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Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia Disciplina de Microbiologia e Imunologia Profa. Patrícia da Silva Nascente 2014 Prof. Patrícia da Silva Nascente Universidade Federal de Pelotas Departamento de Microbiologia e Parasitologia Enfermagem e Obstetrícia A propriedade mais notável do herpesvírus consiste na sua capacidade de estabelecer infecções persistentes durante toda a vida de seus hospedeiros, sofrendo reativação periódica. A infecção reativada, pode ser, do ponto de vista clínico, muito diferente da doença causada por infecção primária Infecções inaparentes ou latentes. O que é latência???? Ausência de replicação viral e de sinais clínicos, neste caso... por toda a vida do hospedeiro. Neste período, raramente excreta o vírus Classificação O HSV é dividido em subfamílias, com base nas propriedades biológicas dos agentes. - herpesvírus b-herpesvírus Y-herpesvírus Alfaherpesvirus - Variabilidade de hospedeiros; - Infecções latentes em neurônios dos gânglios sensoriais. Engloba: Simplexvirus (HSV-1 e HSV-2) Varicellovirus (HSV-3) Pele e mucosas Betaherpesvirus - Gama restrita de hospedeiros; - Aumento de volume das células infectadas (citomegalia); - Forma latente em tecidos glandulares, células linforeticulares. Engloba: Cytomegalovirus (HSV-5) Roseolovirus (HSV-6 e HSV-7) Sistêmico B-herpesvírus Pneunomia, retinite grave e hepatite Transfusão sanguinea Citomegalovirose (HSV-5) Exsantema súbito (HSV-6) Esclerose múltipla (HSV-7) Classificação Gammaherpesvirus - Gama restrita de hospedeiros; - Infecção latente em tecidos linfóides; - Potencial oncogênico. Engloba: Lynphocryptovirus (HSV-4) HSV-8 Sistêmico Y-herpesvírus Infectam células linfóides Infecções latentes em células linfóides Vírus do Epstein-Barr (HSV-4): -mononucleose infecciosa, - linfoma de Burkitt e - carcinoma nasofaríngico Vírus do Sarcoma de Kaposi (HSV-8): Classificação Estrutura Viral Os diferentes membros do grupo compartilham certos detalhes arquitetônicos e são indistinguíveis quando examinados à microscopia eletrônica. Todos possuem um DNA linear de filamento duplo, circundado por um revestimento protéico que exibe simetria icosaédrica. O nucleocapsídeo é circundado por um envoltório proveniente da membrana nuclear da célula infectada Contém espículas de glicoproteínas. Estrutura Viral Codificam grande número de enzimas; Permanecem latentes em seus hospedeiros naturais; Facilmente inativados por álcool e detergentes; Estímulos biológicos, psicológicos ou ambientais. Características em comum... Replicação dos Herpesvírus Ligação entre glicoproteínas do envoltório viral e receptores celulares específicos Fusão entre o envoltório viral e membrana celular Penetração do nucleocapsídeo Transporte do capsídeo até o poro nuclear desnudamento DNA viral forma penetra o nucleo Expressão genética Síntese de DNA viral e proteínas virais Acoplamento do DNA viral ao capsídeo vazio pré-formado no núcleo da célula Brotamento do nucleocapsídeo através da membrana nuclear Liberação do vírus através da célula Expressão genética Replicação dos Herpesvírus Replicação Viral Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Herpesvirideae, subfamília Alphaherpesvirineae Gênero Simplexvírus Simetria icosaédrica genoma formado por DNA de fita dupla Os dois tipos sorológicos contém Ag comuns e Ag tipo- específicos PATOGENIA E PATOLOGIA PORTA DE ENTRADA REPLICAÇÃO LOCAL DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA OU NEUROGÊNICA mucosa nasofaringea conjuntiva, órgãos genitais e escoriações da pele. propagação infecção primária Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Manifestações Clínicas Recuperação da infecção primária Gengivoestomatite herpética Ceratoconjutivite herpética Eczema variceliforme de Kaposi Meningoencefalite herpética Vulvovaginite Herpes Neonatal Sorotipo 1 Sorotipo 2 O vírus entra em estado de latência, podendo ser reativado. Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Reativação viral Herpes labial Herpes genital } Infecção secundária Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 O HSV podem causar muitas manifestações clínicas, e as infecções podem ser primárias ou recorrentes; As infecções primárias são observadas em indivíduos imunocomprometidos, e na maioria das pessoas são assintomáticas, porém resultam de produção de Acs e no estabelecimento de infecções latentes nos gânglios sensoriais; As lesões recorrentes são comuns. Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Locais das lesões Doença Orofaringea ou gengivoestomatite herpética A doença sintomática ocorrem mais freqüentemente em crianças (1-5 anos) e afeta a mucosa bucal e gengival A doença clínica tem duração de 2-3 semanas Febre, faringite, lesões vesiculares e ulcerativas, edema, gengivoestomatite, linfadenopatia submandibular, anorexia, mal-estar A doença recorrente localiza-se na borda dos lábios, com dor no início e desaparece em cerca de 4-5 dias com recidivas. Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 HERPES OROFARÍNGEA Ceratoconjuntivite A infecção inicial por HSV-1 pode ocorrer nos olhos, produzindo ceratoconjuntivite grave. Lesões oculares recorrentes são comuns (ulcera de córnea e vesículas nas pálpebras) e pode levar a cegueira. Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Herpes Genital Habitualmente causada por HSV-2 Infecções genitais primárias podem ser graves e durar cerca de três semanas. Lesões vesículo-ulcerativas do pênis ou colo uterino, vulva, vagina e períneo. Podem estar associadas a febre, mal-estar, disúria e linfadenopatia inguinal. Percebe-se que reatividade cruzada entre HSV-1 e HSV-2 diminui gravidade recidivas Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 HERPES GENITAL Infecções Cutâneas A pele intacta é resistente ao HSV Contaminação via escoriações (herpes traumáticas) São quase sempre graves e potencialmente fatais quando ocorrem em indivíduos com distúrbios da pele, como eczema ou queimaduras, que permitem a extensa replicação e disseminação do vírus. Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 HERPES CUTÂNEA Encefalite Lesão do lobo temporal presença de linfócitos no líquido cefalorraquidiano Diagnóstico definitivo - isolamento de vírus por biópsia ou post-mortem tx de mortalidade ou seqüelas neurológicas residuais Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 A infecção por HSV pode ser adquirida in útero, durante o parto normal ou após o nascimento 1 em 5000 partos por ano RN imunidade doença grave A taxa de mortalidade da doença não-tta é de 50% lesão localizadas nos olhos, pele e boca; encefalite e doença disseminada em múltiplos órgãos + comum (75%), uso Cesária Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Herpes Neonatal HERPES NEONATAL Infecções em imunocomprometidos alto risco de infecções graves HIV, desnutrição e paciente submetidos a quimioterapia Na maioria dos casos, a doença reflete a reativação de infecção latente por HSV. Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 Reativação Diagnóstico Laboratorial A) isolamento e identificação do Vírus: pode ser isolado lesões herpéticas (pele, córnea ou cérebro), lavados de garganta, líquido cefalorraquidiano, e nas fezes, tanto nas infecções primárias quanto nas assintomáticas. Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 B) Sorologia • Ac aparecem 4-7 dias após a infecção EPIDEMIOLOGIA Distribuição mundial transmissão por contato com secreções infectadas HSV-1 É provável que seja o vírus mais constantemente encontrado em humanos Estabelece um estado de portador por toda vida HSV-2 DST: 500.000 novos casos por ano Abortos espontâneos em mães com 20 semanas de gestação Vírus do Herpes Simples- HSV-1 e HSV-2 VARICELA-ZOSTER X HERPES-ZOSTER A varicela é uma doença leve e altamente contagiosa, ocorrendo usualmente na infância; Caracteriza-se do ponto de vista clínico por erupção vesicular generalizada da pele e das mucosas; A doença pode ser grave em adultos e crianças imunocomprometidas; O vírus da varicela-zoster pode causar a própria varicela (catapora) ou o Zoster (cobreiro) Herpesvirus tipo 3 PROPRIEDADES DOS VÍRUS *Pertence ao grupo dos herpesvírus, Alphaherpesvirus; *Constituído por DNA; *Apresenta forma icosaédrica; *O envelope viral contem glicoproteínas que representam os marcadores primários da imunidade humoral e celular; *A varicela e o herpes zoster apresentam quadros clínicos produzidos pelo mesmo agente etiológico: vírus varicela- zoster VARICELA-ZOSTER Catapora Assim como os outros membros da família herpesvírus, apresentam como caráter comum o fato de permanecerem em estado latente durante toda a vida do indivíduo; Ocorre recrudescência por ocasião de imunodepressão (Zoster); O vírus VZ é exclusivamente humano. VARICELA-ZOSTER PATOLOGIA E PATOGENIA Via da infecção: vias aéreas superiores e a conjuntiva; As lesões cutâneas e mucosa focais são produzidas por infecção viral das células endoteliais capilares; VARICELA-ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Período de incubação: Em média de 12 a 15 dias Período prodrômico Apresenta uma duração variável de horas até 3 dias. Período exantemático Há o aparecimento de erupção da pele e mucosa VARICELA-ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS As erupções de início maculopapular transformam em vesicular no dia seguinte; Após 2 a 4 dias transformam-se em crostas que se desprendem sem deixar cicatrizes 4 a 6 dias depois; O mal-estar e febre constituem sintomas iniciais, seguidos rapidamente de erupções a principio no tronco, depois no rosto, nos membros e nas mucosa bucal e faríngea. VARICELA-ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A febre persiste enquanto houver novas lesões, e é proporcional a intensidade das erupções; As complicações são raras em crianças normais, e a taxa de mortalidade é muito baixa; Na varicela neonatal, a infecção é contraída da mãe pouco antes ou pouco depois do parto; Em lactantes a taxa de mortalidade pode ultrapassar os 30%; VARICELA-ZOSTER VARICELA-ZOSTER CONSEQUÊNCIAS...... Infecção cutânea: A superinfecção com bactérias piogênicas constitui, também, uma das mais frequentes complicações que inclui abcessos, linfadenite, celulite, erisipela e gangrena; Complicações pulmonares: São complicações freqüentes e graves podendo ser ocasionadas pelo próprio vírus, produzindo um quadro de pneumonite intersticial, ou por infecção bacteriana associada. Pneumonite ocorre em 16 a 50% dos adultos com varicela. VARICELA-ZOSTER CONSEQUÊNCIAS... Complicações do SNC Compreendem encefalite, meningite asséptica, ataxia cerebelar aguda, mielite aguda. Varicela hemorrágica Forma grave com queda acentuada do estado geral, manifestações hemorrágicas cutâneas (vesículas hemorrágicas petéquias, sufusões) e viscerais, plaquetopenia com mecanismo de coagulação intravascular disseminada implicados. • O zoster (cobreiro) é uma doença esporádica e de adultos ou indivíduos imunocomprometidos, caracterizada por erupção cuja distribuição se limita a pele inervada por um gânglio sensitivo. • As lesões se assemelham a da varicela. • A varicela representa a doença aguda, enquanto o zoster constitui a resposta do hospedeiro parcialmente imune a reativação do vírus da varicela presente na forma latente em gânglios sensoriais. VARICELA-ZOSTER PATOGENIA E PATOLOGIA Do ponto de vista histopatológico, as lesões cutânea do zoster são idênticas às da varicela. Verifica-se a ocorrência de inflamação aguda dos nervos e gânglios sensoriais. Não se sabe ao certo o que deflagra a reativação das infecções latentes pelo vírus localizados nos gânglios. Acredita-se que o declínio da imunidade possa permitir a ocorrência da replicação do vírus no gânglio. VARICELA-ZOSTER PATOGENIA E PATOLOGIA O vírus segue o trajeto do nervo até a pele onde induz a formação de vesículas; As reativações são esporádicas, e raramente sofrem recidiva. VARICELA-ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A primeira manifestação é a dor na área correspondente ao trajeto do nervo afetado, precedendo as lesões cutâneas de 3 a 5 dias, sendo acompanhada de febre discreta, cefaléia e mal estar. As lesões cutâneas são inicialmente eritematopapulosas, evoluindo rapidamente para papulo vesiculosas e papulopustulosas, começando então a regredir. VARICELA-ZOSTER MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Apresentam-se reunidas em pequenos grupos; É caracteristico do herpes Zoster ser unilateral; As regiões mais comumente comprometidas são: -Torácica- 53% dos casos; -Cervical- 20% dos casos*; -Trigêmio - 15% dos casos; -Lombossacra-11% dos casos*, VARICELA-ZOSTER VARICELA-ZOSTER VARICELA-ZOSTER MANIFESTAÇÕS CLÍNICAS Em pacientes imunodeprimidos, as lesões surgem em localizações atípicas e, geralmente disseminadas (HIV). Estudos mostram que a incidência da herpes-zoster assim como a sua recorrência, ocorre com mais freqüência em pacientes HIV positivos. O zoster tende a disseminar-se e a ser mais grave quando existe alguma doença subjacente, particularmente em pacientes com câncer. VARICELA-ZOSTER VARICELA-ZOSTER DIAGNÓSTICO O diagnóstico clínico da varicela e herpes-zoster apoia-se nas manifestações clínicas próprias e em dados epidemiológicos. Devem ser diferenciados principalmente de outras doenças que apresentam lesões semelhantes, como: varíola, eczema herpético, rickettioses. VARICELA-ZOSTER EPIDEMIOLOGIA Cosmopolita Varicela- comum e epidêmica na infância (2 a 6 anos) Propaga-se por perdigotos de modo fácil e, de modo menos importante, por contato com erupções cutâneas. Menos de 1% dos pacientes vão a óbito, geralmente em decorrências de complicações pulmonares ou do SNC. Zoster- ocorre de modo esporádico, principalmente em adultos, sem prevalência sazonal. A infecção é menos comum por contato, talvez pelo fato de o vírus estar ausente nas vias aéreas superiores nos casos típicos. VARICELA-ZOSTER Tratamento e prevenção: A Varicela em crianças é uma doença branda, que não necessita de tratamento. Em 1995, foi aprovada vacina de vírus atenuado contra a varicela. VARICELA-ZOSTER Exsantema Súbito O QUE É??? Roséola infantum... • Doença infectocontagiosa que causa febre, de evolução benigna e que afeta crianças de seis a 36 meses. • Permanece latente na maioria dos indivíduos imunocompetentes, mas pode representar um sério risco para a vida de pacientes com deficiência imunológica. Betaherpesvirus Herpesvirus tipo 6 Exsantema súbito Herpesvirus tipo 6 Mononucleose infecciosa - Vírus Epstein-Barr... É uma síndrome clínica caracterizada por: - mal-estar, - dor-de-cabeça, - febre, - dor-de-garganta, - aumento de gânglios ou ínguas localizadas no pescoço ou generalizadas e, - inflamação do fígado (hepatite) leve e transitória. Herpesvirus tipo 4 Gamaherpesvirus Mononucleose infecciosa Gamaherpesvirus Mononucleose infecciosa Doença do Beijo! - O vírus replica-se em linfócitos T e B; - Dissemina-se pelo organismo; - Pode evoluir para o linfoma de Burkitt; - Tratamento sintomático; - Não há vacina. Mononucleose infecciosa Gamaherpesvirus - Eficazes apenas na diminuição do período de manifestação da doença e; - Aumento do período entre dois surtos consecutivos (período de latência). Tratamento Dúvidas? Prof. Patrícia da Silva Nascente Universidade Federal de Pelotas Departamento de Microbiologia e Parasitologia Instituto de Biologia Hepatites virais O que é hepatite??? Etiologias da hepatite... Virais: A a E Sintomas Problema de saúde pública Sintomas 1. fadiga, 2. anorexia, 3. leve perda de peso, 4. mal-estar generalizado, 5. depressão, 6. cefaléia, 7. fraqueza, 8. dor articular (artralgia), 9. dor muscular (mialgia), 10. intolerância a luz (fotofobia), 11. náusea e vômitos, 12. alterações nos sentidos de paladar e olfato, 13. febre de 38,7ºC a 38,9ºC, 14. urina escura e, 15. fezes cor escura (1 a 5 dias antes do início do estágio de icterícia clinica). O fígado... Regeneração celular Dano permanente = cirrose A e E – fecal oral – não portador B, C, D – portadores crônicos Família: Picornaviridae Gênero: Hepatovirus VHA Hepatite A - O genoma é constituído por RNA (ácido ribonucleico) de fita simples. - Água e alimento. Icosaédricos: 25-30nm de diametro. Não envelopado. Proteínas estáveis: proteção ao genoma. Resistente ao éter, clorofórmio e álcool. Inativado por radiação iônica, fenol formaldeído e aquecimento acima de 500C. Sobrevive por longos períodos em secreções e outros produtos animais. Transmissão Através de alimentos ou de água contaminados por matérias fecais. Consumo de mariscos de viveiros contaminados. Frutas, vegetais e saladas ou outros alimentos crus, contaminados. Contato com matéria fecal. Lavar as mãos. Com uma pessoa infectada: lavar a louça a temperaturas altas, não partilhar sanitário nem cama. Endêmico em todo o mundo. Más condições de saneamento. Aparece na infância ou na fase de adulto jovem, em especial, nos países em desenvolvimento. Encontra-se nas fezes da pessoa infectada. Inicialmente assemelha-se a uma gripe com febre, mialgias e mal-estar geral, depois aparece a icterícia, a falta de apetite e os vômitos. Características O período de incubação dura entre 3-5 semanas. Cura-se ao fim de 3 a 5 semanas e não evolui para doença crônica. Duas semanas antes... Vírus nas fezes... Durante o período de incubação, a doença não se manifesta. Raramente exige internamento hospitalar. Não é fatal. Características Não há um medicamento específico. Repouso moderado. A alimentação deve ser rica em proteínas e baixa em gorduras. Tratamento Como evitar - Sempre beber água clorada ou fervida. - Comer alimentos cozidos, quando a procedência é desconhecida. - Lavar as mãos antes das refeições e após usar o banheiro. - Não consumir frutos do mar crus ou mal cozidos. - Não beber nada alcoólico após a descoberta da doença e nos seis meses decorrentes. Existe desde 1991. É dada em duas doses: a segunda, 6 a 12 meses após a primeira. Recomendada para pessoas que viajam com frequência ou que permanecem um longo período em países onde a doença é comum entre a população. Vacina Hepatite B Família: Hepadnavirus Gênero: Orthohepadnavirus VHB O genoma é constituído por DNA (ácido desoxirribonucleico), circular, fita dupla. Vírus envelopado: Antígeno de superfície: HB. Mecanismo...... Hepatócito Representação esquemátic do HBV Receptores vírus-específicos presentes na membrana das células hepáticas Características Descoberta em 1965, é a mais grave das hepatites. Pode ser fatal. Torna-se crônica em menos de 10% dos casos. Tem um período de incubação lento, entre as seis semanas e os seis meses. Encontra-se no homem doente e no portador. Os portadores crônicos do vírus podem desenvolver doenças hepáticas graves, como a cirrose. Nos países em desenvolvimento: as crianças são as mais afetadas. Países desenvolvidos: os jovens adultos, por contato sexual e na partilha de seringas de drogas injetáveis. Características Sintomas Esta hepatite decorre sem sintomas em 90% dos casos. A hepatite aguda B é tratada com repouso. Na hepatite crônica, usa-se o interferon durante seis a doze meses. O tratamento tem uma eficácia de 15 a 45 %. Tratamento Transmissão Através: - do contato com sangue contaminado - do contato sexual - da transmissão materno-fetal. Evitar o contato com sangue infectado. Usar sempre preservativo nas relações sexuais. Cuidado com: piercings, tatuagens e de tratamentos de acupuntura, se os instrumentos utilizados não estiverem esterilizados. Existe uma vacina contra a hepatite B desde 1981 que tem uma eficácia de 95%. É administrada em três doses e pode ser tomada por todos, desde que não estejam já infectados com o VHB. Os filhos de mães portadoras, são vacinados ao nascer. Familiares de portadores devem se vacinar. Vacina Família: Flaviviridae VHC O genoma é constituído por RNA (ácido ribonucleico) fita simples. Descoberto em 1989. Hepatite C Virions esféricos: 40-60nm de diametro. Icosaédrico envelopado. Inativados por solventes orgânicos e detergentes. Vias de transmissão relacionadas ao sangue e hemoderivados, agulhas, luvas e equipamentos. Incubação é de 2-4 meses. Infecção subclínica. 10% doença branda. Cirrose e câncer hepático. Características A doença atinge o fígado e tem uma evolução lenta e silenciosa Dicas de prevenção - Usar próprio material (alicate, espátulas etc...) em manicure. - Assegurar-se de equipamentos descartáveis, esterilizados ao fazer tatuagens, piercings e acupuntura. - Não usar drogas injetáveis, nem compartilhe seringas. - Profissionais de saúde devem sempre tomar cuidado no manuseio de sangue. - Utilizar todos os materiais de segurança: luvas, máscara e óculos de proteção quando recomendado. - Ao contrário das hepatites A e B, a do tipo C não possui vacina. Profa. Patrícia da Silva Nascente Universidade Federal de Pelotas Departamento de Microbiologia e Parasitologia Enfermagem e Obstetrícia Transmissãosexual Vírus da hepatite B Vírus herpes simples Citomegalovirus Papiloma vírus humano HIV Características Infecção crônica, latente e recorrente Liberação assintomática no sêmen e secreções vaginais Outras vias de transmissão (neonatal e perinatal) Citomegalovírus Betaherpesvirus HVS tipo 5 Subfamília Betaherpesvirinae Causa viral mais importante nas anomalias congênitas Importante em imunodeprimidos Sintomas Na fase aguda, a principal manifestação é a citomegalomononucleose, com sintomas semelhantes aos da mononucleose infecciosa: febre, dor de garganta, aumento do fígado e do baço, presença de linfócitos atípicos. Bebes Vida intra-uterina Anomalias congênitas Complicações A reativação do quadro infeccioso está associada à deficiência do sistema imunológico. Nos imunodeprimidos, lesões ulceradas e dolorosas podem comprometer todo o aparelho digestivo (boca, garganta, faringe, esôfago, estômago, intestino grosso e delgado). Nos pacientes com AIDS, a complicação mais comum é a coriorretinite. E ainda.... comprometimento dos intestinos, do fígado e do sistema nervoso central, que resultam em perda do movimento dos membros inferiores e em mielite e encefalite. Transmissão: * por via respiratória – tosse, espirro, fala, saliva, secreção brônquica e da faringe; * por transfusão de sangue; * por transmissão vertical da mulher grávida para o feto; * por via sexual – DST; • por objetos como xícaras e talheres – mais raro. Obs: é quase impossível viver sem ser infectado, em algum momento, pelo citomegalovírus. As manifestações clínicas da infecção pelo CMV variam de uma pessoa para outra e vão desde discreto mal-estar e febre baixa até doenças graves que comprometem o aparelho digestivo, sistema nervoso central e retina. Citomegalovírus Semanas a poucos meses 10% com sinais clínicos Cegueira e paraplegias... Tratamento Na fase aguda, o tratamento é sintomático. O uso de antivirais fica reservado para as formas graves da doença e deve ser mantido pelo menos durante um mês. A grande preocupação é com o efeito tóxico dessas drogas sobre os glóbulos do sangue e aos rins. Recomendações • Uso de preservativo nas relações sexuais; • Procurar não usar copos, xícaras e talheres se não tiver certeza de que foram bem lavados; • Esteja atento ao fato de ser portador do citomegalovírus, pois ele pode provocar uma infecção aguda se suas reservas imunológicas se esgotarem; * A transmissão vertical do CMV durante a gestação é a principal causa de retardo mental nas crianças. Retrovirus Família Retroviridae Associação com diversas doenças no homem e animais Leucemias Linfomas Sarcomas Imunodeficiências Doenças auto-imunes Família Retroviridae Gêneros Alpharetrovirus Betaretrovirus Gammaretrovírus Deltaretrovirus Epsilonretrovirus Lentvirus Spumavirus Vírus RNA Fita simples Simetria icosaédrica Envelopado Envelope Espículas Transcriptase reversa RNA Primeiro relato EUA (1981) Grupos específicos Pneumonia, sarcoma de Kaposi Outros sintomas correlacionados SIDA ocasionou mais vítimas do que guerras!!!! Situação atual Idade inferior a 25 anos Sem predisposição quanto ao sexo Maioria em heterossexuais Impacto social e econômico Como o vírus é transmitido Contato sexual (DST) Transfusões Agulhas contaminadas Transmissão perinatal (países em desenvolvimento) Contato sexual HIV presente no sêmen e secreções vaginais Doenças sexuais X Úlceras genitais X Facilita a infecção Transfusão Sangue total Plasma Frações celulares do sangue Agulhas contaminadas Transmissão perinatal Risco de transmissão ao recém-nascido Responsável por 20% de todos os casos de AIDS Resposta do hospedeiro alterada Indução do estado de imunodeficiência Progressão da doença 50% dos infectados 10% não desenvolvem após 20 anos Infecção inicial Viremia da fase aguda Período latente Complicações clínicas Progressão para a SIDA Estágio final Infecção inicial Infecção dos macrófagos do trato genital Disseminação via hematógena Células dendríticas e linfócitos CD4 Depósito de células cronicamente infectadas Viremia da fase aguda Síndrome da doença aguda Alto nível de replicação viral nas células CD4 Grandes quantidades de vírus presentes na circulação Surgimento de anticorpos 1 a 10 semanas Nível constante de vírus e células infectadas Infecção dos linfonodos. Período latente Resposta específica celular e humoral Redução do estado virêmico Período assintomático Picos transitório de viremia Declínio lento da contagem de CD4 Vírus menos citopáticos Complicações clínicas – Período latente Complicações inespecíficas Infecções oportunistas Declínio gradual das células CD4 Progressão para a AIDS Co-infecção por alguns herpesvírus Aumento de células CD4 infectadas Infecção de precursores de células T Progressão para a AIDS Rápido declínio da contagem de células CD4 Perda da capacidade imune - Mutantes AIDS em estágio final Disseminação do HIV para outras partes corpóreas Infecções oportunistas Neoplasias associadas a AIDS AIDS em estágio final Infecção de outros tipos celulares Monócitos Macrófagos Células de Langerhans Células dendríticas Progenitores das células sanguineas AIDS em estágio final Infecções oportunistas Toxoplasma Cryptococcus Mycobacteria Citomegalovírus Pneumocystis carinii Herpesvírus Candidíase AIDS em estágio final Neoplasias Sarcoma de Kaposi Linfomas Identificação laboratorial Demonstração do vírus e seus componentes Demonstração da resposta imune Todas as etapas do ciclo de replicação: ação dos antivirais Transcriptase reversa Protease viral Uso de combinação de drogas Terapia inicial “Carga viral” Indicador do prognóstico Tratamento agressivo e precoce A infecção é crônica e incurável Estratégia para a terapia com múltiplas drogas Presença de vírus mutantes Resistência ao antiviral Uso de terapia combinada Efeito na incidência de infecções oportunistas Tratamento perinatal Administração do AZT Segundo e terceiro trimestre da gestação Lactantes Redução 23% para 8% Tentativas de produzir uma vacina HIV altamente mutante Maiores esclarecimentosimunológicos Triagem de suprimentos de sangue Terapia com AZT em gestantes Colaboração dos profissionais da área da saúde Dúvidas?????
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