão como meio de produção, a utilização do petróleo e demais questões continuaram surgindo a partir da evolução dos bens de produção e com o “auge” do capitalismo.
Foladori (1999) relata que durante a revolução industrial, a grande intenção era melhoria do capital fixo no mercado, o aumento de produtividade, de exportações, de ganho de bens, tanto para os países que ainda residiam em capitanias hereditárias quanto aos independentes entre si.
	Onde a partir de então a natureza passou a ser um produto, só mais um modo de consumo, onde o ser humano preocupou-se em lutar pelas suas causas em busca do interesse de capital, socioeconômico. Vem o surgimento da descoberta do petróleo e todas as demais brigas advindas sobre ele, onde a política passa a buscar o interesse pelo consumo e deixa de lado seu dever sobre cidadania e manutenção do ambiente.
[...] a Revolução Industrial baseada no uso intensivo de grandes reservas de combustíveis fósseis, abriu caminho para uma expansão inédita da escala das atividades humanas, que pressiona fortemente a base de recursos naturais do planeta. (ROMEIRO, 2001; p.9)
	As defesas surgem em defesa do combustível fóssil, as guerras começam a surgir... O capital é maior que o ser humano já nesta fase, o avanço a tecnologia traz em contraponto um regresso da ecologia, então a natureza contrapondo-se em sua defesa, “ataca” como pode, sendo através de enxurradas, ventos, secas, terremotos, derretimento das geleiras, chuva ácida, etc.
	Além disso, surge também a questão do aumento demográfico, onde com o aumento da população, surge o aumento de necessidades, de sustentação das pessoas, da alimentação, da vestimenta, utilizando-se mais recursos ambientais, isso sem contar com a frequente onda que o capitalismo vem “fazendo” com a população. O consumo excessivo, a lei da oferta e procura, as grandes novidades que surgem a cada momento, as muitas opções fazem o ser humano “descartar” as coisas facilmente sem necessidade, assim como, consumir outras, fazendo com que o consumismo crie uma degradação dos bens da natureza, pois o capitalismo visa o lucro, e como tal precisa produzir cada vez mais, não levando em conta o que degrada com isso. As mercadorias são símbolos culturais fazendo com que as pessoas não consigam se desligar dessa oferta a todo o momento, necessitando de uma conscientização mais profunda sobre o ambiente em que vivemos. 
Aquecimento global e suas consequências
	O Aquecimento global como velho conhecido sobre pontos de discussões atuais, e nem tão atuais advindos dos séculos XIX e XX. Confalonieri (2007) relata que o aquecimento global é mecanismo principal da mudança climática, venha a ter efeitos diretos sobre a fisiologia corporal e o bem- estar humano, por causa da temperatura aumentada, onde há grande incidência de doenças e aumento de padrões de mortalidade, asma, sonolência, dores de cabeça, cânceres, Alzahimer, Parkinson, distúrbios nas crianças.	Isso não deixa de estar correto, porém a maior preocupação do aquecimento global advém de suas consequências climáticas em afetar os processos sociais e ambientais, como por exemplo, os tsunamis,eventos como o furacão Katrina, o efeito estufa, que é o modo com a natureza tem para reagir, em uma resposta, aos maus tratos dos seres humanos.
O Sol é a principal fonte de energia da Terra, os raios solares penetram em nossa atmosfera e se irradiam sobre nosso planeta, é um circuito mágico, segundo o documentário, pois estamos tão próximos do sol ao ponto de sobrevivermos devido á existência dele, o que não acontece com outros planetas, grande parte da energia solar provinda do nosso amigo, fica armazenada na nossa atmosfera como uma espécie de “incubadora”, isto é denominado efeito estufa, onde sem ele a temperatura média da Terra seria de gelados -18º Celsius, tudo isso envolvido num processo de irradiação infravermelha, segundo o documentário.
No entanto há gases que formam nossa atmosfera terrestre que não contribuem para este efeito, são exemplos dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos que absorvem calor e em palavras simples o mantêm aqui, não deixando o “excesso” sair, assim, aumentam as temperaturas atmosféricas, que são os grandes vilões do efeito estufa e acabam causando o aquecimento global, por isso quanto maior a emissão destes gases na atmosfera, maior será o risco de aumento do aquecimento global.
Porém este efeito já se torna irreversível e já não só depende da emissão e não emissão destes gases, pois segundo Lindinger (2010) mesmo que imediatamente reduzíssemos as emissões de carbono, o grau de aquecimento é inevitável, porque, por exemplo, com o derretimento das calotas polares a reflexão da luz solar é menor do que antes, e assim o planeta absorve cada vez mais calor.
Lindinger (2010) ainda nos informa os seguintes dados á respeito do aquecimento global: nos últimos anos, as temperaturas do ar no outono do Ártico têm registrado uma marca recorde de 5 graus Celsius acima do normal, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, o que induz a mudança nos padrões dos ventos podendo significar que os invernos ficaram mais frios na Europa continental. Partes do Norte da Europa e da África Ocidental, provavelmente se tornarão mais úmidas, enquanto outras regiões, como o Mediterrâneo ou a África Central, irão, possivelmente, receber menos chuvas. 
No entanto, o que preocupa não é apenas o aquecimento, e sim quão rapidamente ocorre esse aquecimento, as mudanças climáticas são naturais, dependentes de nossa evolução, porém estas mudanças rápidas, não fazem os animais, a natureza, e até o próprio ser humano conseguir adaptar-se, pois são diferentes das mudanças climáticas evolutivas que eram lentas. Essas mudanças radicais, segundo Lindinger (2010), estão levando a uma perda súbita da biodiversidade, muitas espécies simplesmente não serão capazes de se adaptar com a necessária rapidez.
De acordo com a avaliação mais recente da ONU, 20 a 30% das espécies vegetais e animais do planeta Terra enfrentarão a extinção caso o mundo se aqueça entre 1,5 e 2,5 graus Celsius, até mesmo para nós seres humanos, pois segundo o relatório Tipping Points, elaborado por Allianz e WWF. doze regiões ao redor do mundo poderão ser particularmente afetadas por mudanças, entre elas o polo Norte, a floresta amazônica e a Califórnia. 
Todos esses dados nos levam a refletir sobre o que estamos fazendo com o meio em que vivemos nos levam a entender que o aquecimento global que hoje estamos vivenciando não é uma ocorrência natural e não é provocado por causas naturais, ele é consequência do nosso “mau uso” do planeta, a responsabilidade pelo aquecimento reside nas emissões de carbono produzidas pela humanidade, e o que estamos fazendo para combater isso? Como estamos agindo? Estamos tendo pensamentos conscientes sobre o mundo que criamos?
Ética no meio ambiente
	Ética no meio ambiente seria o desenvolvimento definido como um processo qualitativo e quantitativo que aumenta o padrão de bem-estar, de maneira a não coexistir o sacrifício da sociedade na determinação do equilíbrio social e ambiental (Jenkins, 1998 apud Mata e Cavalcani 2002).
Trata-se da consistência com que se devem questionar os critérios da avaliação econômica para com a preservação das espécies e dos recursos naturais em termos dos custos e dos benefícios. Esses atributos devem ser consistentes com as leis naturais que governam a natureza, a manutenção e a conservação dos recursos naturais, enquanto o desenvolvimento sustentável deve constituir o objetivo fundamental da política macroeconômica, em qualquer sistema de mercado.
A disciplina de atividade física na natureza
	“Atividades na natureza” é definido por Marinho (1999) como as diversas práticas manifestadas, nos mais diferentes locais naturais (terra, água ou ar), cujas características se diferenciam dos esportes tradicionais, tais como as condições de prática, os objetivos, a própria motivação e os meios utilizados para o seu desenvolvimento, além da necessidade de inovadores equipamentos tecnológicos possibilitando uma fluidez entre os praticantes e o meio ambiente.
Conclusão
Todo o texto falou sobre as consequências do aquecimento global, sobre as perdas, sobre questões discutidas pelos cientistas ao longo do documentário, que aqui foram embasados por alguns autores, porém independente de dados, estratégias e tudo mais, o que de importante devemos gravar é que devemos mudar a nossa ideia em relação ao consumo, não devemos ficar presos a ele, devemos viver a nossa “felicidade”, ligar ela a outras coisas e não ao consumo, devemos entender que ética no meio ambiente, se faz todos os dias, quando decidimos fazer algo melhor pro nosso meio, quando separamos um lixo, quando nos preocupamos em mudar nosso curso devido á um animal, quando resgatamos o valor da nossa família.
	Transformar o planeta sustentável faz parte disso, mas para que isso aconteça devemos estar conscientes de que internamente, de que nós mesmos somos sustentáveis, que não consumimos o desnecessários, que cultivamos flores no jardim de casa e que cultivamos o amor pela natureza em nossos corações.
Referencias
ABREU, Marise Jeudy Moura de. Relações entre Educação Ambiental e Educação Física- Um estudo na rede municipal de ensino de Curitiba. Dissertação de Pós Graduação pela Universidade Federal do Paraná. 2010. Disponível em <http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/handle/1884/24927> acessado em 23/03/12
CONFALONIERI, Ulisses. Mudança climática global e saúde. Revista Eletronica de jornalismo cientifica. 2007 Disponível em <http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=22&id=237.&print=true> acessado em 23/03/2012.
FOLADORI, Guillermo. O capitalismo e a crise ambiental. Revista Outubro. V.05. 1999. Disponível em < http://revistaoutubro.com.br/edicoes/05/out5_08.pdf> acessado em 23/03/12.
GRÜN, Mauro. Ética e educação ambiental: a conexão necessária. 11 ed. Campinas, SP: Papirus, 2007
INGOLD, Tim. Humanity and Animality. Companion Encyclopedia of Anthropology, Londres, Routledge p. 32-44 1994. Disponível em <http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_28/rbcs28_05> acessado em 23/03/2012.
LINDINGER, Karin. O que é aquecimento global. 2010. Disponível em <http://sustentabilidade.allianz.com.br/ranking_de_artigos.cfm?119/Definicao-aquecimento-global> acessado em 23/03/2012.
MARINHO, Alcyane. ATIVIDADES NA NATUREZA, LAZER E EDUCAÇÃO AMBIENTAL:REFLETINDO SOBRE ALGUMAS POSSIBILIDADES. Revista Motrivivência. 1999. Disponível em <http://journal.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/viewFile/1184/1919> acessado em 23/03/2012.
MATA,Henrique Tomé de Costa. CAVALCANTI, José E. A. A Ética Ambiental e o Desenvolvimento Sustentável. 2002. Disponível em <http://www.rep.org.br/pdf/85-10.pdf> acessado em 23/03/2012.
ROMEIRO, Ademar Ribeiro. Economia ou economia política da sustentabilidade? Textos para discussão IE- UNICAMP. n. 102. 2001. Disponível em < http://cursa.ihmc.us/rid=1GM431YJX-G9XCVN-S9/economia%20ou%20economia%20da%20pol%C3%ADtica%20da%20sustentabilidade.pdf> acessado em 23/03/12.

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