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Acadêmica: Cláudia Elizandra Lemke
A SOCIEDADE ATUAL, A ESCOLA E A EDUCAÇÃO FÍSICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
Introdução
Dentro das aulas de currículo e planejamento se vem discutindo sobre inúmeras questões que englobam um currículo, dentre elas cabe destacar as questões relacionadas sobre a sociedade e a escola, o papel da escola na formação do aluno e da sociedade, além da função da Educação Física escola neste contexto. Baseando-se nisso, trago neste texto algumas reflexões sobre como a sociedade vem sendo construída pela escola e sendo construtora da mesma, discussões sobre a função social da escola e sobre o papel da educação física como componente curricular no agendamento e mudança da sociedade em que vivemos. 
A escola e a sociedade republicana
Partindo da ideia da grande maioria dos projetos políticos pedagógicos (PPP) das escolas propõe como objetivo geral para o educando, a seguinte expressão “formar um cidadão crítico para atuar na sociedade”, e que esta encontra-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). Refletimos sobre a questão e logo nos deparamos com o pensamento sobre a sociedade em que vivemos, surgindo questionamentos como: em que sociedades vivemos atualmente e qual a escola que ela está construindo ? 
Para compreendermos melhor a relação sociedade e escola, e para tentar elucidar esta questão, buscou-se situar- se na história, na busca de contextos políticos e sociais que formaram as escolas e que englobaram a educação durante anos, e que ainda refletem na atual sociedade. Se nos deparamos com a história da educação ao longo dos anos, buscaremos a comprovação de que a escola vem da sociedade, pois o contexto histórico é que cria a concepção de educação a ser abordada e o contexto social em que a escola é inserida.
 O sistema de ensino que conhecemos hoje teve o seu surgimento na década de 30 quando se começou o movimento em prol da educação para todos, já que anteriormente a educação seria apenas um instrumento utilizado pelos jesuítas para a catequização de indígenas e que seria aprofundada somente pelos mais ricos, geralmente em outros países. Conforme Santos (2003) em 1930 começou a surgir o movimento ‘ Escola Nova’ onde a preocupação centrou-se em escola pública para todos, e de ambos os sexos. O contexto histórico da época, relata um esforço da sociedade pelo nacionalismo, onde criou-se uma política de industrialização interna, buscava-se o afastamento dos ideais socialistas e o conflito de classes, a escola buscou ser um instrumento de higienização e moralização, para manter a “população controlada”.
No período ditatorial, onde, a escola e a consequentemente a educação criou freios, pois ocorreu o fechamento de vários conselhos de educação, onde povo foi obrigado a calar, não era instigado a pensar, e caso isso viesse a ocorrer haveria censura,punições, o povo foi preparado corporalmente e não em outros aspectos, jornais e outros meios públicos de informação que instigavam os brasileiros a pensar, ou eram fechados ou eram fiscalizados e taxados pela censura. O período posterior à ditadura trouxe uma educação com uma herança autoritária em relação às políticas de trabalho, e segundo Ghiraldelli Jr. (2009) o ensino público voltou-se para o ensino das elites, onde seguiam um caminho escolar simples, e logo após poderiam ingressar em algum instituto de educação ou faculdade, porém as classes mais pobres seguiriam do primário aos cursos profissionalizantes, onde só poderia-se cursar faculdade que englobasse o curso profissionalizante. A sociedade nesse contexto, engessava as classes menos favorecidas não permitindo a ascensão social através da escola. 
Posteriormente, a educação teve novos rumos, onde houve a República, e a educação buscou suprir as necessidades de iletramento porém não instaurou um pensamento crítico em seus educandos, onde assim não haveria democracia do mesmo modo, compreendendo que a população não compreendia o contexto social e as possíveis modificações positivas e ou negativas. Mais tarde com o Governo de José Sarney houve algumas melhoras significativas como as escolas públicas com melhores condições para atender a maioria da população e a distribuição de livros didáticos gratuitamente.
No entanto, segundo Ghiraldelli Jr. (2009), logo o ‘plano cruzado’ não conteve a inflação, a educação não teve um equilíbrio, afetando significativamente a educação, investimentos na mesma foram cortados. Mais tarde após Collor assumir e ser deposto, Itamar Franco recebeu a educação e o MEC (Ministério da Educação) com todos os setores destruídos e a educação no país tornou a ter mais um regresso, conforme Ghiraldelli Jr. (2009) afirma.
Ao nos deparamos com esses contextos fica claro, que o principal impulsionador da escola foi o contexto da Revolução Industrial, onde apesar de instruir a hábitos comportamentais e colocar valores morais, foi nesta época que a escola deteve um conhecimento sistematizado, isso segundo Martins (2002), porém a medida que houve o desenvolvimento do capitalismo o conhecimento cientifico passou a assumir uma referencia na educação, a autora relata que o capitalismo então começa a reconhecer a escola, onde a burguesia busca na escola estratégias para garantir a manutenção da acumulação privada de riqueza, e também, um método para comandar o país de forma passiva;
Atualmente vivemos em uma era com avanços tecnológicos e científicos, chamada de pós-modernidade por alguns historiadores, onde a sociedade atual vive fundada por um ideal capitalista, onde os princípios são os mesmos, onde estamos fundados em objetivos transformadores e metodologias tradicionais, onde busca-se o conhecimento a todo instante mas não se dão métodos para como utilizá-lo, a atual população subiu do nível de miséria para a pobreza, mas os índices não indicam que a diferença entre eles seja apenas de R$ 71,00. Segundo Martins (2002) a função central da escola limita-se ao cidadão trabalhador, agora pautados em valores morais que são facilmente manipulados pelo mercado, a ênfase da sociedade tornou-se dominar e consequentemente a da escola.
Para a autora, a o momento cientifico e tecnológico, vem com o intuito de que a população aceite a subordinação do Brasil aos contextos internacionais, questionando-nos sobre voltar a ser colônia? A nova educação, fragmentada em antigas discussões, traz a tona um sentido educativo onde no papel seriamos um grande centro educador e na ação somos cidadãos consumidores, o ensino das competências está aí, porém não se tem feito muito para que sua aplicação seja concreta na escola, o que faz a sociedade girar em torno da formação do cidadão trabalhador não identificado ainda com sua classe e com o dever social de mudança. 
Portanto, a relação escola e sociedade sempre se estabeleceram de maneira onde os interesses de uma pequena maioria dominassem os demais interesses da população, logo após com a vinda do capitalismo, passou-se a dominar com uma falsa ética baseada em princípios morais de ganho e perda, onde institucionalizou-se a escola como maneira de fabricar seres portadores de conhecimentos e não seres conhecedores, onde buscou-se uma política de dominação através do conhecimento, no entanto essa visão de mundo capitalista onde só o consumo e o querer mais interessa deve ser quebrado para que a educação consiga transformar a sociedade no mesmo momento que estes paradigmas só podem ser quebrados quando a educação modificar-se a partir da sociedade.
O que resta a nos educadores, dentro de nossas possíveis possibilidades colocar os educandos a par dessas situações e colocá-los refletir e se tornar seres questionadores em todo este processo, para que mais tarde possamos modificar esse pensamento, voltando a agir com ética, onde o pensamento humano esteja centrado no bem estar da humanidade no conjunto e não somente no seu próprio.
Função social da escola em uma sociedade republicana
Em vista do contexto da sociedade atual, com avanços tecnológicos e científicos, a escola deve buscar acompanharas evoluções, estar conectada e disposta a favorecer o acesso do conhecimento, este pautado nas necessidades da própria sociedade. Portanto, cabe à educação conduzir o aluno para que o mesmo não olhe somente para o seu mundo (família e seus interesses), mas que venha para a política e cidadania englobando o todo, colocando-se a altura dos problemas do seu tempo.
	Resende et al. (1997) cita a função da escola como “o processo de transmissão, sistematização e assimilação de conhecimentos/habilidades produzidos historicamente pela humanidade, de modo a permitir que as novas gerações venham a interagir e intervir na sociedade”( p.27). Nisto, os autores querem ressaltar a ideia de que a escola vem sendo construída historicamente pela própria sociedade que constrói. Neste processo, o grande desafio está em fazer o ambiente da escola favorável ao aprendizado dos alunos, os transformando-os em cidadãos participativos.
	A escola compondo uma ponte do passado com o futuro necessita levar a consciência de que seus alunos são responsáveis pelo futuro, e como tal, devem saber agir e interferir em tudo o que não condiz ao mundo que imaginam, ou idealizam. Para isso ocorrer, a escola deve desenvolver as potencialidades cognitivas, físicas e afetivas dos alunos conforme Libâneo et al. (2005) coloca.
	O desenvolvimento do aluno como um todo é dever da escola, bem como a formação de sujeitos capazes a intervir na sociedade, o desafio no entanto, está em “refazer” a escola, pois esta sempre esteve centrado no conhecimento cognitivo, não propondo ao aluno o pensamento e sim conhecimentos soltos, tornando-os vagos. Essa é a cultura da sociedade escolar, segundo Frigotto (2003). A sociedade tecnológica propõe uma leitura atualizada do mundo, as formas de energias renováveis e não renováveis propõe a escola desenvolver comportamento solidário entre os povos, a escola precisa preocupar-se em oferecer situações onde o aluno compreenda o seu aprendizado, onde as informações que recebe do meio externo possam ser vistas criticamente, visando a autonomia do aluno. É função da escola, reconhecer os problemas do mundo globalizado, lutar pela qualidade no ensino de todos, a construção de um povo solidário, autônomo e criativo capazes de romper a condição subalterna histórica e também de resistir a era de dependência tecnológica, segundo Frigotto (2003).
Para a escola exercer sua função social se faz necessário estar acompanhada de inovações, conciliando conhecimentos técnicos com relações pessoais em seus currículos, e estes estarem pautados dentro de princípios éticos, todas as partes devem estar integradas e dispostas a atingir os objetivos, onde a equipe pedagógica deva dar apoio e suporte aos professores e estes ofereçam condições de aprendizagem para que o aluno exerça o papel de sujeito pensante, o planejamento precisa ser centrado no contexto do educando, onde a família deve estar integrada nas políticas educacionais, precisará haver políticas integrando toda a comunidade. 
O currículo
Para a escola atingir seu papel de desenvolver a personalidade e as potencialidades de seus alunos. O seu currículo escolar se faz importante, sendo que ele deve estar pautado nos objetivos da escola para com o aluno e para com a sociedade, fornecendo condições de autoconhecimento, de crítica, e condições de compreensão e intervenção na sociedade atual. O processo de intervenção educacional necessita “estar pautado em valores de justiça, de tolerância às diferenças, de pluralidade, de liberdade, de fraternidade e de igualdade de condições e oportunidades” (RESENDE et al., 1997; p.28).
Para melhor compreender a questão, devemos deixar claro o que é currículo e o que ele pauta. Dalben (1992) coloca que existem duas dimensões de currículos nas escolas: o formal com conhecimentos e conteúdos específicos e aquele implícito nas relações entre sujeitos e conhecimentos veiculados pela escola. 
A primeira dimensão é pautada na antiga ideia republicana, onde o capitalismo e a burguesia dominam as formas de ensino e a escola, a segunda dimensão, é sobre a função social da escola nessa sociedade republicana, onde o conteúdo deve ser organizado no desenvolvimento dos alunos como um todo, e o currículo escolar necessita pautar as necessidades cotidianas e relações sociais através dos conteúdos construídos historicamente. Portanto é isto que é um currículo, a organização e colocação dos conteúdos produzidos historicamente pela sociedade numa perspectiva de atender as necessidades do aluno em determinado grau.
Educação física enquanto componente curricular na escola
A Educação Física foi inserida no Brasil através da Ginástica e dos seus métodos ginásticos por cerca de 1840. No entanto, quando surgiu no Brasil tinha como único objetivo ser mantenedora de corpos saudáveis.Na escola brasileira, a Educação Física, segundo Darido e Rangel (2005), surgiu como Ginástica e após a reforma Couto Ferraz, com uma preocupação exclusiva sobre exercícios físicos, concepção esta trazida da Europa. No inicio, a preocupação central da área foi sobre os aspectos higienista e militarista onde a preocupação central era com os hábitos de higiene e a o desenvolvimento físico através dos exercícios, assim como, objetivos vinculados a guerra e surgindo então a seleção de indivíduos mais aptos.
Em 1961 com a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1ª LBD) que objetiva para a Educação Física, conforme Arantes (2008), uma recreação em diversos aspectos. Foi nesta época que houve o golpe militar, onde os generais começaram a utilizar a escola como propaganda para o regime, e com o então sucesso do Brasil nas Copas do Mundo de 1958 e 1962, houve a relação da Educação Física com o esporte, principalmente com o futebol.
Dez anos depois da LDB. Nº 4224/61 surgiu à segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 5692, onde as disciplinas de Educação Artística, Inglês e Educação Física não ocasionavam reprovação exceto por faltas.
Atualmente o currículo escolar está organizado sobre a terceira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LBD. Nº 9394, onde a Educação Física, exposta no artigo 26 deve ser “integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos” (São Paulo; SE/CENP 1985; 79 apud Arantes 2008).A partir da Nova LDB, a Educação Física mudou, ela passou a ser considerado um componente curricular como outro qualquer e partindo disso,contemplar múltiplos conhecimentos a respeito do corpo e do movimento, conhecimentos estes que foram produzidos e usufruídos pela sociedade.O corpo é a expressão da cultura; gestos e movimentos corporais são criados e recriados pela cultura, e podem ser transmitidos através das gerações. 
Especificidade da educação física ( função e conhecimentos)
Partindo-se da ideia de que a escola, a sua função é, formar um cidadão fundamentado no conhecimento histórico acumulado e fazê-lo refletir sobre suas ações na sociedade, a Educação Física ao tratar das atividades físicas e da cultura corporal do movimento dentro da escola, é responsável por um conhecimento do corpo e de suas manifestações culturais, bem como, a utilização destes conhecimentos e a reflexão deles e intervenção na sociedade. A área é responsável por “introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduz-la e transformá-la...” (BETTI e ZULIANI, 2002; p.75).
	Para os PCN’s o dever da Educação Física conta em formar cidadãos autônomos, respeitosos a partir de atividades corporais, além do conhecimento da pluralidade das manifestações culturais. No entanto, atualmente, tem se tem observado com a “excessiva” ênfase no desenvolvimento e na aprendizagem de habilidades esportivas dos programas de Educação Física, o que não condiz com os objetivos propostos pela área e nem pela escola e sua função social. Nesta propostas estamos ensinando apenas osalunos corporalmente e deixando de lado seus pensamentos, expressões críticas, sendo que há exclusão dos menos habilidosos , o que geralmente representa a maioria dos alunos, o que intrinsecamente volta a luta dos menos favorecidos aos mais favorecidos, onde gera a luta do capitalismo.
	Não é essa a especificidade da área, originalmente a Educação Física esteve proposta em preparar o caráter através do corpo, porém atualmente sua especificidade esta organizada em torno da reflexão sobre a cultura corporal e de como o aluno pode adquirir isso através dos conteúdos. Rangel- Betti (1999) relata que os conteúdos da educação física não mudam, sendo eles: o jogo, esporte, ginástica, dança e lutas, porém o que se modifica são as formas de concebê-lo e ensiná-los.
	A partir desses conteúdos a área tem a função e responsabilidade de formar um cidadão capaz de posicionar-se criticamente diante das novas formas da cultura corporal de movimento, independente de como as práticas são expostas, a área deve compreender os mais diversos tipos de conhecimentos, encaixando o coneitual, o atitudinal e a prática, pois os saberes que se adquirem em uma são diferentes em outras. Portanto, a Educação Física, como componente curricular responsável pela cultura corporal do movimento, tem o dever de “possibilitar os alunos a vivencia sistematizada de conhecimentos/ habilidades da cultura corporal, balizada por uma postura reflexiva...” (RESENDE et al., 1997; p.28).
Conclusão
Em vista dos fatos discutidos acima, concluiu-se que a realidade pela qual a escola se formou durante os anos é que nos faz pautado nesta ideia onde os burgueses merecem algo mais do que outros pontos da sociedade, e que o capitalismo encontra-se nessa busca quando se encaixa junto a educação, sendo que procura sempre possibilitar as classes mais favorecidas a ideia de domínio da sociedade através da educação pública um tanto mais “porca”. Cabendo então, para a escola uma reflexão sobre esse movimento, e o auxilio para que seus alunos possam “lidar” com esta sociedade e tenham subsídios suficientes para que possa haver uma mudança.
Sendo função da escola, formar cidadãos aptos ao seus exercícios de cidadania, incluindo-se nisto, a busca constante por melhores condições de vida e de estudo, ensino, melhores condições para suas famílias e melhor posição para um pais que necessita de crescimento. Essa reflexão que cabe para que não sejamos dominados por potências internacionais e que para que não haja exploração do produto interno, ou seja, a mão de obra dos trabalhadores brasileiros.
A educação física no meio deste movimento, e como componente do currículo escolar, deve através das reflexões sobre o corpo, a nossa cultura corporal do movimento intervir de forma inteligente,para que os alunos que passam pela área, estejam atentos á padrões de belezas estipulados pela mídia, bem como tenham consciência de como ter saúde, e não depender postos de saúde para tratamento de doenças, mas sim que tenham conhecimentos de subsídios de não criação de doenças; A educação física necessita criar consciência nos alunos para que quando ocorram grandes eventos esportivas, eles saibam criticar, ajudar, organizar e refletir da melhor forma possível o seu pensamento sobre formas de intervenção positiva da sua comunidade, na sociedade em geral.Portanto, neste texto, buscou-se a reflexão sobre estas questões ao máximo, bem como a exposição de opiniões sobre a função social da escola e da educação física como componente curricular da mesma.
Referencias
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BETTI, I.C.R.; Educação Física Escolar: olhares sobre o tempo. Revista Motriz, v.5,n.1,1999.
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GHIRALDELLI Jr, Paulo. História da Educação Brasileira. 4º Ed; São Paulo, Cortez, 2009.
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LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, Adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 5ª Ed.São Paulo, Cortez, 2001.
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RESENDE, Helder Guerra de, et al. Elementos Construtivos de uma proposta curricular para o ensino-aprendizagem da educação física na escola: um estudo de caso.Revista Perspectivas em Educação Física. V.1, n.1,p.26-35. 1997. Disponível em <http://www.lisane.pro.br/Disciplinas/Pratica3/Material/Artigos/constituintes_curricular.pdf> acessado em 12/03/12.
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