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Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia *Microbiologia Especial Profa. Patrícia da Silva Nascente 2014 Microrganismos Vírus Bactérias Fungos Procariontes Eucariontes Virus *Bactérias causadoras de doenças importantes na odontologia COCOS GRAM POSITIVOS Arranjo ESTREEPTOCOCOS ESTAFILOCOCOS Streptococcus sp. Staphylococcus sp. COCOS GRAM POSITIVOS DIPLOOCOCOS Enterococcus sp. Arranjo COCOS GRAM POSITIVOS COCOS GRAM POSITIVOS Bioquímica Prova da Catalase H2O2 H2O + O2 COCOS GRAM POSITIVOS Bioquímica Streptococcus sp. Staphylococcus sp. O gênero Staphylococcus atualmente inclui mais de 30 espécies sendo que 16 são encontradas em espécimes clínicos humanos. As espécies de maior interesse para o homem são: Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Staphylococcus saprophyticus COCOS GRAM POSITIVOS Gênero Staphylococcus *Outras espécies de importância emergente incluem: S. hominis, S. haemolyticus, S. warneri, S. capitis, S. saccharolyticus, S. auricularis, S. simulans, S. xylosus, S. lugdunensis COCOS GRAM POSITIVOS Gênero Staphylococcus *Características macro e micromorfológicas: Cocos Gram-positivos (0,1-1um de diâmetro), que se organizam em cachos Colônias brancas ou douradas Gênero Staphylococcus COCOS GRAM POSITIVOS * Vários planos de divisão celular *Características macro e micromorfológicas: Arranjo Estafilococo COCOS GRAM POSITIVOS Gênero Staphylococcus Prova da Coagulase Negativa Positiva Gênero Staphylococcus Características bioquímicas: COCOS GRAM POSITIVOS Staphylococcus aureus Staphylococcus intermedius Staphylococcus hycus COCOS GRAM POSITIVOS Gênero Staphylococcus Coagulase + *Capacidade de crescimento em 10% de sal; *Resistência ao calor: 18 – 40°C; *Longos períodos no ambiente. Resistência X Infecção hospitalar Staphylococcus aureus COCOS GRAM POSITIVOS São encontrados em várias partes do corpo, como fossas nasais, garganta, intestinos e pele. Principal fonte de infecção são as lesões humanas, fômites contaminados, vias aéreas e a pele. 20% da população normal é portadora permanente de S.aureus; grupos mais propensos a colonização: pessoal hospitalar (colonização atinge 90% dos indivíduos) EPIDEMIOLOGIA CÁPSULA PEPTIDIOGLICANO PROTEÍNA A ÁCIDO TEICÓICO ADESINAS ENZIMAS TOXINAS Parede celular FATORES DE VIRULÊNCIA Staphylococcus aureus Cápsula (só visualizada em M.E.) Proteína A Parede Celular FATORES DE VIRULÊNCIA Staphylococcus aureus E st ru tu ra is S e c re ta d o s Toxina do choque tóxico Toxina esfoliatina Enterotoxinas Hialuronidase estafilolisina, leucocidina, leucotoxina, coagulase Fator de patogenicidade X Curva de crescimento Adesinas – Fase log Toxinas – fase estacionária FATORES DE VIRULÊNCIA Staphylococcus aureus *Coagulase *Catalase *Desoxirribonucleases-DNase *Hialuronidase *Lipase *Proteases *Betalactamase *Estafiloquinase ou fibrinolisina ENZIMAS EXTRACELULARES Staphylococcus aureus • ESPECIFICIDADE: - Citotoxinas - Neurotoxinas - Enterotoxinas Fase estacionária EXOTOXINAS - Infecções superficiais (abscessos cutâneos e infecções de feridas) - Infecções sistêmicas (oesteomielite, miosite, endocardite, pneumonia e septicemia) - Quadros tóxicos (síndrome do choque tóxico; síndrome da pele escaldada e a intoxicação alimentar) PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR Staphylococcus sp. * *Defeito na quimiotaxia *Defeito nos PMN: defeito na fagocitose Lesões supurativas Abscessos Bacteremia * • Foliculite - infecção do folículo piloso • Terçol - infecção da glândula sebácea palpebral • Furúnculo - Infecção de pele ou mucosa com envolvimento do tecido subcutâneo • Carbúnculo - furúnculo com vários sítios de drenagem • Infecções de feridas - após cirurgias ou traumatismo pela introdução de microrganismos que colonizam a pele * FURÚNCULO FOLICULITE IMPETIGO ECTIMA *Impetigo bolhoso Lesões vesiculares sobre toda a superfície da pele; febre, mais comum em crianças Cerca de dois terços dos casos ocorrem antes dos 2 anos de idade, tendo-se verificado um aumento da sua incidência nos últimos anos. Síndrome da pele escaldada estafilocócica * Síndrome da pele escaldada estafilocócica * Sindrome do choque tóxico • Fatores predisponentes: lesão cutânea infectada, diabetes, uso de corticóide, desnutrição, insuficiência renal. • Microrganismos chegam ao pulmão: - via brônquica (aspiração de VA); - via hemática (foco séptico - ex. pele) • Microrganismos necrosante (toxinas e enzimas): abscessos. • Doença aguda, rápida evolução, febre calafrios, dor torácica, expectoração purulenta e dispnéia. Pneumonia ESTAFILOCÓCICA * *Superadas as barreiras de defesa, os pneumococos atingem os alvéolos progredindo para uma pneumonia multilobar. *Como são resistentes a fagocitose pelos macrófagos, induzem resposta inflamatória que prejudica as funções pulmonares *Podem surgir enfisema ou ainda infecções em outros órgãos causando pericardite, endocardite e meningite. Pneumonia ESTAFILOCÓCICA * • Toxinfecção Alimentar: – quadro clínico manifesta-se após 1-6 horas; – resolve em 24-48h. –toxina atua no TGI aumentando a peristaltismo. Todos os alimentos que requeiram grande manipulação e que não atingem a temperatura adequada de cocção (acima de 60ºC) Alimentos Associados - Penetra o intestino... Circulação... Dano as células; - Inibição da absorção de água pelas células intestinais; - Estimulação neural do centro do vômito; - Dor abdominal, vômito e diarréia. Consequências -Sinais: 1-6 horas após ingestão; -Sem febre; -Sinais persistem por 8 horas após início; -Não confere imunidade. Consequências *Cultivo Consequências *Microscopia Diagnóstico Laboratorial *Prova da catalase Prova da cosgulase Diagnóstico Laboratorial SUSCETIBILIDADE DO S. aureus AOS ANTIBACTERIANOS Frente aos beta-lactâmicos: Resistência mediada por beta-lactamases: codificada por plasmídeos Beta-lactâmicos mais estáveis: Meticilina, nafcilina, oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina. As cefalosporinas apresentam estabilidade variável. Resistência intrínsica: resistência a meticilina ou oxacilina, o que indica também resistência as cefalosporinas COCOS GRAM POSITIVOS COCOS GRAM POSITIVOS COCOS GRAM POSITIVOS Bioquímica Streptococcus sp. Staphylococcus sp. CARACTERÍSTICAS GERAIS catalase negativa; Algumas espécies fazem parte da microbiota normal da pele e membranas mucosas, já outras são sempre patogênicas. Streptococcus sp. COCOS GRAM POSITIVOS NECESSIDADES NUTRICIONAIS As necessidades nutricionais destes microrganismos são complexas, exigindo o uso de meios de cultura enriquecidos com sangue ou com soro para o seu isolamento. Microrganismos fastidiosos!!! Streptococcus sp. - Geralmente dispostos em pares ou cadeias.- A maioria das espécies é constituída por anaeróbios facultativos ou microaerofilos. - Algumas espécies crescem apenas em condições atmosféricas que variam desde estritamente anaeróbias a capnofílicas. Streptococcus sp. Espécies de importância Médica mais relevantes: -Streptococcus agalactiae -Streptococcus pyogenes -Streptococcus pneumoniae Streptococcus sp. Classificação - Hemólise no ágar sangue: - Alfa hemolíticas (α) - Beta hemolitícas (β) - Gama hemolíticas (γ) Streptococcus sp. Streptococcus sp. Fatores de virulência • Cápsula: protege contra a fagocitose e reconhecimento pelo sistema imunitário; • Proteína M: são importantes na aderência da bactéria ao meio, inibem a fagocitose; • Estreptolisinas S e O destroem as membranas de eritrócitos e outras células; • Exotoxinas pirogenicas; • Proteína F: dá aderência ao meio, impedindo-a de ser arrastada facilmente; • Hialuronidase: permitem degradar o meio extracelular, composto de ácido hialurónico e mais rápida invasão dos tecidos. Fatores de virulência M, S, O, F * Infecções superficiais causadas por Streptococcus pyogenes *Faringo-amigdalites: Faringite Estreptocócica *responsável por mais de 90% das faringo-amigdalites bacterianas em crianças de 5-10 anos. * Caracterizam-se por edema, eritema localizado acompanhado de dor e adenopatia cervical. *Podem originar infecções supurativas em outros órgãos e tecidos como sinusites e otites *Como seqüelas não-supurativas podem ocorrer Febre Reumática ou Glomerulonefrite. - Infecção aguda da orofaringe; - Disseminação ao ouvido médio e seios nasais. * Infecções superficiais causadas por Streptococcus pyogenes A doença é caracterizada por um curto período de incubação (2 a 3 dias), febre alta (39 a 40ºC), calafrio, dor de cabeça e, frequentemente, vômitos. As tonsilas ficam avermelhadas podendo apresentar exudado supurativo e os nódulos linfáticos cervicais aumentam de tamanho tornando-se doloridos. * Infecções superficiais causadas por Streptococcus pyogenes *Piodermites * Impetigo. * lesão eritematosa tornando-se recoberta por crosta espessa. * S. pyogenes penetra na pele através de lesões causadas por traumas, picadas de insetos, ou por dermatoses. * Pode estar ou não associado ao S. aureus * Ectima * variedade de impetigo * vesículas que evoluem para vesícula-pústula que se transforma em úlcera rasa recoberta por crostas rígidas espessas, aderentes e de cor castanha. IMPETIGO ECTIMA * Infecções superficiais causadas por Streptococcus pyogenes *Erisipela *Streptococcus pyogenes penetra por uma solução de continuidade da pele *placa eritematosa edemaciada, quente, dolorosa e brilhante. * Atinge mais os membros inferiores. * Infecções superficiais causadas por Streptococcus pyogenes *Escarlatina *Presença de exantema cutâneo, resultante das alterações capilares promovidas pela Exotoxina Pirogênica *O exantema ocorre nas primeiras 24h, após, declina. *Clinicamente a escarlatina pode ser leve (só exantema) ou grave com insuficiência cardíaca, renal, respiratória, icterícia, CIVD (Coagulação intravascular disseminada) e choque. * Infecções superficiais causadas por Streptococcus pyogenes *Fasciíte Necrosante * Infecção profunda do tecido subcutâneo e disseminada ao longo dos planos fasciais; *caracterizada por extensa destruição do músculo e gordura; *há evidência de celulite e formação de bolhas; há gangrena e sintomas sistêmicos; * a doença se caracteriza por toxicidade sistêmica, falência de múltiplos órgãos e óbito (mortalidade > 50%). *Diferente da celulite que pode ser tratada com antibioticoterapia, a fasciíte requer debridamento cirúrgico de tecidos não viáveis. * Infecções superficiais causadas por Streptococcus pyogenes Meningite – Inúmeras causas: • Substâncias venenosas • Ingestão ou administração de drogas • Reação à vacina • Patógeno (vírus, bactéria, fungo ou protozoário) * Infecções sistemicas causadas por Streptococcus pneumoneae * Infecções sistemicas causadas por Streptococcus pneumoneae Fisiopatologia A infecção pode atingir a meninge por 3 mecanismos básicos: 1) Via hematogênica: primária ou secundária a foco de infecção à distância (infecção de pele, pulmão, coração, trato intestinal e geniturinário); 2) Infecção adjcente às meninges: faringite, sinusite, otite média. 3) Solução de continuidade: traumatismo craniano, infecção dos ossos. Didaticamente, verificam-se: A)Em recém-nascidos (RN) e lactentes até 3 meses de vida, predominam em ordem crescente: - Streptococcus agalactiae • Listeria monocytogenes • Escherichia coli e Salmonela sp. • Streptococcus pneumoniae (pneumococo). Etiologia B) Dos 4 meses até os 5 anos de idade: • Haemophilus influenza tipo b, • Neisseria meningitidis (meningococo) • Streptococcus pneumoniae C) Dos 5 anos até a idade adulta predominam: • Streptococcus pneumoniae • Neisseria meningitides, o qual ocupa o primeiro lugar em períodos de epidemia. *Um dos principais patógenos humanos. *Pneumonias, meningites, sinusites e otites médias. *Em todo o mundo: 5 milhões de mortes anuais em crianças. * Infecções sistemicas causadas por Streptococcus pneumoneae Fatores de Virulência Efeito biológico Capsula polissacarídica Inibe lise – sobrevivência no sangue IgA Quebra IgA Proteína A de superfície Ligação nas células epiteliais Streptococcus pneumoniae COCOS GRAM POSITIVOS COCOS GRAM POSITIVOS Bioquímica Streptococcus sp. Enterococcus sp. Staphylococcus sp. * *12 espécies bem definidas: E.avium, E.maldoratus, E.raffinosus, E.pseudoavium, E.faecalis, E.solitarius, E.faecium, E.casseliflavus, E.mundii, E.gallinarum, E.durans, E.hirae, E.faecalis (variante). *maioria dos isolados são E. faecalis (90%) e E. faecium (5-10%). *Fazem parte da microbiota normal do intestino e também encontrados no trato genitourinário. Arranjo • Crescem bem em agar-sangue; • São diplococos, ou formam curtas cadeias. • A identificação é baseada no crescimento em caldo com NaCl 6,5%; • Crescimento na faixa de 10-45°C. ENTEROCOCCUS spp. * *Colonizam cateteres intravenosos ou urinários e pacientes que ficaram hospitalizados por tempo prolongado, *grande capacidade de tornarem-se resistentes a muitos (às vezes a todos) os antimicrobianos, *podem causar bacteremia seguida de endocardite, com elevadas taxas de mortalidade, *causas freqüentes de infecções hospitalares (10%). COCOS GRAM NEGATIVOS Espécies colonizadoras das mucosas da orofaringe, nasofaringe e anogenital. Neisseria spp. • Cocos gram-negativos • formando os diplococos • aeróbias, imóveis Características do gênero Neisseria spp. • não esporuladas • presença de pili • oxidase + • resistência natural à vancomicina e à polimixina Catalase + Características do gênero Neisseria spp. Prova da Catalase H2O2 H2O + O2 Características do gênero Neisseria spp. Fatores de Virulência Efeito biológico Capsula Inibe fagocitose Pili Ligação ao tecido - colonização Proteína Por Impede fagocitose Proteína OPA Ligação firme as células Proteína Rmp Proteção contra anticorpos Proteínade ligação a transferrina, lactoferrina e hemoglobina Aquisição de ferro Lipoligossacarídeos Endotoxina IgA Quebra IgA Neisseria spp. Espécies: N. meningitidis N. gonorrhoeae N. lactmica N.sicca N. flava N. subflava N. flavescens N. mucosa N. cinerea Espécies do gênero Neisseria spp. • Microbiota humana (portador subclínico); • Infecções nasofaríngeas e meninges; • Alta mortalidade; • Meningococcemia: • Sequelas: surdez, artrite, neurológicas. Pode causar pneumonia Meningococo Portador por semana a meses. E ocorre em 5 A 15% da população. N. meningitidis Patogenese Meningite meningocócica 1- Aderências das bactérias da N. meningitidis no epitélio e colonização; Mediada por Receptor de superfície celular humana 2- Entrada da bactéria na célula epitelial através de endocitose e passagem a corrente sanguinea; 3- Na meningite: invasão das meninges. * Início abrupto com febre e cefaléia *Rigidez da nuca; Vômitos Meningite meningocócica Meningococcemia é fatal Manifestação Clínica Meningococemia • Disseminação: perdigotos Meningococemia Meningococemia Pode ocorrer com ou sem meningite. DST Gonococo • Diplococos Gram negativos • Fastidiosas exigências de crescimento • Cresce melhor de 35 a 37o C em atmosfera úmida suplementada com CO2 • Oxidase e catalase positivos. N. gonorroheae • Transmissão: sexo vaginal, anal ou oral. • • Sintomas: • HOMEM: quadro infeccioso mais aparente, caracterizado pela uretrite, com odor e ardor ao urinar • MULHERES: mais frequentemente assintomática. • Quando não tratada pode acometer próstata, vesículas seminais, epidídimos, pele, articulações, endocárdio, fígado, meninges. Gonorreia 1- Aderências das bactérias da N. gonorrhoeae às microvilosidades do epitélio não ciliado; 2- Entrada da bactéria na célula epitelial através de endocitose Capta ferro para o processo de invasão. OMP ou Por. 3- Chega no tecido subepitelial e continua proliferando: Causa danos teciduais Desencadeia processo inflamatório. Patogenese Gonorreia Uma das doenças mais freqüentes de transmissão sexual; • Pico de incidência: 15-24 anos; • Mulheres 50% risco adquirir a infecção; homem 20%. Gonorreia Doença no homem Doença na mulher (assintomática) Ambos sexos: Uretrite Epididimite Abscesso uretral Cervicite Salpingite Bartolinite Canal anal, Faringite Conjuntivite, lesões cutâneas Artrites, septicemias Gonorreia Controle e Prevenção • Hospedeiro: homem; • 10% de homens e 40% das mulheres podem ser portadores assintomáticos; • Estender o tratamento aos parceiros: penicilina e tetraciclina; • Não há vacinas; • Uso de preservativo; • Período de incubação de 2-7 dias, mas a grande maioria das pessoas infectadas (até 80%) não apresentam sintomas agudos da doença. Gonorreia Bordetella sp. Bordetella sp. • Cocobacilo Gram negativo • Aeróbia estrita • Imóvel • Encapsulado • Endo e exotoxina Fatores de virulência: Adesinas e toxinas Macro e micromorfologia - Muito sensíveis à secagem; - Incubação 7 dias. Bordetella sp. Ocorre no homem e animais; Coloniza as células ciliadas do trato respiratorio (fímbrias); Espécies responsáveis por doença no homem: Espécies: Bordetella pertussis (Coqueluche) Bordetella bronchiseptica Bordetella parapertussis Bordetella sp. Bordetella sp. * Bordetella pertussis: A coqueluche Patogenia: Multiplicação bacteriana nas microvilosidades do epitélio ciliado respiratório. - Necrose local; - Paralisia ciliar com acúmulo de células mortas e muco, gerando obstrução bronquiolar a atelectasia Causa anóxia e congestão venosa no SNC causando edema, hemorragias, convulsões e encefalopatias e morte. Sintomas: 3 fases 1°) Fase Catarral: 7-14 dias. Sintomas inespecíficos com anorexia, calafrios, febrícola e tosse seca. 2°) Fase Paroxística: 4 semanas. Tosse “explode” a noite. 3°) Fase: Convalescença Complicações: pneumonia intersticial, broncopneumonia, atelectasia, enfisema pulmonar, otite, hérnia umbilical, prolapso do reto. * Bordetella pertussis: A coqueluche Doença pediátrica • Reduzida incidência nos países com vacinação obrigatória. Epidemiologia 5 milhões de óbitos em crianças abaixo de 5 anos, sendo que em 70% dos casos são causados por pneumonia. Terceira causa de mortalidade infantil. * Bordetella pertussis: A coqueluche VACINAÇÃO Não confere imunidade duradoura, mas reduz a morbidade e gravidade. * Bordetella pertussis: A coqueluche Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia Profa. Patrícia da Silva Nascente Bactérias Ácido Álcool Resistente Parede celular Citologia Recapitulando. .. Gram positivas 90% da parede é composta por peptideoglicano; Mais espessa e mais simples! Citologia Gram negativas Até 50% da parede é composta por peptideoglicano; Mais complexa! Citologia Cocos gram negativos Cocos gram positivos Citologia Bacilos gram negativos Bacilos gram positivos Citologia BACILOS GRAM-POSITIVOS? BACILOS GRAM-NEGATIVOS? Gênero Mycobacterium Citoplasma Peptidoglicano Micosídeos Arabinogalactanas Ácidos micólicos Peptídeos • Ácidos micólicos e ceras Características Bacilo Ácido – Álcool Resistente Características do agente Quantidade e variedade de lipídios na parede: 60% = ácidos graxos de cadeia longa: ácidos micólicos. Esfregaço corado pela Fucsina; Descorado com álcool e ácido clorídrico; Corado com azul de metileno; Coram com FUCSINA: BAAR Bacilo Ácido – Álcool Resistente Família Mycobacteriaceae Gênero Mycobacterium Mycobacterium bovis M. tuberculosis M. avium M. johnei M. leprae Mycobacterium sp. Características Bacilos finos retos ou ligeiramente encurvados Imóveis Não formam esporos Alcool-ácido resistentes Aeróbios Mycobacterium sp. Mycobacterium sp. Mycobacterium bovis M. tuberculosis Características Crescimento lento... Lipídios da parede!!! Intracelulares facultativos Sensíveis a TºC Resistentes no ambiente até 1 ano. Mycobacterium sp. Robert Koch Mycobacterium sp. Sindromes clínicas • Inalação de aerossóis infecciosos; propagação para vias aéreas. • Bactérias penetram nos macrófagos alveolares; resistem a fagocitose e continuam replicação intracelular, o que constitui o seu principal mecanismo de virulência. • Nos macrófagos podem ser destruídos ou se disseminam aos linfonodos locais, corrente sangüínea e outros tecidos (medula óssea, baço, rins, SNC). Tuberculose Bacilo de Koch, BK Transmissão Mycobacterium sp. Tuberculose • Foco pulmonar primário • 5% dos pacientes expostos evoluem para doença ativa dentro de 2 anos; • 5 a 10% desenvolvem a doença posteriormente. • PacientesHIV: – doença aparece antes do surgimento de outras infecções oportunistas – tem 2x mais probabilidade de sofrer disseminação – pode evoluir rapidamente para a morte. • Queixa de mal - estar, perda de peso, tosse e sudorese noturna. • Produção de escarro pode ser escassa ou sanguinolenta e purulenta. Perdigotos Vias aéreas superiores alvéolos infecção respiratória vários órgãos Patogenia da tuberculose inalação disseminação Mycobacterium sp. Infecção Primária Reativação A reativação é produzida por bacilos que sobreviveram a infecção primária. É caracterizada por lesões teciduais crônicas, formação de tubérculos, caseificação e fibrose. Patogenia Mycobacterium sp. Os fagócitos conseguem destruir completamente os microorganismos: não há lesão. “resistência natural à infecção bacteriana“ os bacilos sobrevivem dentro dos fagócitos os macrófagos morrem e libertam os bacilos formando um centro caseoso denominado tubérculo ou granuloma: "lesão da primo-infecção de tuberculose" com a resposta imunológica, pode ocorrer disseminação hematogénea do bacilo. Mycobacterium sp. Patogenese os bacilos continuam vivos nos tecidos, presumivelmente não se multiplicam já que o ambiente caseoso não é propício para isso: “estado latente“ quando a imunidade está baixa, o centro do tubérculo pode liquefazer-se, formando cavidades cheias de ar nos quais os bacilos se multiplicam de forma extracelular. As cavidades ao encher podem romper o tubérculo levando ao espalhamento dos bacilos nos bronquíolos, por todo o pulmão e finalmente para outros pontos de organismo ( rins, intestino, osso...). Somente as gotículas menores (1-5mm) com 1 a 3 bacilos alcançam os alvéolos já que as gotículas de maior dimensão ficam retidas nas vias aéreas superiores e são removidas por um mecanismo de limpeza mucociliar. Mycobacterium sp. A produção e o desenvolvimento de lesões e a sua cicatrização ou progressão são determinados por: Número de micobactérias no inóculo e sua capacidade de multiplicação X Resistência e hipersensibilidade do hospedeiro Patogenia Mycobacterium sp. Transmissão Mycobacterium sp. Fatores predisponentes para a doença • Infecção por HIV • Uso de drogas • Infecção recente ou latente • Diabetes mellitus • Terapias imunossupressoras • Doenças hematológicas • Baixo peso Mycobacterium sp. Sintomas Mycobacterium sp. Diagnóstico: • Sintomatologia (Febre, tosse, sudorese, fadiga) A tosse é intensa e prolongada por três ou mais semanas; Há dor no peito e hemoptise. • Exames laboratoriais: Raio – X Baciloscopia Cultura do escarro Teste de Mantoux - tuberculinização Mycobacterium sp. Teste tuberculínico (PPD): Teste de Mantoux Mycobacterium sp. Mycobacterium sp. Raio X * *As chances de isolamento aumentam quando são coletadas amostras respiratórias pela manhã, durante 3 dias consecutivos; *Amostras de escarro devem ser previamente tratadas com descontaminates; *Culturas em ágar necessitam um período longo de incubação (3-4 semanas); *Culturas em caldo permitem o crescimento rápido da maioria das micobactérias (10-14 dias) Reação a agentes físicos e químicos São mais resistentes a agentes químicos de que outras bactérias. Os corantes e os agentes antibacterianos não inibem o crescimento dos bacilos da tuberculose. Os bacilos são resistentes ao ressecamento e sobrevivem por longos períodos em escarro seco. Controle Mycobacterium sp. As fontes mais importante de infecção para o ser humano, são principalmente vias aéreas e ingestão. O risco é influenciado pela idade, desnutrição, estado imunológico, por doenças concomitantes e por outros fatores de resistência do hospedeiro. Epidemiologia Mycobacterium sp. Imunização (BCG). A erradicação da tuberculose no gado bovino e a pasteurização do leite. Epidemiologia Mycobacterium sp. Vacinação: Eficácia – 0 a 80% Novas vacinas: • Prevenção da infecção primária • Prevenção da reativação Novos Desafios Mycobacterium sp. • Profissionais de Saúde: • Estímulo ao uso de EPI • Cursos educacionais Mycobacterium sp. Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia Profa. Patrícia da Silva Nascente Bactérias Ácido Álcool Resistente Citoplasma Peptidoglicano Micosídeos Arabinogalactanas Ácidos micólicos Peptídeos • Ácidos micólicos e ceras - Bacilos longo, fino, imóvel, não forma esporos; - Aeróbio estrito; - Bacilo Álcool-Ácido Resistentes (BAAR): Técnica de coloração Ziehl-Neelsen Mycobacterium leprae - Temperatura ótima de crescimento: 30oC - Resistente ao ressecamento; - Cresce lentamente – tempo geração: 8-24h - Não cresce em cultura; - Infecção intracelular. Mycobacterium leprae Conceito: Doença infecciosa crônica granulomatosa dos nervos periféricos e da pele. Agente etiológico: Mycobacterium leprae Epidemiologia: Mundial, mais de 15 milhões de casos/ano (Ásia, África e América do Sul). Características: M. leprae tem baixa infectividade. Secreções nasais e lesões cutâneas. Acomete partes externas e frias do corpo (nariz, orelhas e dedos). Mycobacterium leprae *Hanseníase *Mycobacterium leprae Disseminação: *contato pessoa a pessoa (inalação de aerossóis infecciosos ou contato da pele com secreções respiratórias e exsudatos de ferimentos) *Manifestações clínicas dependem da reação imunológica do paciente. *Hanseníase Formas clínicas: • Lepra tuberculóide • Lepra lepromatosa Mycobacterium leprae *Hanseníase * *Lepra tuberculóide *pacientes apresentam forte reação imunológica celular, porém fraca resposta humoral; * tecidos infectados apresentam muitos linfócitos e granulomas, porém poucos bacilos. *Hanseníase Mycobacterium leprae * *Poucas placas eritematosas ou hipopigmentadas com bordos demarcados *lesão dos nervos periféricos com perda sensorial completa. Mycobacterium leprae * *Lepra lepromatóide *pacientes apresentam intensa resposta humoral, mas um defeito na resposta celular *grande número de bacilos é observado nos macrófagos da derme e nos nervos periféricos *forma mais infecciosa da lepra. *Hanseníase Mycobacterium leprae * Mycobacterium leprae Características Lepra tuberculóide Lepra lepromatosa Lesões cutâneas Poucas placas eritematosas ou hipopigmentadas, bordos demarcados, lesão dos nervos periféricos com perda sensorial completas. Numerosas máculas, pápulas ou nódulos eritematosos, extensa destruição tecidual, comprometimento difuso dos nervos com perda sensorial focal. Histopatologia Infiltração de linfócitos, presença de células de Langerhans, poucos ou nenhum bacilo. Muitos macrófagos, poucos linfócitos e ausência de células de Langerhans, numerosos bacilos nas lesões cutâneas e órgão internos. Infectividade baixa alta Resposta imunológica Hipersensibilidade Tardia Níveis de Anticorpos Reatividade a lepromina Normal Ausência de reatividadeMycobacterium leprae Período de incubação: A doença clínica pode desenvolver-se anos ou mesmo décadas após o contato inicial com o organismo. Mycobacterium leprae FATORES DE VIRULÊNCIA??? “Parede celular micobacteriana” DIAGNÓSTICO •Coloração de BAAR Mycobacterium leprae * *M. leprae não cresce em culturas livres de células *A confirmação laboratorial da lepra exige: *achados histopatológicos compatíveis com a doença clínica; *reatividade de teste cutâneo a lepromina; *requer a detecção de bacilos álcool-ácido resistentes nas lesões. Mycobacterium leprae * *Injeção intradérmica *utilizados para medir a exposição do paciente ao M. leprae . *Reatividade a lepromina (preparada a partir de M. leprae inativados) é valiosa para a confirmação do diagnóstico clínico da lepra tuberculóide. Mycobacterium leprae Bacilos Gram positivos: Formadores de esporos Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia Profa. Patrícia da Silva Nascente Gênero Clostridium Microrganismos Típicos Em geral, os esporos são maiores que o diâmetro dos bastonetes. O esporo pode ser de localização central, subterminal ou terminal. Gênero Clostridium • A maioria possui flagelos peritríquios; • Anaeróbios obrigatórios; • Fermentativos; • Catalase negativa. Gênero Clostridium Cultura Só crescem em condições anaeróbias: - substituição por nitrogênio com CO2 a 10%. Gênero Clostridium • Epidemiologia Solo; Ambientes aquáticos; Microbiota intestinal. Gênero Clostridium C. perfringens – Toxinfecção alimentar; Gangrena gasosa (mionecrose) C. tetani - Tétano C. botulinum – Botulismo C. difficile – Colite pseudomembranosa (Ab) Gênero Clostridium Infecções Anaeróbicas Clássicas Tétano Gangrena gasosa Toxinfecção alimentar Botulismo Clostridium perfringens Toxinfecção Alimentar Gangrena Gasosa Bacilos Gram-positivos esporulados • Encapsulado; • Anaeróbio; • Imóvel; •Multiplica-se em temperatura alta. Clostridium perfringens Esporos de C. perfringens Presentes no solo, TGI homem e animais; Carnes mal assadas Bacilos resistem a +80°C. O lento resfriamento de carnes contaminadas permite a germinação dos esporos. O consumo de carnes recém assadas dificilmente causa toxinfecção porque não há tempo para geração das toxinas. Clostridium perfringens Toxinfecção Alimentar Clostridium perfringens – Bactérias em uma placa ágar sangue. Duplas zonas de hemólise (quebra de glóbulos vermelhos) em torno da colônia indicam produção de toxina. Clostridium perfringens Infecção toxêmica decorrente de lesão muscular com contaminação. Cirurgias contaminadas. C. perfringens (80-95%) Agentes: C. pefringens (80-95%); C. septicum C. histolyticum C. novyi C. sordelli Gangrena Gasosa Alfa-toxina: é necrosante e hemolítica Beta-toxina: é hemolítica Patogenia A patogenia requer: Hipóxia tecidual devido a : Corpo estranho, insuficiência vascular ou infecções concorrentes. Clostridium perfringens Gangrena Gasosa 1.Lesões traumáticas com fraturas 2.Ferimentos penetrantes 3.Ferida Cirúrgica (trato gastrointestinal ou biliar) 4.Isquemia arterial em uma extremidade. Fatores predisponentes Epidemiologia: 1-2 % das lesões profundas com sujidades Clostridium perfringens Gangrena Gasosa Doenças Localizada: Lesão edemaciada, músculo tumefato, Presença de secreção serosanguinolenta suja com bolhas Odor fétido muito peculiar Intensa zona de necrose cutânea de cor negra Sinais e Sintomas Clostridium perfringens Gangrena Gasosa Doenças Sistêmica: Febre, dor aguda, palidez, sudorese, taquicardia, hipotensão Choque e insuficiência renal A hipotermia acompanhada de choque é fatal A doença se não tratada é letal. Sinais e Sintomas Clostridium perfringens Gangrena Gasosa Clostridium perfringens Gangrena Gasosa Clostridium perfringens Gangrena Gasosa Clostridium perfringens Gangrena Gasosa 1.Clínico 2.Laboratorial: Gram com BGP 3.Cultura: crescimento rápido no ágar sangue sob anaerobiose Diagnóstico Clostridium perfringens Gangrena Gasosa 1.Debridamento das lesões 2.Incisão dos músculos afetados 3.Antibioticoterapia 4.Tratamento sintomático Tratamento Sequelas: perda de massa muscular; amputações Clostridium perfringens Gangrena Gasosa Infecções Anaeróbicas Clássicas Tétano Gangrena gasosa Toxinfecção alimentar Botulismo Toxinfecção alimentar causada por toxinas do C. botulinum, um BGP anaeróbio, esporulado. Botulismo Clostridium botulinum Cápsula; Anaeróbios estritos; Produzem 8 tipos de toxinas: A, B, C1, C2, D, E, F e G. Clostridium botulinum Toxina Liberação durante crescimento e autólise. Os tipos A , B e E constituem as principais causas da doença em humanos. São constituídas por proteínas neurotóxicas. São destruídas pelo calor a 100ºC, durante 20 minutos. Clostridium botulinum • Botulismo Clássico: Intoxicação causada pela ingestão de alimentos contendo neurotoxinas; • Botulismo do lactente ou infantil: Doença infecciosas causada pela ingestão de esporos de C. botulinum e subseqüente germinação, multiplicação e toxigênese no intestino de crianças com menos de 1 ano de idade; • Botulismo de ferimentos ou lesões: Doença infecciosa causada pela proliferação e conseqüente liberação de toxinas em lesões infectadas pelo agente. Botulismo Clostridium botulinum Ingestão de alimentos contaminados ou com a toxina pré-formada Germinação e produção de toxina Anaerobiose Bloqueia a liberação de acetilcolina Paralisia flácida SNC Botulismo Clostridium botulinum • Patogênese Botulismo Clostridium botulinum Período de incubação: 12 a 36 horas; Quantidade de toxina ingerida; Náuseas, vômito e diarréia; Fadiga, fraqueza muscular; Problemas de visão; Secura na boca, dificuldade de deglutição e controle da lingua; Musculatura respiratória. Gastrintestinal Neurotoxinas Botulismo Clostridium botulinum Epidemiologia, Prevenção e Controle Frequentemente contaminam vegetais, frutas e outros produtos. Particular cuidado com alimentos enlatados em casa, principalmente vagens, milho, pimenta, azeitonas, ervilhas e peixe defumado ou peixe fresco embalado a vácuo em sacos plásticos. Redução da contaminação através da fervura dos alimentos durante 20 min. antes do seu consumo. Clostridium botulinum Infecções Anaeróbicas Clássicas Tétano Gangrena gasosa Toxinfecção alimentar Botulismo Distribuição mundial. Encontrado no solo e nas fezes de animais. Produz neurotoxina: a tetanespasmina. Clostridium tetani Ferimento profundo contaminado com esporos. Esporos germinam; Forma vegetativa produz a Tetanospasmina Patogenia Tétano Tetanospasmina difunde-se e atinge o SNC; Potente estimulante do SNA Ferimento infectado com C. tetani Germinação e liberação de toxina SNC Hiper-reflexia e espasmos musculares AnaerobioseCorrente sanguínea Transporte axônico retrógrado Fixação a medula espinhal e tronco cerebral Tétano Patogenia Sintomas: •Contração muscular incontrolável (contração espasmódica) •Bloqueia a via de relaxamento •Trismo •Opístono •Outros músculos esqueléticos •Espasmos músculos respiratórios Clostridium tetani Sintomas prodrômicos: Inquietação e Cefaléia Paciente permanece lúcido e com intensas dores. Tétano Clostridium tetani Tétano Prevenção Imunização ativa com toxóides. Cuidados apropriados das feridas contaminadas com solo (desbridamento cirúrgico ). Uso profilático de antitoxinas (neutraliza a toxina antes de se fixar no tecido nervoso). Clostridium tetani Tétano Dúvidas??? Bacilos Gram negativos Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia Profa. Patrícia da Silva Nascente ENTEROBACTÉRIAS Principal componente da microbiota intestinal do homem. Características Gerais Bacilos Gram negativos não formadores de endosporos Gêneros de importância na saúde: Escherichia Salmonella Shigella Yersinia São encontrados em todo mundo em solo, água, vegetação e são parte da microbiota normal de animais e humanos. Podem possuir cápsula, flagelo e fímbria Presença de endotoxina e exotoxina dependente do gênero Anaeróbios facultativos Fermentação de açúcar utilizada para identificação bacteriana Características Gerais Escherichia coli Se fixa e libera toxina que a destrói. Se adere e destrói as microvilosidades. Invade, se multiplica, rompe células e invade céllas. Produz citotoxina que atua nos vasos sanguineos. Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia Profa. Patrícia da Silva Nascente Bactérias espiraladas Espiralados ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA ESPIRALADAS • CILINDRO PROTOPLASMÁTICO: consiste de material nuclear, citoplasma, membrana citoplasmática e do pepetidoglicano da parede celular. • BAINHA EXTERNA: membrana composta de várias camadas. Envolve os flagelos periplasmáticos e o cilindro protoplasmático. • FLAGELOS PERIPLASMÁTICOS: originam-se em cada extremidade do microrganismo e enrolam-se em torno dele, em direção a parte média do corpo bacteriano: filamentos axiais. ESTRUTURA DA CÉLULA BACTERIANA Espiralados * *Forma de espiral; *Bactérias relativamente finas, longas, flexíveis; *Movimentam-se por rotação e flexão (movimentos de saca- rolha). Espiralados • Treponema pallidum • Doença: sífilis • Bactérias espiraladas • Não se coram por Gram • Exame de campo escuro, nanquim, impregnação com nitrato de prata (Fontana Tribondeaux) Gênero: Treponema ESPIROQUETAS Contágio • Transmissão sexual – Beijo ou toque em pessoa com lesões ATIVAS nos lábios, cavidade oral, seios, genitália... – Paciente com infecção ativa inocula T. pallidum em uma área do corpo em contato; • Sífilis congênita – Contágio ocorre mais freqüentemente intra-útero, apesar de ser possível a aquisição da infecção durante o parto (canal do parto). ESPIROQUETAS • Transfusão (sangue ou hemoderivados) – Rara atualmente porque • Testagem sorológica nos bancos de sangue • Diminuição da incidência • T. pallidum não sobrevive mais do que 24-48 horas nas condições de armazenamento dos bancos de sangue • Acidental – Inoculação direta por picada de agulha ou durante manuseio de material infectado (Sífilis dos dedos é mais comum entre os profissionais da saúde) Contágio ESPIROQUETAS PATOGÊNESE • Tamanho do inóculo varia de paciente para paciente – Em coelhos 04 espiroquetas podem estabelecer infecção • O treponema se divide a cada 30-33 horas; • Lesões clínicas aparecem quando é atingida a concentração aproximada de 107 microorganismos/grama de tecido; • O período de INCUBAÇÃO é proporcional ao tamanho do inóculo. ESPIROQUETAS Estágios clínicos ESTÁGIOS CLÍNICOS T MÉDIO DE DURAÇÃO VARIAÇÃO Fase de INCUBAÇÃO 3 semanas 3 a 90 dias Fase PRIMÁRIA - Cancro no local da inoculação 3 semanas 2 a 8 semanas Fase SECUNDÁRIA ou disseminada: - doença generalizada; - manifestações mucocutâneas. Aparece em média 06 semanas após o CONTATO 2 a 12 semanas após contato Maioria dos pacientes controla a infecção e não progride para doença tardia Fatores relacionados à espiroqueta e ao hospedeiro que determinam a evolução da infecção são desconhecidos . *INCUBAÇÃO *FASE PRIMÁRIA • O cancro duro não se desenvolve em todos os casos ou pode ser tão discreto que não chega a ser percebido; • Podem ocorrer lesões múltiplas, especialmente em HIV (+); • Espiroquetas podem ser demonstradas nessas lesões; • Desaparecem espontaneamente dentro de 2 a 8 semanas, mas podem persistir por períodos mais longos, especialmente em imunossuprimidos; *Manifestações clínicas FASE PRIMÁRIA *Cancro no local da inoculação * Início como uma pápula única indolor *Erosão *Base lisa e bordas elevadas e firmes, consistência cartilaginosa * “Limpa”, sem exsudato * Indolor, mas sensível ao toque *Linfadenopatia regional indolor Cancro Duro * FASE SECUNDÁRIA *Ocorre quando o número máximo de treponemas (grande carga antigênica) está presente no corpo, particularmente na corrente sanguínea; * Treponemas podem ser demonstrados em vários outros tecidos, especialmente pele e linfonodos. *Manifestações clínicas FASE SECUNDÁRIA *Erupção cutânea não pruriginosa, máculo-papular, acometendo tronco, palmas das mãos e plantas dos pés *Linfadenopatia generalizada, indolor *Lesões de mucosa *Febre. Manifestações clínicas FASE SECUNDÁRIA FASE SECUNDÁRIA FASE SECUNDÁRIA *FASE LATENTE *Após o quadro secundário desaparecer, tem início uma fase de latência em que o diagnóstico somente pode ser feito através de uma resposta positiva a testes sorológicos para sífilis; *Recidivas de quadro secundário podem ocorrer até quatro anos após o contato; *75% das recidivas de secundarismo ocorrem no primeiro ano após o contato. *FASE TERCIÁRIA *Doença ativa com manifestações clínicas aparentes ou inaparentes; *Desenvolve-se em até 1/3 dos pacientes não tratados; *Maioria das lesões envolvem artéria aorta ou de artérias do SNC, ou ambos; *A pele, fígado, ossos e baço são os sítios onde mais comumente se desenvolvem. *Manifestações clínicas SÍFILIS TERCIÁRIA *Lesões de pele, ossos e tecido celular subcutâneo *Lesões cardiovasculares *Aneurisma de aorta *Insuficiência aórtica *Neurossífilis *Manifestações clínicas SÍFILIS CONGÊNITA *Risco de transmissão: 50 a 70% em gestantes com sífilis primária, secundária ou latente; *Pode ser assintomática em 2/3 dos casos; *Baixo peso ao nascer, rinite, hepatoesplenomegalia, rash cutâneo, anemia, lesões ósseas; *Natimorto; *Pode apresentar manifestações de sífilis precoce nos primeiros dois anos de vida ou mais tarde.
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